Longe de casa, contra tudo e contra todos…

Domingo, 8 de maio de 2022. Dia das mães. Enquanto a maior parte das pessoas se preparava para celebrar a data com a família, um pequeno grupo (que contou com uma vaquinha realizada pelos demais torcedores do Santo André para ajudar com as despesas das viagens) enfrentaram os mais de 700 km para acompanhar o Ramalhão pela 4a rodada da Série D do Campeonato Brasileiro.

Vale lembrar que o Santo André começou bem o Campeonato, vencendo a Academia Pérolas Negras fora de casa, mas sofreu duas derrotas por 1×0 jogando como mandante contra Nova Iguaçu e São Bernardo FC. Assim, a partida contra o Cianorte era bastante delicada para o time do ABC.

As fotos abaixo são do perfil oficial do time, no Instagram:

Mas a rapaziada da torcida fez um vídeo mostrando como é o estádio, na visão da torcida visitante.

Pra quem não viu o jogo, o time local abriu o placar com gol de Caio Cunha… (as 3 próximas fotos também são do perfil oficial do time no Instagram):

E o grande Denis Germano empatou com um golaço de fora da área!

Tudo isso sob os olhares da nossa torcida, que mais uma vez se fez presente!

E ali ao fundo, as faixas das duas principais organizadas do Ramalhão: Esquadrão Andreense e a Fúria Andreense.

E agora, vejamos as fotos da nossa torcida, que ficou atrás do gol:

A torcida Ramalhina ficou atrás do gol, no setor ao lado de onde fica a organizada do time local.

A outra área do estádio, fica na região central e conta com uma pequena cobertura, é onde ficam os demais torcedores locais.

Quem acompanhou o jogo presencialmente pode contar não só com um belo espetáculo (um empate conquistado na raça e na técnica, já que o time jogou melhor essa partida), como teve uma grande proximidade com o time que não apenas aqueceu como fez questão de cumprimentar, agradecer e até mesmo de vir até o alambrado para conversar com os torcedores.

O Santo André foi a campo com Fabricio Araújo (que garantiu o empate com pelo menos 2 defesas difíceis e um ótimpo posicionamento, Eliandro, Henrique Caires, Caio Ruan (João Paulo) e Udson; Tiago Ulisses, Will (Davi Ribeiro), Gharib (Denis Germano, que entrou e marcou um golaço) e Natham; Maycon (Kayan) e Ruan (Vitor), dirigidos pelo nosso treinador José Carlos Palhavan.

A próxima partida será em Barueri contra o Oeste!

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O Santos e a Vila Belmiro lutando juntos na Sul-Americana

13 de abril de 2022. Quarta feira sinistra.

Alguns dizem que a noite chega uma frente fria, com chuva e tudo mais… Mas, decidimos desafiar os prognósticos e acompanhar o Santos FC em sua estreia em casa pela Copa Sul-Americana!

Dia de casa cheia, pois mesmo com os resultados recentes não empolgando, o torcedor santista sabe a importância da sua presença para conquistar a primeira vitória na Copa Sul-Americana (o time da baixada perdeu a primeira rodada para o Banfield, em solo portenho).

E não é que conseguimos ótimos lugares ali nas arquibancadas térreas, literalmente ao lado dos jogadores!!

A ameaça de chuva até chegou a se tornar realidade no caminho para Santos, mas na hora da bola rolar, o clima estava muito gostoso, com aquele calor típico do fim das tardes do litoral.

A Vila Belmiro tem um aspecto único, se você nunca esteve lá, precisa guardar um dia para isso… A impressão é que tinha gente por todos os lados pra apoiar o Santos!

A missão da noite não seria fácil… O Club Deportivo Universidad Católica del Ecuador é um time da cidade de Quito, fundado em 1963 e manda seus jogos no Estádio Olímpico Atahualpa com capacidade total de 39.818 pessoas.

Por mais que aos 14 minutos, Jhojan tenha feito 1×0, o time visitante não se intimidou e aproveitando-se dos diversos erros de posicionamento e marcação empatou aos 25 minutos do primeiro tempo.

Se parte da torcida sentiu o golpe, a Torcida Jovem fez questão de não parar um minuto e manter o clima de apoio o tempo todo!

Muitas críticas aos jogadores, mas uma exceção era o goleiro João Paulo que tem um grande apoio da bancada.

É sempre uma honra estar presente em uma arquibancada com tanta história. Poucas pessoas lembram, mas a Vila Belmiro (ou o “Estádio Urbano Caldeiro“) já é um senhor de idade: 105 anos de idade (construção em outubro de 1916). Achei essa imagem na Wikipedia relativa à inauguração do sistema de iluminação, em 1931:

E aqui, o atual sistema de iluminação, bastante moderno!

O time do Equador não levou torcida à Vila, o que permitiu que a tradicional área atrás do gol ficasse toda liberada para a torcida santista.

Aliás, o estádio passou por muitas mudanças e embora tenha uma capacidade limitada a pouco mais de 16 mil pessoas, existem até camarotes especiais ali, acima de onde estávamos.

O jogo seguia mal para o Santos. A bola era facilmente perdida no ataque e a cada ataque do time equatoriano, era um sufoco lá atrás…

Pra piorar, em um contra ataque, aos 42 do primeiro tempo, o Universidad Católica marcou o segundo gol…

Mesmo quando chegava a ataque, como em uma falta no último do primeiro tempo… As chances do Santos eram facilmente desperdiçadas…

E assim, o primeiro tempo chegou ao fim…

Hora de registrar os amigos do Perú que me acompanharam nessa aventura! Dále Luis y Fiorella!

O clima pesou. Até algumas discussões mais acaloradas, reclamações para todo o lado. Mas o estádio estava vivo! Pulsante!

Quando menos percebi já era hora do jogo recomeçar…

Talvez se o futebol fosse minimamente mais lógico, o Santos teria perdido. Talvez tivesse levado o terceiro gol rapidamente no segundo tempo. Mas não tem muita lógica nesse esporte. E uma substituição em especial mexeu com o time: a saída de Ricardo Goulart para a entrada de Léo Baptistão. Tanto que o Peixe chegou a empatar aos 21 minutos com Ângulo, de cabeça, mas o juizão (que tava causando já…) invalidou o gol alegando impedimento. Porém, aos 32 minutos, Léo Baptistão é derrubado na área… E aí, meu amigo, minha amiga…

Fogo nas arquibancadas, enquanto o placar mostrava o empate em 2×2!!!

O jogo não ficou fácil, mas a atmosfera era única… 100% a favor do Peixe!

O placar indicava que quase 10 mil pessoas estiveram na vila mais famosa do mundo, e essa galera toda queria muito a vitória!

E a torcida queria que o time fosse pra cima, a todo custo.

Braços erguidos, vozes já gastas… 35 minutos e o fim do jogo se aproxima…

O Santos é só pressão. O Universidad Católica não tem o apoio nem do padre local…

São todos de pé (mesmo que no colo do pai) gritando pela vitória!

