Sábado, 3 de fevereiro de 2024. Bem vindo a mais uma partida da série A3 do Campeonato Paulista, direto do Estádio Primeiro de Maio, em São Bernardo.
Manhã agradável de forte mormaço, mas o público ainda não percebeu que o Cachorrão merece mais apoio… Principalmente hoje, data em que o clube celebra 96 anos.
Alguns poucos prudentinos enfrentaram a Castelo Branco e se dirigiram à cidade do ABC para mais esta partida.
Mas ainda assim, estava legal acompanhar o jogo no Primeiro de Maio. Sente o clima do Estádio:
Vale o registro padrão do lado esquerdo:
Meio campo:
E lado direito:
31 minutos do primeiro tempo e Iury fez 1×0 para os visitantes.
O gol gera um momento de tensão na arquibancada local…
O Grêmio Prudente joga bem e segue levando perigo, desperdiçando algumas bolas paradas (como faria também no segundo tempo).
O EC São Bernardo usa o lado direito pra chegar, mas peca nas finalizações.
O placar de 1×0 se mantém e o treinador põe os reservas para aquecer…
Mas o time soube responder e Nathan empatou 1×1!
Festa para o aniversariante!
E quem comanda a festa na bancada do cachorrão é o Esquadrão Alvinegro!
E veio o segundo tempo, com a expectativa de uma virada para o time local!
E se a bola não entrava pela técnica, a sorte deu uma mão e após um desvio na zaga, o EC São Bernardo passou a frente!
E se o pessoal do Esquadrão já estava cantando mesmo com a derrota, o 2×1 colocou fogo na bancada!
E que tal fechar com chave de ouro, com um terceiro gol, agora de penalty?
Feliz aniversário, EC São Bernardo! E um parabéns a Renato Peixe, ex atleta e agora treinador, que na minha opinião foi quem ganhou esse jogo hoje!
Domingo, 28 de janeiro de 2024. Hoje é dia de ver um pouco da cara da série A3, aproveitando a partida aqui no ABC entre o EC São Bernardo e o Sertãozinho FC.
Claro que a série A3 é uma competição com menor potencial de atração do que as duas divisões do Paulista, mas no caso de São Bernardo, o fato de existirem 2 equipes profissionais acaba dividindo ainda mais a presença de público, mas a galera do “Cachorrão” estava lá!
No banco do Sertãozinho, o professor “Paulinho Mclaren” (lembre que recentemente o encontramos em uma partida do XV de Jaú).
No banco do EC São Bernardo, Renato Peixe comanda o time.
A bancada visitante não ficou vazia! O pessoal do Sertãozinho enfrentou mais de 400 km para estar presente!
Em campo, um jogo até que bem aberto, com o time local se lançando ao ataque e abrindo oportunidades para o contra ataque.
Faltou um pouco de capricho (ou ensaio) para o Sertyãozinho conseguir aproveitar as diversas chances de bola aérea que teve…
E não foi só uma…
Nem duas…
Quando parecia que o primeiro tempo iria terminar zerado, Lucas Gaspar, aos 44″ fez 1×0 para o EC São Bernardo.
Um balde de água fria nos visitantes que estavam acreditando em um placar positivo pro Sertãozinho.
O primeiro tempo termina junto da chegada da garoa que tirou o público das cadeiras… A turma foi se esconder embaixo das marquises.
Logo, a garoa se transformou em chuva…
Só as plantinhas da arquibancada curtiram tanta água…
E assim, começou o segundo tempo do jogo, agora com os reservas do São Bernardo aquecendo embaixo de chuva.
Se o 2º tempo teve um começo mais frio, logo o jogo pegou fogo, com ataques para os dois lados.
O São Bernardo teve boas chances com as bolas aéreas…
Mas foi o Sertãozinho que foi mais eficiente e em um lance confuso, empatou o jogo aos 11″do 2º tempo com Thailor: 1×1!
O EC São Bernardo mudou o time e apostou todas as fichas em busca do gol da vitória, que até chegou a acontecer, mas foi anulado pelo bandeira, e aí… aguenta as reclamações do time…
A chuva apertou diminuindo as chances de um jogo melhor, mas nem por isso o pessoal da Esquadrão Alvinegro desanimou que apoiou até o fim!!
