O último round da luta pelo acesso à série A1…

Domingo, 7 de abril de 2024, Santos nos recebe com uma manhã de outono bem mais fresca do que normalmente encontramos em jogos no Ulrico Murca.

Mas os corações estão quentes… Batendo forte e empolgados pelo duelo que levará uma das duas equipes de volta à série A1 do Campeonato Paulista.

Clima bem legal do lado de fora, com as duas torcidas convivendo em respeito e perfeita harmonia. Vale reforçar que ambos os setores tiveram seus ingressos esgotados muito antes do fim de semana chegar.
E sempre importante valorizar o torcedor visitante, que se faz presente sabendo das adversidades que isso representa.

Com ingresso em mãos, é hora de seguir para a bancada local!

O Estádio Ulrico Mursa é pequeno, mas muito bem cuidado e cheio de pequenos detalhes que ajudam a cativar os laços com sua torcida.

E a própria torcida acaba colaborando nesse sentido, via stickers, faixas e seu apoio incrível!

Uma das consequências desse trabalho é ver surgir na bancada rubro-verde uma nova geração de fãs da Briosa.

E isso, sem perder a identidade, ou o amor irracional ao time da sua cidade e vendo ao seu lado as outras gerações que marcaram e ainda marcam a história da torcida da Portuguesa Santista.

Escolhi ficar ao lado da Força Rubro Verde, em um lugar que me permitiu tanto registrar a festa da bancada local…

Quanto também acompanhar os visitantes:

Também deu pra registrar as cadeiras cobertas…

E era tanta gente que até os bancos de reservas pareciam estar superlotados!

Ah, e tinha gente também lá no lado da entrada do Estádio:

Times perfilados para o hino nacional…

As torcidas mandam seus recados, na voz, ou por escrito também…

Em campo, a Portuguesa Santista faz um bom início de jogo, muito graças as descidas do camisa 7 local, “Maranhão” pela direita do ataque!

No primeiro tempo, a Briosa ataca para o lado da sua torcida, pra azar do goleiro Reynaldo que teve que atuar com toda essa pressão contrária!

E embora a falta não tenha sido muito bem batida, sinta aí um pouco do clima do Ulrico Mursa nessa decisão!

Mas, o Noroeste parava estas iniciativas com boa marcação e faltas quando necessário.

As chegadas são infrutíferas para ambos os lados…

O Noroeste montou mesmo um paredão que parece impenetrável!

E as faltas para a Briosa não geravam grande perigo…

Lá do outro lado o goleiro Wagner sofria apenas nas investidas de contra ataque e nas bolas aéreas…

A torcida local faz sua parte…

E mais uma vez me sinto muito feliz em poder vivenciar tudo isso assim tão de perto…

O primeiro tempo termina em 0x0…

E é hora de dar um rolê pelo Estádio Ulrico Mursa e registrar o que faz esse estádio e esse rolê únicos!

E olha a Cachopinha aí!

Confesso que lembrei daquela imagem que viralizou de um cara fumando, com a fantasia de Minie e fiquei me perguntando quem está por baixo dessa fantasia kkkk

É fato público que a Portuguesa Santista está com problemas financeiros chegando inclusive a atrasar salários e sempre que estou em campo torço para que toda a grana que vejo circular esteja indo pro lugar certo… Foi muita gente fazendo o bar faturar além da bilheteria (cerca de R$ 123 mil reais líquidos), e pode não parecer muito para os padrões das arenas, mas deve fazer a diferença pra quem está nessa situação.

Começa o segundo tempo e se o apoio da torcida local já havia sido considerável nos primeiros 45 minutos, o que se vê a partir de agora é uma verdadeira família espalhada pelo estádio, gritando junto em torno do time!

Bandeiras e bexigas fazem o setor da torcida Força Rubro Verde vibrar!

Mas em campo, o efeito parece o contrário e é o Noroeste que volta melhor!

E não demora pro pior (para a torcida local) acontecer: penalty para o Noroeste… O resultado você vê abaixo:

Festa na arquibancada visitante!

Mas a Portuguesa Santista é conhecida pelo seu brio… Como diz a faixa… “A mais briosa”!

E a explosão na Força Rubro Verde só pode ter uma causa: aos 31′ do segundo tempo, sai o empate da Briosa, com Vavá!

E se tem gol de empate, o clima aumenta na bancada da Briosa…

E dá lhe, bandeirão!

Com a partida terminando em 1×1, e o jogo de ida tendo sido 0x0, vamos para a disputa de penaltys. Imagina como estão os jogadores de cada time…

A torcida local aposta suas fichas no bom goleiro Wagner Coradin…

E vem a 1ª cobrança da Portuguesa Santista:

E a 2ª…

Adiantando a história, a Briosa perde o terceiro penalty, enquanto o Noroeste segue com 4 conversões. Chegamos assim ao 4º e decisivo penalty pra Briosa… É necessário marcar o gol para poder torcer contra a última cobrança do Noroeste, mas… Não haverá uma última cobrança…

É muito difícil escrever qualquer coisa sobre esse momento se você não for torcedor da Portuguesa Santista. Não dá pra explicar o que cada um sentiu naquele pranto coletivo, sofrido por cada presente…

Assim, como não se deve desmerecer a conquista dos visitantes…

Junto do Velo Clube, o Noroeste será mais uma equipe do interior a fazer parte da série A1 do Campeonato Paulista a partir de 2025, por isso, vale sim e muito a festa do povo de Bauru!

Como não podia deixar de ser, os jogadores fizeram a festa junto de sua apaixonada torcida…

Mesmo com a tristeza momentânea por parte da torcida da Portuguesa Santista, basta ver as diversas decisões que a equipe esteve envolvida nos últimos anos pra entender que o time e torcida vivem uma fase incrível e tenho certeza de que em breve estaremos juntos registrando o acesso da Briosa!