E aí cada um vai contar de um jeito… Eu já não consigo lembrar como foi, mas lembro que na hora percebi a coincidência de um equatoriano, Brayan Angulo ter feito o gol da virada…

O que mais havia pra fazer se não curtir a festa da torcida local? Fui lembrar da câmera já na hora de ir embora…

Um último resgitro em frente à Vila Belmiro e voltemos ao ABC!

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A volta da Portuguesa à série A1 do Campeonato Paulista!

9 de abril de 2022, 17h45: começo pelo fim, até porque todos já sabem como essa história terminou.

Faltando poucos minutos pro fim do jogo, o tradicional Estádio do Canindé está entre explodir de felicidade e a angustia de saber que um gol pode estragar a tão aguardada festa… Próximo a mim, ouço um torcedor lusitano falar baixinho: “Deus, olha eu aqui de novo pra falar da Portuguesa…”.

É… Quem ama futebol, sabe o que são os segundos que antecedem um acesso para a primeira divisão…

Mas voltemos ao início desse capítulo difícil da história da Portuguesa.

O time já vinha entre altos e baixos há alguns anos, mas quando em 2015 foi rebaixado à série A2, nem o mais pessimista poderia imaginar que fossem levar tantos anos para o retorno à primeira divisão… Portanto a semifinal contra o Rio Claro significava muito, mas muito sentimento represado.

Não foi a toa que uma multidão de quase 13 mil torcedores compareceu ao Canindé para a partida. A Marginal Tietê já estava com saudade de ser decorada com a presença da torcida da lusa!

Fazia tempo que tamanha confiança e apoio não eram mostrados assim em conjunto por tantos torcedores da Lusa!

Já estivemos no Canindé por várias vezes, seja acompanhando a Lusa, ou o Santo André, ou mesmo para registrar o Museu da Portuguesa, e lá estamos mais uma vez!

Com tanta gente, acabei chegando com o jogo começado, o que deu certa tranquilidade para registrar a loja da Lusa:

Como acontece nas decisões, o estádio era uma mistura da minoria que acompanhou e sofreu junto com o time nesses últimos anos e uma boa parte de torcedores que surgiram para o jogo do acesso. Mas tudo bem. Essa decisão também serviu pra isso, pra trazer de volta os que já não participavam e mesmo para apresentar a paixão rubro-verde para uma nova geração de torcedores.

34 minutos do primeiro tempo e a festa parece se confirmar: Gustavo França enlouquecia a torcida fazendo 1×0!

Com 1×0 já dava pra fazer nosso tradicional vídeo de registro da partida:

O primeiro tempo termina e dá pra ver que realmente tem muita gente no Canindé

É tanta gente, que a polícia militar se vê obrigada a aumentar o espaço destinado ao torcedor local, tamanha é a multidão que o placar oficializava: 12.964 pagantes!

Mas não houve nenhum problema para o torcedor Rioclarense que também compareceu e que infelizmente ficou de coadjuvante nessa história. Abraços para o pessoal da Galo Azul.

O segundo tempo começa e a torcida sabe que faltam 45 minutos para a confirmação do acesso. É muita energia, e a Leões da Fabulosa tratou de deixar a bancada não apenas mais colorida, como mais vibrante:

E se segura que lá vem o bandeirão da Leões!

O público só não foi ainda maior porque a parte das cadeiras cobertas está sendo reformada, o que reduziu a capacidade total do estádio.

Aos 13 minutos do segundo tempo, o inesperado (ao menos para a torcida local) acontece: Bruno Moraes empata o jogo. A bancada não para. O apoio é total!

Mas em campo, a Portuguesa sentiu o gol, e mesmo as chances de ataque criadas eram facilmente desperdiçadas.

Mais uma vez o apoio da bancada ajudou o time a se controlar e entender que faltava muito pouco para o acesso! O Rio Claro tenta crescer no jogo, mas o caldeirão lusitano ferve!!

Estando ali no meio desse caos de sentimentos dava pra ver no rosto de cada um o que estava em jogo: as lembranças de experiências compartilhadas em família ali naquele mesmo espaço, toda uma história envolvendo a ligação Brasil e Portugal e o futuro dessa geração que pode trazer a Lusa de volta ao patamar da elite do futebol.

Uma dessas histórias estava ali em campo: o comandante Sérgio Soares, ex atleta e um treinador fora dos padrões atuais: próximo da torcida, dos atletas e indo muito além das 4 linhas!

Não é por acaso que ele tem o apoio que tem, tanto da diretoria quanto da torcida!

O tempo passa, mas a torcida sabe que não dá pra bobear… Unhas são detruídas, lamentações proferidas…

Mas o apoio não para!

Alguns sentimentos não parecem caber nas pessoas. Algumas querem voar, chegar ao céu… E o alambrado torna-se asa!

Até o Cartolouco parece estar literalmente louco e circula sem camisa curtindo o acesso que parece se confirmar!

Os segundos demoram a passar… Só há um caminho para a torcida: cantar sem parar e tentar mostrar de todo jeito o seu amor à Lusa!

Mais de 43 minutos do segundo tempo e um escanteio para o Rio Claro traz até o goleiro do time do interior para a área. Os corações lusitanos se mostram valentes!

Só o que se pensa, se diz, se grita no Canindé é “Vamos, Lusa!!”

Preste atenção… Esses devem ser os últimos momentos da Lusa na A2!

Chega de sofrimento… É a hora de comemorar. A Lusa está definitivamente na série A1!

Lágrimas, risos, cerveja, passado sendo posto a limpo, o futuro se redesenhando… Alguém saberia explicar o que se passa num momento desses? Abraço ao amigo lusitano Daniel Júnior, que sempre esteve ao lado do seu time, mesmo estando há milhares de quilometros.

O goleiro Thomazella, que também viveu um drama familiar durante o campeonato por conta de uma doença rara em seu filho, foi amplamente reconhecido!

Um abraço pro pessoal da torcida do Santo André que colou pra apoiar, em especial pro Guilherme, com quem assisti o jogo!

Ainda deu tempo de trombar o amigo Álvaro e seu irmão!

Quem disse que o torcedor da lusa queria ir embora? A festa demorou pra acabar e teve até cerveja de graça!!

Parece que os próximos capítulos da história da lusa terão ainda maior felicidade!

A hora de ir embora também foi emocionante. Bandeiras da lusa mais uma vez dominaram a marginal Tietê!


Quem sou eu pra falar da religiosidade de cada um… Talvez tenha sido apenas mais um fim de dia de outono qualquer, mas tenho certeza que aquele torcedor que pediu ajuda pra Lusa, viu esse céu vermelho como a prova mais incrível de que Deus exista e que, ao menos ontem, ele foi Lusa desde pequenininho…

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EC São Bernardo 2×0 Marília AC – série A3 / 2022

Sábado, 2 de abril.

Esqueça a garoa que cai com vontade sobre o ABC, o Esporte Clube São Bernardo, o “Cachorrão do ABC” está em campo pela primeira rodada da segunda fase do Campeonato Paulista da série A3 de 2022 e sua busca pelo acesso à série A2 merece ser registrada!

Então vamos à bilheteria e … Não há bilheteria hoje? Não, ingressos gratuitos!

