O Estádio Municipal Dr Ronaldo Junqueira e o futebol em Poços de Caldas

Como escrevemos uma série de posts sobre o futebol mineiro, por conta do rolê que fizemos pra ver o Ramalhão jogar contra o Athletic Club em São João del Rei (vídeo abaixo), decidi reunir os materiais de outras viagens e manter o foco em Minas Gerais!

Assim, começamos falando sobre Poços de Caldas, cidade que tem importante espaço nas minhas memórias de criança, pelas visitas que lá fizemos em família.

Já estivemos lá beeem no início do blog e não registramos muita coisa, mas nos ajudou a escrever sobre a Camisa da Caldense, a Camisa do Poços de Caldas FC, o “Vulcão” e sobre o jogo do Vulcão, com o nosso ídolo e amigo Sandro Gaúcho.

Segundo o Mapa Native Land, antes da chegada dos portugueses o território tinha a oeste os Guaranis e a leste os Puri. Porém, o encontro de duas peças (uma panela e um machado de pedra) indicam que a etnia Cataguaz também esteve pela região, a mesma que ofereceu enorme resistência à bandeira de Lourenço Castanho, até que fossem dizimados.

Poços de Caldas foi fundada em uma região de origem vulcânica, que na verdade é um planalto cercado de montanhas que dão a ideia de ser uma “borda de vulcão”.

O povoado surge graças aos poderes de cura de suas águas termais, divulgados ao mundo no século XIX pelo naturalista francês, August Saint’Hilaire.

Em 1886, a cidade ganha nova energia com a inauguração do ramal da Ferrovia Mogiana de Estradas de Ferro por D. Pedro II.

No início do século XX, importantes hotéis como o Palace Hotel, Palace Cassino e Thermas Antônio Carlos somaram-se aos cassinos (que seriam proibidos e fechados em 1946) e casas de diversão tornando-se mais um forte atrativo turístico na cidade.

Na páscoa de 2023, retornamos à Poços de Caldas para fazer uma coisa que estava em nossos planos há muito tempo: um bom banho nas Termas Antonio Carlos!!!

Ok, os queijos mineiros também, contaram pontos na hora de decidir o rolê…

Mas como sempre… O futebol fala mais alto e voltamos para rever os dois times que fizeram história na cidade: a AA Caldense e o Poços de Caldas FC (que mudou seu distintivo, como mostra o quadro abaixo):

Assim, começamos nosso rolê visitando apenas externamente já que mais uma vez o clube não permitiu que a gente entrasse para registrarmos a parte interna do clube. (Pô, alguém podia dar uma força pra gente. em uma próxima visita…)

O futebol chegou a Poços de Caldas em 1904 com Paulino de Souza. Nestas décadas iniciais do século XX, surgiram também os primeiros times da cidade, entre eles o Internacional FC, do qual alguns atletas e dirigentes participaram do nascimento da Associação Atlética Caldense, em 1925 (a data de 7 de setembro foi definida anos depois como data de celebração).

Os primeiros jogos foram realizados no antigo campo da Internacional FC, onde hoje é o jardim da fonte luminosa.
Na sequência, a Caldense passou a mandar seus jogos no campo do “Chalé Procópio” (um brejão, na época), que pertencia à família do Coronel Cristiano Osório.
Anos mais tarde, o coronel doou o terreno para a Caldense e assim nascia o Estádio Coronel Cristiano Osório, que com o tempo, ganhou melhorias, arquibancadas (já nos anos 30) e um sistema de iluminação. Foto de 1974:

Com a inauguração do Estádio Municipal em 1979, o campo da Associação Atlética Caldense foi desativado e em seu lugar foram construídas novas estruturas para o clube, que desde 1962 já estava sediado na área do estádio.
Como disse, estivemos na linda sede da AA Caldense

É sempre bacana ver um brasão na parede como o que eles tem lá!

E aí alguns dos produtos que o time tem disponível para venda aos torcedores:

Em frente à sede do clube existe uma linda estátua em homenagem ao jogador Mauro Ramos de Oliveira.

Ainda que a sede social seja muito bonita e muito movimentada, quem viveu a época mais antiga, guarda muitas saudades das bancadas lotadas do Estádio Coronel Osório.

