De lá pra cá, muita coisa mudou, mas o Gilbertão segue por lá!
Fizemos questão de dar um pulinho pra registrar a casa do CA Linense!
A bilheteria segue esperando a volta dos torcedores!
Outra coisa que, infelizmente não mudou, nem nunca mais mudará é o Estádio dos Eucaliptos, a primeira casa do CA Linense e que atualmente é um supermercado. Conseguimos bater um papo com um dos antigos frequentadores, que chegou a trabalhar como vendedor dentro do campo.
E olha que foto linda daquela época!
Mas…. Não falamos nem no post da nossa primeira visita e nem no post sobre a nossa camisa sobre uma outra coisa importante relacionada ao futebol de Lins: o time do Clube Atlético Comercial!
Embora não seja tão tradicional quanto o CA Linense (que é de 1927) o CA Comercial também não deixa de ser histórico, já que foi fundado em 1938, na época sob o nome de Comercial Futebol Clube
Esse é o time de 1941, que disputou diversas competições amadores (direto do site História do futebol:
Mas o CA Comercial foi além e em 1949 se aventurou no profissionalismo e disputou seu único Campeonato Paulista, o da Segunda Divisão (vale citar como curiosidade que este foi a 3ª edição organizada pela Federação Paulista de Futebol). A campanha foi bem fraca:
Após sua aventura no profissionalismo, o time voltou ao amadorismo. E nós… Fomos saborear uma pizza!
Em meio a essa quarentena, como não podemos viajar e registrar estádios, temos dedicado nosso tempo a ler e pesquisar mais sobre o futebol. Temos feito uma série de posts sobre os estádios do ABC, e sempre que possível intercalando com livros que ajudam a conhecer a história dos times.
O post de hoje é pra falar do livro “Clube Atlético Linense – O Elefante da Noroeste”, uma obra de Wanderley Frare Junior, que ficou 4 anos pesquisando, escrevendo, colhendo fotos, entrevistas e curiosidades sobre o time de Lins, cidade no interior de São Paulo que é apaixonada pelo clube.
Nós já falamos bem superficialmente sobre a história do time (veja aqui) e também chegamos a ver algumas partidas (veja aqui o jogo entre PAEC x Linense e aqui sobre um Santo André x Linense com portões fechados). Também já desafiamos a estrada e fomos até Lins para conhecer pessoalmente o Estádio do Linense – clique e veja, mas o trabalho do Wanderley vai muito além…
O autor também é apaixonado pelo clube, tanto que já foi ver jogos em muitas cidades na grande São Paulo, interior do estado e até a capitais distantes. Tudo pelo clube.
O livro foi lançado em 2015, durante o Campeonato Paulista daquele ano e tem 572 páginas coloridas, em papel de ótima qualidade, capa dura e sobrecapa.
O livro custa normalmente R$ 150,00, mas agora em JUNHO, mês de aniversário do Linense (completa 83 anos no próximo dia 12), o livro está numa promoção incrível, saindo pelo valor de R$ 100,00, incluindo as despesas de envio para qualquer lugar do Brasil.
O contato com o autor pode ser feito pelo whatsapp no número (11) 99905-3784.
Aproveite, pois essa oferta é válida apenas até o dia 30 de junho de 2020. NÃO PERCA!!!
Seguindo a correria, e tentando não deixar de focar nas camisas, a 109ª camisa do blog foi presente da diretoria de um time do interior de São Paulo pelo qual tenho grande simpatia; o Clube Atlético Linense.
O próprio nome já deixa claro que o time defende a cidade de Lins:
A história do time nos leva ao início do século, quando o futebol já era uma febre em todas as cidades do interior de São Paulo.
Sua fundação foi em 1927 e durante um bom tempo dedicou-se a competições amadoras regionais.
A partir de 1944, o Linense começou a disputar os campeonatos da Federação Paulista, na época, a grande competição para os times do interior era o Campeonato Amador do Interior.
Em 1947, veio o primeiro título do Campeonato de Profissionais do Interior.
A partir de 1948, o clube Campeão do Interior teria o direito de disputar a 1ª divisão paulista, por isso, o Campeonato passou a ser tratado como a 2ª Divisão de Profissionais.
E já nesse ano, o Linense conseguiu chegar à final, contra o XV de Piracicaba, mas uma derrota por 5×1 fez com que o time se mantivesse na 2ª Divisão.
Abaixo, foto de uma partida contra o Bandeirante, em Birigui, com vitória do time da casa por 3×2:
A boa fase perdurou nos anos seguintes, trazendo o título de “Campeão do setor”, em 1949 e 1950.
Em 1952, finalmente sagrou-se Campeão da 2ª Divisão, contra a Ferroviária, chegando à 1ª Divisão, com o time:
Veja como foi:
E em 1953, na “primeirona” não fez feio, fazendo valer seu mando de campo contra os grandes, empatou contra com o Corinthians e venceu Palmeiras, Santos, Portuguesa e São Paulo. Esse era o time do Elefante:
O Linense conseguiu permanecer na Primeira Divisão até 1957, quando voltou para a segunda divisão. Desta época, encontrei a foto do zagueiro “Frangão”, falecido em 2006:
E como os materiais esportivos eram mais bonitos, na década de 50… Das camisas às bolas de futebol chegando ao próprio amor pelo esporte e pela cidade. Coisas que não vão voltar.
Nos anos seguintes, o time disputaria a 2ª e a 3ª divisão, como fez o time de 1964:
Em 1976, o time teve um ótimo ano, perdendo a final da terceirona para o Rio Branco, por 3 a 2.
Finalmente, em 1977, depois de muita luta, o Linense conseguiu alcançar o título da 3ª Divisão, derrotando a Votuporanguense por 1 a 0. Vale citar que existe quem defenda que o campeão deste ano foi o Grêmio Pinhalense.