Ao saber da gratuidade imaginei que o Estádio Municipal 1º de maio receberia um grande público!

Mas, infelizmente a garoa atrapalhou e a cidade não se empolgou com a campanha que pode novamente colocar o time na série A2 do Paulista…

A vantagem da torcida local ficar nesse lado da arquibancada é que a pequena parte coberta pode oferecer certo conforto aos que não quiseram tomar garoa na cabeça.

Que tal sentir um pouco a atmosfera do Estádio Primeiro de Maio?

Então, vamos ao jogo!

Os dois times começaram nervosos, errando muitos passes…

As melhores chances de gol foram favoráveis ao Cachorrão, mas o MAC manteve o jogo bastante parelho.

O gramado molhado deu muito trabalho e dor de cabeça para a boa árbitra Daiane Caroline Muniz dos Santos, que soube manter o jogo em suas mãos.

Para manter nosso padrão, aí vai a foto do gol esquerdo:

O meio campo do Primeiro de Maio:

E o gol da direita.

Ao fundo, no lugar tradicional, a torcida visitante do Marília Atlético Clube.

Do lado local, a torcida Esquadrão Alvinegro fez seu papel, cantando o jogo todo.

O EC São Bernardo teve uma série de boas chances com faltas próximas à área, mas nenhuma delas terminou em gol.

O primeiro tempo termina em 0x0 e o resultado não agrada a torcida local…

Hora de dar um role e encontrar outros apaixonados pelas divisões de acesso, caso do Milton, Luigi e da Bia, obrigado pelo papo!

O segundo tempo começou com um domínio maior do EC São Bernardo, com boas tentativas do conhecido atacante “Chuck” pela direita.

E o ditado não erra, principalmente em dia de garoa. Água mole em pedra dura, tanto bate até que… Em boa jogada pela direita, dessa vez do jogador Erick, o volante Iago fez 1×0 para os donos da casa!


No lance o atacante Jhonny que havia entrado há pouco se machucou, dando lugar para

O gol deixou o jogo mais aberto, e embora o MAC tenha reclamado de um penalty não assinalado, o Cachorrão manteve o ímpeto e já nos acréscimos (48″ do 2º tempo) acabou chegando ao segundo gol!

Rolou até dancinha na comemoração kkkk!

Com 2×0, o jogo estava definido, deu tempo de registrar a presença no Estádio!

Agora era só esperar a árbitra apitar o fim do jogo…

E assim terminou a partida… O treinador visitante, o ex jogador Guilherme, não curtiu muito… O treinador local, Renato Peixe, acabou dando uma acalmada nos ânimos…

Parabéns à árbitra Daiane Caroline Muniz dos Santos que soube segurar bem o jogo e que mostrou que as mulheres merecem ocupar cada vez mais espaços no nosso futebol!

Mesmo com o jogo acabado deu tempo pra mais um pequeno desentendimento entre as equipes já no caminho dos vestiários…

Hora do Esquadrão Alvinegro se despedir do time!

E deu ainda pra bater um papo com o Caio e a diretoria da torcida já do lado de fora do estádio, com direito a quase sermos atropelados kkkk

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O futebol profissional em Itararé

Feriado de 7 de setembro de 2021 e lá vamos nós conhecer e registrar mais uma cidade com uma grande tradição futeboleira!

Em 2018, estivemos no Estádio Municipal Pedro Benedetti para acompanhar Mauá FC x AA Itararé (veja aqui como foi) e conheci alguns torcedores visitantes que narraram com extremo orgulho seu amor pelo time. Prometi a eles que um dia iria até Itararé registrar o Estádio local.

Itararé é divisa com o Paraná, no chamado Campos de São Pedro e seu nome é uma expressão tupi-guarani e significa algo como “pedra” (ita) “que o rio cavou” (raré), referindo-se ao rio Itararé que corre em um leito rochoso desgastado pela água, formando altos paredões, grandes cachoeiras e belas grutas, como a que fica no Parque Ecológico da Barreira:

Como em todo o Brasil, antes dos europeus, a região era habitada por indígenas, nesse caso, os da etnia Guaianases, que iriam se trombar com bandeirantes, exploradores, jesuítas e tropeiros que tinham no local um ponto de descanso entre o sul e Sorocaba. Na época, o rio Itararé dividia as vilas de Sorocaba e Curitiba, e ali havia um local de mais fácil travessia. No século XVIII, começa a surgir uma ocupação dedicada `a Agricultura e criação de gado conhecido como “Fazenda de São Pedro”. No século XIX, foi construída uma capela, ampliando a importância do lugar. Aqui a região retratada por Jean Debret:

Itararé se torna freguesia em 1885, e em 1893, surge o Município de São Pedro de Itararé. Na Revolução de 1930, teve seu grande momento quando Getúlio Vargas partiu de trem rumo ao Rio de Janeiro, e se esperava que ocorresse uma grande batalha em Itararé, que acabou não ocorrendo pois a cidade acolheu Getúlio na estação ferroviária, permitindo sua entrada no Estado de São Paulo, onde os militares depuseram o presidente Washington Luís.

E cá estamos nós passeando pelas ruas de Itararé

E a cidade não fez parte apenas da história política do Brasil, também marcou seu nome no futebol amador e profissional, e pra falar disso, é necessário contar a história de 2 times e visitar 2 estádios. Começando pelo mais antigo, o Clube Atlético Fronteira.

O Clube Atlético Fronteira foi fundado em 21 de abril de 1921 ainda com o nome de Associação Esportiva Itarareense. Mas mudaria de nome para Barranco F.C., depois Fronteira F.C. e finalmente, Clube Atlético Fronteira (por questões “geográficas”). O time nasceu focado no futebol e passou a disputar os torneios e campeonatos amadores, logo tornando-se um dos mais fortes da região. Sua sede social fica no centro da cidade .

Logo surge seu estádio, “Hugo Kennedy” que hoje é um verdadeiro cartão de visitas para o alvirubro. E nós fomos conhecê-lo!

Aqui, algumas imagens do time do início do século XX:

Em 1936, sagrou-se campeão regional, mas se você souber maiores informações sobre esse título, por favor avise, já que essa imagem está na fanpage do clube e não traz maiores informações:

Até Arthur Friendenreich, “El Tigre”, em 1939 chegou a vestir a camisa do CA Fronteira!

Outras fotos bacanas que estão na fanpage do clube mas infelizmente sem a data das mesmas:

Depois de anos disputando o amadorismo, em 1962 chegou a vez do CA Fronteira estrear no profissionalismo jogando a 3a divisão profissional, o quarto nível do futebol paulista daquele ano.

Infelizmente, a experiência foi muito abaixo da expectativa, tendo se limitado a 5 partidas, com 5 derrotas.

Aqui, uma imagem da partida CA Fronteira 2×2 Ituano, realizado em 7 de junho de 1964.

Mas voltemos aos tempos atuais para relembrar a nossa visita ao Estádio Hugo Kennedy.

O estádio fica numa região bem central da cidade e segue super bem cuidado, mesmo estando 100% dedicado ao futebol amador.

