Clipe da 1ª final da Copa Paulista

Segue o nosso tradicional clipe, desta vez tendo como tema a música “Acordas p’la manhã”, da banda Pesta & Sida, de Portugal.

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Uma manhã de reencontros em Araras – 2a Divisão do Campeonato Paulista 2022

Domingo, 8 de maio de 2022. Dia das mães. Dona Leny ganharia seu presente e uma visita a tarde, porque pela manhã, o domingo foi dedicado à Segunda Divisão do Campeonato Paulista (também chamado de “série B”), para acompanhar União São João versus Amparo Athlético CLub.

Era hora de reencontrar com um estádio que passou os últimos anos vazio, com o seu time licenciado… Mas também foi a oportunidade de rever o Joey, um grande amigo que, pasmem, não reencontrava há 20 anos (como é que ficamos tão velhos de repente???)

O Joey é mais um amigo que nasceu na cena punk mas que também enxerga outras conexões com a sociedade, seja o futebol, a culinária (ele é um chef vegano de primeira!), a educação, o futebol e também a literatura. Tanto, que nessa pandemia ele lançou um livro incrível de contos e poesias que se você quiser conhecer é fácil:

Eu aproveitei pra pegar o meu “em mãos”.

Vale dizer que acabamos nos encontrando praticamente na hora do jogo, sem grande planejamento. A caminho do estádio eu mandei mensagem o convidando pra aventura e como ele mora na região, topou na mesma hora!! E lá fomos nós pra mais uma aventura boleira!

O preço desse reencontro foi bem tranquilo… A meia entrada para estudantes (eu estou me formando em história!) e professores (o Joey além de tudo é professor!) era de R$ 5. E como eu estava de visita, o Joey pagou kkkk, valeu, mano!

Vale lembrar que o “Alviverde” de Araras estreou em casa contra o Independente de Limeira, então o reencontro da torcida com o time se deu naquela partida que terminou em empate por 1×1.

Infelizmente, eu acho que a cada ano que passa, a paixão do brasileiro por futebol diminui um pouco. Confesso que torcia para ter problemas para conseguir ingresso, já que chegamos atrasados… Mas… foi tudo bem tranquilo… A presença do público estava interessante, mas abaixo do que merece um time de tamanha tradição…

Pelo menos, havia uma “banquinha” vendendo as camisas e bonés do time (cada vez mais o futebol me lembra a cena punk e suas banquinhas!).

Vamos sentir o clima do estádio:

Claro, e velhas paixões parecem ter despertado novamente, seja pela presença de torcedores das antigas (esse aliás, eleito pelo nosso blog como o casal mais da hora do estádio!)…

Assim como a camisa do torcedor, uma verdadeira relíquia, que estava aguardando ansiosamente a hora de retornar ao Estádio Hermínio Ometto (essa camisa é mais antiga que o próprio estádio!):

Pra quem não conhece, o Estádio Doutor Hermínio Ometto, inaugurado em 1988, possui uma estrutura muito bacana. A começar pela área coberta, situada na lateral do campo.

O estádio possui capacidade para mais de 22 mil torcedores, mas depois das readequações que todos os estádios tiveram que passar, o número oficial baixou para pouco mais de 16 mil, isso porque possui um anel de arquibancadas que vai lá do outro lado, onde ficam os visitantes…

Passam ali, atrás do gol…

Até chegar no lado “de cá”, onde fica a torcida local.

Falando sobre a torcida local, fomos conversar com o Régis, da Torcida União Alviverde sobre suas expectativas quanto ao retorno do time ao futebol profissional:

Em campo, a vida do União São João não estava fácil… Espero que a torcida entenda que é natural um tempo de adaptação nesse retorno ao profissionalismo. Mas um chute rasteiro no canto do goleiro do União fez o pessoal de Amparo comemorar o 1×0. No vídeo abaixo eu me atrapalhei porque estava falando sobre o time do Atibaia com o Joey kkkk!

