A1-2004: EC Santo André 1×2 RedBull Bragantino

Domingo, 4 de fevereiro de 2024. 11horas da manhã.
5ª rodada da série A1.
O Estádio Bruno José Daniel vê uma torcida apaixonada à beira do desespero, implorando por uma vitória para a sequência do campeonato… E ela não veio…

Em campo, embaixo de um forte mormaço que cobriu o ABC por todo o fim de semana, duas equipes em momentos diferentes: o RedBull que começou mal e começou a reagir e tem um ano com calendário cheio contra um Santo André que ainda não se encontrou.

O jogo de hoje foi a primeira partida do Davi em um estádio! Seja bem vindo a essa loucura!

Sempre importante destacar a presença da torcida visitante. Só quem viaja para acompanhar seu time fora de casa sabe como é difícil se fazer presente.

Em campo… Infelizmente tivemos mais uma manhã de sofrimento para o torcedor ramalhino… O primeiro tempo virou 0x0.

Nossa torcida segue apoiando, mas as críticas crescem conforme os resultados não vem.

No 2º tempo, veio a chuva e o gol do RedBull, com um petardo de Gustavo, de fora da área. O Santo André chegou a empatar com Bruno Michel, dando um sabor de esperanças às bancadas…

Mas, o Ramalhão levou o 2º de Eduardo Sasha, em um cabeceio após cobrança de escanteio… Não há muito o que falar. O momento é difícil e ainda oferece um caminho para escapar da série A2, mas é preciso que as coisas mudem…

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4ª rodada da série A3-2024

Sábado, 3 de fevereiro de 2024. Bem vindo a mais uma partida da série A3 do Campeonato Paulista, direto do Estádio Primeiro de Maio, em São Bernardo.

Manhã agradável de forte mormaço, mas o público ainda não percebeu que o Cachorrão merece mais apoio… Principalmente hoje, data em que o clube celebra 96 anos.

Alguns poucos prudentinos enfrentaram a Castelo Branco e se dirigiram à cidade do ABC para mais esta partida.

Mas ainda assim, estava legal acompanhar o jogo no Primeiro de Maio. Sente o clima do Estádio:

Vale o registro padrão do lado esquerdo:

Meio campo:

E lado direito:

31 minutos do primeiro tempo e Iury fez 1×0 para os visitantes.

O gol gera um momento de tensão na arquibancada local…

O Grêmio Prudente joga bem e segue levando perigo, desperdiçando algumas bolas paradas (como faria também no segundo tempo).

O EC São Bernardo usa o lado direito pra chegar, mas peca nas finalizações.

O placar de 1×0 se mantém e o treinador põe os reservas para aquecer…

Mas o time soube responder e Nathan empatou 1×1!

Festa para o aniversariante!

E quem comanda a festa na bancada do cachorrão é o Esquadrão Alvinegro!

E veio o segundo tempo, com a expectativa de uma virada para o time local!

E se a bola não entrava pela técnica, a sorte deu uma mão e após um desvio na zaga, o EC São Bernardo passou a frente!

E se o pessoal do Esquadrão já estava cantando mesmo com a derrota, o 2×1 colocou fogo na bancada!

E que tal fechar com chave de ouro, com um terceiro gol, agora de penalty?

Feliz aniversário, EC São Bernardo! E um parabéns a Renato Peixe, ex atleta e agora treinador, que na minha opinião foi quem ganhou esse jogo hoje!

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3ª rodada do Paulistão 2024

28 de janeiro de 2024
Mais um dia com o Ramalhão em campo, dessa vez, o adversário é o atual vice campeão Água Santa, dos nossos amigos de Diadema.

Fernando Marchiori traz a campo o seguinte elenco:

Na bancada, as camisas do Ramalhão fazem a alegria da torcida!

E tem a bateria da Fúria pra acordar quem possa estar cansado num fim de domingo…

Apoio nunca falta!

É…. é a Fúria!

Tem os que não desistem nunca de apoiar…

Tem aqueles que acompanham o Santo André por toda uma vida…

E a Esquadrão também estava lá!

Importante valorizar a presença da torcida visitante, até achei que viriam mais torcedores…

Em campo, um time que se dedicou ao extremo, criou muito mais do que nas duas primeiras rodadas, mas infelizmente não conseguiu sair do zero…

Confira aí os melhores momentos:

Ok… o Ramalhão ainda não conquistou a 1ª vitória em campo, mas tenho certeza que assim como a gente não para na bancada, a resiliência em campo também trará resultado.

Juntos, continuamos essa história que se repete de geração em geração. Vai Ramalhão!

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2ª rodada do Paulistão 2024

25 de janeiro de 2024, aniversário da cidade de São Paulo e enquanto a capital festeja, nós seguimos na luta do Paulistão aqui, pelo ABC!

