#TBT: Treta no futebol andreense

O ano era 1968… Em uma tarde distante, uma partida colocou frente a frente dois times feras daquele ano, de um lado o Santo André FC, que viria a se tornar o EC Santo André, campeão da Copa do Brasil de 2004, do outro, EC Elclor, o time da Vila Elclor.

A Vila Elclor nasceu no entorno das “Indústrias Químicas Eletrocloro” que chegou ao ABC em 1941, produzindo soda, cloro e hipoclorito de sódio, e hoje faz parte do grupo Solvay – Unipar.

A Vila Elclor foi construída num lugar bem bucólico, no quilômetro 38 da estrada de ferro Santos-Jundiaí, para abrigar os trabalhadores da indústria.

Logo surgiram pequenos comércios, uma escola (inaugurada em 1958), linhas de ônibus que atendiam a vila e até mesmo uma estação de trem!

Porém, a grande animação veio quando foi construído um pequeno estádio, que seria a casa do EC Elclor, o principal time da vila! As imagens abaixo foram retiradas do vídeo de chegada do papai noel que está no Grupo de Facebook Vila Elclor:

Aqui, duas fotos do time de 1960, a primeira, da delegação que foi até Itamonte-MG para um amistoso:

A vila ainda existe, pertence à Santo André e fica entre Rio Grande da Serra e Paranapiacaba.

Aqui, dá pra ter ideia do local, no mapa:

Na foto abaixo, do Grupo Vila Elclor do Facebook, mostra onde ficava o campo (ali na parte superior direita):

Sem grandes sonhos, nem prestígio, mas com bons empregos e qualidade de vida para a época, algumas pessoas acabavam se sentindo um pouco desprezada pelos que viviam no centro da cidade. Ao mesmo tempo, foi crescendo nos moradores o sentimento de pertencimento e uma relação de amor e pela VilaElclor.

Amor, porque tudo o que se vivia girava em torno da indústria, sendo natural a gratidão pela oportunidade, mas ao mesmo tempo, a noite, antes de dormir, vários sonhos inalcançáveis vinham à mente das pessoas e aí ficava clara a ideia de que na verdade, estavam presos aquele lugar.

A estação de trem facilitava a chegada e saída de pessoas e também de times de outras cidades e até do interior, com isso alguns times tradicionais acabaram aparecendo pela vila pra jogar contra o EC Elclor.

O time começou a ganhar expressão e disputando principalmente com os times de Ribeirão Pires, que ficavam mais próximos.

Esse é o Cocada, ex jogador do EC Elclor:

Mas a grande sensação daquele ano era o recém criado “Santo André FC“, time profissional fundado em 1967. Mais do que um time, eles representavam a “outra” Santo André, cheia de planos e sonhos. Um time que na semana seguinte disputaria o Campeonato Paulista Profissional… Foto do site da Ramalhonautas.

E naquela tarde, os canarinhos (o Santo André FC jogava de amarelo e verde) seriam os visitantes a serem combatidos de toda maneira! Na hora do jogo, 300 pessoas se reuniram para torcer pelo time da casa!

Em campo, o time local jogava a partida da vida, não com foco na vitória, mas tentando se impor fisicamente e literalmente sentando a porrada a cada jogada e cada disputa.

Mesmo assim, o Santo André FC estava bem preparado e fez 1×0 em cobrança de falta de Zé Roberto aos 30 minutos.

Mas o preço pago foi caro, o goleiro Dorival (foto abaixo) e o meia Nilo acabaram saindo de campo machucados.

O segundo tempo começou e a violência continuou. Mas o time do Parque Jaçatuba não era bobo e também batia. O clima estava tão ruim que aos 38 minutos do segundo tempo, uma treta generalizada fez com que o árbitro Jovercino Gomes encerrasse a partida.

Dê uma lida na matéria sobre a partida:

O clima continuou pesado pela vila, com muita pressão feita não apenas pelos torcedores mas agora nas ruas pela população em geral que sabia da partida e da presença dos vizinhos. Só restou aos jogadores do Santo André FC se arrumarem rapidamente e rumarem para a estação de trem para voltar pra casa.

Enquanto o O EC Elclor ainda seguiu nas disputas amadoras da região, como em 1970, quando foi campeão dos aspirantes de Ribeirão Pires. Mas, acabou deixando de existir como time oficial.

A Vila segue por lá, mas sem a mesma emoção dos tempos de outrora, mas não ouse desafiar um time local para uma peleja…

Só não fique glorificando os tempos da Elclor, como se ela fosse uma iniciativa positiva em nossa região, porque apesar dos empregos, veja um pouco do legado deles:

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O Estádio Américo Guazzelli – A casa do Corinthians de Santo André

Ainda em quarentena, damos sequência aos posts sobre os Estádios do Grande ABC. Hoje é o dia de falar sobre o Estádio Américo Guazelli.

