210- Camisa do CA Atlanta

A 210ª camisa de futebol a aparecer aqui no site pertence ao Club Atlético Atlanta time argentino do bairro Villa Crespo, Buenos Aires.

O post de hoje é em homenagem ao amigo Lionel, hincha do CA Atlanta, ao meu lado, de blusa cor vinho na foto abaixo!

O CA Atlanta foi fundado em 12 de outubro de 1904 e seu nome é homenagem a um navio de guerra norte-americano que havia atracado no porto de Buenos Aires.
O time sempre teve muitas ligações com a comunidade judaica que chegava em grande número no início do século XX e se concentrava em Villa Crespo.
Em 1905, o Atlanta filiou-se à Argentine Association Football League, que organizava os torneios nacionais da época.
Na época, o Atlanta utilizou o campo que pertencia ao Club Gath y Chaves, situado nas Províncias Unidas y Lacarra.
Iniciou disputando a terceira divisão em 1905, e em 1906, inscreveu-se na Segunda Divisão, onde venceu o River Plate por 9×0!!

Em 1956, sagrou-se campeão da Segunda Divisão, a Primera B Nacional (Foto do site do CA Atlanta):

Em 1958, vence a Copa Suécia, uma competição não regular, mas organizada pela AFA durante o recesso da Primeira Divisão por conta da participação da Seleção Argentina na Copa Mundial do mesmo ano.
Em 1983, novo título da Primera B Nacional (Foto do site do CA Atlanta):

O CA Atlanta disputou a primeira divisão em 1931, 47, 49, 52, 57, 79 e 84.
O time é chamado de Los Bohemios, porque na sua origem, como não tinha estádio, jogava em qualquer campo.
Vale a pena assistir esse documentário que já ficou até meio antigo… Quem diria que o tempo ia passar tão rápido!

O Atlanta possui uma imensa e histórica rivalidade com o Club Atlético Chacarita Juniors, também de Villa Crespo, aqui, uma imagem de dois jogadores em 1936:

Possui também grande rivalidade com o All Boys, Argentinos Juniors e com o Defensores de Belgrano.
Na temporada 1994/95, foi novamente campeão da Primera B Metropolitana (foto do site Jose Carluccio):

Também o seria na temporada 2010-11:

Manda seus jogos no Estádio Don León Kolbovski. Estivemos lá alguns anos atrás (veja aqui como foi).

Para terminar, curta um pouco do clima de um clássico:

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197- Camisa do Club Atlético Gimnasia y Esgrima de Jujuy

A camisa de número 197 do nosso site vem da Argentina, é uma camisa de “passeio” e pertence ao Gimnasia y Esgrima de Jujuy um time fundado na cidade de San Salvador de Jujuy, lá no norte do país.

Quem me apresentou o time foi o nosso grande amigo Flávio Carrizo, que é natural no norte argentino! Um grande abraço a ele !!!

A história do clube começa em 1928, como Club Deportivo 23 de Agosto, e em 18 de março de 1931, adotou o nome “Club Atlético Gimnasia y Esgrima” de Jujuy.

Nos anos 40, o time obtém as primeiras conquistas na Liga Jujeña de Fútbol (LJF), e em 1945, tem sua primeira participação em uma competição nacional, a “Copa de la República“.

O time vira febre e vê seu estádio se abarrotar de gente em dias de jogos!

Manda seus jogos no Estádio 23 de Agosto, inaugurado em 18 de março de 1973, em um amistoso contra o Vélez de Catamarca. O estádio tem capacidade para 23.000 torcedores.

Olha que linda a foto das redes sociais do time:

O Gimnasia y Esgrima de Jujuy passa a disputar o campeonato da cidade de Jujuy e a partir de 1967, a Asociación del Fútbol Argentino (AFA) abre os torneios de fim de ano para os times do interior vencedores dos torneios regionais, assim, o Gimnasia se classifica para as edições de 1970 e 1973.

A partir de 1975, mais uma mudança da AFA permitiu o acesso direto à primeira divisão pelos times que ganhavam suas ligas e assim, o Gimnasia y Esgrima de Jujuy disputa o Nacional e faz uma incrível campanha, sendo vice líder do seu grupo…

E terminando o campeonato em 4º lugar!

O time faria boas campanhas na primeira divisão até 1982, quando deixou de disputar o campeonato. Em 1986, nova mudança da AFA criou a “Primera B Nacional” que tornou-se a nova segunda divisão e o Gimnasia passou a disputá-la.

Tudo parecia dentro do esperado, e até perdeu a graça quando o time chegou a cair para a terceira divisão. Em 1992, em uma final contra o Chacarita levou o time de volta para a Primera B, mas… Chegou a temporada 1993/94, e o time sagrou-se campeão com direito a jogar a primeira divisão, após 14 anos longe.

E surpreendendo as estatísticas, o Gimnasia permaneceu na divisão máxima por 12 temporadas, até o ano 2000, quando voltou à B Nacional.

4 anos depois, na temporada 2004/05, mais um dia de glórias! Novo acesso à primeira divisão, ao vencer o Huracán na disputa pela segunda vaga.

Dessa vez, o time conseguiu se manter na primeira até 2009. Em 2022, disputou a Segunda Divisão do Campeonato Argentino de Futebol, mas não conseguiu o acesso à primeira divisão.

Para acompanhar o time, acesso o seu Instagram oficial.

Que tal uma olhada em sua hinchada?

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195 – Camisa do Tupã FC

A 195ª camisa do blog representa as cores do Tupã Futebol Clube!