Em campo: Santo André e Novorizontino. Ambas as equipes estrearam frente os gigantes da capital (São Paulo e Palmeiras, respectivamente) e agora tem nesta fria noite de verão a oportunidade de uma partida mais parelha!

Depois de dias absurdamente quentes, estamos há 5 dias vivendo tempos de frio e garoa, mas na arquibancada, os corações estão quentes!

A Fúria, como sempre, presente e barulhenta!

Bacana ver o projeto de renovação da bateria já mostrar resultados!

A TUDA também estava lá!

E também a Esquadrão!

Som na caixa (digo no bumbo), Noé!

Mas nossa bancada também possui torcedores “comuns”, que não fazem parte das organizadas e que participam dessa festa, cada um do seu jeito!

Em campo, o placar inicial prevaleceu até o fim…

Não foram muitos lances de gol mesmo, como você pode conferir no link abaixo da TV Paulistão, mas… Foi uma noite interessante, principalmente porque os dois times deixaram claro que vão brigar muito por cada ponto neste campeonato!

Pra uma 5ª a noite chuvosa, o público de pouco mais de 1.000 torcedores ao menos não foi frustrante…

Vale registrar também a presença do Lulinha (ex Corinthians) e do seu pai, Vanderlei, que é um grande amigo das bancadas e do Brunão!

O jogo segue meio morno na bancada, mas a cantoria segue na bancada!

O técnico Fernando Marchiori mandou a campo: Luiz Daniel; Zé Mateus (Júnior Caiçara), Luis Gustavo, Afonso e Igor Fernandes; Wellington Reis, Marciel (Geovane), Dudu Vieira e Felipe Ferreira (Bruno Michel); Cléo Silva (Ariel) e Lohan (Richard).
Eduardo Baptista postou o Novorizontino com: Jordi; Rodrigo Soares, César Martins, Chico e Danilo Barcelos (Reverson); Geovane, Willean Lepo, Marlon e Rômulo (Jenison); Neto Pessoa (Rodolfo) e Vitinho (Waguininho/Willian Farias).

Aos parceiros de todo jogo, um grande abraço!

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30 anos do título do EC Paraguaçuense

Hoje, são 30 anos dessa incrível conquista de um time que atualmente está licenciado, mas que ainda representa as cores e a memória da cidade de Paraguaçu.
E o amigo Amarildo não deixou a data passar sem festa, por isso, torcedor Paraguaçuense, não esqueça nunca desse momento!
Parabéns!!

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O Estádio Francisco Ribeiro Nogueira e o futebol em Mogi das Cruzes

5a feira, feriado de 12 de outubro de 2023.
O rolê de hoje é por Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, muito conhecida pela produção de hortaliças em uma área de cultivo estimada em mais de 7.100 hectares.

A região era densamente ocupada muito antes da chegada dos portugueses. Vários povos como os Tupis, Guaianás, Carijós e os Tupiniquim, do qual fazia parte o cacique Tibiriça, pai de Bartyra com quem o misterioso João Ramalho se casaria.

Em torno de 1560, é registrada a primeira entrada de um bandeirante na região de Mogi das Cruzes, em busca de ouro: Braz Cubas, registrado abaixo por Benedito Calixto, séculos depois:

Outro bandeirante, Gaspar Vaz, foi quem abriu o primeiro acesso a Mogi, facilitando a formação do povoado, elevado à Vila de Sant’Anna de Mogi das Cruzes em 1611.
Aqui, a igreja matriz de Mogi retratada em bico de pena por Tunico de Paula sobre aquarela de Thomas Ender:

Atualmente, a cidade é constituída por 8 distritos: distritos: Mogi das Cruzes, Biritiba-Ussu, Brás Cubas, Cezar de Souza, Jundiapeba, Quatinga, Sabaúna e Taiaçupeba.
Estivemos lá há 10 anos, em 2013, para acompanhar um jogo entre o Atlético Mogi e o Jacareí pela Segunda Divisão. Clique aqui e veja como foi.

Somente em 2023 pudemos voltar com mais calma para visitar o Estádio e entender um pouco mais da história do futebol na cidade.

Para isso, usei como base o livro “História do futebol em Mogi das Cruzes” de João Renato Leandro Amorim.

O livro cita um artigo do jornal “O Diário de Mogi”, de 1957, que indica o responsável pela introdução do futebol em Mogi das Cruzes: o sapateiro Alfredo Cardoso, mais conhecido como Alfredão (foto retirada do livro e creditada ao Acervo Glauco Ricciele).