Até porque foi no Estádio Coronel Cristiano Osório que a AA Caldense fez sua estreia na chamada “Primeira Divisão de Profissionais” (o 2º nível do futebol estadual).
Dê uma olhada no fantástico site da RSSSF Brasil e veja como foi o campeonato.

A AA Caldense ficou fora das disputas profissionais até 1967, quando novamente disputou o Campeonato Mineiro 1967 – Primeira Divisão de Profissionais (o segundo nível do futebol), classificando-se em 1º lugar no seu grupo:

Na segunda fase, acabou desclassificada no triangular:

O time manteve-se nesta divisão até 1969, quando o time sobe para a primeira divisão do futebol mineiro ao lado do Flamengo de Varginha.

De 1970 a 2007, a AA Caldense manteve-se na primeira divisão, com exceção de 1985 quando jogou a segunda divisão após uma fraca campanha de 1984.
Destaque importantíssimo para o ano de 2002, quando uma campanha inesquecível fez a Caldense campeã mineira!

Em 2007, caiu para a segunda divisão, o “Módulo II“.
Já no ano seguinte, terminou em 3º lugar, o que não garantiu o retorno à elite, que ficou para 2009, com o vice campeonato do Módulo II.

Desde então a AA Caldense vinha se mantendo na elite, mas em 2023, nova queda para o Módulo II.

O outro time da cidade, tem uma história mais recente: trata-se do Poços de Caldas FC, fundado em 1 de junho de 2007.

O clube ficou conhecido como Vulcão, e teve um início “explosivo” kkkk.
Fez sua estreia no profissionalismo em 7 de setembro de 2007, contra o Santarritense, pela Segunda Divisão, o terceiro nível do Campeonato Mineiro de Futebol.

O Vulcão terminou em terceiro lugar geral e graças à desistências de alguns times, subiu para o Módulo II.

Em 2010, estivemos por lá acompanhando uma partida já que o time era treinado pelo ídolo e amigo Sandro Gaúcho e o Poços de Caldas FC terminou em 3° lugar no Módulo II, batendo na trave do acesso à Primeira Divisão!

Após passar por uma crise financeira, a equipe encerrou as suas atividades em 2013.

Voltou ao profissionalismo em 2017, mas dívidas com a Federação Mineira impediram a participação no estadual de 2018, e assim, somente em 2020 o clube voltou à Segunda Divisão.

Aqui, o time de 2021:

Olha quando estivemos no Estádio Municipal Doutor Ronaldo Junqueira em 2010:

Inaugurado em 4 de setembro de 1978, num amistoso entre a AA Caldense e o Corinthians, frente a mais de 11 mil torcedores. Olha que linda matéria lembrando da estreia:

Agora, em 2023, é hora de voltar ao Estádio e dar uma passeada pra ver como está…

Fuçando alguns espaços do estádio encontrei a bandeira de escanteio, com a simbologia da Federação Mineira.

A arquibancada descoberta do Estádio Dr Ronaldo Junqueira é linda e está toda colorida!

As cadeiras cobertas também parecem ter recebido uma pintura recente!

E aí estamos nós no lugar mais cobiçado por todos os times: o gol!

O outro gol, tem a serra de São Domingos como enquadramento… Lindo, não?

Olha lá o placar mostrando ainda o último jogo pelo Campeonato Mineiro de 2023 contra o Democrata de Sete Lagoas:

Começam também a surgir alguns prédios ao seu redor…

Vamos dar um rolê pelo estádio?

Pena que o tempo estava um pouco encoberto…

Mas ainda assim é sempre uma honra estar em um lugar desses.

Espero voltar pra pegar um jogo da Caldense por aqui um dia, como já fizemos no passado com o “Vulcão”, o Poços de Caldas FC.

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Sandro Gaúcho e o Vulcão (Poços de Caldas FC)

Páscoa de 2010!! Data de chocolate, diversão e … Rolê Boleiro, pra quem não vive sem FUTEBOL!

Aproveitamos o feriado e fomos até Poços de Caldas, para assistir ao jogo do Vulcão, pelo Módulo II do Campeonato Mineiro.
Vulcão é o apelido do time Poços de Caldas Futebol Clube, já escrevemos sobre o time, clique aqui e relembre como foi!.

Antes de chegar lá, demos uma parada em Cosmópolis (terra natal da Mari) e depois, em Águas da Prata (também já escrevemos sobre o Estádio da cidade, clique aqui para lembrar!).