E fica a mensagem de um dos torcedores do Sertãozinho sobre apoiar o time da sua cidade!
Domingo, 23 de abril de 2023. O EC São Bernardo, conhecido como “cachorrão”, mandou seu jogo pela primeira semifinal da A3, em Santo André, no Estádio Bruno José Daniel, já que o Baetão precisa de reformas!
Teve até camisa do Bernô a venda! R$ 100 cada.
O time do EC São Bernardo sabe da importância do resultado do primeiro jogo dessas semi finais e prometia ir com tudo pra cima do Capivariano!
O adversário é o Capivariano FC, time do artilheiro nacional de 2023: Vinícius Popó!
A torcida do Bernô, a Esquadrão Alvinegro se fez presente
A torcida adversária também fez o rolê até Santo André, parabéns para a Torcida Leões da Raia.
Times em campo, então manda acionar os rojões!!!
Abraço ao amigo André que fez companhia neste jogo!
Tudo pronto pro início do jogo!
Xiiii, mas alguém acionou o sistema de resfriamento do gramado…
E olha os bandeirões:
Que tarde bacana pra uma partida!!!
O pessoal da Esquadrão Alvinegro fez uma festa bonita nas arquibancadas do Brunão!
Mesmo com todo o apoio da sua torcida, o EC São Bernardo acabou levando um gol no primeiro minuto do segundo tempo para a festa da torcida visitante! 18º gol marcado por Vinicius Popó!
O time até tentou uma reação…
Mas o jogo estava mesmo difícil…
O time visitante acerta os contra ataques e faz 2×0!
Mas quem disse que a torcida desanimou?
Mas, o goleiro do Capivariano não teve muito trabalho e ainda viu o seu time fazer 3×0.
Olha a camisa do Capivariano FC:
Últimas imagens da bancada…
O EC São Bernardo ainda tentou, mas acabou derrotado, para a tristeza da sua torcida…
Esqueça a garoa que cai com vontade sobre o ABC, o Esporte Clube São Bernardo, o “Cachorrão do ABC” está em campo pela primeira rodada da segunda fase do Campeonato Paulista da série A3 de 2022 e sua busca pelo acesso à série A2 merece ser registrada!
Então vamos à bilheteria e … Não há bilheteria hoje? Não, ingressos gratuitos!
Ao saber da gratuidade imaginei que o Estádio Municipal 1º de maio receberia um grande público!
Mas, infelizmente a garoa atrapalhou e a cidade não se empolgou com a campanha que pode novamente colocar o time na série A2 do Paulista…
A vantagem da torcida local ficar nesse lado da arquibancada é que a pequena parte coberta pode oferecer certo conforto aos que não quiseram tomar garoa na cabeça.
Que tal sentir um pouco a atmosfera do Estádio Primeiro de Maio?
Então, vamos ao jogo!
Os dois times começaram nervosos, errando muitos passes…
As melhores chances de gol foram favoráveis ao Cachorrão, mas o MAC manteve o jogo bastante parelho.
O gramado molhado deu muito trabalho e dor de cabeça para a boa árbitra Daiane Caroline Muniz dos Santos, que soube manter o jogo em suas mãos.
Para manter nosso padrão, aí vai a foto do gol esquerdo:
O meio campo do Primeiro de Maio:
E o gol da direita.
Ao fundo, no lugar tradicional, a torcida visitante do Marília Atlético Clube.
Do lado local, a torcida Esquadrão Alvinegro fez seu papel, cantando o jogo todo.
O EC São Bernardo teve uma série de boas chances com faltas próximas à área, mas nenhuma delas terminou em gol.
O primeiro tempo termina em 0x0 e o resultado não agrada a torcida local…
Hora de dar um role e encontrar outros apaixonados pelas divisões de acesso, caso do Milton, Luigi e da Bia, obrigado pelo papo!
O segundo tempo começou com um domínio maior do EC São Bernardo, com boas tentativas do conhecido atacante “Chuck” pela direita.
E o ditado não erra, principalmente em dia de garoa. Água mole em pedra dura, tanto bate até que… Em boa jogada pela direita, dessa vez do jogador Erick, o volante Iago fez 1×0 para os donos da casa!