Estádio Américo Guazelli - Corinthians FC Santo André

Mas o futebol do ABC tem outros times e outras histórias, caso queira conhecer mais, veja aqui o Mapa do Futebol no ABC, desenhado pelo Victor Nadal.

O Estádio é a casa do Corinthians de Santo André.

Corinthinas Futebol Clube de Santo André

Esse post é uma homenagem a dois grandes nomes do futebol de Santo André. O primeiro é o amigo de arquibancada “Seo” Nelson Cerchiari, figura importante na história do Corinthians e até hoje acompanha o futebol local, em especial o nosso Ramalhão.

Pra se ter ideia, a foto abaixo é lá de Mirassol (pertinho…) onde ele esteve acompanhando o tetra campeonato da A2 em 2016.

Nelson Cerchiari

A segunda homenagem, infelizmente é póstuma. Trata-se de Paschoalino Assumpção, um cara com uma mente a frente do seu tempo, que soube colecionar dados e anotações, que acabaram virando 2 livros incríveis, que serviram de base para a pesquisa de hoje.

Paschoalino Assumpção
Livros Paschoalino Assumpção

O mascote e apelido do time e que dé também nome a um dos livros do Paschoalino é “Galo Preto da Vila Alzira“:

O Galo Preto da Vila Alzira

O time é um verdadeiro marco da história do futebol do ABC, assim como o mitológico Estádio Américo Guazzelli.

Corinthians FC de Snto André
Estádio Américo Guazzelli - Corinthians Santo André

O nome da equipe de Santo André não é em referência ao homônimo paulistano, mas ao original, o Corinthian Football Club, time inglês que excursionou pelo Brasil há mais de 100 anos atrás.

Distintivo do Corinthinas Casuals

Assim, em 15 de agosto de 1912, nasceu o Corinthians Foot-Ball Club de São Bernardo.

Estádio Américo Guazzelli

Isso porque até 1938 toda a região do ABC era chamada de São Bernardo do Campo.

Corinthinas de São Bernardo

A evolução do distintivo do time é um verdadeiro registro histórico do Grande ABC. Com a emancipação de Santo André, o time passa a se chamar Corinthians Futebol Clube de Santo André, também conhecido carinhosamente como o “Corinthinha“.

Corinthians FC de Santo André

A história do Corinthians se escreveu em paralelo à do futebol paulista, numa época em que as ligas do municipais organizavam campeonatos disputadíssimos, com outros fortes times da região, como o Primeiro de Maio FC, (seu grande rival), o Ribeirão Pires FC, o São Caetano EC, o Pilar (de Mauá), o Palestra, o Meninos e o EC São Bernardo entre outros times classistas como a Pirelli, Volkswagen ou o Clube Atlético Rhodia, dono do esquadrão abaixo, de 1948:

Clube Atlético Rhodia - 1948

Segundo o livro “O galo preto da vila Alzira“, o Corintians começou mandando seus jogos em campos de outros times, primeiro em um que ficava bem no centro, entre as ruas Senador Fláquer, Gertrudes de Lima e a Abílio Soares, somente em 14 de agosto de 1925 adquiriram a área onde seria construído o seu campo, na Vila Alzira, perto do Ipiranguinha. Aliás, olha como era o bairro, antigamente:

Ipiranguinha - Santo André

Existem poucas imagens que registram o estádio Américo Guazzelli do começo do século XX. As que existem são essas fotografias granuladas, com pouca resolução e sem imaginar o tamanho da história que seria escrita nesse gramado.

Estádio Américo Guazzelli - Coritnhians Santo André

Mas o que sobra dessa época são lembranças, histórias e títulos. Olha essa foto do time de 1921 (escrevo esse post em 2020, ou seja… a um ano do centenário dessa foto!!)

Corinthians Santo André - 1921

Em 1921, esse time foi campeão paulista pela FPD, ficando com a Taça Guaraná Espumante formada por times descontentes com a APSA, na época. Participaram também da competição: Antártica FC, AA Barra Funda, AA Estrela de Ouro, EC Jundiahyense, Federação Espanhola FC, Itália FC, Ruggerone FC, União Artística R. Cambucy, União Brasil FC, União Fluminense FC (um dos que provocaram a revolta e a criação do campeonato paralelo), União Lapa FC, Vila Clementino FC.

Em 1923, o Coritnhians FC disputou a Zona São Paulo Railway do torneio do Interior e acabou em 3º lugar. (Paulista de Jundiaí liderou seguido pelo Coritnhians Jundihayense, e depois Atibaiense e o Brasil de Santo André).

Em 1925, mais uma vez disputa o torneio do interior ao lado da Ponte Preta, Guarani, D’alva (Campinas) e do Paulista de Jundiaí, ficando novamente em 3º, atrás do Paulista e da Ponte Preta.

