A despedida do Ramalhão no Campeonato Paulista 2022

Quarta feira, 23 de março de 2022.

Um dia muito especial para a torcida do Santo André! Mais uma vez, contrariando as estatísticas chegamos às quartas de final do Campeonato Paulista, sem dúvidas, o estadual mais difícil do Brasil. Então, ao som do Tango 14 fomos até Bragança conferir o que prometia ser uma incrível peleja!

Bragança não é assim tão longe mas ainda mantém um ar de cidade do interior…

Vale lembrar que não é a primeira vez que estivemos lá, clique aqui e veja como foi nosso último rolê por Bragança para acompanhar os estádios da cidade.

Infelizmente o histórico de incidentes entre torcedores do passado coloca em alerta aqueles que vão ao jogo de maneira “autônoma”, então para evitar qualquer problema, cheguei cedo pra conseguir parar próximo à entrada dos Visitantes (ainda bem que o pessoal do trabalho entende a importância desse jogo pra mim).

Aproveitei pra encontrar bons amigos: da esquerda pra direita temos o Raoni, o Rodrigo e o Mário Gonçalves, este último escreveu o livro sobre o time do SC Atibaia e há 2 anos nos convidou para acompanhar o evento de comemoração de aniversário do Grêmio Atibaiense.

Uma vez celebrada a amizade, era hora de trocar de roupa e seguir para a arquibancada do Estádio Nabi Abi Chedid, outrora conhecido como Estádio Marcelo Stefani!

Ainda havia sol quando terminei de aprontar as bandeiras. A van com outros torcedores também chegara.

O Mário mandou uma foto lá do outro lado, pra gente poder ter ideia do visual.

Enfim… Pronto para a partida, mas ainda faltava quase uma hora pro jogo começar kkkk.

Nem todo mundo entende o prazer de estar em um estádio tanto tempo antes da partida começar, mas é aí que as amizades se fortalecem, que as boas conversas acontecem e que a relação com os estádios se constrói.

Nem percebi quando finalmente o sol se foi e os times se colocaram em campo.

O jogo começa e não dá pra negar… O time do Red Bull Bragantino é mais forte que o nosso, e simplesmente não conseguimos criar nenhuma jogada. Ao menos, nossa zaga mantém-se firme e vamos segurando o 0x0 enquanto possível. Aguenta aí, Marques…

O estádio até que tinha bastante gente, mas confesso que esperava uma loucura muito maior por parte da torcida local…

Mas ainda assim, a festa estava feita no Estádio Nabi Abi Chedid!

O nosso lado até que estava animado, mesmo sem a chegada das torcidas organizadas do Santo André.

Não me senti mal quando o habilidoso atacante Artur veio costurando e fez 1×0 para o time local. Realmente os primeiros 45 minutos não foram nossos. Aliás, dê uma olhada nos melhores momentos do jogo:

E não deu nem pra dizer que passou um filme na cabeça, porque infelizmente nesse modelo que ainda precisamos enfrentar, de montar um time em janeiro para jogar apenas até o fim de março, deu no máximo para passar uma série da Netflix… Um enredo sempre emocionante, mas só agora alguns personagens começavam a marcar nossa lembrança… Mas fica aí o registro dos nossos heróis de 2022:

Provavelmente não veremos a maioria deles de novo. Mas mesmo perdendo de 1×0, e com poucas chances de virar o jogo, o início do segundo tempo fez nossa torcida se animar… Chegavam as nossas Torcidas Organizadas – Fúria Andreense e Esquadrão Andreense (que ficaram por mais de uma hora sendo revistadas na entrada da cidade):

Aí, mesmo com o placar adverso, tivemos 45 minutos de uma despedida como deveria ser…

Esses, entra ano e sai ano, continuam aí na bancada. Fazendo o possível e o impossível para apoiar o time e pra manter viva a cultura do torcer.

A animação seguiu independente do placar, mas necessário dizer que o próprio time pareceu ter sentido a boa energia e teve nos 30 minutos finais uma atuação bem melhor.

Destaque para as lindas bandeiras homenageando os campeões da Copa do Brasil de 2004.

Assim, entre a tristeza da desclassificação e a alegria de estar em meio aos amigos, aquela quarta de final em jogo único foi se esvaindo e dando lugar à lembranças do passado, mesmo recente e também ao futuro…

Pra alguns, trata-se de um esporte. Pra outros, um jogo. Pra mim, uma cultura, um estilo de vida, uma paixão.

Confesso que ainda acreditava num empate até os acréscimos… Uma disputa por penaltis seria incrível!

Mas, permito me parafrasear uma amiga que recentemente escreveu sobre seu time “Quando você perde, eu te amo mais!”. E é isso mesmo. Se ficamos felizes com as nossas vitórias e conquistas, é nesse momento, a poucos minutos do fim do campeonato que o nosso amor pelo Ramalhão não cabe mais em nós e se transforma em lágrimas, em emoção, em orgulhos… Só nos resta agradecer. Ao time, diretoria e torcida, que ficou quase 10 minutos depois do fim do jogo cantando seu amor ao time…

Independente do modelo “Red Bull” ter pontos que não me agradam, eu não seria hipócrita em desmerecer a alegria da torcida local e a força do time em campo. Parabéns aos torcedores de Bragança.

E aqui, meio desfocada, fica a foto com que fechamos o Paulistão 2022, já na saída do estádio. Obrigado, Ramalhão!

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Ah, eu te amo Ramalhão!!!

19 de março de 2022.

O Campeonato Paulista 2022 chega à sua última rodada da primeira fase. O EC Santo André entra em campo contra a Inter de Limeira para definir o seu futuro.