No lance o atacante Jhonny que havia entrado há pouco se machucou, dando lugar para
O gol deixou o jogo mais aberto, e embora o MAC tenha reclamado de um penalty não assinalado, o Cachorrão manteve o ímpeto e já nos acréscimos (48″ do 2º tempo) acabou chegando ao segundo gol!
Rolou até dancinha na comemoração kkkk!
Com 2×0, o jogo estava definido, deu tempo de registrar a presença no Estádio!
Agora era só esperar a árbitra apitar o fim do jogo…
E assim terminou a partida… O treinador visitante, o ex jogador Guilherme, não curtiu muito… O treinador local, Renato Peixe, acabou dando uma acalmada nos ânimos…
Parabéns à árbitra Daiane Caroline Muniz dos Santos que soube segurar bem o jogo e que mostrou que as mulheres merecem ocupar cada vez mais espaços no nosso futebol!
Mesmo com o jogo acabado deu tempo pra mais um pequeno desentendimento entre as equipes já no caminho dos vestiários…
Hora do Esquadrão Alvinegro se despedir do time!
E deu ainda pra bater um papo com o Caio e a diretoria da torcida já do lado de fora do estádio, com direito a quase sermos atropelados kkkk
O episódio #4 do nosso PODCAST fala da história do time, com entrevistas com algumas pessoas importantes para a história do time, confira:
Mas vale reforçar algumas coisas, por exemplo, em alguns lugares, existe a exibição desse distintivo mais antigo:
E também de um distintivo mais atual:
O time possui seu próprio campo, lá no Jardim Guarará. Olha como ele era antes de colocar o sintético!
Mas veja como está atualmente, com o gramado artificial recém instalado:
O Aclimação E.C. foi fundado em 2 de fevereiro de 1962 e passou vinte anos disputando campeonatos do futebol amador, até decidir disputar a terceira divisão de 1982. E o time até que fez uma boa campanha, num campeonato meio bagunçado como foi a A3 daquele ano!
Naquele ano, o time mandou os seus jogos no Estádio do Parque Jaçatuba, que fica junto da sede social do Esporte Clube Santo André.
Futuramente vamos escrever um post sobre o Estádio do Jaçatuba, que também foi a casa do EC Santo André em algumas partidas!
Para deixar essa história mais atual, estivemos no Campo do Aclimação no sábado, 20 de novembro, dia da consciência negra para acompanhar a quarta de final da Copa Santo André.
Mais uma vez, estivemos acompanhados do amigo “Gó“, grande torcedor do Ramalhão e que conhece (e curte) a várzea de Santo André.
E aí está o tradicional “Leão do ABC“, o Aclimação EC:
Presente para a disputa assim como fez nos anos 80, com um time que hoje ocupa as arquibancadas acompanhando de perto a sequência da história!
Quantos estádios de times profissionais possuem uma estátua do mascote presente? Olha aí o leão!
E tem a faixa do leão também que costuma acompanhar o Aclimação EC onde quer que ele jogue!
Tudo pronto pro jogo, gramado impecável, e atletas concentrados!
A torcida também estava animada!
O adversário do Aclimação é o time do EC Jardim Sorocaba!
A foto abaixo está na fanpage oficial da Copa, vale a pena conferir outras fotos bem bacanas!
Em campo, o time da casa acabou surpreendido logo nos primeiros minutos e levou o 1×0 numa bola alçada na área que acabou enganando a zaga.
Destaque para o pessoal da TVila (a tv que mais cresce no Brasil!) que está cobrindo a Copa e fazendo dela um sucesso ainda maior!
Confira os gols pelo vídeo que eles fizeram:
Mesmo o placar adverso não desanimou a torcida da casa, que fez a festa durante todo o jogo.
E aí aproveitamos para bater um papo com o pessoal da velha guarda do Aclimação! (vc confere o papo no vídeo do PODCAST #4)
O pessoal do banco até tentou mudar o jogo, mas infelizmente (para a torcida local) não foi a tarde do Aclimação…
Fica a mensagem de agradecimento do time à torcida e a certeza da sequência do time em outros campeonatos amadores e quem sabe um dia sonhar com um retorno ao profissional?
Ainda no Vale do Paraíba, vamos conhecer a triste história do fim do futebol de Lorena!
Assim como a maioria das cidades, Lorena também é cortada pela estrada de ferro.