Aproveitando que estou em Santos ainda deu pra curtir um pouco do fim de tarde nas águas da praia de Itanhaém

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30 anos do título do EC Paraguaçuense

Hoje, são 30 anos dessa incrível conquista de um time que atualmente está licenciado, mas que ainda representa as cores e a memória da cidade de Paraguaçu.
E o amigo Amarildo não deixou a data passar sem festa, por isso, torcedor Paraguaçuense, não esqueça nunca desse momento!
Parabéns!!

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Jabaquara AC 1×1 CA Penapolense: Segunda Divisão 2023

Sábado, 5 de agosto de 2023.
Depois de curtir uma praia no Gonzaga, onde em 1982 (41 anos atrás !!!) Raul Seixas fez um showzaço (clique aqui e relembre!), subimos o morro da Nova Cintra até o bairro Jabaquara, também conhecido por “Caneleira” para mais uma partida pela Segunda Divisão do Campeonato Paulista.

O nome Nova Cintra foi dado por Luís de Mattos, português que viu semelhança com a “Sintra“, portuguesa.
O caminho para o Estádio Espanha é tranquilo e permite conhecer uma parte de Santos pouco divulgada, mas com seu charme, seja pela Paroquia de São João Batista, que alguns dizem ter sido construída ainda no século XIX…

Seja pela Lagoa da Saudade, que teria se formado na cratera de um vulcão e abrigado diversos jacarés…

Pelas características da natureza, é certo que antes da chegada dos portugueses, havia ocupação indígena para aproveitar a abundância de água e demais recursos.
O nome Jabaquara seria uma versão aportuguesada de Yab’a’kwara, algo como “o buraquento”, por causa do antigo riozinho cheio de buracos que por ali passava.
O bairro ficou mais conhecido por conta do famoso quilombo de mesmo nome: Jabaquara.

Até 1922, havia um elevador hidráulico, atendendo à população, quando um grave desastre veio dar fim a ele.

A ocupação portuguesa se deu ainda nos tempos de Martim Afonso de Souza, quando foi criado um núcleo agrícola no alto do morro.
O bairro se desenvolve e assim como na cidade surgem os canais.
Aliás, bem em frente ao canal da Av. Francisco Ferreira Canto está o Estádio Espanha!

E ali já teve muita história rolando… Olha essa foto linda do Jabaquara de 1966:

O Estádio Espanha foi inaugurado em 7 de setembro de 1971, e 52 anos depois, lá vamos nós pra uma partida da Segunda Divisão!

Pelo adesivo que vi em um dos carros, sabia que ia encontrar uma das figurinhas carimbadas do Jabaquara, o sr. Hilário Garcia Carvalho, também conhecido como “Jabuca“.

E olha quem estava ali na entrada, ele mesmo, o maior torcedor do Jabaquara!

Antes de entrar, fiz questão de dar uma passada pela parte social do clube, para registrar a estátua em homenagem ao maior ídolo da história do Jabaquara, Gylmar do Santos Neves. Gylmar faleceu em agosto de 2013 e jogou pelo Jabaquara entre 1945 e 1951. Aqui, a foto da inauguração, em 2015:

E aqui, a estátua no dia do jogo:

Vale recordar, que em 1924, o clube tinha sua sede no bairro do Macuco, e mandava seus jogos no Estádio Antonio Alonso:

Ingressos em mãos, vamos lá!

Bandeiras hasteadas, e tudo pronto! O Estádio está lindo!

Até camisas do time estão disponíveis para a venda por R$ 75.

Os times entram em campo pressionados pois nenhum deles venceu nas duas primeiras rodadas da terceira fase.

Assim, é com certo nervosismo que a partida começa no tradicional “Estádio Espanha” neste embate válido pela 3ª fase do Campeonato Paulista da Segunda Divisão de 2023.

O Estádio Espanha tem capacidade para mais de 8 mil torcedores.

Existem arquibancadas nos 4 lados do campo, mas o público se concentra mesmo na arquibancada que fica junto à entrada do Estádio, principalmente porque nos jogos a tarde é onde fica a parte da sombra. E é aqui que ficamos!

Conforme a tarde foi caindo toda a bancada estava à sombra!

Do outro lado, mais uma grande arquibancada, que permanece vazia pelo baixo público, mas que está pronta para a volta dos dias de glória do Jabuca!

Este é o gol da direita, onde também se encontra uma arquibancada e que normalmente é disponibilizada aos visitantes.

Atrás do gol da esquerda é o espaço onde se coloca o pessoal das Organizadas do Jabaquara: a Fúria Rubro Amarela e a Torcida Jovem!

Ali está a faixa da Fúria Rubro Amarela:

Poder acompanhar um time como o Jabaquara Atlético Clube é uma verdadeira honra. Fico pensando até quando um time que representa um outro tempo e que não faz parte do grupo dos “gigantes” se manterá fazendo história…

O clube foi fundado em 15 de novembro de 1914 e conseguiu ultrapassar seu centenário mantendo ao seu redor uma legião de torcedores do bairro!

Mas a bola está rolando e é hora de dividir um pouco do clima de jogo no Estádio Espanha:

O gol impedido logo cedo aumentou a vontade de ganhar do time…

… e dos torcedores locais também!

Ainda que muitas das jogadas fossem de bolas paradas ou mesmo chutões desperdiçados ao acaso…

O CA Penapolense também levava perigo….

Mas o jogo não se limita ao campo, dê uma olhada nas arquibancadas e curta o espírito do futebol em Caneleira!

O Jabaquara aperta e faz da entrega a sua maior arma!

E de tanto apertar, em um ataque aos 35 minutos, Gabriel Patrez marcou o gol do Jabaquara para alegria de sua torcida!

Em meio às emoções, o primeiro tempo vai terminando…

Hora de curtir um pouco o Estádio e registrar a torcida que compareceu pra apoiar o Jabuca!

São poucos os times brasileiros que adotaram as cores vermelho e amarelo em seus uniformes, lembro-me apenas do Atlético Sorocaba, existiu algum outro?

De qualquer forma, é uma combinação bem chamativa nas bancadas!

O bar local teve trabalho dobrado, já que mesmo à sombra, o dia estava quente!

