O futebol em Cubatão e o Estádio Roberto Dick

Hoje, registramos o rolê feito para uma cidade próxima de Santo André, que quase sempre é apenas passagem para quem está indo para o litoral: Cubatão!

A região da atual Cubatão foi ocupada há pelo menos 7.000 anos, pelo chamado Homem do Sambaqui, seminômades, que tinham sua vida cotidiana ligada ao mangue, tendo sua subsistência nos siris, conchas, crustáceos e peixes.
Atualmente pode-se encontrar um sambaqui – aqueles grandes montes de conchas que seriam o que sobrou da alimentação destes homens- na ilha do casqueirinho).

Os melhores caminhos para vencer a serra do mar passam por Cubatão, seja na caminhada como faziam os tupiniquins e demais povos indígenas, seja usando a Anchieta pra curtir a praia nos dias atuais.
Lá pelos século XV e XVI, o mais conhecido desses caminhos subia a serra pela Trilha dos Goianases, no Vale do Ururaí, atual Mogi das Cruzes.

Segundo o artista Benedito Calixto, os indígenas desciam a serra para fugir dos meses frios do inverno e aproveitavam para pescar já que essa é a época da tainha.
Você conhece o trabalho de pesquisa e artístico do itanhaense Benedito Calixto?

Este é seu famoso quadro Cubatão em 1826 que retrata o cenário da época:

A atual cidade é fruto desses caminhos indígenas, que acabaram adotados por João Ramalho (retratado no quadro abaixo por Benedito Calixto) e que se tornou comum aos portugueses que chegaram ao Brasil e que se dirigiam a São Paulo.
Mas naquela época não foi encontrado nenhum povo instalado na região.

Segundo o site Peabiru Calunga, a sequência da história se dá com a concessão de terras da região por Martim Afonso.
Uma das sesmarias acabou adquirida, em 1643, pela Companhia de Jesus.
Em 1803, a Fazenda dos Jesuítas acaba extinta e surge um povoado no local, que sobrevivia da agricultura, principalmente as plantações de banana.
Em 1841, o povoado acaba incorporado à cidade de Santos e somente em 1949 se emancipou, graças ao desenvolvimento da região, impulsionado pela construção da Via Anchieta e pelo crescimento das indústrias na cidade.

A industrialização trouxe 2 graves problemas: o primeiro, em 1965, quando o Regime Militar tornou Cubatão Área de Segurança Nacional por seu interesse estratégico e o segundo, o alto preço ambiental, que gerou uma série de problemas ligados à poluição e à ocupação irregular do espaço.
Em 1984, um incêndio na Vila Socó ganhou enorme repercussão com a explosão dos dutos da Petrobrás onde havia uma favela que acabou pulverizada.
Até hoje não se sabe o número de mortos.

Na sequência, o desastre da Vila Parisi: as indústrias geraram tamanho nível de resíduo que começaram a ocorrer mortes em neonatais por anencefalia.
Por conta disso, desde 1985, a Prefeitura e o Governo do Estado trabalham em torno da preservação ambiental, com o apoio da ONU, tornando Cubatão um exemplo mundial de recuperação ambiental, com a volta de um símbolo de sua fauna, o guará-vermelho, que recebe quem chega à cidade.

Uma curiosidade importante: Cubatão é cortada logo em sua entrada pela linha férrea, por onde enormes filas de vagões passam conectando o agronegócio do interior brasileiro ao porto de Santos.
E a estação de Cubatão é uma das mais antigas do Estado, inaugurada em 1867.

Sendo uma cidade com tantos problemas sociais, ambientais e até mesmo políticos, Cubatão encontrou no futebol um dos territórios para se desenvolver culturalmente e teve 3 times que fazem parte da sua história nas competições profissionais:

A Associação Atlética Guimarães é a equipe mais antiga que levou a cidade ao futebol profissional, sendo fundada em 9 de Novembro de 1964 junto à comunidade portuguesa de Cubatão.

Aqui, matéria do jornal “A Tribuna” ressaltando o time, um ano depois de sua fundação:

A sua sede social fica na Rua Santos, 176, no Bairro Jardim Francisco, em Cubatão, e aqui a vista na rua lateral (Av. Joaquim Miguel Couto, 200):

Além de disputar campeonatos regionais e partidas amistosas, a A.A. Guimarães entrou para a história do futebol ao disputar a edição de 1966 do Campeonato Paulista da Quarta Divisão (que se chamava “Terceira Divisão, já que a primeira era chamada de “Divisão especial”).