Eu sou apaixonado pela Ferrovia e confesso que me emocionei ao reviver uma sensação que há tempos não tinha:
Incrível como existem verdadeiras obras da arquitetura ainda preservadas nas cidades do interior, com destaque para o Solar dos Azevedo:
O Solar dos Azevedo é pertenceu ao comendador Antônio Clemente dos Santos e, posteriormente, a Rodrigues de Azevedo, daí o nome.
Atualmente,é de propriedade do bispado de Lorena.
Mas, estamos aqui pra falar de futebol!
E a história é triste. Falamos do Esporte Clube Hepacaré e do seu “ex-tádio”.
O Esporte Clube Hepacaré foi fundado em 7 de setembro de 1914 e fez história ao disputar dez edições da série A3 do Campeonato Paulista (de 1956 a 58 e de 1960 a 66) e duas edições da série A2 (em 1959 e em 1973).
Ficou conhecido também porque contou com Dondinho (pai do Pelé) como atleta nos anos 40.
O time mandava seus jogos no Estádio General Affonseca.
A inauguração do estádio foi grande estilo, em 30 de março de 1941 num jogo contra o Fluminense, que acabou 5×0 para os cariocas, e quem apitou o jogo foi um tal “Arthur Friedenreich”.
O time do Hepacaré marcou época na cidade e na região, chegando a jogar contra o nosso Santo André na A2 de 1973.
O estádio se segurou até mesmo anos depois do time se licenciar das competições oficiais.
As fotos abaixo foram feitas em 2008 pelo pessoal do Jogos Perdidos (clique aqui para relembrar a visita deles ao estádio) e elas mostram como estava o estádio, desde sua entrada…
Até a parte interna. Perceba o cuidado nas cadeiras da arquibancada.
Ainda que com uma pintura gasta, o estádio estava de pé e bem vivo!
O gramado irregular, mas dentro dos limites do futebol amador que é a realidade do Hepacaré desde os anos 70.
A bela arquibancada coberta, com as palmeiras ao fundo.
Eu já havia lido esta matéria do pessoal do Jogos Perdidos (aliás, obrigado por terem conseguido registrar o General Affonseca ainda “vivo”) e contava os dias até que a oportunidade de ver e reforçar o registro que eles fizeram 11 anos atrás (escrevo este post em 2019).
Logo, chegamos ao endereço do estádio…
A triste notícia… O endereço estava certo… Os errados somos nós…
Olho para uma foto do passado…
Comparo com o presente… As palmeiras estão lá, mas tudo está errado…
Ainda existe um mísero pedaço do que outrora foi a arquibancada da torcida do Hepacaré.
Fiz questão de ir até lá e pelo menos pisar nesses poucos degraus de cimento, onde tantas emoções foram vividas…
O antigo Estádio da rua Conselheiro Rodrigues Alves não resistiu ao poder do dinheiro… O valor do imóvel na Vila Hepacaré injustificava a existência de um time amador de futebol e sua sede. Suas piscinas e sua sede, onde o funk rolava desde os anos 90 ficaram pra traz.
Em 2011, faltavam apenas três anos para o centenário do clube, mas ele não resistiu. O EC Hepacaré estava falido.
Menos de um ano depois, sua sede foi leiloada (R$ 5,3 milhões, aplicados não sei como) e em 2017, nascia mais uma unidade do Supermercado Nagumo.
Antes de ir embora, encontrei mais uma parte do estádio… Uma parede que parece separar a recordação da realidade.
As tradicionais paredes amarelas ainda estão ali dentro…
Se doi pra quem nunca viu um jogo, imagine para quem chegou a jogar ali…
Não há o que falar…. Nós perdemos… Fica de recordação a camisa do amigo Fred de Taubaté:
Pra quem quiser uma lembrança, o site Só Futebol comercializa réplicas das camisas dos times extintos, como o EC Hepacaré.
O post de hoje levou nos pelos “caminhos de pedras secas” até a bela cidade de Itapetininga.
Itapetininga tem tanta história no futebol que acabamos deixando de fazer as tradicionais fotos da cidade, então pegamos essa do site da Prefeitura Municipal para ilustrar o local onde pouco mais de 162 mil pessoas vivem.