O time tem como mascote o Índio Guerreiro, que representa a ligação histórica com os indígenas que habitaram a região no passado.

Ah, e em agosto de 2022, o time apresentou como novidade sua nova identidade visual, baseado no escudo que foi usado entre os anos 30 e início da década de 40:

Com uma modernização do desenho original, o resultado foi esse (eu normalmente fico com um pé atrás, mas nesse caso achei a mudança positiva e bem conceituada):

Em 2018, acompanhamos uma partida contra o Osvaldo Cruz (veja aqui como foi)!

E ainda fizemos um post sobre o Estádio Municipal Alonso Carvalho Braga, veja aqui como foi!

O Tupã FC foi fundado em 8 de fevereiro de 1936, e tem uma história repleta de conquistas. Usando como base de pesquisa o livro “Os esquecidos“, a estreia do time nas competições oficiais da Federação Paulista se deu em 1944, no Campeonato Paulista do Interior disputando o grupo da 25ª região, que teve como campeão do grupo, o tradicional São Bento de Marília.

A próxima disputa registrada no livro é de 1947, quando outro time da cidade também participou da disputa: Ouro Branco FC e desse vez o Tupã sagrou-se campeão do Setor 29, indo para fase regionais onde enfrentou outros campeões setoriais: EC Noroeste, o campeão desse novo grupo, além do EC Municipal (Vera Cruz), Glória FC (Cafelandia) e o Bandeirante EC (Birigui).

A partir de 1947 é muito difícil ter a sequência de participações do Tupã FC no Campeonato do Interior, mas vale reforçar que nessa época o time obteve duas vitórias em amistosos contra o Santos, em 1948, e em 1950 e um outro contra o Vasco onde os cariocas venceram por 1×0.

Usei fotos das redes sociais do Tupã FC e do site Que fim levou, do Milton Neves para ilustrar este post com fotos dos esquadr˜ões antigos, ainda que nem todas estejam datadas, como esta abaixo dos anos 50:

Em 1949, estreou na Segunda Divisão, na época, só existiam 2 divisões e o campeão desse campeonato foi o Guarani.

Em 1949, este foi o esquadrão que defendeu as cores da cidade:

O Tupã disputou a segunda divisão até 1954 (quando a Federação criou a 3a divisão), com resultados apenas medianos.

Após se ausentar por um ano, em 1956, voltou à segunda divisão até 1959, quando perdeu a classificação para a fase final por apenas um ponto!

Entre 1960 e 1974 o Tupã FC disputou horas o terceiro nível do futebol, a “segunda divisão profissional” (1960, 69. 71 a 74), horas a “principal divisão”, que equivalia ao segundo nível (entre 1961 e 67), ficando alguns anos de fora (como 1970).

Em 1974, terminou a 2a divisão em 1º na fase inicial….


Sendo eliminado na segunda fase.

Joga o 3º nível do futebol paulista em 1975, o 2º nível em 1976, novamente retorna para o 3º nível em 77, 78 (classificando-se para a segunda fase), 79 (mais uma vez chegando na segunda fase), 80 e 81, quando terminou em 4º, classificando-se para a segunda fase…

Na segunda fase, mais uma grande campanha levou o time à decisão do grupo contra o campeão do primeiro turno (o Penapolense) e a vitória o classificou à fase final.

Infelizmente a campanha na fase final foi bastante inferior.

Em 1982 e 83 o time disputou o segundo nível do futebol paulista (a Segunda Divisão), mas ao final do ano, se licenciou do futebol profissional, voltando à 3ª Divisão em 1985, sendo eliminado na fase final de grupos, após liderar os grupos das duas fases anteriores.

De 1986 até em 1993, o Tupã permaneceu na 3ª Divisão, sem grandes campanhas, mas classificando-se para a segunda fase com certa frequência.

Com a redefinição do futebol paulista, a partir de 1994, o time passa a disputar a 4ª Divisão. Em 2006 abandona a competição, mas retorna no ano seguinte. “Pula” o ano de 2008 e retorna em 2009.

Em 2013, ficou a 3 pontos da final, mas conquistou o acesso à série A3, jogando com esse uniforme bem bonito:

Em 2014 faz uma série A3 mediana, com 6 vitórias, 7 empates e 6 derrotas, mas em 2015, não resiste e acaba rebaixado à “Bezinha” de 2016, licenciando-se em 2017, retornando em 2018, e novamente abandonando o futebol profissional após o campeonato de 2020, quando jogou com o time abaixo:

Durante o ano de 2022, ouviram-se muitos rumores sobre a volta do time em 2023. Fiquemos no aguardo!

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O triste fim do futebol profissional em Lorena

Ainda no Vale do Paraíba, vamos conhecer a triste história do fim do futebol de Lorena! Lorena Assim como a maioria das cidades, Lorena também é cortada pela estrada de ferro. Lorena Eu sou apaixonado pela Ferrovia e confesso que me emocionei ao reviver uma sensação que há tempos não tinha:

Incrível como existem verdadeiras obras da arquitetura ainda preservadas nas cidades do interior, com destaque para o Solar dos Azevedo:

Solar dos Azevedo O Solar dos Azevedo é pertenceu ao comendador Antônio Clemente dos Santos e, posteriormente, a Rodrigues de Azevedo, daí o nome. Atualmente,é de propriedade do bispado de Lorena. Solar dos Azevedo Solar dos Azevedo Mas, estamos aqui pra falar de futebol! E a história é triste. Falamos do Esporte Clube Hepacaré e do seu “ex-tádio”. Distintivo do Esporte Clube Hepacaré O Esporte Clube Hepacaré foi fundado em 7 de setembro de 1914 e fez história ao disputar dez edições da série A3 do Campeonato Paulista (de 1956 a 58 e de 1960 a 66) e duas edições da série A2 (em 1959 e em 1973). Esporte Clube Hepacaré Ficou conhecido também porque contou com Dondinho (pai do Pelé) como atleta nos anos 40. Esporte Clube Hepacaré O time mandava seus jogos no Estádio General Affonseca. Esporte Clube Hepacaré - Estádio General Affonseca A inauguração do estádio foi grande estilo, em 30 de março de 1941 num jogo contra o Fluminense, que acabou 5×0 para os cariocas, e quem apitou o jogo foi um tal “Arthur Friedenreich”. Esporte Clube Hepacaré O time do Hepacaré marcou época na cidade e na região, chegando a jogar contra o nosso Santo André na A2 de 1973. Esporte Clube Hepacaré O estádio se segurou até mesmo anos depois do time se licenciar das competições oficiais. As fotos abaixo foram feitas em 2008 pelo pessoal do Jogos Perdidos (clique aqui para relembrar a visita deles ao estádio) e elas mostram como estava o estádio, desde sua entrada… Esporte Clube Hepacaré - Estádio General Affonseca Esporte Clube Hepacaré - Estádio General Affonseca Esporte Clube Hepacaré - Estádio General Affonseca Até a parte interna. Perceba o cuidado nas cadeiras da arquibancada. Esporte Clube Hepacaré - Estádio General Affonseca Esporte Clube Hepacaré - Estádio General Affonseca Esporte Clube Hepacaré - Estádio General Affonseca Ainda que com uma pintura gasta, o estádio estava de pé e bem vivo! Esporte Clube Hepacaré - Estádio General Affonseca O gramado irregular, mas dentro dos limites do futebol amador que é a realidade do Hepacaré desde os anos 70. Esporte Clube Hepacaré - Estádio General Affonseca A bela arquibancada coberta, com as palmeiras ao fundo. Esporte Clube Hepacaré - Estádio General Affonseca Esporte Clube Hepacaré - Estádio General Affonseca Eu já havia lido esta matéria do pessoal do Jogos Perdidos (aliás, obrigado por terem conseguido registrar o General Affonseca ainda “vivo”) e contava os dias até que a oportunidade de ver e reforçar o registro que eles fizeram 11 anos atrás (escrevo este post em 2019). Logo, chegamos ao endereço do estádio… Esporte Clube Hepacaré - Estádio General Affonseca A triste notícia… O endereço estava certo… Os errados somos nós…

Olho para uma foto do passado… Esporte Clube Hepacaré - Estádio General Affonseca Comparo com o presente… As palmeiras estão lá, mas tudo está errado… Esporte Clube Hepacaré - Estádio General Affonseca Ainda existe um mísero pedaço do que outrora foi a arquibancada da torcida do Hepacaré. Esporte Clube Hepacaré - Estádio General Affonseca Fiz questão de ir até lá e pelo menos pisar nesses poucos degraus de cimento, onde tantas emoções foram vividas… Esporte Clube Hepacaré - Estádio General Affonseca O antigo Estádio da rua Conselheiro Rodrigues Alves não resistiu ao poder do dinheiro… O valor do imóvel na Vila Hepacaré injustificava a existência de um time amador de futebol e sua sede. Suas piscinas e sua sede, onde o funk rolava desde os anos 90 ficaram pra traz. Esporte Clube Hepacaré - Estádio General Affonseca Em 2011, faltavam apenas três anos para o centenário do clube, mas ele não resistiu. O EC Hepacaré estava falido. Menos de um ano depois, sua sede foi leiloada (R$ 5,3 milhões, aplicados não sei como) e em 2017, nascia mais uma unidade do Supermercado Nagumo. Esporte Clube Hepacaré - Estádio General Affonseca

Antes de ir embora, encontrei mais uma parte do estádio… Uma parede que parece separar a recordação da realidade.

Esporte Clube Hepacaré - Estádio General Affonseca As tradicionais paredes amarelas ainda estão ali dentro… Esporte Clube Hepacaré - Estádio General Affonseca Esporte Clube Hepacaré - Estádio General Affonseca Esporte Clube Hepacaré - Estádio General Affonseca Se doi pra quem nunca viu um jogo, imagine para quem chegou a jogar ali…

Não há o que falar…. Nós perdemos… Fica de recordação a camisa do amigo Fred de Taubaté: Camisa do Hepacaré Pra quem quiser uma lembrança, o site Só Futebol comercializa réplicas das camisas dos times extintos, como o EC Hepacaré. Camisa do Hepacaré

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134- Camisa do Brusque (SC)

A 134ª camisa do blog vem de Santa Catarina e foi presente do Oscar Vinicius, um amigo de infância, que estudou comigo na década de 80 e que só há poucos anos voltei a ter contato graças à Internet. Olha ele ali, assistindo a um jogo do time dono da camisa!

Atualmente ele mora na bela cidade de Brusque e se tudo der certo vai ser nosso guia num futuro jogo do time local ou ao menos na visita ao Estádio da cidade.