Bacana ver uma molecada presente na arquibancada. Quem sabe não darão sequência a essa história toda?

Aproveito o intervalo pra lembrar o início do time, ligado a um grupo de jornaleiros espanhóis que reuniam-se no bairro do Jabaquara para praticar o futebol.
Conta-se que foi um senhor negro, ex-escravizado foi quem propôs o nome e assim fez nascer o Hespanha Foot Ball Club.

O Hespanha FC estreou em competições profissionais no Campeonato Paulista de 1927, organizado pela LAF (Liga dos Amadores de Futebol), e saiu com o vice-campeonato do que equivalia à segunda divisão daquele ano.

O site “O curioso do futebol” trouxe a história dessa campanha e a foto abaixo:

Em 1929, seria o 3º colocado, depois disputaria o Campeonato da APEA de 1933 (novamente vice campeão) e 1935 (4º lugar), o da LPF de 1936 (7º lugar) e os campeonatos organizados pela Liga da LFESP de 1938 a 1940.
Em 1941, foi um dos clubes fundadores da Federação Paulista de Futebol (FPF), e em 1942, após terminar em último lugar no campeonato, mudou seu nome de Hespanha para Jabaquara por conta da 2ª Guerra Mundial.
Já nos anos seguintes, campanhas fracas, com o time terminando sempre nas últimas colocações. Nessa época, mandava suas partidas no Estádio Ulrico Mursa, da Portuguesa Santista.
Aqui, o time de 1945:

Em 1952, termina em penúltimo e é rebaixado junto do Radium de Mococa para a segunda divisão. Retorna em 1955 e permanece até 1963, quando uma goleada para o Santos por 5×3 decreta novo rebaixamento.
Nunca mais o Leão da Caneleira teve forças para retornar à elite.
Em 1960, se estabeleceu em Caneleira, com seu Estádio Espanha.
Em 1968 licencia-se do Campeonato. Em 1977, passa a disputar a “Segunda Divisão” (que equivalia ao quarto nível) até 1979.
Em 1980 e 1982 joga a segunda divisão, com passagem pela 3ª em 1981, de 83 a 93. Em 1987, chegou à fase final, perdendo o acesso pra Sanjoanense, mas em 1993 sagrou-se campeão, com grande campanha!

O time acabou entrando na nova organização do futebol paulista e passou a jogar a série B1-A (o quarto nível).
Entre altos e baixos, em 2002, novo título, dessa vez da série B3 do Campeonato Paulista. Confira matéria do Curioso do Futebol!

Bom, mas é hora de voltar para o segundo tempo porque lá vem o time do CA Penapolense, treinado por Oscar Souza, prometendo “botar fogo no jogo”.

O CA Penapolense voltou para o segundo tempo melhor arrumado e buscando o gol a todo instante!

O Jabaquara seguia tentando na bola parada…

Olha aí o estádio…


Um céu azul lindo, a natureza ao fundo…. e o Jabuca lutando para seguir existindo e quem sabe até voltar à Terceira Divisão

O jogo entrava no tudo ou nada e o CA Penapolense se lançava ao ataque loucamente, abrindo espaços para o contra ataque. O time do Jabaquara perdeu a chance de matar o jogo dessa forma…

Esqueça as dores na canela, o jogo vale a vida para o Jabaquara!

Já nos acréscimos (o juiz deu 7 minutos) o CAP chegou ao empate para a alegria do narrador de Penápolis que foi o único a segurar o grito de gol por longos segundos…

Um triste golpe para a fiel torcida do time local…

Fim de jogo, o empate mantém um fio de esperança para ambas as equipes, mas de verdade, foi um placar ruim para os dois times.
Veja como ficou a tabela de classificação do grupo (peguei lá do Futebol Interior):

E se alguém achou injusto o resultado, a revanche já tem data: no próximo sábado as duas equipes se enfrentam novamente no. “returno” desta fase, mas dessa vez no Estádio Tenente Carriço, em Penápolis.

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O Paulista FC e o futebol em Álvares Machado

No feriado de 15 de novembro de 2022, fizemos um incrível rolê até Bataguassu-MS. Veja os posts já feitos sobre essa viagem:
1) Estádio Municipal Tonico Lobeiro, na cidade de Óleo
2) Estádio Gilberto Moraes Lopes, em Piraju
3) Estádio Municipal Clube Ferroviário em Bernardino de Campos
4) Estádio Municipal Arnaldo Borba de Moraes, em Ipaussu
5) Estádio do Clube Atlético Ourinhense e o Estádio Djalma Baia, em Ourinhos
6) Estádio Romeirão, em Ribeirão do Sul
7) Estádio Manoel Leão Rego e Estádio Miguel Assad Taraia, em Palmital
8) Estádio Francisco Guímaro, “O Pirangueiro“, em Presidente Epitácio
9) Estádio Municipal “João Pereira de Souza”, em Bataguassu (MS)
10) Estádio Municipal José Francisco Abegão (antigo Estádio Antônio J. Andrade), em Presidente Venceslau
11) Estádio Municipal José Spaus da Silva, em Santo Anastácio
12) Estádio Dr Arthur Ramos e Silva Jr, em Presidente Bernardes

Já no caminho de volta pra casa, fomos conhecer um pouco da história do futebol em Álvares Machado e do Estádio do Paulista e é o que veremos neste post!

Álvares Machado é uma pequena cidade que está praticamente colada a Presidente Prudente com uma população de pouco mais de 25 mil pessoas.

Como todas as cidades do oeste paulista, a história de Álvares Machado começa com a ocupação indígena que ocorria há muito tempo e que viu o seu fim com a chegada dos bandeirantes.
Aquela área selvagem, rodeada pela floresta do Vale do Paranapanema com seus córregos e ribeirões foi aos poucos vendo a chegada das novas famílias, expulsando (muitas vezes matando) os indígenas locais, que reagiram com bravura, mas não foram capazes de brecar este movimento.