Almoçamos numa padaria bem legal! A fome era tanta que não lembro nem o nome…
Falar do futebol profissional em Itapetininga significa voltar ao tempo em que todas as divisões do Campeonato Paulista e até o futebol amador eram valorizados pelas diversas cidades do interior.
Então, voltemos ao início do século para conhecer a história da Associação Atlética Itapetininga.
A Associação Atlética Itapetininga foi fundada em agosto de 1931, sendo assim o mais tradicional time de Itapetininga. Disputou a 4ª Divisão do Campeonato Paulista em 1960 e a 3ª Divisão em 1961 e 1962.
Aqui, algumas fotos históricas de times que defenderam as cores da Associação Atlética Itapetininga, começando pelo time de 1952 (foto do blog http://alan-franci.blogspot.com):
Existe ainda uma página no Facebook em homenagem ao time e lá estão compartilhadas mais lindas imagens da Associação Atlética Itapetininga:
Pra fechar a sessão nostalgia, o time de 1961 que disputou a terceirona daquele ano:
Infelizmente, nos dias atuais, seu departamento de futebol profissional já não existe mais, mas, o Estádio José Ravacci Filho, campo onde mandava seus jogos, continua de pé!
Ainda existem lembranças da antiga entrada:
O Estádio segue muito bem cuidado, só sofreu uma “pequena” alteração…
O campo mudou de direção… Foi invertido em 90 graus… Ou seja, o que era linha de lateral virou linha de fundo e vice e versa.
Dessa forma, além de perder em tamanho, foram se embora as tradicionais arquibancadas que abrigaram tantos torcedores nas décadas passadas…
Veja como era:
Aparentemente era nesta lateral onde ficavam as arquibancadas que estava a entrada que hoje está fechada.
E o que era a lateral virou o gol!
Ainda existem bons vestiários:
Vamos dar uma volta no campo para conhecer melhor:
O estádio ainda guarda uma estrutura que serve de bar e de sede onde podemos encontrar algumas recordações do time.
Aqui, alguns dos quadros que estão nas paredes desse bar:
Até uma linda flâmula eles têm!
E agora, o xodó é o time de masters!
Um último registro no campo que já roubou tantas lágrimas e sorrisos (e que ainda mantém se vivo nas disputas amadoras!):
Quer bater um escanteio antes de ir?
Primeira parte da nossa missão cumprida! Agora é vez de registrar o Estádio Engenheiro Péricles D’Ávila Mendes, a casa do mítico DERAC!
O DERAC, que é a sigla de Departamento de Estradas de Rodagem Atlético Clube, foi fundado em dezembro de 1950 (como indicado em seu distintivo). O time participou de quatro edições da série A2 (1982, 1984, 1985 e 1986), 32 edições da série A3 (1959, de 1961 a 1971, de 1976 a 1981 e de 1988 a 1992) e 2 na “Quarta Divisão” (1960 e 1994).
A história é surreal, uma vez que o time foi formado por funcionários do D.E.R. local e acabaram não só chegando ao profissionalismo como jogando por 3 divisões do Campeonato Paulista.
Uma delas, foi em 1961 pela A3:
E olha que bela campanha fizeram em 1977 pela “A3” daquela época:
O time tem muita história e foram muito quadros que representaram as cores da cidade. Lá mesmo no estádio existem várias fotos de times perfilados que fizeram história e jogaram frente a uma verdadeira multidão.
Mas se você quer mesmo memórias do time, não deixe de acessar o blog do Museu Virtual DERAC. Eles têm fotos como essa, do time de 1970 que disputou a série A3:
Então voltemos ao Estádio Engenheiro Péricles D’Ávila Mendes, a casa do DERAC.
E mais uma vez, estamos aí…Em frente a um campo histórico que fez (e faz) parte da vida de tantas pessoas…
Mais uma bilheteria que teve no passado seus dias de glória e que sonha com a volta do futebol profissional.
Vamos dar uma olhada no estádio?
O Estádio Péricles D’ávila Mendes tem capacidade para cerca de 6 mil torcedores em seus dois lances de arquibancada, ao longo do campo.
A entrada do estádio nos leva até esse lado da arquibancada. Veja ao fundo o bar e sede do time.
Aqui, um olhar já chegando próximo ao bar.