Aliás, o time dono da camisa e que defende as cores da cidade homônima é o Brusque Futebol Clube. O Brusque F.C. é um time bastante jovem, tendo sido fundado em 1987. Porém, o clube nasceu da fusão de dois times bem tradicionais: o Clube Esportivo Payssandu, de 1918, dono do distintivo abaixo e de quem herdou a vaga na primeira divisão Catarinense: E o Clube Atlético Carlos Renaux, de 1913, dono do distintivo abaixo e de quem herdou o mando de campo, no Estádio Augusto Bauer: O mascote do time é o marreco. Um super marreco: A primeira partida do time foi uma vitória de 3 x 1 sobre o Hercílio Luz, em 1988, quando terminou na 5ª colocação do estadual. Abaixo uma foto de um lance do jogo daquele ano contra o Joinvile. Veja mais fotos e informações desta partida em: http://nasceucampeao.com.br/?p=7294 Mesmo sendo um time jovem, já tem uma animada torcida!! Tanto em 88, como em 89, o time participou da Série C, sendo eliminado na segunda fase, em ambas. Em 1990, foi vice campeão da Copa Santa Catarina, perdendo a final para o Figueirense. O auge do time foi em 1992, quando conquistou seu primeiro título, o de campeão da Copa Santa Catarina. E se isso já fosse motivo para encher de orgulho os torcedores, o time ainda sagrou-se Campeão Catarinense, no mesmo ano.

A final foi disputada no Estádio Augusto Bauer lotado e foi vencida na prorrogação pelo time abaixo: Aqui, um lance de jogo daquele campeonato: Em 1993, fez sua estreia na Copa do Brasil, mas acabou eliminado pelo União Bandeirante, ainda na primeira fase. Pra piorar, o time acabou fazendo péssima campanha e foi rebaixado junto do Avaí para a segunda divisão. O time ficou no sobe e cai por vários anos. Em 2000, um rebaixamento diferente: a Rede Brasil Sul comprou os direitos do campeonato e exigiu que apenas oito times o disputassem, eliminando o Brusque da disputa. Em 2003, tanto Carlos Renaux quanto o Clube Esportivo Paysandu, recuperaram a posse dos Estádios Augusto Bauer e Cônsul Carlos Renaux, deixando o Brusque fora do campeonato daquele ano. A volta ao futebol veio em 2004, no equivalente à terceira divisão estadual e em 2005, conseguiu o acesso para a segunda (vencendo o próprio Carlos Renaux durante a campanha). Em 2008 e 2010 viriam novos títulos da Copa Santa Catarina, dando novamente o acesso à Copa do Brasil. O povo da cidade se acostumou com as conquistas!

Em 2012, uma contratação polêmica!

O Brusque se segurou na primeira divisão até 2012, quando caiu mais uma vez à segunda divisão. Além disso, embora pudesse disputar a série D do Brasileiro por ter sido vice campeão da Copa Santa Catarina, do ano anterior, o time abriu mão da vaga e cedeu sua vaga ao Marcílio Dias. Uma pena para sua aguerrida torcida…

Aliás, a Torcida Força Independente tem feito um trabalho muito legal apoiando o time!

Mas… Pra finalizar, o que todo mundo viu e lembra… A famosa briga do Montebelo…

Apoie o time da sua cidade!

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133- Camisa do Galícia Esporte Clube

A 133ª camisa do blog vem de Salvador, capital da Bahia. Um lugar que eu ainda não conheço, mas tenho nos meus planos de visitar, um dia. O time dono da camisa é o Galícia Esporte Clube. O Galícia é um dos times mais tradicionais da Bahia, ao lado de Vitória, Bahia e Ypiranga, entre outros. O time foi fundado em 1933, por imigrantes espanhóis que vieram da Galícia (uma comunidade autônoma espanhola), entre eles Eduardo Castro Iglesias. Quatro anos após após sua fundação, em 1937, o time foi campeão estadual. A fase inicial do time foi muito boa e além deste título vieram 5 vicecampeonatos, em 1935, 1936, 1938, 1939 e 1940. Esse era o time de 1940: Já no ano seguinte do time acima, em 1941, começaria um dos grandes feitos do time: o tricampeonato de 1941, 1942 e 1943, o primeiro tricampeão do Campeonato Baiano de Futebol. Em 1967, mais uma vez foi foi vice campeão, com o time: Voltou a ser campeão baiano em 1968. A foto abaixo retrata alguns dos jogadores daquela campanha: O time chegou a mais três vicecampeonatos em 1980, 1982 e 1995. Participou ainda do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão em 1981 e 1983, mas se tem uma coisa que dá ainda mais orgulho aos torcedores é lembrar que o atacante Oséias começou sua carreira por lá! Nos anos 90, disputou a série C do Brasileiro, entre 1995 e 1997. Mas as coisas ficaram ruins e em 1999, o time foi rebaixado para a Segunda Divisão do Campeonato Baiano. E quem achava que o acesso viria fácil, se enganou… Esse foi o time de 2001: Em 2002, licenciou-se de competições profissionais. Era o fim do Galícia… Ao menos por 4 dolorosos anos. Em 2006, o improvável acontece. Um grupo de torcedores criou a “ATAG”: Associação Torcedores e Amigos do Galícia para colaborar com a recuperação do clube. Com a ajuda, o clube voltou a participar do Campeonato Baiano, da Segunda Divisão, ficando em terceiro lugar. Em 2008, o vice-campeonato não foi suficiente para o acesso, com o time: O time de 2010 também não conseguiu o acesso… Assim, em 2012, o Galícia permanece na segunda divisão estadual, ainda com chances de subir pra primeira divisão. Falando um pouco dos estádios, por onde o time já jogou, antigamente, o Galícia mandava seus jogos no antigo Campo da Graça. Posteriormente, passou a ter o mando de campo na Fonte Nova, e, eventualmente, no Estádio de Pituaçu, belo estádio, diga-se de passagem: Atualmente, o Galícia conta com seu próprio estádio, o Parque Santiago, construído em 1995 e que tem capacidade para cerca de 2 mil torcedores, mas dificilmente usa este campo para seus jogos, mandando seus jogos em estádios de cidades próximas. O Galícia é conhecido como “Demolidor de Campeões”, “Granadeiro” ou “Azulino”. Seu mascote é o granadeiro: Pra quem gosta de ouvir e conhecer hinos de times, segue um vídeo legal:

Seu maior rival é o time do Ypiranga, com quem faz o clássico “lado b” do futebol baiano, pra festa das torcidas!