Considera-se o fundador de Álvares Machado, Manuel Francisco de Oliveira, que chegou ao local, na época conhecido como Brejão, comprando terras da viúva de Manuel Pereira Goulart e construindo sua casa. Aos poucos o local passou a atrair outros moradores.

Em 1919, a Estrada de Ferro Sorocabana chegou à região, com a estação ferroviária de Brejão que mudaria de nome para Álvares Machado. Foto do site Estações Ferroviárias:

O futebol na cidade se iniciou com a criação do Paulista Futebol Clube em 1943. Distintivo do site Escudos Gino:

Esse é o time de 1943:

Em 1944, disputa o Campeonato Paulista do Interior na 17ª região, ao lado do rival local EC Bandeirantes. O grupo tem como campeã a AA Venceslauense.

Em 1945 mais uma disputa e o campeão do grupo foi o FADA:

Em 1946, não disputa o Campeonato do interior, mas no ano seguinte, em 1947, sagra-se campeão do seu grupo (o setor 22):

O Paulista FC enfrenta então os campeões da Zona 5, e a AA Botucatuense sai vitoriosa classificando-se para a próxima fase e chegando até a final do campeonato, da qual o Rio Pardo FC sagrou-se campeão!

Também disputou o Campeonato amador de 1950.

No site Osmardeamigos encontra-se essa foto do time de 1973:

Aqui, o time de 74:

Fiquei um pouco decepcionado por chegar ao estádio e ver que o tempo foi impiedoso com ele… A começar pela sinalização que foi apagada pelo tempo e pelas reformas.

Pelo Google Maps ainda encontrei uma imagem que mostrava o nome do time nos muros do local, diferente da realidade atual.

Navegando pelo Facebook encontrei essa imagem interna que mostra uma estrutura com toda a identificação do time.

E também uma imagem interna do campo.

Além do Paulista e do já citado Bandeirantes, nos anos 70 ainda existiu o time do Estudantes:

Nos anos 80 ainda havia o Machado Atlético Clube, o MAC que jogava no mesmo campo do Paulista. Nessa foto, dá pra ver que existia uma arquibancada coberta lá:

E destaque também para o time do Avaí:

Nos dias atuais, sequer conseguimos entrar no campo, e só deu pra registrar o campo lá de fora.

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Uma tarde carioca em Itu: a volta do Vasco à elite!

Domingo, 6 de novembro de 2022. Uma partida que ficará na história da torcida de Itu mas que o pessoal do Vasco espera que não se repita tão cedo.

A torcida visitante sabia da importância da sua presença, por isso, transformou as proximidades do estádio em uma pequena parte do Rio de Janeiro.

Ali na entrada dos visitantes o clima foi de tranquilidade, mas segundo amigos, infelizmente houve problemas na entrada da torcida local, com enfrentamentos entre as torcidas.

A praça e os bares próximos se tornaram cariocas por uma tarde…

Por incrível que pareça, a entrada no estádio foi rápida, fácil e bem organizada! Parabéns ao pessoal do Ituano!

Uma vez dentro do estádio, era hora de acompanhar a força de uma torcida que se fez presente mesmo mais de 500 km distante. E pra registrar esse amor (e esse sofrimento) que decidi acompanhar a partida do lado dos vascaínos.

Aos poucos o estádio foi se colorindo. E aí, mais uma das coincidências do futebol… Uma partida tão decisiva para o “gigante da colina” tinha mesmo que ser contra um time rubro-negro, como é o caso do Ituano!

Pra quem acompanha o futebol além das 4 linhas é sempre uma honra ver de perto as torcidas que marcaram seu nome e presença junto do time do Vasco, como é o caso do pessoal da Vasco Rasta!

E aos poucos, os primeiros gritos da torcida aparecem pra colocar todos os vascaínos em torno do mesmo sonho: o acesso à série A do Brasileiro!

O estádio foi se enchendo aos poucos…

E conforme o setor visitante recebia os torcedores, o barulho aumentava…

Curta um pouco do clima do Estádio Novelli Júnior, antes da partida começar:

A volta das bandeiras de mastro também ajudaram a dar um visual ainda mais legal para uma partida que seria decisiva para os planos dos vascaínos!

Os times entram pro aquecimento e o estádio dá mostras de como será barulhento durante o jogo!

Aos poucos, foram sumindo os espaços na arquibancada, ainda faltando algum tempo pro início da partida

O lado rubro negro também mostra a força das torcidas do interior e a festa é geral entre a torcida do Ituano!

Não me lembro de ter visto o Estádio Novelli Júnior tão cheio como neste domingo! Por mais que eu estivesse do lado visitante, pude imaginar como estava o coração de cada torcedor do Ituano

O time do interior paulista fez a melhor campanha do segundo turno e chegou à partida decisiva precisando de uma simples vitória para alcançar a série A do Campeonato Brasileiro.

E lá vem os times ao campo!!

Show das torcidas!

Mas o que prometia ser uma tarde de insanidade e desespero pras duas torcidas acabou se resolvendo com certa facilidade para o time visitante, já que aos 2 minutos, Raniel invadiu a área e dividiu a bola com o goleiro Jefferson Paulino, na sa sobra, Gabriel Pec bateu para o gol e Lucas Dias, zagueiro do Ituano, meteu a mão na bola… Penalty e cartão vermelho para o zagueirão…

Quem mais poderia bater um penalty tão importante? Nenê foi para a bola e…

O setor visitante se transformou em juras de amor eterno e muita, mas muita emoção.

Mas em campo, o que parecia ter ficado fácil, na verdade se mostrou como uma partida duríssima para o Vasco.

O Ituano fez o jogo da sua vida e passou a pressionar como se não notasse o jogador a menos, para o desespero da torcida vascaína durante todo o primeiro tempo.

Ah, quem diria que um dia eu estaria curtindo o intervalo de um jogo vendo o Eddie na bandeira da Força Jovem ali, ao vivo? Veja aqui como surgiu essa relação entre o mascote do Iron Maiden e a torcida.

Veio o segundo tempo e até a lua deu as caras pra deixar a noite ainda mais emocionante (ou sinistra??) !!