E olha aí o bar e alguns dos troféus do time!
Olha o tamanho da arquibancada:
Encontrei uma imagem antiga do estádio, mas parece que mudou bastante…
Um dos maiores orgulhos do DERAC são os grandes jogadores que fizeram parte de seu elenco e foi um ex atleta do time que nos apresentou o estádio. Falamos do “Paraná”, que atualmente faz parte do time de veteranos do DERAC.
O gramado segue bem cuidado, mesmo próximo ao gol.
E assim, a parte 2 da nossa missão está cumprida!
Resta nos agora contar a parte “ferroviária” da nossa história pelo futebol de Itapetininga, e ela fica ao cargo do CASI, o Clube Atlético Sorocabana de Itapetininga.
O time do CA Sorocabana de Itapetiningafoi fundado em junho de 1945 por um grupo de trabalhadores ligados à ferrovia. E se você quer ver fotos incríveis do CASI, vale a pena visitar o blog SomosCASI.blogspot.com eles tem imagens como essa, do time dos anos 50:
Esse era o time da Sorocabana de Itapetininga em 1957:
Esse é o time de 1959, se preparando para a disputa da A3 do ano seguinte:
E aqui outros esquadrões de diversos momentos do CA Sorocabana Itapetininga que participou da quarta divisão (em 1960) e da terceira divisão (de 1961 a 1963).
Infelizmente, o tempo passou e assim como a ferrovia acabou sumindo do mapa, o CASI acabou no ostracismo e logo no esquecimento, mas restou-lhe um marco importante para servir de recordo: o Estádio José Santana de Oliveira, na Vila Aparecida, campo onde mandou seus jogos por tantos anos.
Não, não é nenhum engano, não existe sinalização referente ao estádio, porém possui um Museu Ferroviário na entrada do clube. No entorno do campo, vários equipamentos da ferrovia.
Conseguimos adentrar ao Estádio, então, vamos dar uma olhada lá dentro?
Adentramos ao campo e o que pudemos ver foi de cortar o coração… Ainda que com a grama bem cortada, o estádio parece aguardar seu fim…
Nem as traves mantiveram-se em pé…
Um estádio que tinha como destaque nas arquibancadas o público feminino, formado por cerca de 800 torcedoras, na maioria familiares de ferroviários que acompanhavam o time.
É triste, mas… Estamos aí pra registrar e quem sabe torcer pela recuperação do estádio.
Despreocupadas estão as corujas que adotaram o gramado do campo como lar…
O outro gol também está lá deitadão….
Um pedaço de trilho, simbolizando a ligação do time com a Ferrovia corta a lateral do campo…
E até uma locomotiva guarda as memórias do CASI, da ferrovia e do Estádio Joé Santana de Oliveira… Um passado que não volta…
Infelizmente, atualizo esse post em 2024 para mostrar que o campo do CASI deu lugar para um supermercado…
Pra terminar nossa história, é preciso registrar o último time que representou a cidade no profissional, o Esporte Clube Itapetininga.
Fundado em abril de 1995, o time ficou com a vaga do DERAC na Federação Paulista e disputou os campeonatos da sexta divisão de 2002 e 2003, da quinta divisão de 1996, 1998, 1999 e 2000.
8 de maio de 2016. O domingo fecha um fim de semana de acessos!
Um dia após acompanharmos o Santo André voltar à série A1 do Paulista, em Barretos, fomos até Sertãozinho assistir a equipe local chegar a final da A3 e consequentemente conquistar o acesso à série A2 e a festa não podia ser melhor!
O Sertãozinho manda seus jogos no Estádio Municipal Frederico Dalmaso, o “Fredericão”.
E o campo estava cheio, e todo mundo muito animado, acreditando na classificação!
A torcida lotou todo e qualquer espaço do estádio destinado ao público local!
Vem comigo dar uma volta e sentir o clima do jogo!
Tudo isso, para sua segurança!
Pudemos conhecer pessoalmente o amigo Renan! E é pra isso que o futebol serve: fortalecer as amizades!
Pra quem não sabe, o estádio tem ainda uma pequena área coberta, junto das cabines de imprensa. Tudo muito bacana!