O livro esclarece que a primeira partida de futebol de Mogi das Cruzes envolveu um time de “camisas brancas” contra o de “camisas azuis”, em 6 de maio de 1906.
O registro de uma partida em 30 de junho de 1911, apresenta o Operário Futebol Clube como o primeiro clube da cidade.
A partir da década de 20, surgem outros clubes e já uma primeira grande rivalidade: de um lado, o Mogi Futebol Clube, que jogava de vermelho e do outro, o Falena Futebol Clube (que teve o Operário FC como origem), que jogava de branco e era o time do Alfredão.
As partidas eram disputadas em um terreno próximo ao antigo convento que ficava na rua Campo Santo, atualmente rua Otto Unger.
E foi ele quem propôs a unificação dos dois times, dando origem, no dia 7 de setembro de 1913 a um clube que agregaria o futebol mogiano como um todo: o União Futebol Clube. Evolução do distintivo vindo do site Gino Escudos:

O União Mogi começou jogando no campo do Parque, atualmente Rua Major Pinheiro Franco.
Segundo o livro Os Esquecidos, depois de partidas amistosas, fez sua estreia no Campeonato do Interior da APEA em 1928, sendo desclassificado em uma polêmica partida desempate com a Caçapavense, um 3×2 com arbitragem duvidosa. Como consequência, os dirigentes do União mandaram um ofício à APEA pedindo desligamento da entidade. Rolou até um “enterro simbólico” da associação reunindo cerca de duas mil pessoas.
O time retorna às competições oficiais em 1942, e nesse ano, nada menos do que 6 times da cidade disputaram a 24ª região do Campeonato do Interior (contando o AA Poaense, já que na época, Poá era um distrito de Mogi das Cruzes).

Destes, a AA Comercial, fundada em 14 de abril de 1931, ainda está viva disputando o amador e com seu Estádio em funcionamento.

Achei uma única foto do pessoal do Mogytex FC:

Do Santo Angelo FC, que representava o distrito de Jundiapeba encontrei uma foto dos anos 70:

A AA Poasense ainda mantém se na ativa, com uma bonita sede própria.

Do São João FC eu não encontrei nada, mas o Vila Santista teve uma importante história que resumiremos daqui a pouco.

Voltando à história do time do União Mogi, destaque para o Campeonato do Interior de 1947, quando vence o Setor 1 da Zona 1 com o time abaixo:

Este é o Estádio Francisco Ferreira Lopes, na Rua Casarejos:

Em 1951, o União se profissionaliza. Time daquele ano:

Em seu primeiro ano, disputa o Campeonato Paulista da Segunda Divisão e licencia-se no ano seguinte.
Retorna em 1955, quando disputou mais uma vez a Segunda Divisão, onde permaneceu por outros quatro anos.
Aqui,o time do União em partida contra o Vila Santista, pela segunda divisão paulista de 1958, no estádio da Rua Francisco Franco, do Vila. O jogo terminou em
empate por 2×2.

Em 1960, o clube pediu licença mais uma vez, ficando fora por quase duas décadas.
O União retorna em 1979, no Campeonato Paulista da Terceira Divisão, até 1981, quando foi promovido à Segunda Divisão.
Permanece na segunda até 1993.

Em 1998, o clube mudou seu nome para União Mogi das Cruzes Futebol Clube.
Em 2002, a equipe foi rebaixada à Série B1.
A partir de 2004, passa a disputar a Segunda Divisão, da qual sagra-se campeão em 2006, retornando à Série A3. O pessoal do Jogos Perdidos esteve cobrindo a final (veja aqui como foi), as fotos abaixo são do Fernando Martinez:

Em 2008, o clube volta ao nome União Futebol Clube.
Em 2009, passa por dificuldades financeiras e faz uma má campanha na A3, ficando em último lugar, voltando para a “Série B”.
Em 2011, além d crise financeira, o União Mogi acaba acusado (por conta de atos de seu treinador) de estelionato, injúria, difamação e até assédio moral e sexual.
Em 2023, o União Mogi foi rebaixado para a quinta divisão paulista de 2024.

O time manda seus jogos no Estádio Municipal Francisco Ribeiro Nogueira, o “Nogueirão”, inaugurado em 31 de maio de 1995. Para viver um pouco desta história na prática, fomos até lá conhecê-lo.

Vamos ao campo!

A história do Estádio está ligada à da própria cidade, já que toda essa área pertencia à empresa Mineração Geral do Brasil desde 1942. Ali foi construída uma usina siderúrgica, 550 moradias para seus funcionários e… um campo de futebol que serviu de base para o time do Esporte Clube Mineração Geral do Brasil, organizado pelos trabalhadores da usina.
Em 1957, o campo passa a ser denominado Estádio Cavalheiro Nami Jafet, ganhando estruturas ligadas a outros esportes.