O segundo tempo começa e também se mostra muito difícil para a torcida vascaína. Faltava o segundo gol para deixar tudo mais tranquilo.

Mas o nervosismo não se deixou transformar em falta de apoio e mais uma vez a torcida do Vasco deu mostras do seu amor ao time!

O fim do jogo foi se aproximando e achei importante registrar de outro ângulo a presença da torcida do Vasco…

Pelo que ouvi, haviam ali 4 mil torcedores.

E o que os 4 mil vascaínos queriam é que a partida se encerrasse logo…

E então… Veio o que os vascaínos sonharam durante todo esse ano… O Vasco voltou à série A do Campeonato Brasileiro!!!

Festa merecida para uma torcida que ainda precisou enfrentar mais de 500 quilometros durante a madrugada para voltar pra casa!

Normalmente, estamos acostumados a trazer aqui no blog histórias de equipes menores que lutam pelo acesso, ou mesmo pela sua sobrevivência dentro de um futebol cada vez mais disputado, mas desta vez a experiência foi diferente, mas também muito emocionante! Foi um grande prazer poder estar ao lado da torcida vascaína nessa data tão importante!

Obrigado, futebol!

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O acesso do Pouso Alegre FC à série C

Sábado, 27 de agosto de 2022.

Em uma manhã que se iniciou com um papo citando Albert Camus e sua visão sobre a imprevisibilidade e improviso do futebol, onde cada partida é uma história única, nos dirigimos até Pouso Alegre, no sul de Minas Gerais, para acompanhar um jogo que sem dúvida seria inesquecível para a torcida local!

Chegamos à cidade na hora do almoço e após de um rolê pelo centro, conhecendo o mercadão e a tradicional praça da igreja, fomos para o estádio.

O rolê contou com a presença ilustre do amigo Mario Casimiro Gonçalves, autor do livro sobre o Atibaia SC e grande colecionador de camisas e experiências de futebol.

Chegando cedo, deu pra conhecer a loja oficial do time, a “Shop PAFC” (e que pode ser acessada pela Internet, clique aqui!). E que loja!

Na loja, também deu pra ver fotos históricas das conquistas do Pousão:

Graças a ajuda do treinador Paulo Roberto e da Tatiana da secretaria do clube (muito obrigado aos dois!!), conseguimos comprar antecipadamente nossos ingressos e assim foi só passar lá na loja e retirá-los.

Olha o clima na entrada do jogo:

E nós podemos dizer que tivemos um dia incrível ao fazer parte desse momento histórico do Pouso Alegre FC!

Logo na entrada do Estádio, o busto de Alberto de Barros Costa Filho nos deu as boas vindas!

A chegada do público impressiona…. Será que teremos os 15 mil torcedores, que era o desafio proposto pela diretoria?

Olha aí a TOPTorcida Organizada do Pousão:

Rolou até uma banda de pagode em plena arquibancada do Manduzão:

O time local entra em campo e a torcida local mostra sua força.

Teve direito até a fumaça rubro-negra:

O amigo Mário também fez alguns registros desse momento de festa na bancada, confira:

Eu acabei registrando o momento ali de dentro da nuvem…

E teve tirantes também colorindo a bancada:

Em campo, o ASA de Arapiraca começou melhor, até porque precisava reverter um placar bastante adverso, já que perdeu em casa por 2×0.

Mas a torcida local estava mesmo insana…

Fui dar um rolê pelo estádio pra registrar a incrível presença do público:

Aqui, a outra organizada do time, a Dragões do Mandu:

A torcida do ASA de Arapiraca merece menção especial, afinal mesmo com um placar extremamente contrário, compareceram em pelo menos 2 ônibus, desafiando os milhares de quilômetros até a cidade do sul de Minas Gerais. Parabéns à Mancha Negra!

Cantaram durante todo o primeiro tempo e mesmo quando o time levou o gol do Mandu, mantiveram seu apoio.

Ao menos ganharam um por do sol lindo!

Ao retornar para o nosso lugar, deu pra conferir que o estádio estava praticamente lotado!

E a gente pode dizer que participou dessa festa!

Mas, como já disse acima, aos 34 minutos do primeiro tempo Neto Paraíba fez o que todos esperavam: Gol do Pousão e a torcida vai à loucura!!!

Do outro lado, as cadeiras cobertas também estavam repletas!!

É sempre um orgulho em estar ao lado de uma festa tão bacana! Tomara que a cidade siga nesse apoio nos próximos anos!

E teve bexiga colorida, teve bandeira…

Não vejo a hora da liberação das bandeiras de mastro aqui em SP, olha que visual lindo:

E não parava de chegar gente….

Olha o bandeirão da Dragões!

O time do ASA de Arapiraca se mostrou um adversário valoroso! Não entregou fácil a partida. Correu o tempo todo e perdeu até algumas chances que poderiam ter transformado a festa em um drama!

Mas a gente estava ali pela festa 🙂

O Mário até agora não entendeu porque esse avião passou 8 vezes pelo campo. Foi pra ver a festa, Marião!!!

Começa o segundo tempo e, embora o sol se vá, a vibração na arquibancada segue a mesma!

Rolou até a brincadeira com os celulares..

E o estádio ganhou um aspecto diferente…

Com o placar assegurando o acesso, foram começando a aparecer provocações ao adversário…

Decidimos ir próximo do banco de reservas para acompanhar o momento de acesso próximo do treinador da equipe Paulo Roberto!

E olha aí o maestro!!

Momentos finais da partida e o ASA de Arapiraca ainda tenta encontrar seu gol de honra…

Só falta o apito final pra festa começar…

Minutos antes do fim do jogo a torcida local se emociona:

E é fim de jogo! Parabéns Pouso Alegre FC, vc está oficialmente na série C 2023!!

Tem bandeirão? Siiiim!

Tempo de festa mas de se manter o foco não só pra sequência do campeonato, como também para o futuro do time que terá um 2023 cheio de compromissos!

Ao fim da partida, o jogador Foguinho veio até o alambrado dar um alo pra torcida e ganhou um presente de um torcedor mirim.