Aliás, como reforçou o site Futebol Interior (a foto abaixo é deles), o time entrou em campo bem acompanhado!

E o jogo teve novidades fora de campo!! O Ramalhão levou sua loja oficial para a arquibancada e fez a alegria da torcida com preços promocionais para queima de estoque de peças antigas!

Outra boa surpresa foi a presença do nosso eterno zagueiro e agora treinador do sub 20, Gabriel, na nossa bancada. O amigo Renato Ramos, um dos fundadores e primeiro presidente da Fúria também estava por lá:

Outra coisa que chamou a atenção foi essa incrível camisa que estava com um torcedor ramalhino!! Incrível, não? Resume a campanha da Copa do Brasil de 2004!

Em campo, não corríamos mais risco de rebaixamento, mas jogando no grupo da morte (formado ainda por Red Bull, Ponte Preta e Santos), precisávamos vencer para garantir nossa vaga às quartas de final. E o público respondeu bem ao chamado!

Mais uma vez, esse foi um ano difícil. Os resultados que garantiram nossa permanência na A1 demoraram a vir e ainda havia quem desconfiasse do time. Assim, essa seria uma partida para selar a paz entre nossa própria torcida.

Mas nossa arquibancada também tem aqueles que desde o princípio compraram a ideia do técnico Thiago Carpini e da equipe montada.

As organizadas, mais uma vez deram show.

E vamos ouvir um pouco da Esquadrão Andreense, nossa “barra”:

O jogo começa e o Santo André se mexe bem e domina a posse de bola. E um diferencial fica claro desde cedo: Lucas Tocantins tem liberdade pelo lado direito, ganhando quase todas as bolas da marcação e criando lances de perigo. Em uma dessas jogadas, ele cruza a bola certeira para Thiaguinho fazer de cabeça 1×0. A festa estava oficialmente iniciada

Diferente do que ocorreu em outras partidas, o gol não fez com que o time recuasse, e logo, o Ramalhão deu um passo ainda maior para sua classificação. Após mais uma jogada individual, Lucas Tocantins foi derrubado na área: penalty!!

Resultado aprovado, Gó?

Vamos, vamos Ramalhão… Vamos jogar com raça, que na arquibancada…. “Nóis num para não”….

Com 2×0, nosso grupo “desorganizado” está sorrindo a toa:

O Flávio, que esteve ao nosso lado em tantos jogos nos anos 90 e 2000 deu as caras!! E, no meio, parecendo até pequenino, o gigante Anderson!!!

O amigão Neimar também tava na festa!!!

E dá lhe bateria!!!

A festa ameaça ficar ainda maior quando o árbitro assinala mais um penalty, mas infelizmente o VAR desmarcou o lance… ah, se precisássemos desse gol…

Acaba o primeiro tempo e nossa torcida tem todos os motivos para estar feliz 🙂 Olha aí o Gui e a Laysa. Temos uma boa historia com o Gui e o pai dele, quando lá em Barretos eles nos deram uma carona para passarmos em meio à torcida local (confira aqui esse role).

Aí o Gó, Simone, Lukinhas e o nosso meio brasileiro meio uruguaio Valter Bittencourt.

O Marques e seus incansáveis registros! Diz se por aí que graças aos filmes que ele faz das categorias de base que o Santo André consegue vender alguns dos nossos jovens jogadores.

E aqui, o seo Osvaldo, também conhecido como meu pai, que mais uma vez nos acompanhou em um momento histórico do Ramalhão. Ele também esteve no Maracanã em 2004, quando invadimos o campo após o título, relembre aqui como foi!

O segundo tempo começa e o calor absurdo dá lugar a uma incrível neblina.

Mas a festa nas arquibancadas não para!

E o Jão, guitarrista do Visitantes? Aprovou o resultado?

Com o resultado praticamente garantido, e uma leve garoa pra esfriar a cabeça, o torcedor ramalhino se vê aguardando o árbitro apitar o fim de jogo para enfim garantir a classificação.

Agora falta muito pouco…

E as torcidas organizadas decidem mais uma vez mostrar que a nossa bancada anda num bom momento e se reúnem para juntas mostrarem a força da nossa torcida!

Olho para o campo e vejo o árbitro levantar o braço indicando o final do jogo. Mais uma vez desafiamos os prognósticos e estamos o que? Repita aí Mau…

O Santo André foi a campo com: Jefferson Paulino; Jeferson, Luiz Gustavo, Carlão e Kevin; Serginho (Carlos Jatobá), Dudu Vieira, Bruno Xavier e Thiaguinho (Sabino); Lucas Tocantins (Rochinha) e Júnior Todinho (Lucas Cardoso). Técnico: Thiago Carpini.

E, claro, com a gente na bancada, né não, Matheus?

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O EC Santo André se mantém na série A1

É isso aí! Para quem não torce para um time milionário, permanecer mais um ano na série A1 vale tanto quanto um título! E foi sabendo disso que o Ramalhão entrou em campo no sábado, 12 de março de 2022.

O palco do jogo era o Estádio Municipal José Batista Pereira Fernandes, mais conhecido como Distrital do Inamar, uma das melhores opções para quem gosta de ver seu time de perto!

Ambos os times ainda lutavam contra o receio do rebaixamento par aa série A2, e viu uma boa presença de suas torcidas.

Aliás, o Água Santa e sua torcida souberam manter a ideia de quando ainda eram um time amador e recebem muito bem as torcidas visitantes. Não me lembro de nenhum caso de problemas envolvendo sua torcida.

A torcida do Água Santa além de comparecer em bom número ainda exibiu uma série de bandeirões e “camisões”, que eu acabei não registrando, mas que deram um colorido especial ao estádio

Do lado Ramalhino, também houve uma boa presença de público, e todos estavam apreensivos, mas animados!