Mas a festa estava mesmo no meio da torcida. Uma pena que a Federação não permita que as organizadas entrem com suas faixas e camisas, mas mesmo assim, o pessoal de Sertãozinho pintou de grená e branco a cancha local, com direito a tirantes e tudo!
Dá uma olhada no que tinha de gente! E esse pessoal ajudou o time a segurar um 0x0, meio morno, mas que garantiu a vaga do time local na A2 de 2017!
Outro destaque pro rolê fica para o encontro, ali nas bancadas mesmo com o amigo Nequinha, lateral direito pé quente, que acabou conquistando mais um título, desta vez da A3! Valeu, amigo!
E já que o time saiu campeão, não pode faltar a foto dos vencedores!
Pra quem andava nos cobrando mais um role pelo interior, fica esse registro! Abraços aos amigos!
E lá vamos nós para a 4a parte do nosso rolê, dessa vez na cidade de Uchoa, que fica também às margens da rodovia Washington Luiz, entre as cidades de Catanduva e Cedral, já na região de São José do Rio Preto. O nome é uma homenagem ao engenheiro Ignácio Uchoa, da extinta Estrada de Ferro São Paulo – Norte.
A cidade possui cerca de 9.500 habitantes e seu nome é de origem basca e significa “lobo”. Faltou fazer a foto da igreja, como fizemos nas demais cidades, então encontramos essa abaixo, no blog “Doramundo“:
E mais uma vez pudemos conhecer novas pessoas, criar novas amizades e, principalmente, ouvir boas histórias sobre um lugar onde o tempo parece ter parado…
Quem é nascido na cidade de Uchoa é o “Tupãzinho”, jogador que fez história no Corinthians ao marcar o gol do título do primeiro Campeonato Brasileiro, conquistado em 1990. Estivemos com ele num jogo do Tupã, em São Bernardo:
O principal contraste para nós que somos do ABC é o trânsito. As ruas praticamente desertas, sem aquela tradicional loucura tão comum (infelizmente) no nosso dia a dia.
Nossa meta na cidade era conhecer o Estádio Municipal Leonildo João Birolli, a casa do time local, o Uchoa FC, fundado em 3 de janeiro de 1940.
Suas cores, seu escudo e o modelo do uniforme principal são uma homenagem ao São Paulo, da capital:
O clube teve seis participações das divisões menores do Campeonato Paulista de Futebol, mas nunca esteve na primeira divisão.
Aqui, uma imagem rara, do time de 1947:
Em 1948, disputou a série branca da segunda divisão – a série A2 daquela época- e terminou em último lugar…
Aqui, um outro momento do time, com o estádio ao fundo:
Encontramos na Internet uma foto de meados das décadas de 40/50, de uma faixa, exposta em São José do rio Preto convidando para um jogo contra o América:
Em 1949, o time fez história ao vencer a série ouro da segunda divisão – a série A2 da época. Mas na fase final pegou só pedreira… Guarani, Linense e Batatais, e acabou fora da primeira divisão de 1950.
Em 1950, conseguiu uma quinta colocação…
Em 1951, o fim de um ciclo, com a sexta colocação na zona central:
Depois disso, o time ainda disputaria competições profissionais em 1980 (na terceira divisão) e em 1991 quando disputou um torneio qualificatório com AA Itararé, AA Ituveravense, Ranchariense, Beira-Rio de Presidente Epitácio, Embu-Guaçu, Operário de Tambaú, Flamengode Pirajuí, GE Atibaiense, GE Monte Aprazível, Guarani Saltense, Itaquaquecetuba, José Bonifácio e Auriflama.
Para aqueles que um dia pensam em ir ao estádio, ele fica no cruzamento da rua Ernesto Lainetti e da Av Eduardo Hidalgo:
E, novamente encontramos com facilidade o nosso destino: o Estádio Municipal Leonildo João Birolli!
Vamos conhecê-lo?
Olhando um pouco de dentro do estádio, podemos encontrar as arquibancadas que tem capacidade para cerca de 3 mil pessoas.
O gramado em ótimas condições, e árvores frondosas dispostas ao fundo do gol:
É sem dúvida um estádio que poderia estar recebendo jogos nos dias atuais…
Os bancos de reserva num visual old school, trazendo de volta na nossa memória uma época em que o futebol tinha uma outra atmosfera… Imagina como foi celebrar a conquista de 1949…
Mais uma vez, fica o sentimento de orgulho em poder registrar um estádio que já foi utilizado por várias vezes em disputas oficiais da Federação Paulista.