Neste ano, a Federação Paulista de Futebol resolveu incentivar a profissionalização dos clubes, principalmente em cidades que não tinham equipes disputando o campeonato.
Por isso, a Terceira Divisão daquele ano teve 78 times tendo como campeão, o CA Ferroviário, de Araçatuba.

A Associação Atlética dos Guimarães fundada apenas dois anos antes, não era sequer o maior time da cidade, já que o Comercial Santista FC , fundado em 23 de abril de 1932, era mais qualificado nas competições amadoras.

O Comercial Santista FC foi vice-campeão amador do Interior Paulista e campeão da Liga de Futebol Amador do Litoral em 1965.

Outro time amador da cidade que merecia destaque naquele ano era o alviverde EC Cubatão, fundado em 1930.

Desafiando as estatísticas, o EC Cubatão segue na luta, com sede na rua Belarminio do Amaral, 812, no Jardim Sao Francisco, em Cubatão.

Porém, como o futebol não tem tanta lógica, a AA Guimarães não apenas disputou o campeonato como em um grupo formado por times do ABC e do litoral, conseguiu classificar-se para a segunda fase, na 3ª colocação do grupo.

A AA Guimarães (alguns chamam de “o” Guimarães) acabou desclassificada na fase seguinte, mas ainda assim, entrando pra história!

Esse foi o time que disputou aquele campeonato (foto do site O Curioso do futebol):

Após o Campeonato Paulista, o time tentou manter-se em disputas, com campeonatos locais e até promovendo uma peneira para disputar os anos seguintes, mas acabou se licenciando e nunca mais voltou…

Em 1968, a AA Guimarães foi declarada de utilidade público pela Prefeitura, mas nem isso ajudou o time a se manter nas disputas oficiais.

Atualmente a AA Guimarães encontra-se extinta…
Então falemos do segundo time a disputar o futebol profissional defendendo a cidade: a AA Cubatense, fundada em 9 de abril de 2004.

Após eleições de 2004, a nova gestão eleita decidiu criar um novo time para a cidade, fundando a Associação Atlética Cubatense, e filiando-se à Federação Paulista de Futebol, para a disputa da edição de 2005 da Segunda Divisão Estadual (4º nível do futebol do estado), como noticia o jornal Tribuna de 2005:

A Cubatense teve uma primeira fase até que interessante ganhando 3 das quatro partidas que jogou como mandante, já na segunda fase, perdeu todas em casa.
Destaque para as duas vitórias contra o líder do grupo, o São Bernardo FC.

Dessa forma, o time terminou na 7ª e penúltima colocação. Tivesse ganho os 3 jogos em casa da segunda fase, teria se classificado.

Vi que o amigo Frederico Carvalho Capacitor tem uma camisa do time em sua página do facebook, então pra quem tem dúvida de como era o uniforme, aí está!

A AA Cubatense se licenciou já em 2006, mas depois de alguns anos, mudou de nome para Associação Atlética Montana Itapevi e passou a jogar competições das categorias de base em Itapevi.
Em 2012, passa a se denominar Itapevi FC, e disputa a Série B do Campeonato Paulista.

Mais uma parada e nova mudança: em 2022, passa a jogar em Alumínio e adota o nome de Sharjah FC, tradicional clube dos Emirados Árabes com quem tem parceria.

O Sharjah disputa os campeonatos da base e ainda faz de Alumínio sede da Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2023 e 24 (imagina se fosse em Cubatão…).

Por fim, Cubatão teve um terceiro (e até 2024, o último) time na cidade, o Clube Atlético Real Cubatense, fundado em 10 de julho de 2016.
O clube buscou construir uma nova cara para o futebol cubatense e trouxe em seu escudo o Guará Vermelho, que materializou a recuperação ambiental de Cubatão.

O time fez sua estreia no profissionalismo no Campeonato Paulista da Segunda Divisão de 2017, terminando a primeira fase em 5º luar, ficando fora da sequência da competição.

Aqui o time daquele ano:

Embora o Atlético Real Cubatense tenha mandado seus jogo no Estádio Espanha, campo do Jabaquara, em Santos, a casa do futebol em Cubatão era (e deveria voltar a ser) o Estádio Poliesportivo Roberto Dick!

Por isso, fomos até Cubatão para registrar o Estádio Poliesportivo Roberto Dick!

Mais uma bilheteria para a nossa conta!