O Estádio Distrital do Inamar passou por uma reforma e agora possui duas áreas para a torcida visitante aquela antiga lateral onde costumávamos ficar e a parte de traz do gol, de onde fiz essa foto:

Abraço especial aos amigos que me acompanharam nessa jornada: Furlan e Pedrão!

E também às organizadas que mais uma vez souberam fazer uma verdadeira festa nas nossas bancadas.

Em campo, o que se viu foi um jogo bastante pegado, como deveria ser, com um primeiro tempo bastante equilibrado.

O segundo tempo foi ainda mais quente! Além dos 35 graus que torravam nossas cabeças, logo aos 9 minutos Lucas Tocantins fez a alegria da torcida, em especial da namorada dele que assistiu o jogo ali no meio da galera, marcando 1×0 pro Ramalhão!

Mas…. Nem tudo era festa pro Ramalhão… Algo estranho pairava no ar, literalmente…

Todo aquele calor acabou se transformando em chuva…

E a nossa vitória transformou-se em um empate, após um escanteio do time local… 1×1.

Molhados mas nem por isso menos empolgados, os torcedores seguiram apoiando o Ramalhão, uma vez que esse ponto poderia ser importante para a permanência do time na série A1…

E assim o foi. A partida terminou em 1×1, mas a derrota da Ponte Preta por 5×0 para o Corinthians garantiu o Ramalhão matematicamente na primeira divisão 2023.

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Santo André 2×2 Ferroviária – A1 / 2022

Sábado, 12 de fevereiro de 2022. Um verão maluco, com temperaturas entre altos e baixos trouxe uma tarde até que agradável para acompanhar uma partida importante da série A1, entre duas equipes bastante parelhas:

Em campo, dois times que também jogarão a série D do Brasileiro na sequência do paulista.

Antes do jogo, quem roubou a cena foi esse figura aí que invadiu o campo e deu umas 3 voltas pelo gramado antes do jogo começar.

Nossa bancada está mais triste pela falta das faixas e uniformes da Fúria Andreense, que tem sido proibidas pela Polícia Militar de entrar no Estádio Bruno José Daniel.

Ainda assim, lá estão outras faixas e bandeiras tentando passar a nossa boa energia a um time que tem tudo pra engrenar nesse Paulistão!

Abraços ao amigo Richard, o “último torcedor do Paulínia FC“, que sempre aparece pelo Brunão para rever o Ramalhão e os amigos!

Mas, não posso deixar de assumir que o clima nas arquibancadas andreenses não era dos melhores. Muitos não aceitaram a atitude do treinador Carpini, que no meio de semana colocou um time 100% reserva (até mesmo sem o goleiro titular) para enfrentar o São Paulo.

Pra piorar, no jogo contra o São Paulo, o atacante Nescau perdeu um gol feito e nos acréscimos perdemos o jogo. Mas achei um pouco exagerada a reação de quase ódio que se sentia no ar. Pra diminuir essa sensação, o jeito é cercar-se de amigos que confiam no time e fazem o jogo ser mais do que uma partida.

Com os últimos resultados, a presença da torcida também se fez em menor número do que o esperado… Mas ainda assim, até que tinha bastante gente pra curtir o jogo.

Em campo, o Santo André começou bem! Todinho bateu de fora da área e fez 1×0 para festa da torcida local! Pena que o clima de alegria não chegou ao segundo tempo, já que Rafael empatou o jogo pra Ferroviária. Clima tenso…

A Fúria presente como sempre e mesmo sem uniforme e instrumentos, fez a festa na bancada!

Ainda no final do primeiro tempo, o VAR faria história atuando pela primeira vez a favor do Santo André e recomendando a expulsão de um jogador da Ferroviária. Voltaríamos para o segundo tempo com um jogador a mais! O nosso sempre querido “Ovídio” estava confiante!

Na volta pro jogo, um momento de silêncio até que a ficha caísse…. O técnico Carpini voltou com 2 atacantes no time e um deles era o até então criticado “Nescau“.

A Esquadrão Andreense ajudava a fortalecer nossas esperanças, cantando sem parar!

Aí eu te pergunto… Se fosse uma série de TV, qual seria o final mais legal ainda que óbvio? Claro, o criticado Nescau vai às redes e faz as pazes com a torcida. O Santo André vence o jogo e tudo acaba bem para essa torcida sofrida… E adivinha? Aos 22 do segundo tempo… GOL DO SANTO ANDRÉ!!!! De quem??? NESCAU!!!!

Mas… Quem não acompanha o Ramalhão, não sabe o que é o nosso sofrer… 45 minutos do segundo tempo e … após um escanteio cobrado no primeiro pau… gol da Ferroviária

Dor, tristeza, nervosismo… Não há o que dizer… A atmosfera do estádio se torna insuportável… Acaba o jogo em 2×2…

Indo embora, escuto lá do meio uma provocação de um amigo de arquibancada que aos gritos me dizia para continuar incentivando e defendendo nosso treinador, como se ele fosse o culpado pelos gols (o 3º já….) levados nos acréscimos. Assim farei, Astolpho. Sem a necessidade de seus gritos para me motivar a seguir fazê-lo.

Em meio a tanto ódio, pergunto se realmente estamos sabendo lidar com o futebol. Lembro da cena ocorridas há poucas horas: o assassinato de um torcedor do Palmeiras por outro palmeirense após a derrota para o Chelsea. Será que não tem algo de errado em levantar tanto ódio em meio ao que deveria ser uma festa? Enfim… seguimos e 3a feira temos o Novorizontino. E eu sigo acreditando neste time!

