Dando sequência aos Estádios visitados durante nosso rolê por Sergipe, agora vamos fazer 3 posts falando dos principais estádios da capital, Aracaju!
Vale reforçar que a cidade de Aracaju é um incrível passeio, uma das opções mais baratas do Nordeste e que possui uma orla bem diferente do que estamos acostumados. Graças ao cuidado especial com a proteção ambiental, a avenida beira mar é beeem longe da areia.
Além do mar, a cidade é cortada pelo rio Sergipe, o que dá uma dinâmica diferente já que o rio é grande, e praticamente corta a cidade formando o chamado bairro da Coroa do Meio, que por pouco não é uma ilha.
Aqui é o local do encontro do rio com o mar.
As praias mais bacanas ficam no litoral sul, e uma delas, a praia do Náufrago, guarda um fato curioso: um cemitério onde estão enterradas as pessoas que naufragaram após seus navios serem bombardeados por navios alemães nazistas.
O nome Aracaju pode ser compreendido como “cajueiro dos papagaios”, imagina o que era esse lugar antes da chegada dos europeus… Por aqui, viviam uma grande diversidade de povos: Tupinambás, Caetés, Xocós, Kiriri, Fulkaxó, Boimé, Karapotó, Kaxagó, Aramuru… Pedi uma ajuda pra Inteligência artificial criar uma imagem do que seria uma pessoa daquela época…
O desaparecimento destes povos se iniciou no início do século XVI (com a morte de importantes líderes locais como os caciques Serigy e Pacatuba que chegaram a se unir com os franceses para combater o invasor português) e se firmou no século XIX, devido à política indianista do Império do Brasil que publicou a Lei das Terras em 1850, declarando as Terras como de Domínio Público. Pra piorar, acabaram vítimas de um perverso apagamento histórico, como se a história de Sergipe se iniciasse com os povos brancos…
Aracaju nasce em 1855, por pressão dos produtores de açúcar que precisavam de um porto para escoar melhor seus produtos.
Em 1914 chega a estrada de ferro, vinda de Salvador. (foto do site Capital do Agreste):
Aracaju foi uma das primeiras capitais planejadas já que teve que ser construída em uma área cheia de pântanos e charcos, que nasce na praça Fausto Cardoso e a partir daí tem as ruas construídas geometricamente, como um tabuleiro de xadrez, desembocando no Rio Sergipe.
Só nos anos 80 a cidade despertou para o potencial turístico, com novos hotéis e com a construção da Orla da praia de Atalaia, o principal cartão-postal da cidade.
Mas antes disso, desde 1º de maio de 1936, já existia um motivo de orgulho para a cidade: a Associação Desportiva Confiança (já escrevemos sobre o time, veja aqui como foi).
Nosso rolê dessa vez nos permitiu ir até a casa do AD Confiança: o Estádio Proletário Sabino Ribeiro, nome que homenageia um dos fundadores do clube.
Olha que linda a imagem aérea disponível no site do time.
O Estádio Proletário Sabino Ribeiro fica no Bairro Industrial e tem capacidade para 5 mil torcedores. A foto abaixo é do site Info Net, uma vez que não tivemos permissão para fotografar a parte interna do estádio.
O Sabino já foi palco de vários jogos importantes na história do Dragão, desde 1955. Atualmente, o estádio virou Centro de Treinamento.
Confesso que já é desanimador quando não conseguimos entrar no Estádio, mas quando além disso os seguranças tratam a gente mal… É de perder qualquer boa vontade com o rolê…
Enfim… que os dirigentes possam entender que não há nenhum mistério na parte interna do estádio capaz de impedir uma visita…