Aqui o gol da esquerda com a igreja ao fundo.

Aqui, o meio campo:

Ao fundo a arquibancada coberta e o gol da direita:

Essa é a arquibancada do lado da entrada do estádio (que é de onde eu estou fotografando):

Veja como ela ficava em dia de jogos (pô, e o Fiori Gigliotti ali no meio!):

Ao fundo, a cidade de Itararé, uma das mais distantes da capital paulista, segue sua vida com sua própria cultura e … o seu amor ao time local e ao seu estádio do futebol com sua arquibancada que tanta história carregou com o time do CA Fronteira e também com o futebol amador local.

E se falamos do lado vermelho da cidade, agora é hora de falar do time azul, e que foi o responsável pela nossa visita: a Associação Atlética Itararé.

A AA Itararé foi fundada em 20 de outubro de 1950 a partir da fusão de dois tradicionais clubes da cidade: o Grêmio Esportivo Ford e o Esporte Clube Bandeirantes para fazer frente à soberania do Clube Atlético Fronteira.

Em 17 de junho de 1951, no Estádio Vergínio Holtz, aconteceu o primeiro dérbi da cidade colocando frente a frente o CA Fronteira e a AA Itararé. O resultado foi um 3×3 e os times foram a campo assim:
CAF: Celso, Moro e Zizico, Nho Tó, Carioca e Antranick, Otacilo, Ari Mariano, Goes, Cacique e Silvério.
AAI : Durval, Neri e Vander, Nagel, Portela e Zé Pinto, Nildo,Nivaldo,Bodinho, Jamil e Mário.

Em 1975, aconteceu o último Dérbi, dessa vez no Estádio Hugo Kennedy.

Nos anos 80, a AA Itararé fez história ao criar seu time feminino!

Em 1986 fez sua estreia no futebol profissional na Terceira Divisão do Campeonato Paulista, em uma campanha mediana.

O time disputa ainda a terceira divisão de 1987 e a quarta divisão (chamada de “terceira” naquele ano) de 1988, quando se licencia das competições oficiais e só reaparece em 1991 para a disputa do Torneio Seletivo para a Segunda Divisão (que equivalia ao terceiro nível do futebol paulista). A FPF reconhece esse torneio como o quarto nível do futebol de 1991, e foi vencido pelo time do José Bonifácio EC. A AA Itararé classificou-se em 2o lugar na primeira fase, mas não passou a segunda fase do torneio.

Entretanto a campanha permitiu à AA Itararé disputar a Segunda Divisão (que equivale ao terceiro nível do futebol paulista), de 1992 e 93 mas fez campanhas bastante irregulares, terminando nas últimas posições do seu grupo e mais uma vez se licenciando.

Dessa vez o retorno se deu apenas no ano 2000, na série B2 (que equivalia ao 5º nível do futebol paulista), em uma campanha bastante fraca com 14 derrotas.

Em 2001, acabou jogando a série B3 (o sexto nível do futebol paulista), e em 2002 terminou a primeira fase como vice líder.

Na sequência, pegou o Jabaquara de Santos e perdeu em casa por 3×2 e empatou 0x0 na baixada, dando adeus à chance de chegar na final.

Mas em 2003, a AA Itararé acaba subindo para a Série B2 (o quinto nível do futebol paulista) e fizesse uma campanha bacana, classificando para a segunda fase como líder do grupo, mas parando por aí.

Veio 2004, e enquanto o Santo André calava o Maracanã tornando-se campeão da Copa do Brasil, a AA Itararé também fez história chegando até a final da série B2, depois de 3 grupos difíceis.

A final foi contra o CA Taboão da Serra, e mesmo vencendo a primeira partida em casa (2×1), acabou derrotado em Taboão por 3×1 e acabou como vice campeão, com o time abaixo:

O resultado acabou levando o time à série A3, onde disputou os campeonatos de 2005 e 2006 até ser rebaixada e novamente se licenciar, desta vez por 10 anos, retornando apenas em 2017 na segunda divisão do campeonato paulista, com o time abaixo.

A AA Itararé disputou a série B até 2020, quando se licenciou novamente.

Esse é o time de 2018:

Em 2022, está estudando um possível retorno à série B do Campeonato Paulista.

A AA Itararé manda seus jogos no Estádio Vergínio Holtz, ou “Arena Sicredi“.

E lá estivemos para registrar mais um espaço mágico dedicado ao futebol.

O Estádio Vergínio Holtz foi inaugurado em 20 de outubro de 1950, e tem capacidade para cerca de 5.570 torcedores.

Vamos dar uma olhada na parte interna do Estádio e nas arquibancadas.

O meio campo, com a arquibancada ao fundo:

O gol do lado esquerdo, com um lance de arquibancadas atrás dele:

Arquibancadas cobertas pelas sombras das frondosas árvores que estão ali:

Gol do lado direito:

Uma olhada na arquibancada coberta:

O estádio tem uma série de cuidados, como as cabines de imprensa:

O estádio está repleto de distintivos da AA Itararé, o que o torna bastante “proprietário”.

Olhando do outro lado, ali estão os vestiários e bancos de reserva, no meio campo:

O gol do lado esquerdo lá do lado dos vestiários:

E o do lado direito, que possui um lance de arquibancada atrás do gol:

As arquibancadas do Estádio Vergínio Holtz tem uma série de espaços diferentes, com partes cobertas e descobertas:

Olha aí que belo visual…

Embora o estádio da AA Itararé esteja muito bem cuidado, a Federação exigiu algumas reformas para garantir a volta do time ao profissionalismo.

O bom e velho cimentão nas arquibancadas

Esperamos poder voltar aqui um dia para acompanhar um jogo inloco!

E assim como esse belo gavião, agradecemos por poder pousar e observar mais um estádio histórico!

Missão cumprida, hora de bater asas para um próximo rolê… Até lá!

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O futebol da cidade de Serra-ES

A pandemia mexeu tanto com a gente, que quase acabamos deixando passar o registro do nosso último rolê “pré Covid-19”.

Foi durante o já distante carnaval de 2020, em um destino que estava se tornando uma tradição: Vitória, no Espírito Santo.

Pra quem acha que não dá pra voltar tantas vezes pra Vitória, vale ressaltar os principais pontos que nos fazem querer repetir cada vez mais esse rolê. O primeiro é a diversidade de coisas pra se fazer, como curtir o centro histórico…

O Espírtio Santo é riquíssimo em se falando da história do Brasil, vale ler um pouco sobre Vasco Coutinho, o português que foi donatário da capitania que englobava este território.

A cidade de Vitória é cheia de praias super gostosas e que são de fácil acesso!

Outro rolê legal é admirar o rio Santa Maria em sua chegada ao mar.

Tem muitas praias próximas da cidade, e sempre se acha um cantinho bucólico pra se fazer uma foto no fim da tarde…

Sugiro uma visita ao MUCANE (Museu Capixaba do Negro), um centro estadual de referência à cultura negra.