O detalhe é que na volta passamos lá de novo e deu pra vermos os macacos que habitam a região, bem próximo das barracas de alimentos.

Já em Poços de Caldas, antes de mais nada fomos até a tradicional fonte de água sulfurosa pra relembrar o quão fétida ela é…

Apesar do cheiro e da temperatura (ela é quente mesmo com o frio que estava), como dizem que ela tem diversas propriedades terapêuticas, encaramos o desafio e até tomamos um pouco…

Antes de irmos ao Estádio Ronaldo Junqueira, o Ronaldão, passamos ali pela praça e encaramos um belo lanche em um dos diversos traillers ali no centro.

Claro que escolhemos um trailler que tivesse uma cara mais boleira… Se liga no nome dos lanches:

A Mari preparou até um esmalte especial pra torcer pro Vulcão, cujas cores são laranja e preto (aliás, ela acabou de escrever sobre esmaltes, no blog dela, leia aqui).

Infelizmente, chegamos à cidade, junto do frio e da garoa, e pelo número de carros estacionados em frente ao Estádio, o público parecia não ser muito grande, mesmo sabendo que o Vulcão dependia do resultado para passar de fase e lutar pelo acesso à primeira divisão.

Nas bilheterias, descobrimos que o preço dos ingressos variava de R$2,5 (meia entrada da arquibancada descoberta) a R$ 15 (entrada integral para a coberta – que não é toda coberta).

Logo na entrada a primeira diferença dos estádios mineiros para os paulistas: O uniforme da polícia militar (sei que não dá pra ver muito bem, mas os policiais estão ali no fundo…)

Como já esperávamos, devido à chuva, o público era pequeno…

Fica registrada nossa presença em mais um estádio!

Ali, o pessoal da KuatiLoko, esperando o jogo começar!

E ali, próximo ao gramado, a famosa “Galera do alambrado“, infernizando o técnico adversário com sua poderosa buzina!

O mascote do time fica ali, atrás do gol, protegendo o time do Vulcão.

O tempo era frio, mas o jogo começou quente. Várias faltas e lances mais “pegados” caracterizaram a partida.

O técnico do Vulcão é Sandro Gaúcho, emprestado , assim como boa parte do time, pelo Santo André, para a disputa da segunda divisão Mineira.

Imagem retirada de blogdovulcao.blogspot.com

Ah, dê uma olhada você mesmo em como é o campo:

A galera que ficou na arquibancada do outro lado, pagou menos, mas deve ter sofrido com o frio e a garoa que caia.

Do outro lado, uma parte do estádio coberta, assegurava ao menos lugares secos pra se sentar.

Fiquei com medo de ser visto como pé frio, porque após um contra ataque do Araxá, não é que os visitantes fizeram 1×0, tentando escapar do rebaixamento? 

O Vulcão, que já esteve isolado na liderança vinha em queda, após uma sequência de 4 jogos sem vitória (1 empate e 3 derrotas).
A própria torcida já começava a perder a paciência, quando o treinador Sandro Gaúcho colocou em campo o jogador Evandro.

E não é que o cara resolveu os problemas do treinador?
Além de arriscar chutes de longa distância ele cadenciou o jogo no meio campo e ainda bateu o penalty sofrido ainda no primeiro tempo, igualando o placar.

Mas ainda era pouco para um time que iniciou tão bem o campeonato.
Mais uma vez, jogada de Evandro, que recebeu no meio campo, avançou e cruzou na área para o cabeceio de Luciano, alterar o placar!

Ufa, pensei que a camisa que eu ganhara ano passado iria dar azar…

No segundo tempo, a chuva apertou. Nem a bateria da torcida resistiu ao frio e à água…

Ah, mas em campo, o tempo esquentou. Faltas violentas, reclamações constantes e até um princípio de desentendimento entre os atletas.

E ali, em frente à área, mas sem deixar de atacar junto do time, o herói da torcida Andreense e agora também, do pessoal do VulcãoSandro Gaúcho!

Os 2×1 praticamente classificaram o time com uma rodada de antecedência. Vamos ver se além disso, Sandro consegue dar o acesso tão sonhado ao time de Poços de Caldas. Leia mais notícias em: http://blogdovulcao.blogspot.com/

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Valorize sua gente e sua história, antes que você não tenha mais memória…

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Rolê de natal

Há 3 meses estou devendo contar um pouco das minhas duas últimas viagens de 2008 (natal e fim de ano), então tomo vergonha na cara pra contar sobre o lado boleiro da nossa viagem natalina de 2008.