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O futebol profissional em Santo André: CA Pirelli

Já falamos de quase todos os times que disputaram o Campeonato Paulista pela cidade de Santo André: o primeiro post do blog foi sobre a camisa e a história do EC Santo André, depois um sobre o Estádio Bruno José Daniel, um para o Corinthians de Santo André e seu estádio, outro do Primeiro de Maio (e consequentemente sobre o Clube Atlético São Bernardo, da fusão temporária do Primeiro de Maio com o Corinthians) e mais recentemente do Aclimação EC. Mas o Grande ABC ainda tem outros times, conheça o mapa criado pelo Victor Nadal:

Faltava falar do Clube Atlético Pirelli, cujos distintivos vieram do incrível site Escudos Gino.

A história do time começou com a chegada da multinacional Pirelli à cidade de Santo André, em 1929.

Desde cedo a Pirelli foi muito além de uma empresa e apoiou o crescimento do esporte e da cultura na cidade. Assim, em 13 de maio de 1947 surge o Clube Atlético Pirelli para representar o time de futebol.

O clube acabou ganhando visibilidade no futebol, no boxe (com a lenda Servílio de Oliveira) e no volei (quem viu o time da foto abaixo, não se esquece!).

Falando especificamente do futebol, em 15 de janeiro de 1956, o time da CA Pirelli ganhou uma “Praça de esportes” para mandar os seus jogos.

A partida inaugural foi frente ao time da Pirelli de São Paulo:

O CA Pirelli logo se transformou em uma força do futebol amador, mas em 1964, como a cidade havia ficado “órfã” de times nas competições profissionais, o time operário passou a disputar a 3a divisão do Campeonato Paulista de Futebol (que equivalia ao quarto nível estadual e será tratado nesse post como “Quarta Divisão“). Era a certeza de que o Estádio Pirelliano receberia partidas incríveis!

E logo no primeiro ano fez uma boa campanha e classificou-se para a segunda fase terminando em primeiro lugar da 6a série. Por coincidência o time campeão da quarta divisão foi o EC São José, que terminou como vice camp˜eão da sua série.

Nesse ano, a equipe de marcenaria da Pirelli construiu uma arquibancada no seu campo e o Estádio do CAP também ganhou um placar eletrônico.

Na segunda fase, chamada à época de “Torneio dos finalistas” o time acabou nas últimas colocações. Vale ressaltar que embora fosse profissional, o time mantinha o espírito do amadorismo sendo formado por funcionários da empresa. Em pé: Peretto, Carioca, Romeu, Afonsinho, Risada, Josué. Agachados: Amaro, Robertinho, João Gilberti, Vavá e Ranulfo.

Em 1965 o time começou bem, jogando em casa e vencendo a SE Itapema, no então denominado “Estádio Pirelliano“, na partida inaugural da 4a divisão do Campeonato Paulista, mas perdeu o jogo desempate para o Osasquense, e assim ficou de fora da fase final.

Em 1966 o time foi bem mais uma vez, classificando-se em 3º no 1º Grupo para disputar a segunda fase, mas não chegando a final do Campeonato.

Esse foi o time que disputou o quarto nível do Campeonato Paulista daquele ano. De pé: Augusto, Troia, Ademar, Nay, Trovão, Roberto, Nelson e Ivahi (diretor). Agachados: Canavesi (técnico), Fabri, Adilson, Pinoia, Clovia e Bené

Em 1967, o time fez sua última participação no futebol profissional, mas acabou saindo como um vice campeonato da sua série:

Todas essas fotos eu consegui do Jornal “Pirelli em Notícias”. Aqui, duas fotos que não consegui encontrar o registro das datas:

Após suas aventuras no profissionalismo, o CAP volta ao amadorismo ainda com muita força. Em 86, o time sagrou-se campeão do amador do estado (foto do Milton Neves – Portal Terceiro Tempo).

Porém, a partir dos anos 90, as indústrias do grande ABC foram passando por crises até o ponto em que a própria Pirelli acabou adquirida por outra empresa. Assim, o Clube Atlético Pirelli acabou vendido para a UniABC (Universidade do Grande ABC), que atualmente pertence ao Grupo Anhanguera, finalizando sua participação com o esporte de alto rendimento em Santo André. Mas… o campo de futebol ainda está lá, dentro do campus da Av Pedro Américo!

Essa é a entrada atual da faculdade, não sei o quanto parecida com a original.

Muita emoção em poder andar e conhecer um pouco desse histórico estádio! Comentando com o meu pai, ele diz lembrar de assistir partidas da Pirelli aí, nos anos 60!

Para que você tenha uma ideia geral do lugar, esse é o meio campo para quem olha de cima dos pequenos degraus da arquibancada lateral:

Este, o gol da esquerda:

E este, o da direita:

Estes são os degraus restantes da arquibancada na lateral. Como disse no vídeo, li que quem montou a arquibancada foi a equipe de marcenaria, e vendo a foto lá em cima, a arquibancada era coberta, o que gera a dúvida sobre o quanto dessa arquibancada atual ainda é original.

Aqui, a vista estando do outro lado das arquibancadas. Esse é o meio campo:

O gol da esquerda:

E o da direita!

A área reservada para juízes e mesários segue ali.

Embora um pouco alto, o gramado não pareceu abandonado, ao contrário, está bem cuidado.

Os bancos de reserva seriam também originais? Quem saberá responder?

Um último olhar ao gol que tantas emoções causou…

Antes de ir embora ainda fiz uma foto do ginásio, com uma arquitetura tão bacana e que está lá até hoje…

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O futebol em Santo André: CA Piratininga

Com o lançamento da Enciclopédia do Futebol pela Federação Paulista, vários campeonatos antigos acabaram ganhando atenção, como o Campeonato Paulista do Interior, e pesquisando a edição de 1943, encontrei a participação de um time pouco conhecido aqui de Santo André, o Clube Atlético Piratininga.