Se você está aqui só pelo placar… Já entrego que o União perdeu por 3×0… Aí estão os gols pelo link do pessoal do Nikão Sports:

Por mais que o resultado seja uma das coisas mais importantes para todo torcedor, eu ainda vejo o futebol de um modo mais “institucional”… O simples fato da torcida poder voltar ao estádio em Araras já devia ser a comemoração deste ano. Os resultados podem vir com o passar do tempo.

O segundo tempo veio e a torcida se mostrou satisfeita em ver algumas substituições do time que saiu jogando:

Olha aí a faixa do “Leões da Montanha“, a torcida organizada do Amparo Athlético, time do amigo João Pagan.

Ah, faltou falar do bar, que fica ali embaixo das cadeiras cobertas!

O dia de calor (no mesmo dia em que fazia um frio danado na capital e no ABC) fez com que a turma local gastasse umas boas moedas em bebidas!

Se o União São João perdeu em campo, eu acho que na arquibancada podemos considerar que houve uma vitória… Ok… não foi uma goleada, mas as pessoas estavam ali… Jovens, crianças, mulheres… Parece que existe sim uma chama verde no coração de parte da cidade…

Que as organizadas possam manter esse amor e esse apoio, cantado durante a partida… Que mais pessoas possam se dar a chance de se apaixonar pelo time da cidade…

Caso alguém tenha duvida da força e da glória do time, e do potencial que o futebol em Araras tem, basta uma olhada na sala de troféus que fica ali abaixo da arquibancada coberta…

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O primeiro jogo de 2020!

Janeiro de 2020. O ano começa e nossa primeira ida ao estádio foi sensacional! Um jogo fora do Brasil, pela 15a rodada da  segundona de Portugal, entre o GD Estoril Praia e o CD Feirense. GD Estoril Praia x Feirense - 2020 O jogo aconteceu no Estádio António Coimbra da Mota, a casa do GD Estoril Praia. Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020

O Estoril foi fundado no dia 17 de maio de 1939, meses antes do início da segunda Guerra Mundial. Grupo Desporitvo Estoril Praia Já o Feirense, foi fundado em 18/3/1918 e você pode saber mais sobre o time nesse vídeo celebrativo dos 100 anos do time:

Nem bem entramos no estádio e já nos sentimos em casa… Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 Deu até pra trombar o mascote do Estoril, o canarinho, que é uma homenagem ao…. Brasil sil sil! Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 Chamam a atenção  as bandeiras de mastro, coisa que a gente aqui de São Paulo, não vê assim no meio da bancada há muitos anos… Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 Vamos sentir um pouco o clima do jogo:

Ver o da escurecer e as bandeiras tremularem foi uma sensação muito boa pra quem ama o futebol e o movimento das torcidas mundo afora…

Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 Ah, o pessoal responsável pela festa na arquibancada local é o “Gruppo Estoril Supporters”.

Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020

Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 Vamos ouví-los um pouco mais!

Fica o abraço ao amigo Calhau e a todos que nos receberam tão bem 🙂

Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 Ah, a torcida visitante também se fez presente por meio do pessoal do Civitas Fortíssima 1514. Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 Em campo, um jogo duro, como é o futebol das divisões de acesso de qualquer país. Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 Muitos lances de bola aérea e bola parada.

O time do GD Estoril tentava criar, mas a zaga do Feirense esteve bastante sólida e com jogadores mais fortes fisicamente. Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 Assim, o primeiro tempo entrava na sua fase final e o placar seguia inalterado. Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 Mas após um início mais disputado, a equipe visitante passou a se tornar mais ofensiva, levando grande perigo ao gol do GD Estoril. Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 Chegaram a perder um penalty…

Pelo que eu ouvi dos torcedores locais, ter muitos jogadores brasileiros na equipe já é uma tradição para o Estoril, mas confesso que não consegui reconhecer nenhum rosto entre os atletas da canarinho. Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020

O brasileiro que acabou brilhando foi Edson Paraíba que fez 1×0 para os visitantes, ainda no primeiro tempo…