Campeonato do Interior 1925
Campeonato do Interior 1925

Em 1927, o futebol paulista passa por uma divisão em duas entidades: a APEA (Associação Paulista dos Esportes Atléticos, originalmente APSA – Associação Paulista de Sports Athleticos) e a LAF (Liga dos Amadores de Foot-ball), com isso, o Corinthians recebeu uma vaga para jogar a primeira divisão (que teve o Palmeiras – Palestra Itália, até então como campeão) e fez com que o time abandonasse o Campeonato do Interior da APEA:

Fichas técnicas campeonato paulista 1927
Fichas técnicas campeonato paulista 1927
Campeonato Paulista 1927

Em 1928, o time buscou fortalecer-se realizando uma fusão com o maior rival, o Primeiro de Maio FC, dando origem ao Clube Atlético São Bernardo. Olha o time no seu jogo de estreia (6×1 contra a Portuguesa Santista):

CA São Bernardo

Com este nome eles disputaram a “A2” da APEA naquele ano e obtiveram bons resultados e terminando em 3o lugar, mas aparentemente a parceria não deu certo e eles perdendo o último jogo contra a Alpargatas de WO.

Classificação Campeonato Paulista - A2 1928 - APEA

Aqui, o time rival: o Primeiro de Maio FC jogando como visitante no Estádio do Corinthians FC, olha o público que comparecia!!

Primeiro de Maio FC no Estádio Américo Guazzelli - 1930

Em 1932, o time disputa a Segunda Divisão (o quarto nível do estadual). Aqui, o time de 1938:

Corinthians Santo André 1938

Aqui, o time já em 1939 que seria reconhecido pelo título da “Divisão Intermediária“, o equivalente à série A2 do futebol paulista.

Campeonato Paulista - Divisão Intermediária da LFESP 1939

Esse foi o time responsável pela conquista:

Corinthians de Santo André 1939

Em 1940, novamente disputa a “intermediária”, mas termina na sexta colocação.

Classificação divisão intermediária 1940

Em 1943, voltou a disputar o Campeonato do Interior, pela 16ª região, ao lado da AA Juqueri, CA Paulista, União Tietê FC, AA Industrial, Ribeirão Pires FC, EC São Bernardo, Palestra de SBC, São Caetano EC, Primeiro de Maio FC, CA Piratininga e do CA Democrata. Classificou-se para a segunda fase, onde parou no time do Enguaguaçu (2×2 fora de cas ae derrota de 2×1 em casa).

Em 1947, ganhou o título da Copa Inter-Corinthians.

Na sequência, o time disputou mais 8 edições da série A2 do Campeonato Paulista. Primeiro de 1949 a 1953, onde chegou a ser campeão da zona sul em 1951, com o time abaixo:

Corinthinas de Santo André - 1951 - Campeão da Zona Sul
1951

Em 1952, o estádio recebe melhorias e visando aumentar o público e consequentemente as rendas dos jogos do campeonato da segunda divisão foi construído um lance de Gerais e a inauguração se deu no dia 27 de julho com o amistoso contra o Palmeiras da capital. Esta, do lado da rua Cel Seabra.

Estádio Américo Guazzelli - Corinthinas Santo André

E estas do lado da rua Manaus. e o Corinthians ganhou por 2 a 0, como mostra o outro livro de Paschoalino Assumpção “História do futebol em Santo André”.

Estádio Américo Guazzelli - Corinthinas Santo André

Em 52, ainda empatou na Vila Belmiro contra o Santos FC.

No dia 14 de dezembro de 1953 a assembleia aprovou a denominação de Estádio Américo Guazelli em homenagem ao seu ex-presidente.

Muita gente fala sobre as “cadeiras cobertas” e eu encontrei algumas fotos bacanas que as retratam, uma do livro “Industrial de Mauá”, e é o registro de 1966, no torneio de saudade:

Industrial de Mauá - Campo do Corinthians 196

A outra foi postada pelo Ozires, na fanpage “Casa Branca FC“, onde ele sempre publica fotos de times do ABC. É, curiosamente, o time do Palmeirinhas no campo do Corinthians…

Palmeirinhas de Santo André

A terceira foi enviada pelo Ovídio (torcedor fanático do Ramalhão e que acompanhou a época de ouro desse estádio).

E essa de quando o Humaitá (time amador de Santo André) jogou por lá!

Aqui, o time do “Vila Húngara” presente no tradicional Estádio:

Outro fato que ajudou o Corinthians a ser reconhecido mundialmente no universo do futebol é que  no dia 7 de setembro de 1956, o time recebeu no Estádio Américo Guazzelli o Santos FC e entre os jogadores visitantes estava um de apelido “Gasolina”, que entrou e marcou seu primeiro gol. Aquele que logo se tornaria um dos maiores jogadores do mundo: Pelé. E lembram no seo Cerchiari, lá do começo do post? Pois foi ele quem anotou o gol na súmula!