O CA Piratininga foi fundado em 29 de setembro de 1939 e teve seu jogo de estreia: contra o time do Parque das Nações, um empate de 0x0.

A partir de 1940, o CA Piratininga passou a ganhar mais notoriedade, tanto que o time juvenil foi convidado a disputar a preliminar do jogo de despedida do Estádio do Primeiro de Maio (na rua Campos Sales, defronte à Catedral do Carmo).

O adversário foi o São Paulo FC, cujo time principal enfrentaria o dono do Estádio: o Primeiro de Maio FC. O time juvenil do CA Piratininga, da foto abaixo, conseguiu segurar o time da capital num 1×1. No jogo principal, o tricolor paulista amassou o Primeiro de Maio FC por 8×0.

A foto do time juvenil foi tirada do livro “A história do futebol em Santo André“, do Paschoalino Assumpoção, é um livro barato e muito completo sobre o futebol amador na cidade de Santo André (em 5/2/2022 tinha um por R$ 6 neste link.)

Outra fonte importante para esse trabalho foi o livro “Os esquecidos“, realizado pelo DataToro / RedBull, com pesquisas de Antonio Ielo, Fernando Martinez, Júlio Diogo e Marcio Javaroni e editado pelo Rodolfo Kussarev.

Na sequência, a partir de 1941, o time passou a jogar a segunda divisão da liga Santoandreense, até que finalmente, em 1943, o CA Piratininga participou do Campeonato Paulista do Interior enfrentando os times do ABC, Guarulhos e Franco da Rocha, como apresentado no livro “Os esquecidos – Arquivo de Futebol Paulista” (no detalhe, o time é apresentado como sendo de São Bernardo, e com um escudo diferente do que se vê na foto acima, do time posado):

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Podcast #1: Joel Tavares e seu Museu do Ramalhão

Imagine entrar em um ambiente e apenas olhando ao redor recordar inúmeros momentos que o seu time viveu… E se esse lugar fosse dentro da sua própria casa? Impossível?? Se for, avise o Joel, porque ele comprou essa ideia e criou o “Museu do Ramalhão“.

São fotos, bandeiras, camisas, miniaturas e vários objetos criados especialmente para esse ambiente (que tem até uma iluminaç˜ão especial em azul) para deixar qualquer torcedor do EC Santo André com lágrimas nos olhos…

Aproveitei a visita ao Museu do Ramalhão para estrear um novo formato envolvendo o As Mil Camisas: um podcast (inicialmente apenas em vídeo) para poder ir um pouco mais a fundo nos nossos registros sobre o futebol. Então, com vocês… Aí está o primeiro episódio:

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Os 40 anos da TUDA

17 de outubro de 2021. Interrompemos essa série de posts sobre o interior de São Paulo para registrar um ato de celebração dos 40 anos da Torcida Uniformizada Dragão Andreense, a TUDA.

Em pleno Estádio Bruno José Daniel ocorreu um ato simbólico realizado por outros torcedores (como nós) e pelo pessoal do “Acervo – Torcida Santo André” (que reúne imagens e vídeos históricos sobre a torcida do Santo André) para entregar à torcida duas bandeiras utilizadas nos anos 80 que foram reformadas e novamente estarão presentes nos Estádios!

Mesmo em uma tarde chuvosa, o pessoal se reuniu no Estádio do Ramalhão para celebrar os 41 anos e receber as duas bandeiras.

Aqui uma imagem dos anos 80 onde se podem ver as bandeiras nas arquibancadas do Brunão!

Antes de serem entregues, as bandeiras foram lavadas, secas e costuradas novamente!

E enfim puderam voltar ao Estádio!

Até o Diário do Grande ABC esteve presente ao Estádio Municipal Bruno José Daniel para registrar o ato (confira aqui a matéria do Diário!)

O Acervo – Torcidas de Santo André, principal responsável pela restauração, é um projeto que tem como foco recordar momentos dos apoiadores do EC Santo André.

E eu aproveitei para registrar o atual estado do nosso futuro gramado sintético…

O Quero quero segue presente no Brunão, botando seus ovos nos pequenos espaços onde ainda há grama! A natureza não desiste fácil!

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O Estádio Américo Guazzelli – A casa do Corinthians de Santo André

Ainda em quarentena, damos sequência aos posts sobre os Estádios do Grande ABC. Hoje é o dia de falar sobre o Estádio Américo Guazelli.

Estádio Américo Guazelli - Corinthians FC Santo André

Mas o futebol do ABC tem outros times e outras histórias, caso queira conhecer mais, veja aqui o Mapa do Futebol no ABC, desenhado pelo Victor Nadal.

O Estádio é a casa do Corinthians de Santo André.

Corinthinas Futebol Clube de Santo André

Esse post é uma homenagem a dois grandes nomes do futebol de Santo André. O primeiro é o amigo de arquibancada “Seo” Nelson Cerchiari, figura importante na história do Corinthians e até hoje acompanha o futebol local, em especial o nosso Ramalhão.

Pra se ter ideia, a foto abaixo é lá de Mirassol (pertinho…) onde ele esteve acompanhando o tetra campeonato da A2 em 2016.

Nelson Cerchiari

A segunda homenagem, infelizmente é póstuma. Trata-se de Paschoalino Assumpção, um cara com uma mente a frente do seu tempo, que soube colecionar dados e anotações, que acabaram virando 2 livros incríveis, que serviram de base para a pesquisa de hoje.