As arquibancadas de cimento estão ali… Prontas para receber a torcida novamente!
Tantos times que passaram por aí… Linense, Rio Preto, Noroeste, Bauru, Internacional de Limeira, Prudentina, Ferroviária de Botucatu, São Paulo de Araçatuba, América de S. José do Rio Preto, Corinthians de Pres. Prudente, Bandeirante de Birigui, XV de Jaú, São Manuelense…
Além de toda a história, é uma vista linda…
Uma curiosidade bem diferente é que enquanto eu estava lé no alto da arquibancada fotografando, ouvi uns barulhos estranhos, parecia que tinha alguém morando nas cabines de imprensa e ….
https://www.youtube.com/embed/pnSvR–cS8c Assim, chegamos ao fim de mais uma aventura futeboleira, que nos levou a esse lindo estádio!
Fica nossa torcida para que espaços como esse sejam cada dia mais valorizados pelas pessoas e quem sabe eternizados como lembrança de um tempo que não deve voltar mais…
Demos a volta no quarteirão do estádio e voltamos para a estrada, rumo à Mirassol.
Em companhia do Guaraná Jaboti, incrível sabor! (sei que parece, mas não, não é um merchandising, a menos que alguém do Jaboti queira nos patrocinar)
Domingo, 17 de fevereiro de 2013. Lá vamos nós pela tradicional estrada vicinal que liga Arthur Nogueira a Mogi Mirim.
Na verdade, nosso destino seria a próxima cidade, Mogi Guaçú.
Depois de mais de um ano vendo fechado o Estádio do meu time, o Santo André, eis que fomos até Mogi Guaçu levar nossos “pés quentes” para o Guaçuano, que não havia conquistado um ponto sequer na A3-2013 e o que encontramos????
Mais um Estádio com portões fechados…
Não, não fomos em um dia ou horário errado, como já fizemos, nem se tratava de mais um wo… O time da casa esta em campo, frente ao seu adversário. Então, o que havia de errado no jogo do Guaçuano?
Uma volta no entorno do estádio e eis que encontramos um torcedor para nos explicar o que estava acontecendo. A Federação Paulista exige uma capacidade mínima dos estádios, em cada divisão e o Guaçuano, retirou algumas arquibancadas tubulares, ficando com capacidade menor do que a permitida…
Ou seja… Estádio FECHADO!!!! Time em campo e torcedor na rua…
A Mari até que procurou algum lugar para assistir ao jogo, mas tava difícil…
Já estávamos perdendo as esperanças quando nos convidaram para conhecer as piscinas do clube, e lá no cantinho da arquibancada das piscinas estavam… Os torcedores do Guaçuano!
Mostrando que não dá pra separar o amor do torcedor do seu time.
Espremida num canto, deixada de lado, pela Federação e pelo poder público da cidade, que acabou não apoiando o clube nessa empreitada, ali estava a brava torcida do Guaçuano, mostrando que mesmo com 0 pontos, sem poder entrar no estádio mantém seu amor ao time.
Até que a vista estava muito boa, dava pra ver o jogo bem de perto!
E não é que demos sorte ao time? O Guaçuano venceu por 1×0 e ainda teve muitas oportunidades de aumentar o placar!
Enquanto isso, as arquibancadas seguiam vazias… Se bem que haviam uns diretores lá…
Bandeiras hasteadas, mas deveriam estar a meio mastro, pela ausência do principal elemento do jogo: a torcida.
O time do Guaçuano nem parecia o lanterna da A3. Pressionava o Barretos lembrando a boa fase dos anos anteriores.
Voltando ao “setor especial”que a torcida ocupava, vale citar a “geral da piscina”:
É muito difícil manter um time em uma cidade do interior. Mais difícil ainda quando não se pode ter a cidade ao seu lado. E as pessoas de Mogi Guaçu gostam do time, mas desse jeito… Fica difícil!
Enfim, mais uma vez nos orgulhamos em ter presenciado a luta de uma torcida para apoiar o time da cidade…
APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!
E lá fomos nós, de volta a Cosmópolis, com a motorista da vez….