A gastronomia local tem cada vez mais opções para os vegetarianos … A gente foi nuns lugares mais chiques dessa vez 🙂

E essa moqueca capixaba vegetariana sempre conta na hora de decidir voltar pra Vitória…

E eles também são bons de pizza…

Nós já estivemos outras vezes por lá conferindo um pouco do futebol local, veja aqui como foi! Dessa vez, fui conhecer a loja de fábrica da Icone, que patrocina entre outros times o meu Ramalhão!

Po, um passeio que vc não pode deixar de fazer é um rolê até a Golias Discos, pra pegar algum vinil!

A escadaria Maria Ortiz homenageia uma filha de espanhóis que nasceu em 1603, no território que se tornaria Vitória.

Naquela época, a Holanda era inimiga mortal da Espanha e o Brasil vivia a época da “União Ibérica”, o que levou, em 1625, o capitão holandês Piet Pitersz Heyn chegou à vila para um ataque que teve como principal ponto a Ladeira do Pelourinho, onde vivia Maria Ortiz que surpreendeu os invasores com um verdadeiro banho de água fervendo. A vizinhança contribuiu atirando paus e pedras, a movimentação acabou chamando a atenção de outras pessoas que conseguiram impedir a invasão naquele momento. Maria Ortiz faleceu em 25 de maio de 1646.

Mas nosso passeio dessa vez não ficou apenas na capital do Espírito Santo, nosso amigo Thiago nos levou até a cidade de Serra, e ainda demos a sorte de ouvir um pouco da história da cidade contada pelo poeta, cantor, escritor e compositor serrano Teodorico Boa Morte!

Mas também queríamos conhecer um grande amor de todos os cidadãos de Serra: a Sociedade Desportiva Serra Futebol Clube!


O Serra Futebol FC surgiu em 24 de junho de 1930 e dedicou boa parte de sua existência ao futebol amador e tem como mascote a cobra coral!

Somente em 1997 a “Cobra coral” fez sua estreia no futebol profissional, disputando a Segunda Divisão do Campeonato Capixaba.

Após classificar-se em primeiro lugar na Chave Norte (ao lado de Botafogo, Canário e São Gabriel) jogou a 2a fase e chegou à final contra o Mimosense, sagrando-se campeão logo em seu primeiro ano, subindo para a 1a divisão.

Em 1999, viria o primeiro título da primeira divisão e no mesmo ano classificando-se para a série B do Campeonato Brasileiro tendo vencido o Fluminense, no Maracanã 2×1.

Em 2003, nova conquista do “Capixabão“, vencendo o Estrela do Norte na final, com direito à torcida invadindo o campo para comemorar com os jogadores.

Em 2004, vem o terceiro título estadual, com um 4 a 0 sobre o CTE Colatina.

Em 2005, conquista o seu terceiro título estadual consecutivo, fazendo a final contra o Estrela do Norte, com gol aos 45 minutos do segundo tempo do artilheiro Betinho.

O próximo título veio em 2008 e fez o Serra ser considerado o campeão do século XXI.

Entretanto, em 2012, o Serra é rebaixado para a Segunda Divisão e só alcança o acesso de volta à primeira em 2017, tornando-se bicampeão da segundona.

E no retorno à Série A do Capixaba, o time volta a fazer história conquistando novo título, na final contra o Real Noroeste.

Aproveitamos a carona do nosso amigão Thiago para conhecer o Estádio Municipal Roberto Siqueira Costa!

Mais uma bilheteria para a nossa coleção!

O nome do Estádio Municipal Roberto Siqueira Costa é uma homenagem ao goleiro que brilhou defendendo o time tricolor na década de 1980 e que depois foi funcionário do clube, e até técnico.

Vamos dar uma olhada no campo!

E um estádio como esse merece receber uma torcida apaixonada, correto?

Sim, eles fazem uma festa danada!

Está lá a arquibancada que tantas vezes viu o time campeão estadual. Uma pena não termos conseguido pegar um jogo aqui..

Em 2018, inauguraram-se os refletores do estádio.

Há um espaço coberto para a imprensa.

O placar é manual e bem antigo.

O distintivo do time pintado e meio à bancada ficou bem legal!

Encontrei um lote de cartões postais do estádio a venda pela Internet, com uma imagem aérea do estádio

Hora de voltar pra casa! Um grande abraço ao amigo Thiago, que mesmo torcedor da Desportiva, nos acompanhou até a casa do Serra FC!

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O futebol profissional em Campo Largo – PR

Cansado de ler sobre equipes paulistas? Vamos mudar o foco e falar do futebol em uma cidade paranaense: Campo Largo, município da região metropolitana de Curitiba, onde vivem cerca de 130 mil pessoas.

Paramos na cidade, quando íamos de Curitiba até a Colônia Witmarsum.

Campo Largo serviu de lar para indígenas de diferentes etnias (principalmente Tinguis e Cabeludos) muito antes da chegada do europeu. A partir de 1531, surgiram expedições em busca de ouro, usando o Peabiru, caminho indígena que ligava o litoral brasileiro ao Peru.

Se atualmente a região ainda é muito bonita, no passado, os vastos campos e rios exuberantes deviam ser um verdadeiro paraíso. Não a toa foram surgindo povoamentos de apoio aos exploradores de ouro e tropeiros que seguiam para Sorocaba. Nessa época, já denominavam a região de “Campo Largo“, mas só em 1882 Campo Largo da Piedade foi elevado a cidade.

Na estrada que chega à cidade encontra-se o Monumento a Antônio Tavares, trabalhador rural, assassinado pela polícia, em maio/2000 durante uma manifestação do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) que se dirigia a Curitiba para reivindicar crédito e terra. Antônio Tavares tinha 38 anos e cinco filhos. Antonio Tavares presente. Agora e sempre!

Deixando essa triste memória de um país que ainda precisa entender sua história e fazer as pazes com seu passado, falemos um pouco do futebol da cidade, começando pelo Internacional Esporte Clube.

O Internacional Esporte Clube foi fundada em 30 de Maio de 1945 e manda seus jogos no Estádio Atílio Gionedis, o “Ticão”.

O Internacional passou a maior parte de sua história em disputas amadoras, mas no ano 2000 fez sua estreia na Terceira Divisão do Campeonato Paranaense, terminando a primeira fase na liderança do grupo B, mas sendo eliminado no mata-mata da segunda fase.

Infelizmente o time preferiu retornar ao futebol amador. O que não significa que sua torcida apaixonada tenha deixado de seguir o time, ao contrário! Essa é a Mancha Negra, principal organizada do Internacional!

E junto dos chamados “torcedores comuns (ou autônomos)”, seguem lotando o Estádio nas conquistas do time.

Uma das conquistas mais comemoradas foi a do Campeonato Amador Sul-Brasileiro de 2011, que reuniu os campeões estaduais amadores de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O representante de São Paulo era o União Vila Sá, aqui de Santo André! Foto abaixo do jornal Gazeta do Povo (leia mais sobre a conquista clicando aqui).

10 anos depois… cá estamos nós no mesmo estádio, para conhecer a casa do Internacional

Aí está a bilheteria do Estádio Atílio Gionedis:

Vamos dar uma olhada na parte interna:

Essa é a parte onde ficam os mesários.