Paschoalino Assumpção
Livros Paschoalino Assumpção

O mascote e apelido do time e que dé também nome a um dos livros do Paschoalino é “Galo Preto da Vila Alzira“:

O Galo Preto da Vila Alzira

O time é um verdadeiro marco da história do futebol do ABC, assim como o mitológico Estádio Américo Guazzelli.

Corinthians FC de Snto André
Estádio Américo Guazzelli - Corinthians Santo André

O nome da equipe de Santo André não é em referência ao homônimo paulistano, mas ao original, o Corinthian Football Club, time inglês que excursionou pelo Brasil há mais de 100 anos atrás.

Distintivo do Corinthinas Casuals

Assim, em 15 de agosto de 1912, nasceu o Corinthians Foot-Ball Club de São Bernardo.

Estádio Américo Guazzelli

Isso porque até 1938 toda a região do ABC era chamada de São Bernardo do Campo.

Corinthinas de São Bernardo

A evolução do distintivo do time é um verdadeiro registro histórico do Grande ABC. Com a emancipação de Santo André, o time passa a se chamar Corinthians Futebol Clube de Santo André, também conhecido carinhosamente como o “Corinthinha“.

Corinthians FC de Santo André

A história do Corinthians se escreveu em paralelo à do futebol paulista, numa época em que as ligas do municipais organizavam campeonatos disputadíssimos, com outros fortes times da região, como o Primeiro de Maio FC, (seu grande rival), o Ribeirão Pires FC, o São Caetano EC, o Pilar (de Mauá), o Palestra, o Meninos e o EC São Bernardo entre outros times classistas como a Pirelli, Volkswagen ou o Clube Atlético Rhodia, dono do esquadrão abaixo, de 1948:

Clube Atlético Rhodia - 1948

Segundo o livro “O galo preto da vila Alzira“, o Corintians começou mandando seus jogos em campos de outros times, primeiro em um que ficava bem no centro, entre as ruas Senador Fláquer, Gertrudes de Lima e a Abílio Soares, somente em 14 de agosto de 1925 adquiriram a área onde seria construído o seu campo, na Vila Alzira, perto do Ipiranguinha. Aliás, olha como era o bairro, antigamente:

Ipiranguinha - Santo André

Existem poucas imagens que registram o estádio Américo Guazzelli do começo do século XX. As que existem são essas fotografias granuladas, com pouca resolução e sem imaginar o tamanho da história que seria escrita nesse gramado.

Estádio Américo Guazzelli - Coritnhians Santo André

Mas o que sobra dessa época são lembranças, histórias e títulos. Olha essa foto do time de 1921 (escrevo esse post em 2020, ou seja… a um ano do centenário dessa foto!!)

Corinthians Santo André - 1921

Em 1921, esse time foi campeão paulista pela FPD, ficando com a Taça Guaraná Espumante formada por times descontentes com a APSA, na época. Participaram também da competição: Antártica FC, AA Barra Funda, AA Estrela de Ouro, EC Jundiahyense, Federação Espanhola FC, Itália FC, Ruggerone FC, União Artística R. Cambucy, União Brasil FC, União Fluminense FC (um dos que provocaram a revolta e a criação do campeonato paralelo), União Lapa FC, Vila Clementino FC.

Em 1923, o Coritnhians FC disputou a Zona São Paulo Railway do torneio do Interior e acabou em 3º lugar. (Paulista de Jundiaí liderou seguido pelo Coritnhians Jundihayense, e depois Atibaiense e o Brasil de Santo André).

Em 1925, mais uma vez disputa o torneio do interior ao lado da Ponte Preta, Guarani, D’alva (Campinas) e do Paulista de Jundiaí, ficando novamente em 3º, atrás do Paulista e da Ponte Preta.

Campeonato do Interior 1925
Campeonato do Interior 1925

Em 1927, o futebol paulista passa por uma divisão em duas entidades: a APEA (Associação Paulista dos Esportes Atléticos, originalmente APSA – Associação Paulista de Sports Athleticos) e a LAF (Liga dos Amadores de Foot-ball), com isso, o Corinthians recebeu uma vaga para jogar a primeira divisão (que teve o Palmeiras – Palestra Itália, até então como campeão) e fez com que o time abandonasse o Campeonato do Interior da APEA:

Fichas técnicas campeonato paulista 1927
Fichas técnicas campeonato paulista 1927
Campeonato Paulista 1927

Em 1928, o time buscou fortalecer-se realizando uma fusão com o maior rival, o Primeiro de Maio FC, dando origem ao Clube Atlético São Bernardo. Olha o time no seu jogo de estreia (6×1 contra a Portuguesa Santista):

CA São Bernardo

Com este nome eles disputaram a “A2” da APEA naquele ano e obtiveram bons resultados e terminando em 3o lugar, mas aparentemente a parceria não deu certo e eles perdendo o último jogo contra a Alpargatas de WO.

Classificação Campeonato Paulista - A2 1928 - APEA

Aqui, o time rival: o Primeiro de Maio FC jogando como visitante no Estádio do Corinthians FC, olha o público que comparecia!!

Primeiro de Maio FC no Estádio Américo Guazzelli - 1930

Em 1932, o time disputa a Segunda Divisão (o quarto nível do estadual). Aqui, o time de 1938:

Corinthians Santo André 1938

Aqui, o time já em 1939 que seria reconhecido pelo título da “Divisão Intermediária“, o equivalente à série A2 do futebol paulista.

Campeonato Paulista - Divisão Intermediária da LFESP 1939

Esse foi o time responsável pela conquista:

Corinthians de Santo André 1939

Em 1940, novamente disputa a “intermediária”, mas termina na sexta colocação.