Aqui, o time de 1987, uma década pouco comentada no futebol, mas que, na minha opinião, marcou o início do fim do futebol romântico…
Em 1993, o time entrou em um recesso de 5 anos, e quando retornou (faça as contas… 1998) foi disputar a temida Segunda Divisão.
Somente em 2006, o time conseguiu voltar à Série A3.
Em 2007, fez ótima campanha na Série A-3, mas acabou deixando escapar o acesso ao empatar em 2 a 2 com a Ferroviária de Araraquara.
Ainda neste ano, disputou a Copa Federação Paulista chegando à final contra o tradicional Juventus, perdendo o título em uma das partidas mais emocionantes da história da Rua Javari.
Assim, conseguiu uma vaga para a Série C do brasileiro de 2008.
Já em 2010, outro momento mágico do time.
Numa difícil disputa, o Linense sagrou-se campeão paulista da série A2, retornando para a série A1, em 2011.
Nem precisa dizer que a cidade parou….
O time que conquistou o acesso foi esse:
O mascote do time nasce de uma história no mínimo estranha.
Após a conquista do campeonato paulista da segunda divisão de 1952, a diretoria e a torcida organizaram um desfile dos jogadores sobre elefantes de um circo local, daí…
O primeiro estádio onde o Linense jogou foi o Estádio Municipal dos Eucaliptos, localizado na atual região central da cidade.
Em 1953, o estádio foi demolido e em seu lugar foi levantado o “Gigante de Madeira“, com o esforço e suor de muitos de seus torcedores. Assim, atendiam às exigências da Federação para a disputa da primeira divisão.
Mas o Gigante teve vida curta e em 1960, já estava demolido.
Desde então, a equipe manda seus jogos no Estádio Gilberto Siqueira Lopes, o “Gilbertão”.
Sua capacidade é de 15.000 torcedores e a torcida do Linense faz sua parte, colocando um ótimo público nos jogos locais.
Pra terminar o post, minha sincera homenagem à torcida do Linense que é uma das maiores do país, levando em conta a proporção com o número de habitantes.
O time conta com três torcidas organizadas: “Unidos do Elefante” (www.unidosdoelefante.com.br), “Tromba do Elefante” e ” Camisa 12″.
Mas além das organizadas, o Linense tem em suas bancadas um outro xodó. Trata-se de Lolô. E aprenda, Lolô pode…
Para maiores informações, acesse o site do clube: www.calinense.com.br
O exemplo da cidade e do povo de Lins me inspira a seguir gritando…
mesmo lugar que fomos na 4a feira) para assistir PAEC x Linense.
Pra quem não está acostumado com a nova cara do futebol paulista, pode achar que é um jogo fraco, mas saiba que estamos falando de duas equipes que provavelmente disputarão a 1a divisão de 2011.
O placar da Javari fica estranho sem o nome do Juventus, não fica?
Um jogo de dois times rápidos e técnicos, que se equivaleram na partida assim como fazem nessa série A2, ainda que tenham 2 modelos e históricos tão diferentes.
E se o jogo é na Javari, isso significa estar praticamente ao lado dos jogadores durante toda a partida.
Não dá pra tentar esconder nenhum lance, nem as escorregadas, como a do meia do time do PAEC. E uma das poucas imagens do Linense de meias azuis.
Uma das diferenças dos dois times é a torcida.
Mesmo Lins sendo uma cidade distante 445 km da capital, o “Elefante” (apelido do Linense) trouxe 4 ônibus e vários carros de torcedores até São Paulo.
Méritos de um time tradicional e que vem sendo bem gerenciado há alguns anos, trazendo visíveis resultados.
Pudemos andar por todo o Estádio e fotografar os 4 lados do jogo!
Importante ressaltar a vibração e atitude da torcida do Linense que cantou o jogo todo!
O sol castigava… o jogo começou as 10hs!
O jeito era baixar a temperatura com sorvetes e água!
A torcida do Linese marcou de perto o adversário! Mas não teve jeito, o PAEC saiu na frente.
Bandeiras e camisas encheram de vermelho e branco a Rua Javari!
Pra torcida do Linense, o jeito de fugir do sol, foi se amontoar embaixo da pequena marquise do estádio do Juventus.
Mas não teve batuque que fizesse a bola entrar!
O Linense criou chances incríveis de gol, mas não conseguiu vazar o adversário. A torcida ficou de cabeça quente, principalmente com o juizão que parecia dar uma forcinha pra equipe do PAEC.
Pra quem não conseguiu ler, o site da torcida do Linense é www.unidosdoelefante.com.br/ . No intervalo do jogo batemos um papo com o presidente da torcida, o Gui filmou, se liga:
Bom, mas independente do resultado ou dos times, fica registrada nossa presença em mais uma partida! Mais do que um jogo, uma vivência histórica!
Ah, e não é que tinha bastante gentetorcendo pelo PAEC?? A maioria colaboradores ou familiares de colaboradores do Grupo Pão de Açúcar.
Sem dúvida um novo modelo de gestão e até de se conquistar torcedores, mas… faltam bandeiras e faixas pra torcida do PAEC.
Só encontramos 2 pessoas com camisas do PAEC nas arquibancadas, e uma acho que era um auxiliar técnico…
Fomos assistir o final do jogo no local onde normalmente a setor 2 assiste, e aproveitamos pra incentivar o goleiro do Linense (o conhecido Paulo Musse) a ir até a área tentar o empate. E não é que ele foi??
E quase marcou, chutando uma bola que sobrou de um escanteio.
Mas não deu pro Linense, que perdeu mesmo o jogo. Vamos ver se durante a semana sobra tempo para mais um jogo.