Edson Paraíba - Feirense

Pra entender melhor o estádio,  vale ressaltar que ele possui um lance de arquibancadas cobertas na região central. Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020   Do outro lado do campo, onde estão os visitantes, há mais um grande lance de arquibancada descoberta. Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 Ao fundo do gol esquerdo, também mais um lance de arquibancada. Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 Já no outro gol, existe uma estrutura de apoio do clube. Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 E com o fim do primeiro tempo, vale conhecer a lanchonete e a loja do time do Estoril Praia: Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 O segundo tempo começou com o torcedor local um pouco mais preocupado. Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 O treinador local tentou mexer no jogo trocando alguns jogadores (e olha que beleza os bancos de reserva…): Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 A torcida seguiu no apoio e no incentivo… Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 Mas, o empate não veio, e já nos acréscimos o Feirense fez 2×0 com Fábio Fonseca, para a tristeza do público local. Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020 Pra nós, a possibilidade de começar o ano com um jogo na gringa foi sensacional! Valeu cada centavo economizado durante o ano! Que tenhamos todos um ótimo 2020, com muito futebol, justiça social e melhores dias do que os do ano passado. Estádio António Coimbra da Mota - Estoril x Feirense 2020

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Visitantes – "Ai que saudades que dá…"

VISITANTES Se você só quer ouvir o som, use a barra abaixo: [audio wav="https://www.asmilcamisas.com.br/wp-content/uploads/2016/02/AI-QUE-SAUDADE-QUE-DÁ.wav"][/audio]   Se você quer ver nossas caras feias, o clipe, aí está:

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St Pauli: Futebol, punk rock e atitude!

DSC00139 Esse post mostra como a camaradagem, a amizade, a música e o engajamento social podem conviver com o futebol, mostrando que mais do que um esporte é uma verdadeira cultura, talvez mais vivida por quem torce do que por quem joga.

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Esse rolê, começou ainda no Brasil, quando conhecemos o Marten (esse alemão doido de touca marrom, do lado da Mari) e o convidamos para conhecer um pouco do ABC. Entre outras diversões, ele visitou o Estádio Bruno José Daniel e ainda bateu um papo com o até então capitão do Santo André, Junior Paulista.

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Mas enfim, eis que no final do ano que passou (2014) mais uma vez conseguimos fazer um role internacional e como estávamos na Europa, não podíamos deixar de enfim conhecer o Estádio Millerntor, a casa do St Pauli, um dos times mais punk do mundo!

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Esse é o time do St Pauli, conhecido por sua postura politizada (tanto entre torcedores quanto dirigentes e até jogadores) e pelo seu carisma. Entretanto, esse ano o time está em uma má fase, ocupando as últimas colocações da série B da Alemanha.

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Mas… Se a fase dentro de campo parece ter problemas, nas arquibancadas o clima é indiscritível… Punks, skinheads, rockeiros em geral, além de famílias, amigos e uma diversidade de gostos, roupas e pensamentos que mais parecia um festival alternativo.

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E dá lhe punk rock, tocado nos altofalantes do estádio e cantado pela torcida nas arquibancadas.

Pra quem ficou curioso, segue o link com o som original:

Ah, e não estamos falando de uma arquibancada com meia dúzia de gato pingado, não, são cheias e cantando a todo momento!

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E a gente foi cantar junto!

Pra quem não tem ideia do que seja o St Pauli, vale lembrar que a torcida e o time são declaradamente antifascistas e contra o nazismo, e eles fazem questão de deixar isso claro não só no Estádio, mas por toda a cidade. Entra no Translator do Google e veja o recado que eles espalharam pela cidade:

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E falando mais sobre os “arredores” do estádio, o estabelecimento mais comum por ali são os pubs ligados ao time. Aliás, os caras bebem muita cerveja…

DSC00076 E mesmo a gente que não é tão fã de cerveja, entrou no clima e antes mesmo de chegar ao estádio já mandamos ver na AMSTEL, cerveja patrocinadora do time.

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Agora, tem um negócio lá que eu achei muito louco e muito diferente do que temos aqui.

Além dos tradicionais vendedores ambulantes de comida e bebida espalhados pela rua (lá, são tipo uns food trucks nas ruas próximas), eles tem uns espaços (lembram os centros contra culturais aqui do Brasil) na parte inferior do estádio, chamados “Fanräume”.