Classificação divisão intermediária 1940

Em 1943, voltou a disputar o Campeonato do Interior, pela 16ª região, ao lado da AA Juqueri, CA Paulista, União Tietê FC, AA Industrial, Ribeirão Pires FC, EC São Bernardo, Palestra de SBC, São Caetano EC, Primeiro de Maio FC, CA Piratininga e do CA Democrata. Classificou-se para a segunda fase, onde parou no time do Enguaguaçu (2×2 fora de cas ae derrota de 2×1 em casa).

Em 1947, ganhou o título da Copa Inter-Corinthians.

Na sequência, o time disputou mais 8 edições da série A2 do Campeonato Paulista. Primeiro de 1949 a 1953, onde chegou a ser campeão da zona sul em 1951, com o time abaixo:

Corinthinas de Santo André - 1951 - Campeão da Zona Sul
1951

Em 1952, o estádio recebe melhorias e visando aumentar o público e consequentemente as rendas dos jogos do campeonato da segunda divisão foi construído um lance de Gerais e a inauguração se deu no dia 27 de julho com o amistoso contra o Palmeiras da capital. Esta, do lado da rua Cel Seabra.

Estádio Américo Guazzelli - Corinthinas Santo André

E estas do lado da rua Manaus. e o Corinthians ganhou por 2 a 0, como mostra o outro livro de Paschoalino Assumpção “História do futebol em Santo André”.

Estádio Américo Guazzelli - Corinthinas Santo André

Em 52, ainda empatou na Vila Belmiro contra o Santos FC.

No dia 14 de dezembro de 1953 a assembleia aprovou a denominação de Estádio Américo Guazelli em homenagem ao seu ex-presidente.

Muita gente fala sobre as “cadeiras cobertas” e eu encontrei algumas fotos bacanas que as retratam, uma do livro “Industrial de Mauá”, e é o registro de 1966, no torneio de saudade:

Industrial de Mauá - Campo do Corinthians 196

A outra foi postada pelo Ozires, na fanpage “Casa Branca FC“, onde ele sempre publica fotos de times do ABC. É, curiosamente, o time do Palmeirinhas no campo do Corinthians…

Palmeirinhas de Santo André

A terceira foi enviada pelo Ovídio (torcedor fanático do Ramalhão e que acompanhou a época de ouro desse estádio).

E essa de quando o Humaitá (time amador de Santo André) jogou por lá!

Aqui, o time do “Vila Húngara” presente no tradicional Estádio:

Outro fato que ajudou o Corinthians a ser reconhecido mundialmente no universo do futebol é que  no dia 7 de setembro de 1956, o time recebeu no Estádio Américo Guazzelli o Santos FC e entre os jogadores visitantes estava um de apelido “Gasolina”, que entrou e marcou seu primeiro gol. Aquele que logo se tornaria um dos maiores jogadores do mundo: Pelé. E lembram no seo Cerchiari, lá do começo do post? Pois foi ele quem anotou o gol na súmula!

Corinthians de Santo André 1x7 Santos (7 de setembro de 1956)

O goleiro do Corinthians era Zaluar, que ficou conhecido localmente por se apresentar com o título “Goleiro que levou o primeiro gol de Pelé”.

Zaluar - goleiro do Coritnhians FC de Santo André
Cartão Zaluar

Olha ele aí no gol do Américo Guazzelli:

Zaluar - goleiro do Coritnhians FC de Santo André

Aqui, uma visão aérea do Estádio Américo Guazzelli, em1958:

Estádio Américo Guazzelli - Corinthinas Santo André

O Corinthinha disputou ainda 3 campeonatos da A2, em 1955, 56 e 1970.

Desta época, o livro do Paschoalino traz uma linda imagem do time de 1958:

Corinthians Santo André - 1958

Jogou também a série A3 do Campeonato Paulista em 1957 e 1961, retornando ao amadorismo em 62, com o time abaixo:

Corinthians Santo Andre 1962

Aqui, o time de 1965:

Corinthians FC de Santo André - 1965

E esse o time de 1970, com vários jogadores do Santo André FC (que decidiu não disputar o campeonato aquele ano abrindo a vaga para o Corinthians FC) entre eles o goleiro Carlão, que arrumou a foto:

Corinthians Santo André 1970

Falando sobre outros times que mandaram seus jogos lá, em 1957, o CA Ypiranga apresentou a proposta de uma fusão para juntos disputarem a série A1. Embora a fusão não tenha dado certo (muito devido à pressão da imprensa e torcida local), o Ypiranga mandou seus jogos no Estádio Américo Guazzelli.

Estáio Américo Guazzelli - 1958

Essa foto acima e esta abaixo são da preparação do estádio para uma partida do CA Ypiranga contra o Corinthians da capital e quem as encontrou em uma Gazeta Esportiva de 1958, foi o Doug (Daniel Andrade) um aficcionado por fotos e imagens antigas.

Estádio Américo Guazzelli - 1958

Olha o Schank (que jogou no próprio Corinthians de Santo André) jogando pelo Ipiranga no Américo Guazzelli:

Schank

O Corinthians conseguiu enfrentar os 4 grandes de São Paulo no Estádio Américo Guazelli, além do Botafogo, CA Ypiranga, Ponte Preta, Portuguesa e o que se via era um estádio sempre cheio!

Em 1967, foi a vez do time Irmãos Romanos mandarem seus jogos no campo do Corinthians.

Distintivo da Sociedade Esportiva Irmãos Romano

Esse era o time deles, alguns anos antes, em 1964 (foto do site História do Futebol):

Sociedade Esportvia Irmãos Romano

Outro que fez do estádio sua casa foi o Santo André FC.