Corinthians de Santo André 1x7 Santos (7 de setembro de 1956)

O goleiro do Corinthians era Zaluar, que ficou conhecido localmente por se apresentar com o título “Goleiro que levou o primeiro gol de Pelé”.

Zaluar - goleiro do Coritnhians FC de Santo André
Cartão Zaluar

Olha ele aí no gol do Américo Guazzelli:

Zaluar - goleiro do Coritnhians FC de Santo André

Aqui, uma visão aérea do Estádio Américo Guazzelli, em1958:

Estádio Américo Guazzelli - Corinthinas Santo André

O Corinthinha disputou ainda 3 campeonatos da A2, em 1955, 56 e 1970.

Desta época, o livro do Paschoalino traz uma linda imagem do time de 1958:

Corinthians Santo André - 1958

Jogou também a série A3 do Campeonato Paulista em 1957 e 1961, retornando ao amadorismo em 62, com o time abaixo:

Corinthians Santo Andre 1962

Aqui, o time de 1965:

Corinthians FC de Santo André - 1965

E esse o time de 1970, com vários jogadores do Santo André FC (que decidiu não disputar o campeonato aquele ano abrindo a vaga para o Corinthians FC) entre eles o goleiro Carlão, que arrumou a foto:

Corinthians Santo André 1970

Falando sobre outros times que mandaram seus jogos lá, em 1957, o CA Ypiranga apresentou a proposta de uma fusão para juntos disputarem a série A1. Embora a fusão não tenha dado certo (muito devido à pressão da imprensa e torcida local), o Ypiranga mandou seus jogos no Estádio Américo Guazzelli.

Estáio Américo Guazzelli - 1958

Essa foto acima e esta abaixo são da preparação do estádio para uma partida do CA Ypiranga contra o Corinthians da capital e quem as encontrou em uma Gazeta Esportiva de 1958, foi o Doug (Daniel Andrade) um aficcionado por fotos e imagens antigas.

Estádio Américo Guazzelli - 1958

Olha o Schank (que jogou no próprio Corinthians de Santo André) jogando pelo Ipiranga no Américo Guazzelli:

Schank

O Corinthians conseguiu enfrentar os 4 grandes de São Paulo no Estádio Américo Guazelli, além do Botafogo, CA Ypiranga, Ponte Preta, Portuguesa e o que se via era um estádio sempre cheio!

Em 1967, foi a vez do time Irmãos Romanos mandarem seus jogos no campo do Corinthians.

Distintivo da Sociedade Esportiva Irmãos Romano

Esse era o time deles, alguns anos antes, em 1964 (foto do site História do Futebol):

Sociedade Esportvia Irmãos Romano

Outro que fez do estádio sua casa foi o Santo André FC.

Santo André FC

O primeiro jogo oficial do clube ocorreu na comemoração do aniversário da cidade (8 de abril) de 1968, em um amistoso contra o Santos.

E aqui, eu homenageio outro grande pesquisador do futebol de Santo André, Marcelo Bellotti, já falecido, que conseguiu as cópias das fotos do Diário do Grande ABC, desta partida.

Santo André FC x Santos F (1o jogo do Santo André) 8 de abril de 1968
Santo André FC x Santos F (1o jogo do Santo André) Santo André FC x Santos F (1o jogo do Santo André) 8 de abril de 1968

Outra partida inesquecível do Canarinho (na época era este o apelido do Santo André FC, por conta do seu uniforme amarelo) foi um amistoso contra a seleção do Congo:

Estádio Américo Guazzelli - Santo André FC x Congo

Mas vários outros jogos foram disputados ali até a inauguração do Estádio Municipal Bruno José Daniel.

A foto abaixo foi “recolorida” pelo amigo torcedor Roberto:

Santo André FC 1971

Aqui, outra formação:

Corinthians Santo André

No início dos anos 2000, quem aparece como presidente do Corinthians tentando resgatar o futebol do clube e levá-lo novamente ao profissionalismo? Nelson Cerchiari!!! Ele sonhava em disputar a série B3 do Paulista, com o departamento de futebol profissional tercerizado, mas acabou não dando certo.

Atualmente o Corinthias segue no mesmo endereço: Rua 7 de setembro, 248 – Vila Alzira.

Estádio Américo Guazelli - Corinthians FC Santo André
Corinthians de Santo André
Estádio Américo Guazelli - Corinthians FC Santo André

Como o mundo dá voltas, décadas depois do primeiro gol do Pelé, agora o estádio possui uma escolinha do Santos.

Estádio Américo Guazelli - Corinthians FC Santo André

Mas seu estádio não é o mesmo. Já não possui suas arquibancadas, nem o belo campo onde fez história, mas ainda existe um campo!

Estádio Américo Guazzelli - Corinthians Santo André
Estádio Américo Guazzelli - Corinthians Santo André
Estádio Américo Guazzelli - Corinthians Santo André

Depois de muitas ofertas e negativas a pressão imobiliária venceu e parte do que fora o campo (o local em que Pelé marcou seu primeiro gol) se transformou em um empreendimento imobiliário. Outra parte permitiu ao clube social crescer e manter-se vivo e ativo.