DSC00085 E são vários espaços, que servem de ponto de encontro para a torcida e também acabam virando a sede de diversos movimentos sociais que nascem nas bancadas do estádio. Ali, você encontra muita cerveja, alguma comida (quase tudo vegano), muitos fanzines e muta gente legal. Lembra os shows punks dos anos 90, quando todo mundo estava eufórico para dividir angústias, experiências e celebrar a vitória do anarquismo frente à realidade, mesmo que só durante aqueles momentos. DSC00086 Segundo nossos amigos locais, os diversos espaços geridos pela Fanladen são independente do clube e rolam até shows (o Los Fastídios iria tocar ali, dias depois do jogo). Mas, voltemos para o estádio…

A primeira diferença que percebe-se é o visual, tomado por grafites, bandeiras e interferências sempre politizadas no sentido do respeito à diversidade de pensamentos. Por exemplo, a relação com o público GLTS, que no Brasil ainda está caminhando, lá é encarado com super naturalidade.

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Outra coisa que fica clara logo de cara é que lá, a cerveja é liberada. E mais do que isso, eles bebem bastante e numas canecas de plástico, temáticas do time (embora lindas, acredite ou não, ao final do jogo a maior parte do público as devolve para que sejam reutilizadas na próxima partida).

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Essa teve que vir conhecer o Brasil…

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O resultado de tanta cerveja é uma incrível narração em Português no meio da torcida alemã…

Outra coisa que lá ainda mantém-se fiel às origens do futebol, são as bandeiras com mastro. E além disso, mais bandeiras com dizeres políticos do que preocupadas em falar sobre o nome da torcida, como acontece aqui no Brasil.

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E no meio do jogo ainda sobem mais e mais faixas para protestar enquanto se torce.

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A cultura dos adesivos também é bem presente no estádio e pela cidade.

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Eu queria ter registrado em vídeo os momentos mais emocionante do jogo, por exemplo quando o time entra ao som de Hell’s Bells, mas a emoção foi maior e eu preferi só viver o momento, só deu pra bater uma foto…

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Antes do começo do jogo, o tradicional “bolinho” (Vamo lá, vamos ganhar!).

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Mas… Para não dizer que eu não capturei nenhum momento mágico em vídeo, fica aí a comemoração do primeiro gol, ao som do Blur.

Pra quem não conseguiu ouvir ou não lembra, esse é o som que toca na hora do gol:

Enquanto isso, o time comemorava em campo!

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Vale citar que a torcida visitante (do VfR AaLEN) também esteve presente, e embora segundo nossos amigos locais, eles tivessem certo teor de rivalidade, não houve nenhum tipo de incidente. Eles ficaram meio isolados ali no canto do estádio.

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A história foi mágica. Talvez muitos não se identifiquem com o teor político / anarquista do time / torcida (e eu respeito, afinal, cada um pensa de um jeito), mas ao mesmo tempo, espero que entendam que para nós, que temos essa semente da liberdade plantada em nossos corações, essa experiência foi incrível…

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Ah, e teve futebol também hehehehe. O time do St Pauli, que vinha numa má fase, fez seu melhor jogo do ano (segundo os torcedores), o que fez de nós brasileiros de boa sorte hehehe!

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Tem também o papel picado, porém, lá, o papel é meio que picotado mecanicamente, bem direitinho hehehehe…

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Como fazem falta as bandeiras com mastros nos nosso estádios, hein?

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Mas, a felicidade nos corações dos torcedores… Essa é a mesma na Alemanha, no Brasil, na Argentina…

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Vale lembrar um detalhe que não fica claro nas imagens calorosas.

Estava frio. Muito frio. E pra piorar, antes do jogo, pegamos uma bela chuva na cabeça (somada a um frio de uns 3 ou 4 graus)… Só nos restava o calor humano! Por isso tem tanta comemoração usando cachecóis… Eles são peça indispensável no vestuário alemão…

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Mas que fica legal essa imagem de todo mundo com os cachecóis a mostra, fica hein?