Aliás, falando em torcida, veja como é um jogo do Galícia:

Para maiores informações, o site oficial do time é o http://www.galiciaec.com.br/ , mas também existem informações bacanas no http://www.granadeiros.com .

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Mogi Mirim Campeão do Troféu Interior Paulista

Sábado, 12 de maio de 2012. Tarde fria e escura pelo interior paulista.

Enquanto a maioria dos torcedores e da mídia esportiva aguardava a chegada do domingo para a final do Paulistão 2012, nós dirigíamos pela estrada vicinal que liga Arthur Nogueira a Mogi Mirim, empolgados para acompanhar a final do Troféu do Interior Paulista.

Chegar ao estádio num dia desses é emocionante. E a diretoria do Sapão ajudou, colocando os ingressos a preços honestos: R$ 20 e R$ 10 (a meia entrada).

É ótimo ver que ainda tem gente se empolgando com o time da cidade, mesmo que parte desses torcedores só apareçam na final.

Estádio Romildo Vitor Gomes Ferreira (antigo Papa João Paulo II) não estava completamente cheio, mas pelo que eu conversei com alguns torcedores, foi o jogo de maior público local do ano.

E cada um buscou levar as cores e símbolos do Mogi Mirim, como possível. Camisas, faixas, bandeiras…

O clima de festa estava no ar. O placar do primeiro jogo, uma vitória por 4×2, em Bragança Paulista, deixou todo mundo pronto pra festa.

E lá estávamos nós acompanhando mais uma página histórica do futebol paulista.

A torcida Mancha Vermelha fez uma festa muito bonita. Lá ao fundo dá pra ver o bandeirão deles.

Mas não foi só o bandeirão que ajudou a fazer a festa. Olha o show que eles deram, nas arquibancadas:

E ta aí a faixa deles, presente em todos os jogos do Mogi!

Como eu gosto de frisar, além das organizadas, haviam muitos torcedores “comuns” ou como eu prefiro chamar “autônomos”, que moram na cidade e estavam ali para acompanhar a sua cultura local!

Ah, e tinha até uma banda que ficou tocando o tempo todo…

O mascote do Mogi fez a festa da criançada e até dos marmanjos que acham graça em ver o Sapão ali em carne, fantasia e ossos…

E para quem acha que não faz sentido torcer por um time que não seja São Paulo, Palmeiras, Santos ou Corinthians, fica aí mais uma opinião sobre o que é torcer para o time da sua cidade…

O time do Mogi começou com tudo e logo de cara fez 2×0, ainda no primeiro tempo, deixando claro que a noite seria de comemoração.

A festa só não foi maior, porque depois de dar um penalty para o Mogi, o juiz fez que não viu, pelo menos outros dois e o Bragantino ainda viria diminuir com um gol no final do primeiro tempo.

Mas a missão do Bragantino era muito difícil, já que havia sido derrotado em seus domínios no primeiro jogo. Mesmo assim, alguns torcedores de Bragança compareceram para defender, apoiar e cobrar seus jogadores.

E se a torcida foi exemplo de superação, o Bragantino tem ainda em seu banco de reservas, outro motivo de orgulho: o técnico Marcelo Veiga, atualmente o treinador há mais tempo comandando uma equipe, no Brasil, a frente do time desde 2007.

É sempre com muito respeito às duas equipes e torcidas que a gente procura mostrar esse lado do futebol, muitas vezes deixado de lado pela grande mídia. Sabemos que para nós e para os torcedores, são momentos mágicos, de eterna lembrança!

Outra figuraça que não podia deixar de ser citada é o Anderson, goleiro do Mogi Mirim, que após ter se machucado no jogo de ida, preferiu jogar com um capacete de proteção dando uma cara de de maluco pra ele hehehehe.

O jogo passou rápido. Estava bom e cheio de gols!
A certa hora do jogo eu confesso que até perdi a conta..

O placar acabou em outro 4×2, para o delírio do pessoal de Mogi.

Parabéns pela festa!

Da série “Culinária de estádio”, destaque para a pipoca quentinha, servida atrás do gol…

Ah, a polícia estava presente, como sempre, para sua proteção…

Mogi Mirim dormiu contente. Como deveria ser. Assim como o pessoal do próprio Bragantino, que também representou bem a cidade.

Era o penúltimo jogo do interior paulista pela série A1 de 2012. Na tarde seguinte, o Guarani iria disputar o segundo jogo da final contra o Santos.

Ao final, mais do que festa, ficam os parabéns para a torcida, aplausos para quem realmente faz a festa do futebol no interior. O futebol ainda sobrevive nos estádios escondidos dos holofotes da grande imprensa…

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114- Camisa do São Bento

A 114ª camisa do blog vem de uma cidade próxima à São Paulo e que teve muito de sua história escrita graças à Estrada de Ferro.

E onde há Estrada de Ferro, há Futebol (e trens…). A cidade é Sorocaba!

O time, dono da camisa é o Esporte Clube São Bento.