Estádio Américo Guazzelli - Corinthians Santo André

O futuro deste time centenário, que vivenciou todas as transformações da nossa cidade nos últimos 108 anos? Não sei. Vamos aguardar e ver quais surpresas aguardam o Corinthians de Santo André! Pra terminar uma foto especial com o amigo Mário, outro apaixonado pelo futebol e que me salvou com algumas foto antigas que fizemos em uma visita ao Corinthinha em 2019!

Estádio Américo Guazzelli - Corinthians Santo André

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O Estádio Bruno José Daniel – A casa do EC Santo André

Dando sequência aos nossos posts sobre os Estádios da região, hoje vou falar do Estádio do meu time do coração, o EC Santo André!

Mas o futebol do ABC tem outros times e outras histórias, caso queira conhecer mais, veja aqui o Mapa do Futebol no ABC, desenhado pelo Victor Nadal.

Para esse post contei com a ajuda de várias pessoas, em especial do amigo e historiador do Ramalhão, Alexandre Bachega! Valeu, Ale!

Distintivo do EC Santo André

O Estádio Municipal de Santo André foi construído pela Júlio Neves (até hoje eles citam o projeto no site deles) e inaugurado em 15 de novembro de 1969, com um amistoso entre o Santo André FC e o Palmeiras (na época, o campeão da Taça Roberto Gomes Pedrosa).

Estádio Bruno José Daniel - EC Santo André

O Santo André FC, na época apelidade de “Canarinho” por conta de seu uniforme, prometia uma partida defensiva!

Estádio Bruno José Daniel - EC Santo André

Olha aí a cor do uniforme:

Santo André FC

O resultado não foi lá muito favorável para o time local, mas a festa valeu a pena!

Estádio Bruno José Daniel - EC Santo André

Pra quem gosta de fichas técnicas, segue a desta partida, com 3.034 pagantes, embora muitos convidados entraram sem pagar…

Estádio Bruno José Daniel - EC Santo André

Na preliminar deste jogo, houve uma partida entre duas forças do futebol amador da região: SE Humaitá 1×0 Vila Bela, com gol de João Carlos, o responsável pelo primeiro gol no Brunão.

Humaitá - inauguração do Estádio Bruno José Daniel

A primeira parte a ser entregue foram as arquibancadas cobertas.

Estádio Bruno José Daniel - EC Santo André
Estádio Bruno José Daniel - EC Santo André

Ainda hoje, o bairro ao redor do estádio tem poucos prédios, mas, na foto abaixo é de uma época em que eram 100% casas!

Estádio Bruno José Daniel - EC Santo André
Estádio Bruno José Daniel

Nunca houve um consenso sobre a capacidade exata do setor das numeradas do Brunão, porque além das cadeiras existiam alguns espaço comuns que em épocas de pouco controle, poderiam ser ocupados…

Estádio Bruno José Daniel - EC Santo André

Mas na época da inauguração, a capacidade oficial era estimada em 6 mil torcedores.

Estádio Bruno José Daniel - EC Santo André
Estádio Bruno José Daniel - EC Santo André

Somente em 10 de outubro de 1973, o estádio mudaria seu nome, como homenagem a Bruno José Daniel, que foi goleiro do Primeiro de Maio FC, depois vereador e Prefeito de Santo André e que faleceu jovem, aos 51 anos, menos de um mês após a inauguração do estádio.

Bruno José Daniel

O passo seguinte para a ampliação do Estádio Municipal Bruno José Daniel foi a construção da imponente arquibancada descoberta!

Estádio Bruno José Daniel - EC Santo André

Começaram a ser construídas em 1976 e foram inauguradas em 1977 em um amistoso entre o Santo André e a Seleção da Bulgária, que terminou em 0x0.

EC Santo André 0x0 Bulgária
EC Santo André 0x0 Bulgária - Inauguração da arquibancada do Estádio Bruno José Daniel

Um resumo das atuações na partida:

EC Santo André 0x0 Bulgária - Inauguração da arquibancada do Estádio Bruno José Daniel
EC Santo André 0x0 Bulgária - Inauguração da arquibancada do Estádio Bruno José Daniel

Mais do que o resultado dentro do campo, o que foi bom mesmo foia arquibancada…. Veja, que linda!

Estádio Bruno José Daniel - EC Santo André
Estádio Bruno José Daniel - EC Santo André

Não tive acesso a nenhum documneto oficial que comprove a capacidade da arquibancada descoberta, mas estima-se que suportava 16 mil pessoas na época. Dessa forma, a capacidade total do Estádio Bruno José Daniel era de 22 mil torcedores.