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Tínhamos pouco tempo, já que queríamos passar a noite de natal (24/12) com a família da Mari, em Cosmópolis, e o almoço do dia 25 com a minha, em Santo André. Assim, decidimos fazer um rolê curto, pelo interior de São Paulo até o sul de MG, parando em São João da Boa Vista.

Foi lá que entrevistei o Paulinho Mclaren, se não viu a entrevista, veja abaixo um trecho ou assista inteira aqui.

Fomos conhecer a sede da Sociedade Esportiva Sanjoanense. Se eu conseguir a camisa deles, mais tarde faço um post sobre o clube que em 1947, enfrentou o Flamengo em um amistoso, onde o time carioca goleou por 6 x 1.

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O campo possui um belo gramado, e é um apena a Esportiva ter se desligado do futebol profissional.

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As primeiras partidas de futebol, ainda nos anos 20, eram praticadas no Largo da Liberdade, atual Praça Rui Barbosa, em frente à Estação Ferroviária.
O primeiro clube de futebol foi o Sport Club Sanjoanense, jogando em campos ora na Avenida Dona Gertrudes, ora na Praça Joaquim José e Rua Martins Cintra (atual Avenida João Osório), este o último palco para a prática do esporte antes do desaparecimento precoce da agremiação.

A partir daí, algumas equipes a sucederam, entre elas a Associação Atlética São João, que daria origem à Sociedade Esportiva Sanjoanense.

Em 1921, a Sociedade Esportiva Sanjoanense ganhou o título de “Campeã da Mogiana”, durante as disputas do Campeonato do Interior, certame este em que ficou, na classificação geral, com a segunda colocação.

Surgiu então o slogan “Tigres da Mogiana”, idéia do jornalista Nage. No ano seguinte, o bicampeonato da região da Mogiana e o segundo vice-campeonato do Estado de São Paulo, motivos mais que suficientes para a agremiação obter reconhecimento e respeito entre os grandes times interioranos.

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De São João da Boa Vista, fomos para Águas da Prata, pequena e bela cidade, onde a água fala mais alto que o futebol.

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Após beber um monte de águas com sabores, cheiros, temperaturas e recomendações diferentes, e tomar banho em umas duas cachoeiras, segui para Poços de Caldas.

Antes mesmo de buscar um hotel, fomos conhecer o Ronaldão, estádio onde a Caldense se sagrou campeã mineira em 2002. Assim como a maioria dos estádios brasileiros, o Ronaldão está mal conservado, mas mantém todo seu charme e valor.

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Nem bem deixei as coisas no hotel fui conhecer o clube da Caldense, que fica ali no centro da cidade. Muito bonito, e aparentemente bem gerido, o clube apresenta o mesmo problema da maior parte dos clubes que misturam o lado social com o futebol.

O pessoal do social parece não entender que existe um time, com admiradores que não são necessariamente sócios, mas que gostariam de ver uma sala de troféus ou ao menos comprar uma camisa.

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Passei por um pequeno calvário, mas consegui. Se quiser saber mais sobre o time, leia o post que fiz sobre a camisa aqui.

Ao menos, na saída do clube, fui informado que a cidade possuia desde 2007 um novo time, o Vulcão (leia sobre a camisa aqui). E pude perceber que se a Cadense representa aquele amor tradicional as origens do futebol em Poços, o Vulcão apresenta o lado da novidade, da gestão mais popular, mais midiática, mais planejada. REsumindo, agora a cidade conta com um belo derby.

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Ah, vale lembrar que o bicampeão Mundial Mauro Ramos de Oliveira é nascido em Poços de Caldas, e tem uma estátua na cidade (ok, foto de turista hehehe):

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Bom, claro que não foi só de futebol meu passeio. Aproveitei o clima, subi montes, entrei em cachoeiras, comi doces, aproveitei a última sessão do cinema da cidade, transformado em igreja no dia seguinte (ainda postarei essa história aqui) e pude comprovar algumas das maravilhas que fazem de Poços uma cidade turística tão legal.