Uma olhada no meio campo:

O gol da direita:

O gol da esquerda:

Olha que cuidado com a bandeira do escanteio do Estádio Atílio Gionedis:

A arquibancada em toda a lateral do campo, onde cerca de 3 mil torcedores podem se posicionar.

Os bancos de reserva:

Hora da entrevista?

O jogo que aconteceu logo após nossa visita não foi com o Internacional, mas sim: GRECAL 2×4 Paranavaí.

O gramado estava bem cuidado para receber o jogo na seguida!

Há um espaço para a torcida Visitante:

Se for pro gol, me chama que eu vou!

Assim, finalizamos o registro do Estádio Atílio Gionedis.

Hora de falar sobre outro time bastante tradicional no futebol de Campo Largo, o Fanático Futebol Clube.

O Fanático FC foi fundado em 29 de Dezembro de 1944, e orgulha-se dos títulos de campeão da Taça Paraná (a principal competição de futebol amador do estado) em 1968, 1976, 1978, 1979, 1983, 1986, 2015 (time da foto abaixo), 2016 e 2017.

O Fanáticos FC manda seus jogos no seu Estádio Angelo Antonio Cavalli.

Aí está a bilheteria do Estádio Angelo Antonio Cavalli.

O apelido do time é “o Leão da raça”.

Mesmo sendo atualmente um time amador da cidade, o Fanáticos tem uma incrível estrutura, junto do campo do futebol há uma quadra poliesportiva e por isso o local é chamado “Centro Esportivo Fanático“.

Em 2004, não consegui descobrir o que deu o acesso, mas o Fanático FC disputou a 2a divisão e teria se classificado para a segunda fase, mas acabou eliminado no “tapetão”:

Como se vê, o Fanáticos tem uma grande história e tradição no futebol local, mas o Estádio Angelo Antonio Cavalli é a casa de outros times que disputam o profissional, como o “GRECAL” – Grêmio Recreativo Esportivo Campo Largo.

O Grêmio Recreativo Esportivo Campo Largo foi fundado em 15 de junho de 2007, mas apenas em 2009 se filiou à Federação Paranaense. Em 2011, faz sua estreia no futebol profissional disputando a Terceira Divisão e embora não tenha conquistado o acesso em campo, a boa campanha o fez ser convidado a jogar a divisão de acesso em 2012 (mesmo ano que o Paraná Clube jogou).

Infelizmente, uma má campanha o levou de volta à Terceira Divisão onde ficou de 2013 até atualmente (2021). Esse foi o time de 2016:

E aqui 2018 (foto do site Do rico ao pobre):

E se você acha que o Estádio Angelo Antonio Cavalli já está bem movimentado, imagine que ainda existe um terceiro time mandando seus jogos lá: o Clube Andraus Brasil, o “CAB” (seria um Boca Juniores paranaense?).

O Clube Andraus Brasil foi fundado no dia 22 de maio de 2003 e embora tenha como grande objetivo revelar jogadores, em 2010 se filiou à Federação e passou a disputar a Terceira Divisão do Campeonato Paranaense.

Em 2014, conquistou o título da Terceira Divisão e desde então, passou a disputar a Segunda Divisão. Foto do site O tiro de canto:

Em 2018, caiu para a Terceira Divisão, mas logo em 2019 sagrou-se campeão e voltou para a Segunda divisão, onde está até hoje mandando seus jogos no Estádio Angelo Antonio Cavalli, aliás… Vamos dar uma olhada nele!

Essa é a visão do meio campo, com a arquibancada ao fundo!

Somando à capacidade dessa singela e linda arquibancada coberta os demais espaços, o estádio comporta cerca de 2 mil torcedores.

Esse é o gol da direita:

Esse, o gol da esquerda

Olha aí o banco de reservas!

Os “demais espaços” são esses dois lances de arquibancada descoberta na outra lateral do campo:

Como chama a atenção essa arquibancada hein?

Aqui, uma visão de traz do gol.

Agora, olhando do outro lado (de quem está na arquibancada coberta), esse é o gol da esquerda:

Este o gol da direita:

Perceba que ali ao fundo do gol também existe um espaço para se ver o jogo de pé.

Desde 2013, a arquibancada leva o nome de Marcos Kaminski, uma homenagem ao ex atleta e diretor do clube.

E é com esse 0x0 que a gente se despede da cidade de Campo Largo, muito contentes por termos conhecido dois novos estádios, dessa vez em terras paranaenses!

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O futebol profissional em Araras – parte 1 de 2

Araras surgiu de um povoado formado por tropeiros na região do rio Mogi e do ribeirão das Araras. Os indígenas que ocupavam a região provavelmente foram mortos, escravizados e os sobreviventes acabaram fugindo para o interior.
Em 1862, foi construída a capela de Nossa Senhora do Patrocínio das Araras, surgindo novas casas ao seu redor.

Em 1879, a vila foi elevada à cidade e se desenvolveu graças à lavoura de café, inicialmente com trabalho escravo e num segundo momento com a atuação dos imigrantes. Em 1877, a cidade viu a chegada da Companhia Paulista de Estrada de Ferro, e quase 100 anos depois, a FEPASA. Foto do site Estações Ferroviárias:

O passar do tempo trouxe diversificação da produção agrícola, principalmente com a cana de açúcar, o crescimento do comércio e, já no século XX, a indústria. E todos esses passos se refletiram no futebol local…

Falar do futebol de Araras é sempre um prazer, já que várias vezes acompanhamos partidas do União São João (já escrevemos sobre a camisa do time, clique aqui e leia!). Também acompanhamos o Santo André jogando no Estádio Doutor Hermínio Ometto como mandante a Série C de 2012 (veja aqui o jogo contra o Vila Nova-GO e aqui contra o Oeste, na época, de Itápolis)

Dessa vez, nosso retorno à cidade se deu para registrar os outros estádios e assim falar um pouco da história do futebol profissional de Araras, mas como não conseguimos entrar em todos os estádios planejados, esse texto será dividido em dois posts. Neste primeiro, falaremos sobre dois estádios onde jogaram a Sociedade Esportiva Recreativa Usina São João, o próprio União São João e a Associação Atlética Ararense.

No post #2, vamos falar do Estádio Joel Fachini, onde os outros 3 times da cidade (o CA Atlético, o Comercial FC e o Araras CD) mandaram seus jogos nas disputas de Campeonatos profissionais. Veja aqui o post #2!

Comecemos então falando sobre o nosso rolê pelo time mais antigo de Araras, a Associação Atlética Ararense!

A Associação Atlética Ararense foi fundada em 16 de setembro de 1926 por trabalhadores da indústria de Araras. São 95 anos de história…

Devido à sua origem, o time foi fundado como Operário Futebol Clube. Os distintivos abaixo vieram do site “Escudos Gino“, o segundo foi adotado a partir de 1942:

O time mandava seus jogos em um campo cedido pelo dono da Fazenda São Joaquim onde mais tarde foi erguido o Estádio São Joaquim e a sede social do clube.