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Hmmmm, não sei o que dizer dessa imagem que só depois de feita revelou um papai noel pulando a cerca!

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Fim de jogo! FC St. Pauli 3×1 VfR AaLEN

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Mas, não significa que é o fim da festa. Diferente da maioria dos times, assim que o jogo acaba, os jogadores voltam-se para cada setor do estádio saudando a torcida e comemorando juntos!

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Ao menos, aparentemente, pareceu ser algo bem espontâneo, não uma regra que deve ser cumprida. Confesso que quero muito levar essa ideia para o Santo André.

Hora de dizer tchau… Ou quem sabe um “até breve” às arquibancadas punks de Hamburgo… St Pauli, obrigado pelos exemplos…

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Rolê pelo velho continente 2014 – parte 2 (Berlin)

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Na segunda parte dedicada ao nosso role (na primeira falamos sobre alguns estádios de Barcelona, veja aqui como foi), agora foi a vez de reencontrarmos Berlin (já passamos por lá antes, veja aqui como foi).
Berlin é uma cidade que remete aos livros de história, não tem jeito.
Tanta coisa se passou com este país, que as vezes fica difícil acreditar, por isso visitar a cidade é rever tudo aquilo que aprendemos na teoria.

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O muro de Berlin, ou melhor, o que sobrou dele, ajuda a manter vivo um período em que a guerra fria chegou ao seu extremo.

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Outro lugar incrível pra se entender um pouco da história é o Museu da Alemanha Oriental, que permite aos visitantes interagir com a cultura do lado oriental do país durante a guerra fria (de lata de feijão e roupas que eram utilizadas pelas pessoas até a possibilidade de dirigir um simulador pelas ruas, naquela época).
O site deles é www.ddr-museum.de/en.

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Também não dá pra esquecer do que aconteceu na segunda guerra. Existem muitos museus e lugares como o Memorial aos judeus assassinados (dá pra ver que tava frio, né?):

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Pra quem gosta de pechinchas, a Mari descolou um “Mercado de Pulgas” (Flohmarkt) que acontece aos domingos no Mauerpark com um monte de atrações bacanas. Aproveitei pra comprar uns cds usados do Die Toten Hosen por um ótimo preço. Aqui dá pra ver um pouco mais sobre o Flohmarkt: www.mauerparkmarkt.de.

Flohmarkt

Falando em cd´s e música, Berlin tem ainda uma forte cena punk, muitos deles ainda podem ser vistos pelas ruas da cidade, ou nos shows que acontecem frequentemente.

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Mas infelizmente os Squats (prédios abandonados que são ocupados pelos punks e transformados em centros culturais e moradia) começaram a ser derrubados ou desativados pela polícia e pelo governo, esse fica no bairro Mitte e fechou no ano passado.

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Berlin conta ainda com um incrível Museu dos Ramones! O lugar é pequeno, mas é muito bacana e guarda vários ítens relacionados à banda e tem um café a preços honestos. Quer saber mais, acesse: www.ramonesmuseum.com/

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Mas para se entender um pouco da história do punk em Berlin, é necessário visitar o distrito de Kreuzberg.

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É ali que está a Core Tex, uma loja e gravadora punk que fica em um ex-squat.
Criada em 1988, a Core Tex ainda organiza uma série de shows, incluindo o festival anual “myFest”. Maiores informações, acesse: www.coretexrecords.com

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Outro lugar (quase em frente da Core Tex) é o SO36 , um lugar onde rolam os shows mais bacanas, tipo um CBGB alemão. Maiores informações em www.so36.de

E a rua Oranienstrasse (onde ficam a Core Tex e o SO36) mostra porque é mesmo parada obrigatória para quem curte cultura alternativa. Olha essa loja especializada em material do St Pauli:

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Outra coisa que nos marcou, foi que pela primeira vez, estivemos em um Campo de Concentração, e embora seja ruim a simples sensação de estar lá, valeu pela reflexão e aprendizado.