Um último olhar para esta tarde tão mágica e tão única quanto diria Albert Camus!

Ao término do jogo até o Mickey se rendeu ao Mandu….

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O Estádio dos Aflitos – A casa do Clube Náutico Capibaribe

A pandemia da Covid 19 fez com que as viagens de 2020 e mesmo 2021 fossem canceladas, o que foi essencial para a saúde coletiva. Assim, só no fim do ano conseguimos fazer uma viagem mais longa, passando a virada para 2022 na histórica cidade de Recife.

Terra que teve como primeiro donatário Duarte Coelho…

Mas, muito antes de Duarte Coelho e demais portugueses (e holandeses), ali viveram diversas etnias indígenas, como os Caetés, conhecidos como “inimigos da civilização” e que acabaram exterminados, depois de serem suspeitos de terem devorado o bispo Sardinha e terem se levantado após a fundação de Olinda. Não existem registros imagéticos dos Caetés, mas sim dos Tarairiú que junto dos Caetés e dos Cariri ocupavam a região de Pernambuco.

É incrível como o Brasil é rico em opções de passeios maravilhosos… Uma pena que tudo seja tão caro… Mas fiquei muito feliz de poder conhecer algumas das praias de Recife e da região.

Mas Recife é muito mais do que um destino pra curtir praias, é uma baita cidade com uma história incrível, vários museus e muita coisa gostosa de se viver.

Pra falar da história local, eu separei dois vídeos do Eduardo Bueno (Canal Buenas Ideias) que falam de momentos chave da cidade:

Mas, além de praias, rios, museus e um pouquinho da história, também fomos visitar os 3 estádios mais importantes de Recife e comecemos falando do Estádio dos Aflitos, a casa do Clube Náutico Capibaribe!

Pra quem não se lembra, a gente contou um pouco da história do Náutico em um post sobre a camisa nº 31 do blog (clique aqui e leia!)

A primeira coisa bacana do Estádio é a loja oficial do Náutico, a “Timbushop” (clique aqui para comprar online!) com várias possibilidades de souvenir e lembranças do time.

Destaque para o livro do Mirandinha.

Diferente de muitos estádios, fomos super bem recebidos nos Aflitos! Um abraço para o amigo que trabalha lá na portaria (que eu acabei esquecendo o nome) que nos acompanhou pelo role.

Falando um pouco sobre o “Aflitos”, o nome oficial do Estádio é Eládio de Barros Carvalho, e tem esse apelido porque fica no bairro dos Aflitos.

O Estádio foi arrendado pela Federação Pernambucana em 1917 para os jogos do campeonato pernambucano, e só anos depois o Náutico adquiriu o local e acabou construindo ali sua sede.

Pra mim, foi uma grande emoção poder visitar o Aflitos, afinal, o conheci visualmente ainda nas figurinhas, depois nas partidas pela TV e pela Internet. Faltava esse olhar “ao vivo”. Linda e única a arquitetura do prédio da frente, que abriga a loja!

Agora, é hora de finalmente adentrar ao estádio…

E aí está sua linda arquibancada, que tem como recorde de lotação 31.613 torcedores, em 1970 no jogo Náutico 1×0 Santa Cruz, pelo campeonato pernambucano.

A inauguração do estádio ocorreu em 25 de junho de 1939 em um Clássico dos Clássicos (Náutico 5×2 Sport) valendo a decisão do segundo turno do Campeonato Pernambucano.

Aqui, o gol da esquerda, perceba quantos prédios já existem ao redor do campo:

Embora os recordes de público sejam superiores aos 30 mil lugares, esta foi sua capacidade oficial até 2002, quando houve um redimensionamento no espaço exigido por torcedor (por segurança) baixando sua capacidade para 22.856 torcedores. E este é o gol da direita:

Em 1953, o estádio ganhou o nome de “Eládio de Barros Carvalho” em homenagem ao histórico presidente do Náutico.

A partir de 2016, com a construção da Arena Pernambuco, começa a se cogitar sua demolição (!!!) para dar lugar a um centro comercial. Um verdadeiro crime ao patrimônio e à história não apenas do Náutico, mas do futebol pernambucano e, por que não, brasileiro… Olha só essas lindas cadeiras cobertas:

Porém, além de longe, a Arena de Pernambuco é aquele típico estádio “neutro” que não cria um clima de alçapão e pra piorar, jogar lá ainda custava caro… Assim, uma Assembleia Geral dos associados decidiu que o Náutico deveria voltar a jogar nos Aflitos, dando origem à campanha Voltando Pra Casa.

A previsão era reabrir em abril de 2018, porém, por conta das dificuldades somente em dezembro, em um amistoso contra o Newell’s Old Boys, com vitória pro Náutico por 1 x 0.

Em 2019, foi o palco do acesso à série B do Brasileiro, com direito a muita emoção e gol aos 49 minutos do segundo tempo!!

Mas nem só de alegrias se faz um time e um estádio. Em 2005, o Aflitos foi palco da história mais louca da série B, mas nesse caso com um final triste para o Náutico, na chamada “Batalha dos Aflitos”:

Por isso, pra mim, estar aqui significa fazer parte por alguns minutos de todas essas histórias!

O Estádio dos Aflitos soube fazer de si mesmo um recordo a parte dessas histórias, como nos nomes dos seus setores:

No dia da nossa visita, o “Dragão” era o grande parceiro do time e ilustrava todo o campo.

Mesmo com tantas coisas legais, um litoral lindo com direito até a tubarões, a vontade de sair dali era muito pequena… Fora o sonho de poder assistir uma partida ali…

Mais uma vez agradeço ao pessoal do estádio, da loja e do próprio clube por ter liberado o nosso rolê por esse estádio incrível…

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A volta da Portuguesa à série A1 do Campeonato Paulista!

9 de abril de 2022, 17h45: começo pelo fim, até porque todos já sabem como essa história terminou.

