65- Camisa do Volta Redonda F.C.

A 65a camisa da coleção vem do Rio de Janeiro, e mesmo sendo da “terra do calor”, é uma camisa de mangas compridas, muito bonita e pertence ao Volta Redonda Futebol Clube. Acabei de ver a apresentação da camisa para 2010 e as faixas voltaram a ser verticais, o que eu acho uma pena. O time defende as cores, as pessoas e o nome da cidade de Volta Redonda e é também chamado de Voltaço, devido a atuação econômica da cidade, a siderurgia.

As origens da cidade de Volta Redonda são do ínicio do século XVIII, por volta de 1727, quando jesuítas residiram na região e formaram a Fazenda Santa Cruz, que servia de descanso para quem fazia a rota Rio de Janeiro/ São Paulo. O curioso nome da cidade foi dado por garimpeiros que achavam diferente a curva do Rio Paraíba do Sul.

O site oficial do time é  www.voltaco.com.br . Nos anos 70, a ditadura militar considerava Volta Redonda como Área de Segurança Nacional, devido ao potencial revolucionário que ofereciam os milhares de operários da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional). Potencial que virou realidade em 1988, quando os operários da CSN realizaram uma das maiores greves da história do Brasil.

Os cerca de 8 mil operários enfrentaram a polícia e o exército. O resultado? 3 mortos e vários feridos após uma ação de invasão do exército. Mesmo assim, a greve não teve fim e ainda contou com o apoio de 12 mil pessoas da comunidade, que de mãos dadas foram mostrar seu repúdio à ação militar.

A greve só foi terminar após novas negociações e a obtenção de parte dos direitos desejados. Anos mais tarde a CSN seria privatizada e cerca de 70% de seus funcionários demitidos. Aos “fuzilados da CSN” fica o registro eterno feito pela banda “Garotos Podres” (só a música é deles, o clip foi feito por algum fã):

 

E foi em torno da paixão esportiva dos operários da CSN que o futebol se desenvolveu na cidade. Vale lembrar que de 1960 a 1975 existiam dois estados distintos: Guanabara e Rio de Janeiro, por isso só em 1979, as duas federações se unificaram e tornou-se necessário escolher um dos clubes da cidade para representar Volta Redonda no estadual. E assim, em 09 de fevereiro de 1976, o até então “Clube de Regatas Flamengo de Volta Redonda”, agora “Volta Redonda Futebol Clube” com as cores preto, branco e amarelo e o distintivo inspirado no município se tornou o clube profissional da cidade.

Enfim, a cidade teria o seu representante no Campeonato Carioca. Alguns times da época:

Abaixo, o time de 1976:

Mais uma equipe que jogou os anos 70:

A primeira partida do Volta Redonda no estadual foi uma vitória 3 a 2 contra o Botafogo, no Estádio Raulino de Oliveira (devidamente reformado pelos operários da CSN e agora comportando 25 mil torcedores). O Volta Redonda participou de três brasileirões (Série A), em 1976, 1977 e 1978. Em 1987, o Voltaço conquista a segunda divisão carioca de 1987, veja as fotos:

O título da segu7ndona carioca seria conquistado novamente em 1990. Foi campeão da Copa Rio em 1994, 1995, 1999 e 2007 (aliás é o maior ganhador dessa competição. Não conhecia a Copa Rio? Veja mais em http://pt.wikipedia.org/wiki/Copa_Rio). Em 1995, foi Vice Campeão Brasileiro da Série C, quando perdeu o título para o XV de Piracicaba. Em 2004, conquista novamente a segunda divisão do Campeonato Carioca. Já em 2005, chega ao vice-campeonato estadual, tendo conquistado a Taça Guanabara (perdeu o título para o Fluminense).

O mascote do Volta Redonda é a Jaguatirica:

Ouça o hino do clube:

Manda seus jogos no Estádio Estádio Raulino de Oliveira:

Faça um tour virtual pelo estádio, clicando aqui. Possui uma torcida presente, ainda bastante familiar e que tem muito carinho pelo time, mas sofre com a questão dos torcedores mixtos, devido à proximidade com a capital.

