Osmar Santos e família

Puxa, essa semana que passou eu tive o prazer de almoçar com uma das lendas do rádio esportivo brasileiro Osmar Santos … osmar1

Osmar Santos

Aliás, não só com ele, mas também com Odinei Edson, narrador e jornalista ligado ao automobilismo (um dos responsáveis pelo portal Tázio e Oscar Ulisses, narrador de futebol. Uma família e tanto não?

oscar-ulisses-osamar-santos-e-odinei-edson

O Odinei sabe tudo de automobilismo (de Stock Car à Fórmula Truck, passando pela Indy e F1). Tem uma proximidade com o irmão que parece coisa de criança, é incrível. Oscar Ulisses é quem atualmente está trabalhando mais próximo da nossa paixão, o futebol. Falamos um pouco sobre o time do Marília (já que eles moraram lá, um bom tempo), e sobre a visão diferenciada que um jornalista que viveu no interior pode ter pro jornalismo esportivo. Mas confesso que minha atenção ficou mais focada em Osmar Santos. Uma pessoa única, com uma presença de espírito que faz a gente querer passar o dia todo ao lado dele. Suas palavras emocionam. Fiquei emocionado e me lembrei claramente de uma tarde da década de 80, quando o gradiente da sala “tocava” um Palmeiras x America com narração de Osmar Santos. Junto das figurinhas (leia o post abaixo), o rádio foi um dos motivos pela minha paixão ao futebol. E eu que normalmente falo muito, fiquei a maior parte do tempo quieto. Curtindo comigo mesmo aquele momento. Tinha muito conteúdo ali. E mesmo com toda essa bagagem, um mais humilde que o outro. Profissionais da velha guarda. Cumprimentos com olhos-nos-olhos. O tempo passou depressa. Logo me vi em casa comentando com meu pai o encontro. Ele me perguntou se eu pedi um “Ripa na chulipa e pimba na gorduchinha”. Confessei que na hora fiquei sem jeito, e depois me arrependi… Todo mundo deve pedir isso, mas… as vezes qual o problema de ser como todo mundo? Fiquei pensando nos futuros narradores. A maior parte deles, criados nas grandes cidades, formados em Universidades de renome, mas que jogaram muito pouco (se é que jogaram) nos campos de Várzea. Provavelmente torcedores dos chamados “grandes clubes”. Com histórias muito bem contadas, mas… que pouco se diferenciam umas das outras. Mais uma vez aquele sentimento de nostalgia e de fim de filme me abateu. Os tempos mudaram. O futebol mudou. Preciso entender. Pouco antes do almoço encerrar, contei a eles do meu blog e da minha missão de reunir as 1.000 camisas. O Osmar me pergunta se eu tenho a do Catanduvense. Digo que não. Saca a inseparável agendinha e disca um numero no celular. Diz com voz forte: “Márcio? Boa tarde” e me passa o celular. Era o presidente da câmara de Catanduva, a quem explico, um pouco sem jeito a situação. Ele pede meu endereço e diz que fará o envio da camisa em breve. Pede que mande um abraço ao Osmar. O mago da comunicação fala pouco, mas ainda faz acontecer. Fantástico… Algumas pessoas ainda me fazem acreditar que nem tudo está perdido. Será? Salvar Salvar]]>