Faltando poucos minutos pro fim do jogo, o tradicional Estádio do Canindé está entre explodir de felicidade e a angustia de saber que um gol pode estragar a tão aguardada festa… Próximo a mim, ouço um torcedor lusitano falar baixinho: “Deus, olha eu aqui de novo pra falar da Portuguesa…”.

É… Quem ama futebol, sabe o que são os segundos que antecedem um acesso para a primeira divisão…

Mas voltemos ao início desse capítulo difícil da história da Portuguesa.

O time já vinha entre altos e baixos há alguns anos, mas quando em 2015 foi rebaixado à série A2, nem o mais pessimista poderia imaginar que fossem levar tantos anos para o retorno à primeira divisão… Portanto a semifinal contra o Rio Claro significava muito, mas muito sentimento represado.

Não foi a toa que uma multidão de quase 13 mil torcedores compareceu ao Canindé para a partida. A Marginal Tietê já estava com saudade de ser decorada com a presença da torcida da lusa!

Fazia tempo que tamanha confiança e apoio não eram mostrados assim em conjunto por tantos torcedores da Lusa!

Já estivemos no Canindé por várias vezes, seja acompanhando a Lusa, ou o Santo André, ou mesmo para registrar o Museu da Portuguesa, e lá estamos mais uma vez!

Com tanta gente, acabei chegando com o jogo começado, o que deu certa tranquilidade para registrar a loja da Lusa:

Como acontece nas decisões, o estádio era uma mistura da minoria que acompanhou e sofreu junto com o time nesses últimos anos e uma boa parte de torcedores que surgiram para o jogo do acesso. Mas tudo bem. Essa decisão também serviu pra isso, pra trazer de volta os que já não participavam e mesmo para apresentar a paixão rubro-verde para uma nova geração de torcedores.

34 minutos do primeiro tempo e a festa parece se confirmar: Gustavo França enlouquecia a torcida fazendo 1×0!

Com 1×0 já dava pra fazer nosso tradicional vídeo de registro da partida:

O primeiro tempo termina e dá pra ver que realmente tem muita gente no Canindé

É tanta gente, que a polícia militar se vê obrigada a aumentar o espaço destinado ao torcedor local, tamanha é a multidão que o placar oficializava: 12.964 pagantes!

Mas não houve nenhum problema para o torcedor Rioclarense que também compareceu e que infelizmente ficou de coadjuvante nessa história. Abraços para o pessoal da Galo Azul.

O segundo tempo começa e a torcida sabe que faltam 45 minutos para a confirmação do acesso. É muita energia, e a Leões da Fabulosa tratou de deixar a bancada não apenas mais colorida, como mais vibrante:

E se segura que lá vem o bandeirão da Leões!

O público só não foi ainda maior porque a parte das cadeiras cobertas está sendo reformada, o que reduziu a capacidade total do estádio.

Aos 13 minutos do segundo tempo, o inesperado (ao menos para a torcida local) acontece: Bruno Moraes empata o jogo. A bancada não para. O apoio é total!

Mas em campo, a Portuguesa sentiu o gol, e mesmo as chances de ataque criadas eram facilmente desperdiçadas.

Mais uma vez o apoio da bancada ajudou o time a se controlar e entender que faltava muito pouco para o acesso! O Rio Claro tenta crescer no jogo, mas o caldeirão lusitano ferve!!

Estando ali no meio desse caos de sentimentos dava pra ver no rosto de cada um o que estava em jogo: as lembranças de experiências compartilhadas em família ali naquele mesmo espaço, toda uma história envolvendo a ligação Brasil e Portugal e o futuro dessa geração que pode trazer a Lusa de volta ao patamar da elite do futebol.

Uma dessas histórias estava ali em campo: o comandante Sérgio Soares, ex atleta e um treinador fora dos padrões atuais: próximo da torcida, dos atletas e indo muito além das 4 linhas!

Não é por acaso que ele tem o apoio que tem, tanto da diretoria quanto da torcida!

O tempo passa, mas a torcida sabe que não dá pra bobear… Unhas são detruídas, lamentações proferidas…

Mas o apoio não para!

Alguns sentimentos não parecem caber nas pessoas. Algumas querem voar, chegar ao céu… E o alambrado torna-se asa!

Até o Cartolouco parece estar literalmente louco e circula sem camisa curtindo o acesso que parece se confirmar!

Os segundos demoram a passar… Só há um caminho para a torcida: cantar sem parar e tentar mostrar de todo jeito o seu amor à Lusa!

Mais de 43 minutos do segundo tempo e um escanteio para o Rio Claro traz até o goleiro do time do interior para a área. Os corações lusitanos se mostram valentes!

Só o que se pensa, se diz, se grita no Canindé é “Vamos, Lusa!!”

Preste atenção… Esses devem ser os últimos momentos da Lusa na A2!

Chega de sofrimento… É a hora de comemorar. A Lusa está definitivamente na série A1!

Lágrimas, risos, cerveja, passado sendo posto a limpo, o futuro se redesenhando… Alguém saberia explicar o que se passa num momento desses? Abraço ao amigo lusitano Daniel Júnior, que sempre esteve ao lado do seu time, mesmo estando há milhares de quilometros.

O goleiro Thomazella, que também viveu um drama familiar durante o campeonato por conta de uma doença rara em seu filho, foi amplamente reconhecido!

Um abraço pro pessoal da torcida do Santo André que colou pra apoiar, em especial pro Guilherme, com quem assisti o jogo!

Ainda deu tempo de trombar o amigo Álvaro e seu irmão!

Quem disse que o torcedor da lusa queria ir embora? A festa demorou pra acabar e teve até cerveja de graça!!

Parece que os próximos capítulos da história da lusa terão ainda maior felicidade!

A hora de ir embora também foi emocionante. Bandeiras da lusa mais uma vez dominaram a marginal Tietê!