Seu mascote é o pássaro Azulão, abaixo na versão do meu xará, Maurício Tadeu:

O São Bento foi fundado em setembro de 1913, por operários da Ferreira e Cia, ainda sob o nome Sorocaba Athletic Club e o começo da sua história está bastante ligado à atual cidade de Votorantim, um dos “ninhos” do futebol brasileiro, graças ao time Savóia.

Na época, outras equipes figuravam no cenário boleiro local, como o Sorocabano, o Fortaleza Club, o A.A. Scarpa e o Estrada de Ferro Sorocabana F.C.

No ano seguinte à sua fundação, o clube mudou seu nome para Esporte Clube São Bento, em homenagem ao mosteiro de São Bento, que ficava próximo do campo onde mandava seus jogos.

A partir daí, ingressa na disputa de campeonatos profissionais, principalmente os tradicionais torneios do interior.

Em 1953, disputa a segunda divisão de profissionais junto de outros 19 times, entre eles Corinthians F.C. de Santo André, Paulista de Jundiaí, Jabaquara de Santos, Bragantino, São Caetano E.C. (que não é o atual A.D. São Caetano), E.C. Taubaté. O primeiro jogo oficial foi contra o Bragantino (uma derrota por 2×1).

Em 1962, sagra-se campeão da segunda divisão, conquistando o acesso à divisão de elite do paulista. Momento mágico para a cidade, graças ao time abaixo:

Logo no seu primeiro ano, em 1963, conseguiu terminar o campeonato em 4° lugar, ficando na frente de várias potências do estado como Portuguesa e Corinthians. O céu parecia o limite para o São Bento!

O time de 1964 também fez boa campanha. As fotos abaixo, consegui do ótimo site do Milton Neves “Que fim levou?” e permite visualizar ao fundo um pouco da cidade :

Aqui, o time de 1972. Dá pra ver o público que comparecia aos jogos:

Os anos 70 passaram rápido e a cidade era tão ligada ao time que era impossível alguém acreditar que décadas depois, esse amor sumiria… Aqui, o time de 1978, dá pra ver ali agaixado o ex jogador Lance que também marcou a história do Santo André:

O São Bento disputou ainda o Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão de 1979, ficando em 15° lugar.

Então vieram os anos 80.

A década que marca o “início do fim” da paixão dos torcedores locais pelos times de suas cidades.

E isso também aconteceu em Sorocaba, com o São Bento. Foram os últimos anos onde a torcida realmente se mobilizou e parou a cidade, como o time merece.

Nessa década, o time disputou, a Taça de Prata de 1981 e 1983.

Aqui, o time de 1986:

Infelizmente, nos anos 90, o time realizou más campanhas e logo em 1991 foi para a série A2, após quase 30 anos consecutivos na primeira divisão.

E se as coisas pareciam ruins, ficariam ainda piores.

Em 1994, devido às famosas mudanças da Federação Paulista, o São Bento passou a disputar a Série A3.

Em 1998 chegou a ser rebaixado a quarta divisão, mas conseguiu permanecer na A3, já que o XV de Novembro de Caraguatatuba não conseguiu aumentar a capacidade de seu estádio, tendo sua participação vetada.

O clube quase foi fechado e somente na década seguinte, pode se reorganizar.

Assim, em 2001, conquistou o acesso à A2 com o título da Série A3.

No ano seguinte, além de disputar a Série A2, o São Bento conquistou o título da Copa Futebol do Interior, atual Copa Paulista.

Em 2005, o time volta para a primeira divisão após 14 anos.

Infelizmente, em 2007 o clube sofreria novo rebaixamento, desta vez sob o comando de Freddy Rincón.

Em 2009, o time realizou uma recente mudança em seu Estatuto, e “aportuguesou” seu nome para “Esporte Clube São Bento”.

Em 2011, após péssima campanha na série A2, voltou a ser rebaixado para a série A3, terceira divisão do futebol paulista.

O São Bento manda seus jogos no Estádio Municipal Walter Ribeiro, o popular CIC (Centro de Integração Comunitário).

Estivemos lá vendo um jogo do São Bento, pela Copa Paulista em 2010, veja como foi aqui!

Essa foto foi num jogo contra o Barueri:

Aqui, dá pra ver a torcida em ação, no estádio. Bonita festa em azul e branco:

O Estádio Municipal foi inaugurado com a intenção de aposentar o Estádio Humberto Reale, que atualmente está sendo reformado para tornar-se um centro de treinamentos e alojamento.

Já demos uma passada por lá, mas estava fechado:

Esse é sem dúvida, um estádio histórico, tendo passado por ele vários craques, do Santos de Pelé ao Nacional de Montevidéu.

O time faz o dérbi local contra o Atlético Sorocaba e é semrpe certeza de casa cheia, como na foto abaixo:

Para maiores informações, existe o site oficial e dois blogs muito legais: http://vamossubirbento.com.br/blog/ e  http://esporte-clube-sao-bento.blogspot.com/

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112- Camisa do Paraguaçuense

A 112ª camisa de futebol vem mais uma vez do interior paulista, de uma cidade que eu aprendi a conhecer graças ao futebol. Trata-se de Paraguaçú Paulista.

Mesmo sendo próxima de Assis, onde meu pai e meus avós viveram por muitos anos, só fui conhecer a cidade graças a um jogo contra o Paulista de Jundiaí, no início da década de 90. O nome do time era diferente e nunca mais sairia da minha cabeça: E. C. Paraguaçuense.