Último dia de trabalho...
Último dia de trabalho…

Bom, mas o natal se aproximava e era hora de começar a voltar. Corri para dar tempo de conhecer um pouco mais das cidades entre Poços de Caldas e Cosmópolis, e assim, fomos tomar café da manhã em Espírito Santo do Pinhal.

Aproveitamos pra conhecer os estádios da cidade, onde jogou o Ginásio Pinhalense de Esportes Atléticos, cuja camisa eu não tenho e estou a procura.

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Os estádios são o Estádio Dr. Fernando Costa e o Estádio Municipal Prefeito José Costa que surpreende pela capacidade e porte.

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Estádio Dr. Fernando Costa
Estádio Municipal Prefeito José Costa
Estádio Municipal Prefeito José Costa

Achei uma pequena trilha atrás do estádio que por um instante parecia levar a alguma maravilha da natureza, mas que pra nossa tristeza, acabou nos levando a uma oficina mecânica, graças às pedras da estrada que conseguiram quebrar nosso carro.

Traumatizados pelo incidente, decidimos dormir em Mogi Guaçú, cidade que nasceu às margens do rio que lhe empresta o nome. Aliás, nome indígena, Tupi Guarani, que significa “Rio Grande das Cobras”. O time da cidade é o Clube Atlético Guaçuano.

guacuano

Fomos conhecer o Estádio Alexandre Augusto Camacho, o campo do Guaçuano, um estádio pequeno (capacidade de 5 mil pessoas) e que tem tudo pra se transformar em um alçapão se a torcida comparecer.

Estádio Municipal AA Camacho

Rodando por algumas lojas de material esportivo, consegui uma camisa do time, que em breve publico aqui. Fiquei triste em saber que o time está passando por muitas dificuldades pra seguir no profissionalismo, infelizmente uma coisa comum aos clubes do interior.

Só pra não deixar passar, o que eu achei mais curioso na cidade foi o número de anúncios de fogos der artifício espalhados via faixas, cartazes, lambe-lambe e até outdoors.

O fim do passeio era iminente, e aceleramos para poder passarmos por Mogi Mirim, antes de comemorar o natal.

mogi mirim

Afinal, eu já havia até ganhado uma camisa do Gabriel, lá em São João da Boa Vista, e precisava no mínimo tirar uma foto do papa. O belíssimo Estádio Papa João Paulo. E assim fizemos.

Estádio Papa João Paulo II
Estádio Papa João Paulo II

Já era quase noite do dia 23, e ainda conseguimos avistar o Estádio Municipal de Artur Nogueira, o Balneário Guilherme Carlini, mas já não haviam pilhas na máquina pra fotografá-lo. Faremos isso em breve.

Bom, daí, foi só curtir o Natal em Cosmópolis com a família da Mariana e seguir pra Santo André, almoçar com a minha família. Mas… o ano ainda não havia acabado e eu continuava de férias, o que pedia uma segunda aventura…

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29- Camisa da A.A. Caldense

Bom, já que passamos por Poços de Caldas e falamos sobre o novo time da cidade, o Vulcão, é hora de retratar o outro time, a tradicional AA Caldense!

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Essa camisa eu consegui do jeito mais triste. Comprando.

É fogo, não que eu ache injusto, mas é que mais do que comprar, eu tive que pedir pro pessoal do clube abrir a lojinha pra mim, e sabe quando as pessoas não demonstram aquela boa vontade?

Foi assim. Fiquei chateado. Esperava que os colaboradores do clube ficassem contentes por uma pessoa de fora querer comprar uma camisa. Mas deu pra ver que pra eles, aquilo é só mais um emprego.

Bom, vamos às coisas boas. O detalhe mais legal da camisa é o número. 19. Na época que eu ainda jogava no Autônomos, mesmo quando zagueiro titular, eu adorava jogar com a 18, ou 19.

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Bom, sobre o time, o site oficial é o www.caldense.com.br, se quiser escutar seu hino, ouça aqui. Seu mascote é o Periquitão:

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Vale conferir a promoção que eles fizeram para escolher o nome do mascote:

A “pré história” do futebol de Poços de Caldas começa em 1904, com Paulino de Souza trazendo uma das primeiras bolas de futebol para a cidade.

Muitos times surgiram no princípio do século XX, mas desapareceram em seguida, como o Internacional F.C. Os remanescentes se uniram, formando a Associação Atlética Caldense.