Um “recorte” de uma edição da Placar de 1994 sobre a capacidade do estádio ser de 21.740:

Estádio Bruno José Daniel - EC Santo André

Mas, essa informação varia para mais (há quem diga em 24 mil) e para menos. Fato é que o recorde de público presente aconteceria em setembro de 1983, num 0x0 contra o Corinthians (último jogo de Zé Maria pelo alvinegro).

Foram 19.189 pagantes oficialmente, mas houve mais de 4 mil pessoas (entre menores e outros) que não pagaram ingresso totalizando um público de mais de 23 mil pessoas. Novamente a Placar, em uma edição de 1987,  cita o tema:

Placar 1987

Em 1980, veio a inauguração dos refletores do Estádio, num amistoso que perdemos de 2×1 para o Santos. Nesse jogo o Ramalhão contou com um grande reforço: o craque Ademir da Guia disputou o início da partida com a camisa Ramalhina!

Ademir da Guia no Santo André

O jornalista e torcedor do Ramalhão, Vladimir Bianchini fez uma entrevista com o “divino” sobre o fato:

O Santo André jogou com Milton; Zé Carlos, Luiz Cesar, Alemão e Roberto; Ademir da Guia (Mazolinha), Arnaldinho e Cunha (Neco); Volnei, Zezinho e Bona.Técnico: Luiz Carlos Fescina.

Dessa forma, o Estádio passou por um longo período sem grandes obras e acabou se tornando conhecido e querido não só pela torcida local como pelos visitantes.

Estádio Bruno José Daniel - EC Santo André

Porém, nem o mais entusiasmado torcedor daqueles já distantes anos 80, iriam acreditar, mas em 2004, com a conquista da Copa do Brasil, o EC Santo André confirmava pela primeira vez na história sua participação na Copa Libertadores de América, como se pode ver nessa linda foto da Gazeta Press:

EC Santo André na libertadores de 2005

E fez se do Brunão, um caldeirão!

Estádio Bruno José Daniel - Libertadores 2005

Mas para poder receber a disputa, o “Brunão” (o Estádio Bruno José Daniel já se fazia íntimo do torcedor há tempos) ganhou, temporariamente um aumento da sua capacidade. Na época, o amigo Thiago Fabri foi até o estádio assim que as arquibancadas ficaram prontas e fez essas fotos pros Ramalhonautas.

Estádio Bruno José Daniel - EC Santo André - Libertadores 2005
Estádio Bruno José Daniel - EC Santo André - Libertadores 2005

O cálculo da capacidade do Estádio nesse momento era difícil, porque haviam sido alterados os padrões e a capacidade inicial havia sido reduzida para 18 mil, estima-se que com as duas arquibancadas, chegou-se novamente a 20 mil lugares.

Estádio Bruno José Daniel - EC Santo André - Libertadores 2005

Essas arquibancadas nunca foram utilizadas. Foram feitas só pra cumprir uma obrigação.

Estádio Bruno José Daniel - EC Santo André - Libertadores 2005

E também pra segurar a faixa dos Ramalhonautas!

Estádio Bruno José Daniel - EC Santo André - Libertadores 2005
Estádio Bruno José Daniel - EC Santo André - Libertadores 2005

Assim que o Santo André saiu da Libertadores, as arquibancadas tubulares foram desmontadas, voltando ao “padrão” que todos haviam se acostumado.

Estádio Bruno José Daniel - EC Santo André

Tudo estava em paz até que em 2011 um burocrata teve uma ideia: Vamos derrubar aquela marquise, porque aquilo deve estar perigo…

Estádio Bruno José Daniel - Obras PRefeito Aidan

O então Prefeito de Santo André, Dr. Aidan Ravin (PTB), anunciou uma “grande reforma do Brunão”. E assim, começou o inferno da nossa torcida.

Nunca ficou provado que era tecnicamente necessária a demolição da marquise. Estivemos lá às escondidas para registrar a demolição e recolher alguns pedaços de recordação…

O Santo André precisou atuar em cidades vizinhas como: São Caetano do Sul, São Bernardo do Campo, Mauá e até em Araras e dentro de campo as coisas também foram mal… seguidos rebaixamentos no campeonato brasileiro e no estadual.

Estádio Bruno José Daniel - EC Santo André

A resposta do torcedor foi dada nas urnas, e Aidan, que vinha com grandes chances de se reeleger viu sua carreira política ruir, como ruiram nossas arquibancadas.

Até música o Visitantes (a banda rockeira do Santo André) fez sobre esse difícil momento:

Somente em 2013, o novo  prefeito (Carlos Grana / PPT) reabre o estádio com a presença dos seus torcedores.

Estádio Bruno José Daniel - EC Santo André

Aos poucos as obras trouxeram um novo Bruno José Daniel, no lugar da antiga e vistosa marquise, em 2015 conhecemos uma nova arquibancada descoberta.

Estádio Bruno José Daniel - EC Santo André

Em abril de 2017, voltamos a ter um sistema de iluminação.