O Esporte Clube Paraguaçuense foi fundado em 1965, por funcionários da prefeitura. Por isso, naquele momento, o time recebeu o nome de Esporte Clube Municipal. Foi com esse nome que jogou o primeiro campeonato profissional em 1966, pela Quarta Divisão. Em 1967, o “Municipal” venceu a Associação Esportiva Cobrapa, time patrocinado por uma usina da região de Xavantes, em campo neutro, no estádio da Ferroviária de Assis. Com a vitória por 2X1, o time sagrou-se vencedor da 1ª série, e juntou-se aos vencedores das outras três séries para a decisão do título paulista. Na fase final a equipe ficou com o vice campeonato, ficando o título com o Minister Clube da capital (contribuição do amigo Júlio Bovi). Assim, em 1968, 1969 e 1970, disputou a Terceira Divisão. O time abaixo, embora jogando com o uniforme do ABC (antigo time da cidade) era mesmo o time do Municipal, de 1968. De 1971 a 1974 o futebol da cidade não teve representantes no futebol profissional. Somente em 1975, o time voltou ao profissionalismo disputando a terceira divisão. Aqui, o time de 1980: Paraguaçuense 1980 Em 1981, uma novidade. Nasce a nova denominação do time: Esporte Clube Paraguaçuense. Assim, já com o novo nome, veio também um maior apoio da prefeitura e até 1992, o “Azulão” disputou a terceira divisão. Em 1993, disputa pela primeira vez a série A2, e conquista o título de campeão. Entretanto, neste ano a Federação reestruturou as divisões e o acesso do Paraguaçuense “não valeu”. O que aconteceu foi que os dois grupos da primeira divisão (cada um com 16 equipes) se transformaram em duas divisões, a A1 e a A2. Assim, a segunda divis~´ao, disputada até então acabou concedendo acesso a série A2. O time que conquistou o título é o da foto abaixo, com os seguintes jogadores: Carlos Alberto, Carlão, Mozer, Paulo César, Haroldo e Silvio, agaixados estão: Cássio, Alexandre Lopes, Carlinhos Preta, Delém e Toti.

Assim, em 1994, o time disputa a série A2, terminando o campeonato no meio da tabela (décima primeia colocação) sem ser rebaixado e sem o acesso, mas com nomes no elenco como Narcísio e Marcelinho Paraíba.

O time conseguiu se segurar na forte série A2 até 2002, quando foi rebaixado para a terceira divisão. E em 2003, na sua reestreia na terceira divisão o time acabou rebaixado, junto da Ferroviária para a temida 4ª divisão. Em 2007, disputando a 4ª divisão, o Paraguaçuense fez sua última aprição pelo profissionalismo. O time chegou a perder por W.O. A equipe que disputou o último campeonato oficial foi a da foto abaixo (foto feita pelo pessoal do “Jogos Perdidos” veja mais em: http://jogosperdidos.zip.net/arch2007-06-16_2007-06-30.html):

O mascote do Esporte Clube Paraguaçuense é o pássaro Azulão, apelido do clube devido a cor de seu uniforme.

 Encontrei um belo vídeo no youtue com a história e as formações clássicas do time, confira!

Aqui, pode se ouvir o hino (não que o áudio esteja mil maravilhas…):

O Paraguaçuense mandava seus jogos no Estádio Carlos Affini com capacidade para 15 mil pessoas.

Fizemos o vídeo abaixo, na época de nossa visita ao estádio, que pode ser conferida aqui:

Infelizmente o estádio está um pouco abandonado. Só o pessoal do futebol amador ainda o utiliza e a prefeitura parece ter esquecido a antiga casa do Azulão…

Ficamos torcendo para um possível retorno da equipe ao profissionalismo!

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105- Camisa do São Caetano

A 105ª camisa do nosso blog é uma prova de que não deixamos a rivalidade falar mais alto que nossa relação com o futebol. Mesmo sendo torcedores do Santo André, falaremos hoje sobre nossa camisa da Associação Desportiva São Caetano, da cidade homônima, da região do Grande ABC.

A cidade de São Caetano sempre teve bons times, como o São Caetano Esporte Clube (cujo campo fica às margens do Tamanduateí, na Av. do Estado), e o Saad, que rivalizou com os grandes clubes de SP por muitos anos. Mas existia a necessidade de um time que fosse tido como da cidade. Assim, conforme canta o seu hino, o time foi fundado em 4 de dezembro de 1989 por um grupo de apaixonados pelo futebol, entre eles a família Tortorello, lembrando que Luiz Tortorello era o prefeito da cidade. O time se filiou à Federação utilizando o nome da Sociedade Esportiva Recreativa União Jabaquara. Somente depois de filiado, o nome do time mudou para Associação Desportiva São Caetano.

A “pré história” do São Caetano

O primeiro jogo do time foi em 1990, pela então quarta divisão, contra o Comercial de Registro (1 x 1).

O atacante Taloni foi o autor do primeiro gol oficial da história do time. Neste ano o clube teve uma passagem folclórica. No jogo contra o Vila das Palmeiras, em Guarulhos, marcado para as 15hs, o ônibus do time quebrou e faltando pouco mais de meia hora pro jogo, o jeito foi apelar e parar táxis e torcedores do São Caetano para levar o time até o estádio. Os reservas só conseguiram entrar em campo depois de iniciado o jogo. Ainda assim, o time conseguiu sair com um emapte em 0x0. O técnico dessa época era José Gazeto, o Zelão.