Dá uma oilhada como está o campo hoje em dia:

Atualmente a capacidade do estádio é de 10.000 torcedores.

A siderúrgica entra em concordata, em 1965 e foi incorporada a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), em 1967. Em 1973, o Estádio Nami Jafet foi municipalizado e incorporado ao patrimônio público da Prefeitura de Mogi das Cruzes.

Esse grafite com a indústria de fundo é uma área bem característica do Estádio!

As cadeiras na área coberta deixaram o estádio realmente bem bonito!

Aqui, o gol da esquerda:

Aqui, o gol da direita:

Aqui, o meio campo:

Dê uma olhada nas demais arquibancadas, atrás dos dois gols:

Alguns vídeos para ilustrar o rolê:

E ali fica o placar:

E como estávamos em Mogi das Cruzes, importante falarmos também do Vila Santista Futebol Clube, fundado em 14 de julho de 1919:

O Vila Santista FC homenageia o bairro próximo do centro da cidade, e iniciou sua história disputando amistosos com times da cidade e da região.
Em 1922, inaugura-se seu Estádio, na atual Rua Francisco Franco.

O presidente do clube era Ângelo Pereira Passos, que viria a dar nome ao campo.

Com a criação da Federação Paulista de Futebol (FPF) em 1941, o Vila Santista passa a disputar o Campeonato Paulista do Interior.
Aqui, o time de 1949:

Em 1957, o Vila Santista segue o caminho do União e disputa o Campeonato Paulista da Terceira Divisão.
Na primeira fase, seu grupo contava com apenas outros 2 times: o Elvira, e o E.C. São José e o Vila classifica-se para a segunda fase em um novo grupo com Velo Clube, Expresso São Carlos, Guarani Saltense, Legionário (Bragança Paulista), São José, Ferroviária de Pindamonhangaba e o E.C. Aparecida, do qual apenas um time se clasificou: o Expresso São Carlos, tendo o Vila Santista terminado em 2º lugar. O Expresso São Carlos alcança o acesso à segunda divisão, mas decide abandonar o profissionalismo, deixando sua vaga ao próprio Vila!
O time disputa a segundona de 1958 e 59, quando volta à terceira.
Em 1960, cai para a quarta divisão e em 61 faz ali sua última participação no futebol profissional.

Outro time de Mogi das Cruzes, surgiu em 1952: o CA Ypiranga.

Ninguém sabe direito a história do CA Ypiranga se foi inspirado no time da capital ou se foi até mesmo uma filial em Mogi das Cruzes. Aqui, o time dessa primeira fase pré profissional:


O que se sabe é que o CA Ypiranga disputou a quarta divisão paulista em 1964, no grupo chamado “6ª Série”, ao lado do General Motors E.C. (São Caetano do Sul), o C.A. Pirelli (Santo André) e o Expulancex F.C.,de Cruzeiro, times que aproveitaram os benefícios para empresas que criaram seus times profissionais. No grupo, ainda estava o Atlético Vila Alpina e o E.C. São José. O time de Mogi terminou em penúltimo lugar, e acabou extinto.

Mas, já no século XXI, a cidade de Mogi das Cruzes viu o surgimento de um novo time: o Clube Atlético Mogi das Cruzes de Futebol, fundado em 19 de abril de 2004, na época como “Mogi das Cruzes Futebol Limitada”.

O time foi fundado por Joaquim Carlos Paixão Filho, um mogiano apaixonado por futebol que tentou fazer uma parceria com o União sem conseguir o que esperava.
Assim, em 2005, estreia no Campeonato Paulista da Segunda Divisão.
Mas se licencia em 2008 retornando em 2009, aí sim com o nome de Clube Atlético Mogi das Cruzes.
Em 2011 e 2015 novamente esteve licenciado das disputas.
Recentemente, o Clube Atlético Mogi passou por uma péssima fase, conquistando a alcunha de o “Pior Time Do Mundo” ao bater a terrível marca de 56 partidas sem vitórias, que até então pertencia ao Íbis!


O time ficou 62 jogos sem vitórias até que em 27 de Maio de 2023, venceu o Guarulhos por 1×0.
Mais um estádio, e uma cidade com muita história no futebol

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Clipe da 1ª final da Copa Paulista

Segue o nosso tradicional clipe, desta vez tendo como tema a música “Acordas p’la manhã”, da banda Pesta & Sida, de Portugal.

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União São João campeão da Segunda Divisão 2023

Sábado, 30 de setembro de 2023. É dia de festa para o futebol paulista, o Estádio Hermínio Ometto recebe o segundo jogo, a finalíssima da Segunda Divisão do Campeonato Paulista. Ah, se você quiser ver um montão de vídeos que fizemos no jogo, acessa a playlist que montamos.