Reinauguração do sistema de iluminação do Estádio Bruno José Daniel - EC Santo André

Agora, podemos ter jogos noturnos novamente!

Reinauguração do sistema de iluminação do Estádio Bruno José Daniel - EC Santo André
Reinauguração do sistema de iluminação do Estádio Bruno José Daniel - EC Santo André
Reinauguração do sistema de iluminação do Estádio Bruno José Daniel - EC Santo André

Por fim, o último movimento do Estádio foi receber as tendas da Prefeitura e transformar-se em um hospital de Campanha durante a pandemia do Covid 19.

Estádio Bruno José Daniel - EC Santo André - hospital de campanha

Pode se dizer que o Estádio Municipal Bruno José Daniel fez mais do que a sua parte na vida dos andreenses…

Estádio Bruno José Daniel - hospital de campanha 2020

Atualização: após a pandemia, o Estádio Municipal Bruno José Daniel recebeu uma grande mudança: a troca do gramado natural por artificial. Dê uma olhada em como foi a época das obras:

E se você ficou curioso em ver o nosso novo gramado, agora sintético, dê uma olhada em como foi odia da inauguração, com a final da Copa Santo André 2021 (clique aqui e veja o post):

E aqui o vídeo:

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O adeus a Albertinho

final-de-semana-071 Olha, não deixe para amanhã o que pode fazer hoje. Há pouco mais de 3 anos, em uma das minhas visitas à Paranapiacaba entrei em uma lanchonete para comprar um tic-tac pra Mari e reparei que as paredes do lugar estavam cheias de imagens do time do Santo André FC. Para minha surpresa, o dono da lanchonete era o “Albertinho“, jogador revelado no futebol amador de Santo André, com passagem pelo histórico time do Serrano, de Paranapiacaba e que acabaria jogando também pela Portuguesa. O site www.ramalhonautas.com.br traz a informação de que ele foi um dos primeiros jogadores do Santo André, estando presente no primeiro treino da equipe, em 14/01/1968. Participou do primeiro amistoso não oficial do Santo André (Santo André 3X1 Saad, 13/03/1968), da primeira partida oficial (Santo André 2X1 Santos, 08/04/1968), do primeiro amistoso internacional (Santo André 1×0 Seleção do Congo, 01/05/1968) e da partida inaugural do Estádio Bruno José Daniel (Santo André 0X4 Palmeiras, 14/12/1969), entre outras. De coração humilde e muito gente boa, Albertinho nunca se cansou de me contar histórias e aguentar a minha curiosidade de torcedor nas várias vezes que voltei à Vila de Paranapiacaba e à sua lanchonete. Sempre que eu saia de lá, me lembro de comentar: “Uma hora preciso voltar com mais calma e fazer uma entrevista legal com ele”. Neste feriado de primeiro de Maio, de 2013, voltei à Vila, ao campo do Clube Serrano e consequentemente à lanchonete, mas desta vez, fui recebido por dona Cida, a esposa de Albertinho, ou “Betinho”, como ela o trata. Betinho já não está entre nós… Passou dessa pra melhor. Joga no time dos sonhos, com tantos outros craques. Foi-se sem grandes homenagens, sem barulho, em dezembro de 2012. Deixa família e muitos amigos. Deixa ainda uma legião de fãs e admiradores de sua história, que sequer tiveram a chance de conhecê-lo… Vai em paz, Alberto e obrigado por tudo o que você fez pelo futebol e em especial pelo Santo André… Você fez parte de uma geração de lendas do futebol, cujos nomes, o tempo jamais apagará da história.

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1- Camisa do Santo André

Distintivo do EC Santo André

Bom, começo este blog, do jeito mais natural possível, mostrando a camisa (no caso as camisas) do time do meu coração, o E.C. Santo André.

Essa é a de 2020:

Camisa do EC SAnto André 2020

A cidade de Santo André sempre teve excelentes equipes de futebol amador e também equipes profissionais como o Corinthians da Vila Alzira e o 1º de Maio, mas no final dos anos 60, existia espaço para um clube que representasse a cidade como um todo, e voltasse a disputar competições oficiais.

Corinthians de Santo André
Primeiro de Maio FC

É aí, em 18 de setembro de 1967 nasce o Santo André Futebol Clube (primeiro nome do clube), como clube profissional, candidato à disputa do Campeonato da Federação Paulista de Futebol.

Santo André FC

A ideia era disputar com outras fortes equipes das demais cidades do estado que vinham despontando como Campinas, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e outras cidades.
E tudo começou com conversas na Liga de Futebol da cidade, presidida então por Wigand Rodrigues dos Santos.