Após uma primeira fase de disputas regionais, em 1931, o Operário FC filia-se à APEA e passa a disputar o Campeonato do Interior, naquele ano cai no grupo da 5a região contra o Rio Claro, o Velo Clube, e a Inter de Limeira. Esse é o time de 1932, as fotos abaixo são do site UniãoMania:

Aqui, o time de 1942, nessa época havia forte rivalidade com outro time de Araras, o Comercial:

Em 1943, por pressão do governo e da sociedade em geral, o nome Operário foi mudado por ser muito “comunista”. Assim surge a “Associação Atlética Ararense“, que de alvinegra passou a ser grená.

O Operário FC despede-se da história conquistando o título da 16ª Região do Campeonato do Interior, em um grupo que contava com CA Pirassununguense, Independente FC de Pirassununga, Comercial FC (também de Araras), DER Descalvadense, EC Lemense, Inter de Limeira, Porto Ferreira FC e a AA Santa-Ritense. A final da região em 15 de agosto foi Operário 4×0 Porto Ferreira, mas o time de Araras iria cair no mata-mata após um empate em 0x0 em casa e uma derrota de 5×0 fora de casa para o Riopardense.

Em 1945, mais um time de Araras disputou o Campeonato do Interior: o CA Santa Cruz, conhecido como o “Búfalo da Zona Rural” e mandava seus jogos no Estádio Fábio da Silva Prado. O distintivo abaixo veio do site História do Futebol.

O grande ano veio em 1946, quando a AA Ararense conquistou o título de Campeão Amador da 4ª Zona da 7ª Região do Estado contra o Comercial de Araras, o Grã Clube e a Inter, ambos de Limeira, o CA Pirassununguense e o Porto Ferreira. Esse foi o time campeão:

Em 1948, venceu a Sub-zona B do 9º Setor do Campeonato Amador do Estado, com o time abaixo:

Em 1949 participa pela primeira vez do Campeonato Paulista da Segunda Divisão de profissionais (naquele ano só haviam 2 divisões no futebol paulista), ficando em penúltimo lugar no seu grupo.

Em 1950, além da melhor participação na segunda divisão, em 7 de maio, o time do Palmeiras foi para Araras para um amistoso vencido pelo time da capital por 2×0.

O time de 1950:

Depois da boa campanha no Campeonato Paulista de 1950, vem sua última participação no profissionalismo, ficando em último lugar no grupo “Zona Leste”.

Em 1958, sagrou-se campeão do Torneio Mendonça Falcão:

A final foi contra o Cosmopolitano FC:

A AA Ararense ainda ficou 10 anos em disputas amadoras, e em 1961 conquistou o Torneio Castilho Cabral, seu último título. A partir daí, o clube passou a se dedicar à sua sede social no local onde ficava o Estádio São Joaquim.

De volta aos dias atuais, vamos dar uma olhada em como está o campo atualmente? Ele fica dentro da linda sede social do clube:

Um olhar no meio campo por onde tantas histórias já passaram:

O gol da direita:

O gol da esquerda:

Mais um momento de felicidade por estar ali, num lugar histórico e tão importante para a cidade de Araras…

Os quase 100 anos que separam a estreia do estádio e o clube atualmente mudou muito o visual do local, mas a energia ainda está lá!

O gramado segue no mesmo lugar, e talvez algumas daquelas árvores frondosas ao fundo do gol tenham vivenciado aqueles dias…

A nós, cabe sonhar com um futuro impossível, que seria ver a nas disputas profissionais de novo…

O segundo estádio desse post é ainda mais emocionante e fica dentro da Usina São João!

Mais do que um estádio, estamos falando de um verdadeiro modo de vida alternativo ao que estamos acostumados hoje, com seus pontos positivos e negativos. A Usina São João foi fundada em 1944 e desde cedo reuniu seus trabalhadores ao redor da unidade fabril, a tradicional “colônia”.

A história da Usina está ligada à da família italiana Ometto (essa da foto abaixo). Em 1887, chegam ao Brasil Antônio e Caterina Ometto e logo passaram a cultivar cana-de-açúcar. Em 1944, seu filho, José Ometto comprou a Fazenda São João iniciando o que viria a ser o atual Grupo USJ, comandado atualmente pela quarta geração de José Ometto.

Infelizmente, li no site Cana Online que a usina possui uma dívida de R$2 bilhões, e apresentou um pedido de recuperação judicial, o que provavelmente facilitará sua venda para a Raízen, a gigante do setor que tem adquirido todas as antigas usinas do estado de São Paulo…

Em 1953, mais especificamente em 8 de janeiro, seguindo o modelo de outras usinas e empresas, a Usina São João decide fundar o seu time de futebol, a Sociedade Esportiva Recreativa Usina São João, tendo como cores o verde da cana, e o branco do açúcar (ou… porque os donos do time eram palmeirenses roxos!).

Foram 8 anos disputando as competições amadoras, e o título do Campeonato Amador do Estado de 1960 em cima da AA Matarazzo da capital acabou animando Hermínio Ometto para um passo mais ousado: o futebol profissional!

Assim, em 1961, a Usina São João passa a disputar a 3ª Divisão do Campeonato Paulista, e logo em sua estreia faz uma incrível campanha terminando a 1a fase (a série Açucareira) em segundo lugar…

Na segunda fase, a Série Dr Waldemar Alves da Costa, só tinha time cascudo e mesmo assim, o time da Usina terminou como líder, chegando a final do campeonato…

O outro finalista era o time da Estrada de Ferro Sorocabana FC, de Sorocaba mesmo…

O campeonato daquele ano não considerava o saldo de gols, então mesmo após uma goleada, o Usina São João ainda forçou um terceiro jogo ao vencer a segunda partida. Mas, infelizmente perdeu a 3a partida e o título e o acesso ficaram com o Estrada…

Esse foi o time de 1961:

Em 1962, novamente uma ótima campanha na primeira fase, a Série João Havelange:

Mas desta vez, o time parou na segunda fase, não chegando às finais.

Chega 1963 e o time da Usina São João mostra que veio para se tornar uma nova força no futebol estadual. Mais uma vez, termina a primeira fase (a 4ª série) em primeiro lugar.

Lidera também a segunda fase, a série João Mendonça Falcão:

Mas, para a tristeza geral de Araras, o time perde o acesso por um miserável ponto…

Em 1964, o time tenta mais uma vez o acesso, mas não se classifica sequer para a segunda fase.

Vendo que o acesso não chegava, Hermínio Ometto propôe a fusão dos times da cidade, juntando a estrutura da Usina e as torcidas de Ararense e Comercial, mas o projeto não decolou e decidiram acabar com o time da Usina… Somente em 1981, em 14 de janeiro, é que surgiria finalmente o time que uniu a cidade: o União São João EC.

O União São João debuta na 3ª divisão, mas não consegue chegar à fase final do campeonato, mesmo com uma boa campanha no turno e returno…

A relação com a Federação é tão boa que o União é convidado a jogar a 2ª divisão de 1982, onde permaneceu com bons resultados até 1987, quando uma campanha maravilhosa (já sem a presença de Hermínio Ometto,que falecera em 1986), leva o time à primeira divisão.