No início, o clube não possuía sequer sede social ou campo, e jogava no campo do Internacional F.C., sem arquibancada ou gramado. Os torcedores ficavam em pé e os jogadores tinham que se contentar com um campo pelado.

Em 1926, a Caldense adquire um brejão, onde as crianças iam caçar rãs, que foi drenado e cercado de madeira, transformando-se em Campo.
A partir dos anos 30 começou a ser construída uma arquibancada.
Somente em 1947, conseguiu-se a seção de uso com o prazo de 20 anos.

A equipe teve grandes momentos como entre 1960 e 1961 quando fez uma campanha de 57 partidas invictas.
E navegando pela net encontrei uma foto que diz ser de 1978, alguém confirma?

Time de 1978

Em 1979, inaugura-se o Estádio Municipal Ronaldo Junqueira e o  então campo da Associação Atlética Caldense foi desativado.

Em 1981, contou com Casagrande em seu elenco:

Após tantos anos de luta, em 2002, a AACaldense conseguiu sua maior façanha, o Campeonato Mineiro da primeira divisão. Veja como foi:

Pra finalizar, quer comemorar um gol com os caras? Vai lá!

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26- Camisa do Poços de Caldas F.C.

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Enquanto alguns aproveitaram o final de ano pra descansar, curtir uma praia, e esquecer do dia-a-dia, eu procurei traduzir meus anseios por novidades no mundo da bola em duas viagens pelas proximidades de São Paulo que fiz com a Mariana.

Por hora, vou contar sobre um time que até então, não conhecia e fui apresentado nos últimos dias de 2008, trata-se do Poços de Caldas F.C., ou simplesmente “Vulcão”, time da deliciosa cidade de Poços de Caldas. Aliás, o apelido do time é esse exatamente porque a cidade está situada numa cratera de vulcão, já extinto.

logo

O jeito que conhecemos o time foi bem engraçado.
Após eu visitar o estádio Dr Ronaldo Junqueira, vulgo “Ronaldão”, decidi passar no clube que pra mim era o dono do estádio, a Caldense.

Lá chegando, após certa dificuldade consegui a camisa da Caldense (depois conto essa história num outro post , aguarde!), e um cara que acompanhou meu calvário disse “Olha, eu também coleciono camisa, e acho que vale você saber que tem outro time aqui na cidade, o Vulcão

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Engraçado né? Em pleno território da Caldense, um simpático torcedor me indicava o endereço do bar do Vulcão, onde reúnem-se torcedores do time (é ali naquela avenida principal, a João Pinheiro, no número 710, na entrada da cidade).

E lá fomos eu e a Mari conhecer um novo time.
O bar é um exemplo para os times daqui de São Paulo. Tem tudo para os torcedores. Camisas (modelos femininos inclusive), DVDs (enquanto o Santo André negou-se a fazer um DVD sobre o acesso à série A do brasileirão, eles fizeram um sobre o acesso à 2a divisão mineira), adesivos, poster do time, enfim… Tudo o que um bom marketeiro poderia planejar.

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Além disso, a “velha guarda” do time estava por ali reunida. Opa… Velha guarda?? É até difícil chamá-los assim, primeiro porque era uma moçada bem jovem e segundo porque o próprio time é super recente.

Juntos, assistimos alguns DVD’s mostrando a história do acesso e apresentando os diversos projetos do time, que envolve dos menores carentes até a terceira idade.

Bom, o time foi criado em 2007, relembrando o antigo Poços de Calda F.C., que surgiu em 1934, e teve uma breve existência.
Seu mascote é um Quatí.

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As cores da camisa são bem diferenciadas. Laranja, preto e cinza, numa combinação única no futebol brasileiro, pelo que me lembre.

O grande rival do Vulcão é a Caldense. Veja algumas cenas do último clássico:

Bom, então assim, descobri que o estádio Ronaldão é também a casa do Vulcão, possui capacidade de 10 mil pessoas, veja algumas fotos:

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O site oficial do time é: www.pocosdecaldasfc.com.br

Se você ficou com vontade de saber como deve ser assistir um jogo do Vulcão, não passe vontade:

Fica aqui nosso cumprimento pela maestria com que vem sendo conduzido o time, e com a hospitalidade que fomos tratados. Vamos ver se esse ano aparecemos por lá pra ver um jogo!

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