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Trata-se de Sachsenhausen, local onde funcionou o primeiro campo de concentração nazista (de 1936 até 1945) para confinar ou liquidar em massa opositores políticos, judeus, ciganos, homossexuais, Testemunhas de Jeová, e, posteriormente, milhares de prisioneiros de guerra.

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Sim, o clima é pesado. É angustiante saber que ali morreram e foram torturados milhares de pessoas de diferentes países.

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Então por que adentrar num lugar desses? Primeiro para não esquecer e consequentemente não deixar se repetir. Segundo, porque faz parte da história do mundo e não somente da Alemanha.

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Sachsenhausen fica na cidade de Oranienburg, em Brandemburgo. O lugar fica a poucos quilometros de Berlin, dá pra ir de trem. É uma visita que eu recomendo para quem for para Berlin.

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Tem cara de cenário de filme de terror, não tem?

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Hora de ir embora…

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Mas, no caminho de volta conversando com um morador local, descobrimos que a cidade sedia um time que eu não conhecia, o Oranienburguer FC.

distintivo do Oranienburger FC

O time manda seus jogos ali pertinho no Estádio que tem um nome bastante propício para o local: Arena da tolerância.

Oranienburger FC 2
Oranienburger FC 1

O time surgiu em 1901 como Oranienburger Football Club Orange e passou por diversas mudanças de nome e de administração. A principal delas, em 2003, fez surgir o Oranienburger FC Eintracht 1901 que é o atual nome do time que conquistou na temporada 2012/13 o acesso para a liga Brandenburgo.

Oranienburger FC

Dê uma olhada em algumas fotos do site oficial (www.oranienburger-fc.de).

Antes que você se pergunte “Conseguiu alguma nova camisa pra coleção?” tenho que ressaltar que as camisas de times de futebol são muito caras, e por isso comprei apenas alguns cachecóis de recordação, como esse do BFC Dynamo (Berlin Clube de Futebol Dynamo), time fundado em 1966 e que conquistou dez títulos nacionais consecutivos entre 1979 e 1988 na Alemanha Oriental.

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Outro time local é o Hertha Berlin, que possui várias lojas espalhadas pela cidade.

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Enfim… esse foi um pouco do nosso role misturando cultura, punk e futebol por Berlin…

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De Berlin fomos para Varsóvia, e aí já é tempo de uma nova história…

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Primeiro jogo do ano: Rayo Vallecano x Getafe

Então, começa 2013… Que seja um ótimo ano para todos nós! E para ajudar a torná-lo inesquecível, o nosso primeiro jogo tem grandes chances de ser o melhor do ano! Em nossa última noite por Madrid, fomos até o bairro de Vallecas para enfim conhecer o time e a torcida do Rayo Vallecano!

Esse ano, o time até lançou um livro sobre sua história: “Vallecas y el Rayo Vallecano“.

Infelizmente, o valor do Euro não me permitiu trazer a camisa do time, mas trouxe um cachecol, comprado ali, na porta do Estádio “Vallecas Campo de Futbol”, antigo Teresa Rivero que aliás, fica literalmente em frente à estação “Portazgo”, do Metrô.

Vallecas é um lugar único. É um bairro que já foi cidade, cheio de histórias e tem até brasão. Para completar o cenário, a população local tem seu próprio time e seu próprio Estádio…

Como eu disse, o metro para em frente das bilheterias laterais, porém, não tinha nenhuma aberta, tivemos que ir até a bilheteria central comprar nossos ingressos.

O preço mais barato é 18 Euros, junto da galera do Los Bukaneros, mas estavam “agotadas”…

O jeito foi ir a um lugar nas laterais, que nos custaram 30 Euros, cada, ou seja, é caro torcer em Madrid…

Passeando pelo entorno do estádio pudemos ver a polícia local, não tão a paisana como imaginávamos.