O União São João liderou todas as fases…

Chegando à final contra o São José e vencendo os dois jogos.

O primeiro jogo da final, em Araras, ocorre no emblemático Estádio Engenho Grande, o campo da Usina

Confira o vídeo do jogo, onde mais de 4 mil pessoas estiveram presentes:

Fomos até lá registrar o Estádio Engenho Grande! Essa era a entrada e nesse muro a direita ficava o famoso cinema da usina.

Aqui, a parte do fundo do estádio:

Veja como foi noticiado sua construção em 1958:

Segure a emoção e venha comigo conhecer o Estádio Engenho Grande!

Na minha opinião, o grande charme do Estádio Engenho Grande é sua arquibancada coberta, uma verdadeira obra de arte!

Tem a áurea de um passado que muitos não queriam que tivesse ido embora…. É um sentimento mágico mesmo.

Faço questão de registrar esse momento para a minha memória futura também! Penso que se a Raízen acabar adquirindo a Usina, talvez nunca mais eu consiga entrar aí…

O campo também está muito bem cuidado! Durante a visita, estava sendo pintado novamente.

Aí estão os bancos de reserva, humildes, gastos pelo tempo, mas cheios de história e recordações.

Aqui, a visão de quem olha de cima da arquibancada coberta, ali ao fundo são escritórios da usina:

Do lado direito o galpão de estocagem de cana e parte da usina.

Essa é a visão de cima da arquibancada que fica atrás do gol. Olha que incrível… Tem uma quadra esportiva entre a bancada e o campo!

E o lance de arquibancada praticamente cerca todo o campo.

Aqui, olhando pela arquibancada descoberta, vê-se o gol da esquerda:

O da direita:

E o meio campo:

Mas, como tudo muda, em 1988, o União São João inaugura seu estádio, com nome em homenagem a Hermínio Ometto e o time obtém uma série de conquistas incríveis: a Série C do Brasileiro, o acesso à série A, a revelação do lateral Roberto Carlos (foto abaixo do site O Curioso do Futebol), a transformação em clube-empresa, entre outras.

Como tudo que sobe, desce… O União São João de Araras vive um período de quedas e problemas econômicos que leva o clube a se licenciar do futebol profissional. Em 2021, o time voltou a aparecer no cenário esportivo com participação no sub 15 e sub 17, quem sabe seja uma esperança para o torcedor…

Se você quiser saber mais sobre o União São João de Araras, clique aqui e conheça o incrível site do União Mania, obra do Marcelo Valem.

Fica a foto do time campeão em 87 para quem sabe inspirar novos vôos…

E por falar em novos vôos, alguns meses depois desse rolê estivemos aí com o amigo Joey, acompanhando o União São João, confira aqui como foi!

Ah, e um pequeno registro do “vilão” do nosso rolê, o Estádio Joel Fachini que manteve-se “impenetrável” em nossa visita e por isso, vai fazer a gente voltar à Araras para mais uma tentativa!

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PODCATS #4: Aclimação Esporte Clube de Santo André

 

Hoje, vamos falar sobre o time do Aclimação EC, mas o futebol do ABC tem outros times e outras histórias, caso queira conhecer mais, veja aqui o Mapa do Futebol no ABC, desenhado pelo Victor Nadal.

O episódio #4 do nosso PODCAST fala da história do time, com entrevistas com algumas pessoas importantes para a história do time, confira:

Mas vale reforçar algumas coisas, por exemplo, em alguns lugares, existe a exibição desse distintivo mais antigo:

Distintivo Aclimação Esporte Clube

E também de um distintivo mais atual:

Distintivo Aclimação Esporte Clube

O time possui seu próprio campo, lá no Jardim Guarará. Olha como ele era antes de colocar o sintético!

Estádio do Aclimação EC

Mas veja como está atualmente, com o gramado artificial recém instalado:

O Aclimação E.C. foi fundado em 2 de fevereiro de 1962 e passou vinte anos disputando campeonatos do futebol amador, até decidir disputar a terceira divisão de 1982. E o time até que fez uma boa campanha, num campeonato meio bagunçado como foi a A3 daquele ano!

Naquele ano, o time mandou os seus jogos no Estádio do Parque Jaçatuba, que fica junto da sede social do Esporte Clube Santo André.

Futuramente vamos escrever um post sobre o Estádio do Jaçatuba, que também foi a casa do EC Santo André em algumas partidas!

Para deixar essa história mais atual, estivemos no Campo do Aclimação no sábado, 20 de novembro, dia da consciência negra para acompanhar a quarta de final da Copa Santo André.

Mais uma vez, estivemos acompanhados do amigo ““, grande torcedor do Ramalhão e que conhece (e curte) a várzea de Santo André.

E aí está o tradicional “Leão do ABC“, o Aclimação EC:

Presente para a disputa assim como fez nos anos 80, com um time que hoje ocupa as arquibancadas acompanhando de perto a sequência da história!

Quantos estádios de times profissionais possuem uma estátua do mascote presente? Olha aí o leão!

E tem a faixa do leão também que costuma acompanhar o Aclimação EC onde quer que ele jogue!

Tudo pronto pro jogo, gramado impecável, e atletas concentrados!

A torcida também estava animada!

O adversário do Aclimação é o time do EC Jardim Sorocaba!

A foto abaixo está na fanpage oficial da Copa, vale a pena conferir outras fotos bem bacanas!

Em campo, o time da casa acabou surpreendido logo nos primeiros minutos e levou o 1×0 numa bola alçada na área que acabou enganando a zaga.

Destaque para o pessoal da TVila (a tv que mais cresce no Brasil!) que está cobrindo a Copa e fazendo dela um sucesso ainda maior!

Confira os gols pelo vídeo que eles fizeram:

Mesmo o placar adverso não desanimou a torcida da casa, que fez a festa durante todo o jogo.

E aí aproveitamos para bater um papo com o pessoal da velha guarda do Aclimação! (vc confere o papo no vídeo do PODCAST #4)

O pessoal do banco até tentou mudar o jogo, mas infelizmente (para a torcida local) não foi a tarde do Aclimação

Fica a mensagem de agradecimento do time à torcida e a certeza da sequência do time em outros campeonatos amadores e quem sabe um dia sonhar com um retorno ao profissional?

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Podcast #1: Joel Tavares e seu Museu do Ramalhão

Imagine entrar em um ambiente e apenas olhando ao redor recordar inúmeros momentos que o seu time viveu… E se esse lugar fosse dentro da sua própria casa? Impossível?? Se for, avise o Joel, porque ele comprou essa ideia e criou o “Museu do Ramalhão“.

São fotos, bandeiras, camisas, miniaturas e vários objetos criados especialmente para esse ambiente (que tem até uma iluminaç˜ão especial em azul) para deixar qualquer torcedor do EC Santo André com lágrimas nos olhos…

Aproveitei a visita ao Museu do Ramalhão para estrear um novo formato envolvendo o As Mil Camisas: um podcast (inicialmente apenas em vídeo) para poder ir um pouco mais a fundo nos nossos registros sobre o futebol. Então, com vocês… Aí está o primeiro episódio:

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