E possui várias organizadas, como  a TOV (Torcida Organizada Voltaço), Império Jovem e a rapaziada da Super Jovem do Voltaço, que encerra esse post:

Apóie o time da sua cidade!

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Encontros e desencontros no futebol

É… Esse mundo do futebol é mesmo cheio de encontros e desencontros… Ao meu lado, na foto o presidente do São Caetano Nairo Ferreira. Encontrei o cara num rolê em Santo André, e aproveitei para bater um papinho sobre futebol. É sempre bom ouvir como pensam as pessoas que tem mais poder de mando e decisão, do que nós meros torcedores. Vale citar que o Nairo foi muito atencioso e gente boa. Claro que numa conversa de 5 minutos não dá pra se traçar o perfil de uma pessoa, então o mínimo que posso dizer é que ele mostrou ter grande vivência no mundo da bola. E feliz natal….]]>

Por onde andamos??

Pessoal, com esses dois posts sobre o balanço do ano, As mil Camisa ficará sem novidades até o início de 2010, quando vamos mostrar um pouco do nosso rolê boleiro por Maceió.

Aliás, mostrar não porque no nosso último dia na belíssima cidade, conseguimos perder a nossa fiel câmera, que só naquela semana havia fotografado Dorival Júnior com a gente no aeroporto, o amistoso do CRB e os estádios de Maceió… Sem contar as praias da região….

Bom…. depois descrevo melhor o que aconteceu nesses últimos dias de 2009!

Abraços e um bom 2010 pra todos!

Jogando no quintal

É pessoal, a vida anda bem corrrida. Somente hoje consegui escrever esse post, sobre um rolê que fiz semanas atrás, em São Caetano, com a Mari, e o casal de amigos Bruno (andreense fanático) e Bia (pontepretana até a alma). Trata-se do “Jogando no quintal”, um espetáculo, que mistura futebol, Palhaços (daqueles que você só via no circo), música e muita improvisação.  Para quem quiser saber mais, o site dos caras é www.jogandonoquintal.com.br . Como todo evento ligado à comédia, pra ter graça você tem que entrar no clima. E não é que eles te dão uma mãozinha antes mesmo da parada começar, e distribuem para a galera pequenos “aperitivos alcoólicos”?? Bom, mais solto, você começa a entender que na verdade o palco é quase um campo, onde dois times de palhaços (formados por palhaços e palhaças, diga-se de passagem) disputarão uma competição, pra ver qual a melhor equipe na arte de “palhaçar” (entenda por isso, fazer piada ali na hora), e quem decidirá o vencedor é o público. Pra dar o tom da brincadeira, uma ótima banda vai improvisando sons e músicas conforme o desenrolar da competição.  Quem dá os temas para as brincadeiras também é o público.  As brincadeiras são aquelas comuns ao universo do stand up e das comédias modernas. Não vou explicar todas, mas só pra se ter um exemplo, tem aquela de colocar a equipe pra contar uma história, mas cada um deve começar e terminar suas participações com palavraas que começem por uma letra pré definida (vai assistir que você entenderá). É um role bem bacana, ainda que a palhaçada fale bem mais alto que o futebol (eu achava que seriam só piadas relacionadas a isso), mas é bem engraçado (principalmente se você aceitar a pinguinha dada na entrada). ]]>

61- Camisa do Confiança

A 61 camisa vem de longe, lá do Sergipe e foi um regalito dos meus pais, de quando eles estiveram por lá, alguns anos atrás. O lugar é mesmo lindo!

Trata-se de uma réplica, das mais simples, mas foi o que eles encontraram por lá. E somente anos depois consegui uma melhor…

Mas falemos da história da Associação Desportiva Confiança, mais um time fundado num 1º de maio, nesse caso, em 1936.

Volto a lembrar, times fundados no dia do trabalhador quase sempre possuem ligações com o movimento operário (anarquistas, comunistas… rebeldes em geral…). Tanto que o time, chamado de “Gigante Operário“, surgiu em meio às extintas olimpíadas industriais, jogos onde as famílias operárias se confraternizavam. O time começou como um clube de Basquete e Voleibol, fundado por operários da Fábrica Confiança.