Santo André FC

O primeiro jogo oficial do clube ocorreu na comemoração do aniversário da cidade (8 de abril) de 1968, em um amistoso contra o Santos.

E aqui, eu homenageio outro grande pesquisador do futebol de Santo André, Marcelo Bellotti, já falecido, que conseguiu as cópias das fotos do Diário do Grande ABC, desta partida.

Santo André FC x Santos F (1o jogo do Santo André) 8 de abril de 1968
Santo André FC x Santos F (1o jogo do Santo André) Santo André FC x Santos F (1o jogo do Santo André) 8 de abril de 1968

Outra partida inesquecível do Canarinho (na época era este o apelido do Santo André FC, por conta do seu uniforme amarelo) foi um amistoso contra a seleção do Congo:

Estádio Américo Guazzelli - Santo André FC x Congo

Mas vários outros jogos foram disputados ali até a inauguração do Estádio Municipal Bruno José Daniel.

A foto abaixo foi “recolorida” pelo amigo torcedor Roberto:

Santo André FC 1971

Aqui, outra formação:

Corinthians Santo André

No início dos anos 2000, quem aparece como presidente do Corinthians tentando resgatar o futebol do clube e levá-lo novamente ao profissionalismo? Nelson Cerchiari!!! Ele sonhava em disputar a série B3 do Paulista, com o departamento de futebol profissional tercerizado, mas acabou não dando certo.

Atualmente o Corinthias segue no mesmo endereço: Rua 7 de setembro, 248 – Vila Alzira.

Estádio Américo Guazelli - Corinthians FC Santo André
Corinthians de Santo André
Estádio Américo Guazelli - Corinthians FC Santo André

Como o mundo dá voltas, décadas depois do primeiro gol do Pelé, agora o estádio possui uma escolinha do Santos.

Estádio Américo Guazelli - Corinthians FC Santo André

Mas seu estádio não é o mesmo. Já não possui suas arquibancadas, nem o belo campo onde fez história, mas ainda existe um campo!

Estádio Américo Guazzelli - Corinthians Santo André
Estádio Américo Guazzelli - Corinthians Santo André
Estádio Américo Guazzelli - Corinthians Santo André

Depois de muitas ofertas e negativas a pressão imobiliária venceu e parte do que fora o campo (o local em que Pelé marcou seu primeiro gol) se transformou em um empreendimento imobiliário. Outra parte permitiu ao clube social crescer e manter-se vivo e ativo.

Estádio Américo Guazzelli - Corinthians Santo André

O futuro deste time centenário, que vivenciou todas as transformações da nossa cidade nos últimos 108 anos? Não sei. Vamos aguardar e ver quais surpresas aguardam o Corinthians de Santo André! Pra terminar uma foto especial com o amigo Mário, outro apaixonado pelo futebol e que me salvou com algumas foto antigas que fizemos em uma visita ao Corinthinha em 2019!

Estádio Américo Guazzelli - Corinthians Santo André

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Começou o Paulistão 2020!!!

Campeonato Paulista 2020. Campeonato Paulista 2020 No dia seguinte, registramos o primeiro jogo do Ramalhão, tendo como adversário a Ponte Preta, jogando lé em Campinas, no Estádio Moisés Lucarelli. Ponte Preta 2x3 Santo André - Paulistão 2020 Uma noite incomum pro verão paulista, com muita chuva e até certo frio foi o cenário de praticamente todos os 90 minutos de jogo. Mas a nossa torcida topou aguentar essa água na cabeça e compareceu ao estádio da Macaca. Ponte Preta 2x3 Santo André - Paulistão 2020 Ponte Preta 2x3 Santo André - Paulistão 2020 Ponte Preta 2x3 Santo André - Paulistão 2020 O nosso time estava completamente novo. Fomos a campo da seguinte maneira: Fernando Henrique; Ricardo Luz, Luizão, Rodrigo e Julinho; Nando Carandina (Paulinho), Dudu Vieira, Vitinho (Rondinelly) e Branquinho (Guilherme Garré); Douglas Baggio e Ronaldo. Téc: Paulo Roberto Santos [caption id="attachment_31748" align="aligncenter" width="479"]Santo André 2020 - Campeonato Paulista Foto de: https://old.gazetapress.com/v.php?1:1350495:6[/caption] Logo no começo do jogo a Ponte Preta fez 1×0 de penalty. Mas, pra nossa surpresa (pois normalmente não é o que acontece), minutos depois o juiz marcou um penalty pra nós e empatamos o jogo, para nooooossa alegriaaaaaa! Ponte Preta 2x3 Santo André - Paulista 2020

A torcida da Ponte compareceu em bom número. O total divulgado foi de pouco mais de 2.573 torcedores. Ponte Preta 2x3 Santo André - Paulista 2020 Nossa torcida também fez bonito e compareceu, entre organizadas e torcedores “autônomos”. Ponte Preta 2x3 Santo André - Paulista 2020 No segundo tempo a festa ficou maior pra nós! 2×1!!! Ponte Preta 2x3 Santo André - Paulista 2020 Mas nem deu tempo de comemorar muito e a Ponte empatou. Ponte Preta 2x3 Santo André - Paulista 2020 Torcida Santo André Ponte Preta xSanto André Já fazia tempo que o Santo André não ganhava da Ponte em Campinas, e o que parecia difícil, aconteceu.. Nosso terceiro gol!! Ponte Preta 2x3 Santo André - 2020 Que o Paulistão siga forte e cada dia melhor! Ponte Preta 2x3 Santo André - Paulista 2020 Da nossa parte, pode contar! Estarmos nas bancadas! Ponte Preta 2x3 Santo André - Paulista 2020 Valeu, Ramalhão! Ponte Preta 2x3 Santo André - Paulista 2020

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