Wigand Rodrigues dos Santos

O uniforme era bem diferente dos atuais:

Santo André FC

Um importante site que tem levantado há décadas materiais sobre o Santo André é o Ramalhonautas. Essa verdadeira pérola, veio de lá:

Santo André FC

Em 72, o time jogaria com um outro uniforme, que foi inaugurado em 11/1971, num amistoso contra o Santos de Carlos Alberto Torres, que terminou 2×1 pro Santo André.
A imagem abaixo foi disponibilizada pelo torcedor Roberto Costa com a colaboração de Alexandre Bachega e do próprio presidente do clube Sidnei Riquetto.

Santo André FC 1972

A partir de 1974, o time passou a chamar-se Esporte Clube Santo André, numa manobra para se esquivar de dívidas adquiridas até então. Nessa época, o time chegou a jogar de vermelho!!!
Isso porque em uma partida amistosa, o distintivo do Ramalhão ainda não estava pronto, então ele jogou com os uniformes da Associação Atlética São Justo!

Santo André com uniforme da Associação Atlética S!ão Justo

Depois, já com um novo, mas também provisório, brasão, foi campeão da intermediária de 1975!

Distintivo Santo André

Esse foi o time campeão, e podemos ver que também foram trocadas as cores do uniforme. O verde e amarelo deu lugar ao azul e branco.

EC Santo André campeão 1975
EC Santo André campeão 1975

Olha a camisa daquele ano:

camisa do EC Santo André campeão 1975

Aqui, Marrom, Lincon Valêncio, Luiz Gaúcho e o Muró:

Santo André FC

E a festa da galera celebrando o título!

torcida do EC Santo André campeão 1975

E como era a torcida em campo? Já se podia ver duas organizadas: a “Ramachões e Ramalhetes” e a Torcida Jovem!

Ramachões e Ramalhetes
Torcida Jovem - Santo André

Em seguida, viria o novo distintivo, super polêmico, visto que o criador do brasão da cidade achava que o clube não poderia ter um símbolo tão similar:

Em 1981, o time sagrou-se campeão da Divisão Intermediária:

Olha só alguns dos craques que já vestiram a camisa ramalhina, a começar por Luís Pereira:

Luís Pereira - Santo André

Até o mestre Ademir da Guia já vestiu a camisa do Santo André, em uma partida amistosa:

Ademir da Guia no Santo André

Até o Marcelinho Carioca chegou a jogar no Ramalhão:

Marcelinho Carioca - Santo André

A torcida do Ramalhão, sempre se fez presente! Destaque para a TUDA, principal torcida dos anos 80:

Aqui, o time que marcou a memória da torcida, na década de 90:

Uma torcida que marcou presença nos anos 90 foi a Comando Azul (que por uma infeliz coincidência é nome da torcida do São Caetano, atualmente):

Torcida Comando Azul - Santo André

Em 2003, o Ramalhão foi campeão da copa Paulista de Futebol Jr:

EC SAnto André - Campeão da Copa SÃo Paulo de Futeol Jr 2003

O time teve seu maior momento com a conquista do campeonato da Copa do Brasil de 2004, que deu lhe acesso a libertadores de América do ano seguinte.

EC SAnto André 2004

A banda Visitantes fez uma música e clipe para eternizar o título:

E existe ainda um documentário em homenagem a este feito:

Com o título, o distintivo ganha uma estrela:

A partir daí viriam novos grandes momentos, como o título de campeão paulista da série A2 de 2008, a participação na série A de 2009.

EC Santo André - 2009

A maior torcida do Ramalhão atualmente é a Fúria Andreense:

Fúria Andreense
Fúria Andreense
Fúria Andreense

Esse, o esquadrão de 2019, pentacampeão da série A2:

EC Santo André 2019

O “Ramalhão” (como é chamado pela sua apaixonada torcida) manda seus jogos no Estádio Municipal Bruno José Daniel, em Santo André, com capacidade para 15.157 torcedores.

Veja um pouco do processo de construção:

Estádio Bruno José Daniel
Estádio Bruno José Daniel
Estádio Bruno José Daniel
Estádio Bruno José Daniel
Estádio Bruno José Daniel
Estádio Bruno José Daniel
Estádio Bruno José Daniel

Mas o estádio acabou sendo parcialmente destruído durante a gestão do Prefeito Aidan…

Estádio Bruno José Daniel destruído
Estádio Bruno José Daniel

Chegamos a ter jogos com o estádio parcialmente destruídos, vejam esse momento mágico narrado pelo já falecido amigo Marcelo Bellotti:

Tempos depois, ele pelo menos voltou a ter arquibancadas do outro lado, mas ainda descobertas.

Estádio Bruno José Daniel reconstruído

As cores do seu uniforme são azul e branco, com uma terceira opção em amarelo. O site do clube é www.ecsantoandre.com.br.

Pra ouvir o hino numa versão mais punk, basta clicar aqui e abrir o link:

Seu mascote, que rendeu o apelido ao time, é o Ramalhão, uma citação direta a João Ramalho, português misterioso que morou pela região e deu origem à cidade.

Ramalhão - O mascote

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!

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