O futebol só teria um time próprio em 1949, limitando-se a disputar amistosos pela região. No ano seguinte participou do Estadual, mas devido a problemas na inscrição dos jogadores, acabou deixando o campeonato e apenas se preparando para o ano seguinte, quando conquistou o campeonato com facilidade, vencendo o Passagem de Neópolis por 7×1 na final. Num outro 1º de maio, desta vez de 1955, o Confiança construiu o “Estádio Sabino Ribeiro“, vulgo “Proletário”, com capacidade para 4 mil torcedores.

Na década de 90, o estádio chegou a ficar somente recebendo os treinos da equipe do Confiança, mas voltou a ser utilizado como palco para jogos para alegria da torcida. Localiza-se na Zona Norte da cidade e foi iniciativa do patrono, o empresário Joaquim Sabino Ribeiro Chaves, que por isso, dá nome à Cancha.

Foi inaugurado com o jogo Confiança 4 x 0 Passagem de Neópolis. Infelizmente, a empresa de Ribeiro Chaves entrou em crise por uma dívida de aproximadamente R$ 2 milhões, e o estádio foi usado como garantia de pagamento e acabou indo a leilão. No primeiro dele, não houveram interessados, e ainda em 2009, a justiça promete um fim nesse triste caso. Curiosamente, o site www.esporteemsergipe.com perguntou onde seria a melhor opção para o time treinar, e a resposta dos torcedores foi… as areias da praia da Orla de Atalaia. Seguindo na linha do tempo, em 1957, o Confiança venceu o Bonsucesso/RJ por 3×1, sendo a primeira vitória de um time sergipano sobre times cariocas. Na década de 60, o Confiança montou seu primeiro grande time (para muitos o maior de todos os tempos) e conquistou vários títulos, entre eles o bicampeonato de 1962/63, além de ser campeão invicto em 1968, com o time abaixo:

Na década de 70, novamente montou bons times, como o de 1973:

E como o que conseguiu mais um bicampeonato (1976/77), sendo que em 77, ainda realizou a melhor campanha de um time sergipano em nacionais.

Na década de 80, o time perdeu bastante visibilidade disputando apenas um Brasileiro e algumas edições da Segunda Divisão. Entretanto, mantinha-se forte no Estadual, como em 1983, quando foi campeão:

Na década de 90, enfrentou o pior jejum de sua história. 10 anos sem títulos. Na segunda metade da década de 90, fez boas campanhas na Série C, mas nunca conseguindo o acesso. Em 2000, iria decidir o estadual com o Sergipe mas a Polícia Militar vetou o estádio Sabino Ribeiro (que já tinha recebido mais de 20 jogos somente naquela temporada). O Confiança decidiu entrar em campo sem a presença do rival. A FSF remarcou a partida para um estádio neutro, e dessa vez o Confiança não compareceu. Ou seja… até hoje a briga está na justiça desportiva, com o Sergipe vencendo no TJD e o Confiança vencendo no STJD. O jejum chegou ao fim em 2001 e em 2002, o time conquistou o bicampeonato de forma invicta, repetindo o feito de 1968, disputando também a Copa do Brasil. Conquistou ainda os títulos de 2004 e 2008, quando fez uma excelente campanha na Série C, mas perdendo a vaga para a série B no último octagonal. O time de 2008:

E nesse 2009, o time mais uma vez levantou o caneco estadual. A torcida do Confiança tem crescido bastante e principalmente, comparecido ao estádio, e nos jogos fora. Possui duas organizadas, a Torcida Trovão Azul, com quase 21 anos de vidae a Torcida Jovem do Confiança, com 7 anos. O mascote do clube é o dragão, abaixo na versão de Juarez Corrêa:

O site oficial do clube é o www.adconfianca.com
Pra terminar, que tal torcer em meio à torcida do Confiança?

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!

Somos nós contra todos!

http://www.youtube.com/watch?v=309H_hVmOJo [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=309H_hVmOJo] É uma discussão complicada, mas eu concordo com a tese de que diretores e jogadores passam, e somos nós torcedores quem ficamos. Nunes, um dos meus preferidos desse time, foi o pivô da briga. O que vcs acham? O jogador está certo em comprar a briga e ir pra arquibancada?]]>