Quem sou eu pra falar da religiosidade de cada um… Talvez tenha sido apenas mais um fim de dia de outono qualquer, mas tenho certeza que aquele torcedor que pediu ajuda pra Lusa, viu esse céu vermelho como a prova mais incrível de que Deus exista e que, ao menos ontem, ele foi Lusa desde pequenininho…

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Torcida do Sertãozinho dá show no acesso à A2-2017

13095956_1058867850837342_4421089579483657212_n 8 de maio de 2016. O domingo fecha um fim de semana de acessos! Um dia após acompanharmos o Santo André voltar à série A1 do Paulista, em Barretos, fomos até Sertãozinho assistir a equipe local chegar a final da A3 e consequentemente conquistar o acesso à série A2 e a festa não podia ser melhor! 13138985_1019867961433957_8219649637272245699_n O Sertãozinho manda seus jogos no Estádio Municipal Frederico Dalmaso, o “Fredericão”. 13138886_1058863764171084_6877128825184115130_n E o campo estava cheio, e todo mundo muito animado, acreditando na classificação! 13133239_1058865417504252_4070497999134003101_n A torcida lotou todo e qualquer espaço do estádio destinado ao público local!

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Vem comigo dar uma volta e sentir o clima do jogo!

Tudo isso, para sua segurança! 13082500_1058866750837452_4270755319800289742_n 13095833_1058868937503900_6347692429483457232_n Pudemos conhecer pessoalmente o amigo Renan! E é pra isso que o futebol serve: fortalecer as amizades! 13164387_1019867654767321_7945354828200763700_n

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Pra quem não sabe, o estádio tem ainda uma pequena área coberta, junto das cabines de imprensa. Tudo muito bacana!

13151389_1019871081433645_6487375951108399769_n 3 5 Mas a festa estava mesmo no meio da torcida. Uma pena que a Federação não permita que as organizadas entrem com suas faixas e camisas, mas mesmo assim, o pessoal de Sertãozinho pintou de grená e branco a cancha local, com direito a tirantes e tudo! 11217679_1019892871431466_2096946033973662187_n 13138937_1019870744767012_6049222921600623047_n 13083323_1019871011433652_3835303526117320682_n 13164364_1019872118100208_6864256053167332853_n Dá uma olhada no que tinha de gente! E esse pessoal ajudou o time a segurar um 0x0, meio morno, mas que garantiu a vaga do time local na A2 de 2017! 13124709_1019868304767256_5746055201714109878_n 13165863_1019893208098099_1140805656180587021_n Outro destaque pro rolê fica para o encontro, ali nas bancadas mesmo com o amigo Nequinha, lateral direito pé quente, que acabou conquistando mais um título, desta vez da A3! Valeu, amigo! 13151410_1058868380837289_1602485553205288478_n E já que o time saiu campeão, não pode faltar a foto dos vencedores!

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Pra quem andava nos cobrando mais um role pelo interior, fica esse registro! Abraços aos amigos!

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Último jogo de 2012: Atlético Clube de Portugal x C.D. Tondela

Fechamos o ano de 2012 e abrimos 2013 com chaves de ouro. Tivemos a oportunidade de conhecer dois países da Europa que ainda não havíamos visitado: Portugal e Espanha.

Assim, nosso último jogo do ano, foi pela segunda divisão de Portugal (a segunda liga), no mítico Estádio da Tapadinha.

O jogo foi entre o time local, o Atlético Clube de Portugal e o Club Desportivo de Tondela, da cidade de Tondela, que fica há pouco mais de 250 km de Lisboa.

O Atlético jogou de azul escuro e amarelo e o Tondela de azul claro.

Aí está o ônibus do CD Tondela, para o meu amigo Anderson, de Curitiba, que curte esse lado “logístico” do futebol!

Preciso confessar, que embora eu já estivera na Europa antes, esse foi o primeiro jogo que assisti no Velho Continente.

E mesmo sendo uma experiência tão nova, a sensação não era muito diferente dos jogos pelas divisões de acesso no Brasil.

Havíamos chegado pela manhã, em Lisboa e a tarde fomos para o jogo. O Estádio da Tapadinha não é na região central, mas está há poucos quilometros dali,  situado no Bairro de Alcântara. Essa é uma das ruas do bairro:

Outra coisa que acho bacana, são portas antigas e o bairro está cheio delas!

O Estádio fica numa região residencial.

Pegamos um metro até o lugar mais próximo do estádio e dali tomamos um taxi até o Estádio.

O Atlético Clube de Portugal foi um dos principais times o país até a década de 70. De lá pra cá, manteve o apoio do bairro, porém disputando a divisão de acesso. Pelo que ouvimos dos torcedores locais, o Estádio da Tapadinha nasceu como campo de pelada, e era chamado como “Campo da Tapadinha”, por estar localizado junto à Tapada da Ajuda e no início nem grama tinha. Com o tempo, o local passou por várias obras e melhorias até que em 1945, era inaugurado o Estádio da Tapadinha, num jogo entre o Atlético Clube e o Sporting, que terminou em 6×0 para os visitantes. De lá pra cá, o estádio foi palco de muitas histórias de amor e dor, como são comuns ao futebol. Neste dia em que estivemos presentes, o Atlético amargou mais uma derrota em casa, pô 1×0, com gol de um brasileiro, Carlos Eduardo… O Estádio comporta 10.000 torcedores e não tem iluminação.

Uma experiência gratificante e única, sem dúvida. E o povo português mostrou-se bacana em relação ao time do bairro. Deu pra conversar com alguns torcedores e ver que o futebol de bairro está sofrendo assim como no Brasil…

Um detalhe que merece ser destacado é a ausência de fosso ou de qualquer grande obstáculo entre a arquibancada e o campo.

A Polícia está presente, mas apresenta-se de forma muito discreta, sem encheção de saco, mesmo com a presença da torcida visitante.

Falando rapidamente sobre algumas coisas de Portugal, vegetarianos, animem-se! A quantidade de produtos ofertados nos supermercados é enorme e é tudo muito gostoso!

Uma outra coisa interessante é a ação dos gêmeos em Lisboa, são vários prédios grafitados!

Para mais informações sobre a “Liga 2”, sugiro o site O GOL. De lembrança, trouxe um cachecol, já que a camisa estava um pouco cara…

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