Em uma tarde bastante quente, ainda que com o sol encoberto pelas nuvens, desde as 13hs, a torcida local já se encaminhava para o Estádio.

Infelizmente não foi possível evitar as filas já que quase 8 mil torcedores compareceram à partida!

Desde a concentração em frente ao estádio até o final do jogo, houve a venda de diversas camisas e até daquele chapéu tipo “pescador”.

Até uma cerveja do time estava a venda na entrada do estádio.

Mais uma vez, tive a companhia do amigo punk, escritor, professor, poeta e até futeboleiro, o Joey, que vive por estas bandas, passeando entre Araras, Leme, Mococa, Porto Ferreira… Ah, e pudemos conhecer o amigo Pedro “Carroceiro” e sua sobrinha, Sophia Helena!

Então, acompanhe-nos na entrada para o estádio!

Lá dentro, um espetáculo emocionante: as arquibancada do Estádio Hermínio Ometto cheias, como há muitos anos não se via…

Uma faixa me chamou a atenção e depois fui conhecer a triste história, que se contrapôs ao momento feliz da tarde de sábado: Bruna Angleri, de 40 anos, foi morta de forma brutal na quarta feira (27), tendo o seu ex namorado como o principal suspeito até o momento.
No domingo, ainda rolou uma manifestação nas ruas de Araras (foto abaixo do Portal de notícias da Rádio Clube Ararense).
Vivemos uma verdadeira “epidemia” de feminicídio… Isso é inaceitável!
Precisamos lutar contra essa aberração.

Voltando ao jogo, havia muita gente com a camisa do time, de diferentes épocas, como esta:

Dessa forma, foi se pintando de verde e branco as bancadas do Estádio Hermínio Ometto!

Dê uma olhada no público:

A Torcida União Alviverde é quem comanda a festa na bancada!

Além das arquibancadas, o Estádio tem um um “corredor” ao lado do alambrado e com um gramado que cria um ambiente bastante “acolhedor”.

Lá no campo, quem anima a festa é a Arararinha!

A Torcida União Alviverde espalhou tirantes (esses panos verdes e brancos indo até lá embaixo) que deu um visual bem legal!

A Torcida visitante também se fez presente e merece respeito, principalmente porque com o acesso, o Catanduva FC está tentando se tornar o novo time da cidade.

O Estádio Dr Hermínio Ometto tem capacidade para mais de 16 mil torcedores e o público no sábado foi de quase 8 mil pessoas!

Em campo, após o 0x0 na primeira partida, ambos os times partiram pra cima, afinal, quem ganhasse o jogo, se tornaria campeão.

Às torcidas, cabia apoiar!

O primeiro tempo chegava ao fim, mantendo o placar do início, quando Toninho recebeu uma bola, e observando que o goleiro Mandela estava adiantado, mandou um petardo de fora da área fazendo 1×0 para a festa da torcida local!

Intervalo de jogo, tempo pra botar a conversa em dia!

Também deu pra dar um rolê e registrar um pouco da galera que compareceu!

Foi distribuída uma bandeirinha que poderia ter dado um charme maior na arquibancada, mas o pessoal preferiu usar como “abanador”. De qualquer forma, trouxe logo 3 de recordação do dia!

O segundo tempo viu o sol se por e até uma ameaça de chuva, que não caiu, mas ajudou a amainar o calor que esquentou a cabeça do pessoal…

E o jogo voltou com o Catanduva vindo pra cima em busca do empate!

Além disso, o juiz começou a não agradar o público local…

Também achei engraçado a turma que assistiu o jogo lá no morro atrás da arquibancada!

E a Torcida União Alviverde seguia com a festa:

Pra quem acha que as organizadas tem que acabar… Sem a presença dos caras, o jogo não teria menor graça…

E tamanho apoio deu certo: penalty para o União São João cobrado por Valdívia (o craque da Bezinha) e o 2×0 praticamente sacramentou o resultado e o título!

Daí pra frente foi só curtir a festa com a certeza de que o time da casa estava a minutos de se tornar campeão da Segunda Divisão do Campeonato Paulista!

Que bacana poder fazer parte de uma tarde como esta!

Logo após o apito final, o que se viu foi um encontro entre o time e sua torcida, para a alegria de toda uma cidade, que há anos parecia ter abandonado o amor pelo futebol…

Foi emocionante ver o Catanduva FC receber o troféu e ser aplaudido por todo o estádio. Na imagem abaixo, você percebe que eles mesmos estão batendo palmas a torcida do União em um dos momentos de respeito e admiração!

A torcida visitante também reconheceu o esforço do time e celebrou o vice campeonato.

Os próprios jogadores do Catanduva FC fizeram questão de ir celebrar com a torcida.