As primeiras conquistas e os craques

Em 1991, em seu segundo ano de disputa, a A.D. São Caetano conquistou o Campeonato Paulista da Terceira Divisão de 1991, subindo para a Série A-2, com o time: Serginho, Cacá, Daniel Bebedouro, Luiz Pereira e Wladimir. Tião Rocha, Livio e Paulinho Kobaiashi. Osmir, Agnaldo e Serginho Chulapa. Para quem não lembra desta camisa, o Frisco (torcedor das antigas do time) me mandou essa foto: O time permaneceu na A2 até 1994, quando enfim voltou para a série A3.

O recomeço

Apenas em 1998, o time conseguiu conquistar novo acesso à série A2, ao ser campeão, batendo o Taubaté, na final. Lembro me que nas arquibancadas do Bruno José Daniel (Estádio do Santo André), o resultado foi comemorado por vários torcedores andreenses. Naquele ano, o time também ainda teria grata surpresa ao disputar a Série C do Campeonato Brasileiro e conquistar o vice campeonato, subindo para a série B, junto do Avaí. Em 1999, o time fez uma boa primeira fase pegando o Santa Cruz como adversário no mata mata. Naquele ano, existia a possibilidade de até 3 partidas para definição do classificado, e assim foi o caso desse confronto. Após a vitória por 1×0 do Santa Cruz, em Pernambuco, foram mais duas partidas em São Caetano. É louco lembar, mas eu fui nesse dois jogos. No primeiro, um jogo incrível, com vitória do time do ABC (vale apena rever como era o Estádio antigamente):

 

No segundo jogo, eu não consegui entrar por falta de ingressos, e o São Caetano acabou eliminado.

O pequeno gigante!

Em 2000, finalmente o clube consegue o acesso à série A1 do Campeonato Paulista, após vencer o Etti Jundiaí, na final. Devido às mudanças ocorridas no futebol brasileiro, no ano 2000, tivemos a polêmica Copa João Havelange, que permitiu um enfrentamento entre times das três divisões nacionais, no mata-mata final.

Após se classificar na primeira fase, o São Caetano enfrentou no mata-mata, o Fluminense.

O primeiro jogo acabou num fantástico empate 3×3, no Palestra Itália.

No jogo de volta, jogando frente a 70 mil torcedores rivais, o time venceu com um golaço de Adhemar, um dos maiores ídolos do clube até hoje.

Na sequência, o São Caetano ainda iria derrubar Palmeiras e Grêmio, chegando à final contra o Vasco. No primeiro jogo, um 1X1, em São Paulo. O segundo ficaria marcado por uma tragédia, causada pelo excesso de público que fez ruir parte das arquibancadas do estádio do Vasco, provocando a interrupção da partida. Assim, um jogo decisivo foi realizado no Maracanã, com vitória de 3 x 1 para o Vasco. Mesmo assim, o São Caetano saiu como o “campeão moral”e ganhou o direito de disputar a Primeira Divisão do Brasileiro e a Libertadores de 2001. No Brasileirão de 2001 mais uma vez chegou à final, desta vez contra o Atlético-PR.

Já na Libertadores, passou da primeira fase, mas acabou desclassificado pelo Palmeiras. De volta à competição, no ano seguinte, chegou à final contra o Olímpia, do Paraguai,  mas após vencer por 1×0, em pleno Defensores Del Chaco, viu o título ir embora após perder por 2×1 no tempo normal e 4 x 2, nos penaltys.

Em 2003, voltou a ficar entre os 4 primeiros do Brasileirão classificando-se mais uma vez para a Libertadores, e desta vez parou no Boca Juniors, em uma disputado por penaltys, em La Bombonera, após 2 empates.

Lágrimas de amor e de dor

2004 trouxe um título importante ao time. Tendo Muricy Ramalho como técnico, o São Caetano foi campeão paulista. Mas a felicidade da conquista seria duramente abalada pelo fato mais triste da história do São Caetano. Em outubro de 2004, num jogo contra o São Paulo, pelo Brasileirão, o zagueiro Serginho faleceu em campo, vítima de uma parada cardíaca. Um momento que abalou jogadores e torcedores de todos os clubes do Brasil.

Fase difícil

Em 2005, o time passaria desapercebido pelo Paulistão, Copa do Brasil e no Brasileirão escapou do rebaixamento na última rodada. Entretanto , em 2006 não teve jeito e o São Caetano que encantara o público brasileiro caia para a Série B. Em 2007, a chegada de Dorival Junior deu ânimo ao time que chegou a final do Campeonato Paulista, perdendo o título para o Santos, entratanto, na série B, o time ficaria apenas em décimo lugar. De lá pra cá, o clube vem tentando se reerguer e voltar a ser o time que surpreendeu a todos. Interessante ver a lista de grandes treinadores que passaram pelo time: Oswaldo Alvarez (Vadão), Pintado, Paulo Comelli, Dorival Júnior, Hélio dos Anjos, Emerson Leão, Muricy Ramalho, Nelsinho Baptista, Tite e Jair Picerni. Além disso, o time conseguiu formar uma geração que marcou a memória de muitos torcedores, formada por jogadores como Claudecir, Japinha, Silvio Luis, Adhemar, Serginho, Dininho, Adãozinho, Esquerdinha, Magrão, entre outros. Algumas boas histórias podem ser lidas na seção “Artigos”, do site www.jaymetortorello.com.br . O mascote do time é o pássaro Azulão: O time manda seus jogos no Estádio Anacleto Campanella:

O site oficial do time é www.adsaocaetano.com.br , mas existem alguns bons blogs sobre a equipe:   http://paixaocaetanista.blogspot.com/ , http://saocaetanototal.blogspot.com/ e http://comando-azul-1995.blogspot.com/, este da torcida organizada Comando Azul:

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