Algumas inteferências nos muros, mostram que Los Bukaneros estão na ativa há 20 anos, desde 1992 (21, agora). O site deles é www.bukaneros.org

Ainda antes de entrar, deu pra tirar uma foto do ônibus do GETAFE, pro Anderson, lá de Curitiba. A qualidade tá ruim porque tava bem escuro…

E enfim, chega o momento de conhecermos pessoalmente esse estádio, seu time e principalmente sua torcida…

A cena chega a ser engraçada. Eu e a Mari parados ali, em frente ao campo, por 5, 6 minutos, até que um cara da administração diz que não podemos ficar ali em pé… Mas o momento era mágico, merecia dedicação. Os Deuses do futebol capricharam em Vallecas!

Incrível como as fotos e os vídeos trazem tão pouco daquela atmosfera. Ok, sei que não sou um fotógrafo de primeira linha, mas mesmo assim. As imagens não traduzirão nunca o que as pessoas construiram em Vallecas.

Ficamos na segunda fileira de cadeiras bem perto do campo, como costumamos fazer, em Santo André. Nos sentíamos em casa e ali, ao nosso lado esquerdo, estava a torcida “Los Bukaneros” com seus cantos, faixas, bandeiras e animação.

E o jogo rolava ali, bem pertinho da gente.

Aliás, o time do Rayo está bom nesta temporada, e em especial nessa noite, eles jogaram muito, com muitas jogadas de linha de fundo, o que fez a gente estar bem perto da ação.

O melhor da ação é o momento do gol… O vídeo está bem realista com o que a gente estava vivendo… Estávamos em êxtase, sem saber pra onde olhar hehehe.

Nessa foto, dá pra ver o momento em que o estádio inteiro levanta seus cachecóis! Como é muito frio (ao menos nessa época), você quase não vê pessoas na arquibancada com a camisa do time, afinal estão com um monte de blusas por cima, mas os cachecóis estão sempre a mão. Essa noite estava uns 4 graus quando saímos para ir pro jogo.

Os cantos da torcida são sempre de apoio ao time criticando racismo, xenofobia e as atitudes da polícia.

Recentemente um jovem ativista de Vallecas, chamado Alfon Fernandes foi preso a caminho de uma manifestação e acabou se tornando o ícone da crítica à ação policial, tendo seu nome cantado pelas ruas e estádios. E quando a torcida manda mensagem, é assim:

Participamos de uma manifestação nas ruas centrais de Madrid e pudemos ver seu nome em várias faixas e nos adesivos que eram distribuídos.

Tirei muitas fotos da torcida, pois sei que não voltarei tão cedo para lá e quero muito guardar essa imagem na mente, principalmente das bandeiras com mastros, ainda permitidas por lá e que geram um espetáculo visual!

Dê uma olhada nas bandeiras em movimento:

Em campo, o time mandava bem e fazia 3×0. E a gente ali, acompanhando tudo… A emoção era tanta que nem demos muita bola para um capítulo normalmente essencial: As comidas de estádio. Lembro que no bar, vendiam os tradicionais salgadinhos (destaque para semente de girassol que lá é vendida como amendoim), água, refrigerante (não reparei se tinha cerveja), mas flagramos uma galera que levou uma torta!! Dando uma olhada para outros ângulos do Estádio, aqui, a galera que estava do mesmo lado nosso,mas lááá na outro lado, perto da linha de fundo.

Outro grupo tradicional presente no estádio são os “Pena Rayista Ultramarinos“, que eu não conheço, mas vi várias faixas. Se alguém souber, pode postar comentando…

A animação era tanta que nem vimos o GETAFE diminuir para 3×1. E mais mensagens contra o capitalismo! E mais festa…

Ahhhhhhh, 2013, futebol, rock e revolução em nossas mentes… A torcida do GETAFE não compareceu. É um time de uma cidade próxima de Madrid, mas que não tem muitos torcedores.

O Rayo Vallecano conta ainda com um brasileiro no time, Leo Baptista, que na semana seguinte a este jogo acabou se lesionando. Já no final do jogo, percebemos que o negócio era mesmo ter ficado lá no meio de Los Bukaneros, porque como em todo estádio, tem horas que a torcida dá uma “descansada” e ali no meio, a galera assistia sentada mais comportada… Do outro lado, também vinham alguns gritos animados!

Para terminar, que tal cantar a tradicional música imortalizada pelo SKA-P, junto da torcida local?

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