E aí chegou a grande hora… o troféu vem para as mãos do União São João

Uma verdadeira explosão de alegria para a torcida!

Muitos sequer eram nascidos quando em 1996, o time levantou seu último caneco: o título da série B.

A nova geração soube aproveitar a oportunidade e interagir com os novos ídolos!

E eu e a Sophia Helena também fomos lá pra fazer uma foto com o craque Miguel!

Também fizemos a tradicional foto em frente ao distintivo, com a esperança de dias cada vez mais animados para o futebol em Araras.

Saímos cheio de felicidade, mas lembrando que o caso da dentista Bruna clama por justiça… (foto de Carol Custanari do site Notícia 360º):

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O 2º Estádio do Corinthians

16 de setembro de 2023.
No mês de aniversário do SC Corinthians, fomos registrar o Estádio Alfredo Schürig, que foi a casa do Timão por várias décadas e atualmente, com 95 anos de história, faz parte da estrutura poliesportiva do clube além de receber partidas das categorias de base e dos times femininos.

Fiquei espantado em ver a movimentação em torno do clube por atletas de diversas modalidades e por famílias que estavam ali pra acompanhar ou praticar esportes ou mesmo curtir uma piscina.

A loja oficial do Corinthians também está muito bonita. Uma pena que os preços praticados não condizem com o tema “o time do povo”.

O Sport Club Corinthians Paulista foi fundado em 1º de setembro de 1910, por cinco trabalhadores.

A inspiração para o nome veio do Corinthian Football Club (atual Corinthian-Casuals Football Club), o maior time amador da Inglaterra, e que passou pelo Brasil, jogando e vencendo o Fluminense, o Club Athletico Paulistano e a Associação Atlética das Palmeiras.

O primeiro campo do Corinthians era na verdade um terreno baldio na Rua José Paulino (conhecida como Rua dos Imigrantes, naquela época), no Bom Retiro.
O campo era conhecido como “Lenheiro”, por ter sido um depósito de lenha.

Com o passar dos anos, o time precisou de um estádio mais estruturado e passou a jogar no Estádio da Ponte Grande, inaugurado em 17 de março de 1918 e considerado o primeiro estádio do Corinthians.

O Estádio da Ponte Grande ficava onde hoje está o Centro Esportivo Tietê.

Parece difícil imaginar aquela São Paulo do início do século XX, com as greves anarquistas assolando uma capital ainda bastante rural e às margens de um rio Tietê ainda limpo, um estádio de futebol…

Para sua inauguração, foi convidado o rival Palestra Itália, em 17 de março de 1918, terminando em 3 x 3. Uma semana depois, os clubes voltaram a se enfrentar também na Ponte Grande, e o Palestra Itália venceu por 4 x 2.

Para jogos com maiores públicos, o Corinthians utilizava o Estádio do Parque Antárctica e o Campo da Floresta.
Mas o Estádio da Ponte, com capacidade para 8 mil torcedores era bastante utilizado e recebia bons públicos como podemos ver na foto abaixo:

O Estádio da Ponte Grande viu o tricampeonato estadual de 1922, 1923 e 1924.
Aqui, o time de 1924:

O estádio foi a casa do Corinthians até 1928, quando o Estádio da Fazendinha passou a ser utilizado. E olha como era charmosa a arquibancada da Fazendinha:

O terreno do novo estádio pertencia ao Esporte Clube Sírio, e por se localizar no subdistrito do Parque São Jorge, a identificação da torcida com o santo guerreiro foi fácil e logo se tornou apelido do estádio.
Aqui estão as atuais bilheterias:

Junto do Estádio, o clube construiu uma grande sede social, com equipamentos parra outros esportes e depois uma série de outros serviços que fazem do Corinthians um baita clube atualmente.

Em 1933, o estádio foi reinaugurado e substituiu definitivamente o Estádio da Ponte Grande como local de jogos do Corinthians na cidade de São Paulo.
Vamos enfim conhecer o campo?

Assim, seja bem vindo ao Estádio Alfredo Schüri, ou ao Estádio do Parque São Jorge ou se você preferir ao Estádio da Fazendinha.

Aqui, o gol do lado esquerdo (onde está o clube):

Aqui, o meio campo:

E aqui, o gol da direita:

Como existia uma pequena fazenda no local, o Estádio acabou conhecido como “Fazendinha” que se mantém até hoje em dia.

O nome oficial, Alfredo Schürig, homenageia o ex presidente do Corinthians entre 1930 e 1933, que ajudou no pagamento das prestações do terreno e forneceu ferros, pregos e parafusos de sua própria fabricação para que as novas arquibancadas fossem construídas.

Uma característica do estádio é a proximidade da torcida com o campo, mas infelizmente nos dias de hoje não se pode assistir jogos ali, apenas sentadinho ali na arquibancada.

A medida em que o futebol foi se desenvolvendo, os jogos mais importantes do Corinthians passaram a ser disputados no Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu.
Mas o estádio nunca foi inutilizado e mantém toda essa história ali, viva!

O Estádio recebeu várias reformas, saindo de uma arquibancada que era literalmente no morro onde a torcida ficava encostada, depois recebeu as arquibancadas de madeira, até chegar nas de cimento. Mas parte da torcida protestou contra essa modernização, argumentando que o Corinthians estava perdendo sua essência. O que diriam hoje da Arena Neoquímica?

O recorde de público do Parque São Jorge é de 32.419 pessoas, numa partida contra a Ferroviária de Araraquara em 1959.

Além desta partida contra a Ferroviária, em 1962, um jogo contra o Santos teria levado aproximadamente 33 mil pessoas (incluindo imprensa e dirigentes) ao estádio, sendo assim o maior público, que vaiou Pelé, responsável pelo gol da vitória de 2×1 do time visitante.

Houve um momento em que se sonhou com um projeto de modernização do Estádio, nos anos 80, durante o período da Democracia Corinthiana, com o presidente Waldemir Pires. Os setores de arquibancadas seriam cobertos e ampliados, com capacidade estimada em 40 mil lugares.

Mas infelizmente, o sonho não saiu do papel e em 3 de agosto de 2002, a Fazendinha recebeu o último jogo oficial, o amistoso: Corinthians 1×0 Brasiliense.
Em 22 de julho de 2018, a Fazendinha completou 90 anos e o Estádio ganhou uma revitalização. Agora as arquibancadas estão pintadas de preto!

No jogo de hoje, pelo Campeonato Paulista sub 20, o Timão foi vencido pela Portuguesa por 2×1…

Mas poder acompanhar uma partida, ainda que das categorias de base, em um estádio com tanta história, já é uma vitória, independente de qual time você torce.

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O Estádio Distrital do Jaçatuba (EC Santo André)

Esse post foi feito com base em um texto produzido por um grande torcedor e ex-presidente do EC Santo André: Sidnei Riquetto.

O Estádio Distrital do Jaçatuba foi construído pela Prefeitura Municipal para servir ao futebol amador e ser utilizado alternativamente pelo Esporte Clube Santo André. Atualmente é a sede do clube poliesportivo e fica localizado à rua dos Ramalhões, 126.

É lá que você encontra a loja oficial do clube:

Seu nome oficial é Estádio Distrital do Jaçatuba, tal como consta na Lei nº. 6.288, de 24/12/1986, que autorizou a sua cessão ao Esporte Clube Santo André, pelo prazo inicial de 30 anos, posteriormente alterado para 99 anos, pela Lei nº 9.057, de 25/06/2008.

Vale destacar que, conforme artigo 2º, item 6, da Lei nº 6.288, o Esporte Clube Santo André era obrigado a manter o campo de futebol apenas até o dia 31 de dezembro de 1987, mas a Diretoria do clube optou pela sua preservação até os dias atuais.
Estive lá acompanhado do Marques, outro apaixonado pelo Ramalhão, para ver como está o Estádio em pleno 2023.

Dê uma olhada no visual:

O Estádio esteve envolvido em uma história curiosa: em meados de junho de 1975, a imprensa esportiva noticiava a existência de um movimento para a criação de um novo clube de futebol profissional em Santo André.
O ex-dirigente do Santo André FC, Geraldo Novaes trabalharia para a fundação do Utinga Futebol Clube.
Como existia um movimento separatista onde Utinga queria sua emancipação, surgiram sugestões de novos nomes (Comercial FC, Industrial FC e Operário FC).
A questão é que o futuro time alvi rubro desejava mandar seus jogos no novo Estádio do Jaçatuba que estava prestes a ser inaugurado e que mantém se vivo até os dias de hoje.
Aqui, o meio campo, lá ao fundo está a Avenida do Estado.

O gol da esquerda (é o lado de Mauá):

E o gol da direita (sentido da capital e de Utinga):

O projeto ruiu em 7 de setembro de 1975, que seria adotado como a data de fundação do time e que foi quando perceberam que não havia coesão suficiente para isso.
Já no final daquele ano, em 17/12/1975, em uma quarta feira a noite, o Estádio do Jaçatuba foi inaugurado com o amistoso Santo André 0x0 Palmeiras e as suas arquibancadas ficaram lotadas!

O jogo contra o Palmeiras, em 1975, teve tripla finalidade: serviu para a comemoração do título da primeira divisão (equivalente a atual A2), com a entrega das faixas de campeão ao elenco do Santo André; homenageou o centenário da imigração italiana ao Brasil e marcou a inauguração do Estádio.

Os times foram a campo com:
EC Santo André: Ronaldo, Roberto, Rodolfo, Flávio e Luiz Augusto; Fernandinho e Souza; Celso Mota (Luizinho Gaúcho), Vicente Cruz (Fernandes), Tulica e Rômulo.
SE Palmeiras: Leão (Bernardino); Valdir, Arouca, Alfredo (Jair Gonçalves) e Donizetti; Dudu e Didi; Zuza (Zé Mário), Erb (Fedato), Mário (Itamar) e Toninho Vanusa.

Embora há muito tempo não se tenha uma partida oficial, o campo segue com muitos cuidados, como o distintivo do Ramalhão, ali na área onde ficam as bandeiras.

Santo André, a cidade e o clube, já faziam por merecer um estádio à altura de seu potencial.
Assim, no dia 14 de novembro de 1975, foi assinado o Edital de Concorrência nº 218/75, para a construção de arquibancadas com capacidade para mais de 13 mil pessoas no Estádio Bruno José Daniel.

Assim, o Estádio do Jaçatuba foi extremamente importante para o Ramalhão porque em 1976, o Estádio Municipal Bruno José Daniel passou por uma primeira grande reforma de ampliação e não pode ser utilizado no Campeonato Paulista daquele ano.

O Estádio Distrital do Jaçatuba foi utilizado pelo EC Santo André no Campeonato Paulista da Primeira Divisão de 1976 (equivalente à série A2 atual).
A campanha como mandante foi incrível: 10 vitórias e 3 empates. Invicto no Caldeirão do Jaçatuba!

O Estádio recebeu ainda 18 partidas amistosas, com destaque para o então campeão mundial de clubes e também hexa campeão da Libertadores: CA Independiente da Argentina, realizado em 11 de março de 1976.

Jogando um futebol exuberante, o esquadrão ramalhino liquidou os argentinos por impiedosos 4 a 0 (gols de Celso Mota, Roberto, Vicente Cruz e Rômulo).
O time argentino podia ser imbatível em seu continente, mas no Bruno Daniel ou no Jaçatuba, o imbatível era o Santo André.
EC Santo André: Ronaldo (Molina); Roberto, Rodolfo, Flávio (Tito) e Luiz Augusto (Luizinho Maia); Fernandinho e Souza; Celso Mota, Vicente Cruz (Muró), Tulica e Rômulo (Luizinho Gaúcho)
CA Independiente: Pogani; Lencina, Armendari, Villaverde (Trossero) e Bertoli; Palomba, Sagioratto (Rodrigues); Arroyo, Perci Rojas (Soria) e Brites (Pavoni)

Outro importante amistoso foi um 0x0 contra o Santos, para inaugurar os refletores do Estádio Jaçatuba em 21/01/1976, quarta-feira, à noite.


EC Santo André: Ronaldo; Robertão (Tito), Rodolfo, Flávio e Luisinho; Vicente e Messias; Luizinho Gaúcho, Muró (Celso Motta), Tulica e Rômulo.
Santos FC: Wilson Quiqueto; Zé Carlos, Lazinho, Marçal (Ney) e Fernando; Clodoaldo, Léo Oliveira (Didi) e Babá (Alceu); Totonho, Da Silva (Tostão) e Mazinho.

Ainda em 1976, o Estádio recebeu a primeira partida do “Troféu Grande ABC“, um confronto entre o EC Santo André e o Saad em duas partidas: a primeira no Estádio do Jaçatuba (um 0x0 que saiu faísca de tanta porrada em campo) e o segundo em São Caetano (também marcado pelos pontapés e que foi decidida na prorrogação: 3×1 pro Ramalhão e mais uma taça pra coleção!).
No jogo no Jaçatuba, o Santo André jogou com Ronaldo, Roberto, Rodolfo, Flavio e Luiz Augusto; Fernandinho e Souza; Celso Mota (Luizinho Gaucho), Vicente, Tulica e Rômulo. O Saad jogou com Leonetti, Mingo, Celso, Nega e Walter; Serelepe, Toninho I (Nascimento) e Henrique; Toninho II, Wanderlei e Wagner.

Pra terminar, um registro que encontrei no Facebook: uma foto do festival Rock in ABC, realizado no Estádio do Jaçatuba, evento foi em 87 teve a presença dos Titãs, Beto Guedes, Sandra de Sá e Capital Inicial!

Foto disponível no Museu de Santo André:

Aqui, uma foto tirada no dia 07/09/1988 após o último jogo de Luiz Pereira pelo EC Santo André, no Estádio Jaçatuba.

E um abraço ao companheiro de arquibancadas, Marques por estar junto em mais uma aventura!

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