Atualmente o Estádio anda meio caidão para a prática do futebol, mas parece estar vivo e em movimento para o atletismo.

Lá ao fundo a famosa muralha da serra do mar faz a imagem de fundo do campo!

Se em campo não temos jogo, temos o Tapicuru, uma espécie que tem se espalhado pelo litoral paulista.

Aqui, o meio campo:

O gol da esquerda:

O gol da direita:

A estrutura da iluminação ainda esta presente:

Existe uma antiga estrutura lá ao fundo, parece uma fábrica, mas que é o Posto de atendimento ao trabalhador e a Junta do Serviço Militar de Cubatão.

Uma pena o dia estar encoberto e não conseguirmos ver a serra do mar como ela merece…

De qualquer modo, ficamos muito contentes em registrar mais um estádio que faz parte da história do futebol paulista.

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A visão dos visitantes na Arena Itaquera na Sulamericana 2024

24 de outubro de 2024.
Dia de decisão na Neo Química Arena, jogo de ida da semifinal da Copa Sulamericana, com brasileiros e argentinos se enfrentando em campo e nas arquibancadas. Uma noite de linda festa das duas torcidas.

Graças ao amigo Adrian (Fulbito Records e Unión y Difusión Distro), tivemos acesso a alguns momentos dessa linda festa do ponto de vista menos mostrado pela mídia: a torcida visitante!

Em meio a uma intensa chuva, os torcedores do Racing levaram para o estádio a atmosfera que já havíamos acompanhado momentos antes no Banderazo realizado na Praça Charles Miller, no Pacaembu. (veja aqui como foi)

É difícil explicar pros hermanos como não podemos ter bandeiras de mastro nos estádios paulistas, mas eles deram um jeito de pintar de azul e branco seu espaço na arquibancada, que esteve com capacidade total dos ingressos vendida.

Também pode se ver (e ouvir) que a torcida do Corinthians também fez uma festa incrível!

Cada grito e canção transformou o espaço dos visitantes em energia contagiante, apoiando o time em um resultado que pode ser considerado positivo: 2×2.

A torcida do Racing demonstrou mais uma vez seu amor incondicional, como uma avalanche azul e branca inundando o estádio.

O Corinthians lutou para fazer a vantagem em casa, mas o Racing não se intimidou e buscou o empate com 2 golaços. Ou seja, a decisão está aberta em Avellaneda, mas a equipe argentina efz questão de agradecer sua torcida!

Em uma semana tão marcada pela violência entre torcidas, vale ressaltar que com exceção de alguns atos da polícia militar, os torcedores do Racing não tiveram nenhum tipo de problema com a torcida corinthiana, o que provavelmente trará uma recepção também amistosa no jogo de volta.
Como o futebol sempre deve ser!

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Banderazo da torcida do Racing em SP

24 de outubro de 2024.
Horas antes da semifinal entre Corinthians e Racing Club, a torcida argentina realizou um banderazo na Praça Charles Miller, em frente ao Estádio do Pacaembu.
Foi um espetáculo de paixão e emoção que deve ter ficado gravado na memória de todos os que participaram.

Milhares de torcedores se reuniram, vindos da Argentina, ou também do próprio Brasil criando uma atmosfera vibrante e festiva.

À medida que a tarde se transformava em noite, a praça se encheu de camisas alvicelestes, bandeiras tremulando e sorrisos no rosto de cada torcedor.
A emoção pulsava no ar, enquanto gritos de apoio ecoavam em cada canto.
“Muchachos, traigan vino ¡juega la Acade!
Que esta banda esta de fiesta,
y hoy no podemos perder!!”

Fogos de artifício cortaram o céu, com explosões de luz, enquanto a fumaça alvi celeste se espalhava pela praça, envolvendo os torcedores na maior euforia.
A queima de fogos foi acompanhada pelas tradicionais murgas, que dançavam e tocavam, fazendo o ritmo vibrar na alma de cada um.

Faixas enormes com mensagens de apoio e força, se apresentavam como símbolo da determinação inabalável da torcida.
E não faltou a tradicional Coca com Fernet, compartilhada entre amigos, brindando à vitória e ao amor pelo clube. Cada gole era uma celebração, uma promessa de que estariam juntos, não importa o que acontecesse dentro de campo.
A festa foi pura, sem tretas ou problemas, apenas uma celebração do amor pelo Racing Club.

Um momento em que o futebol transcendeu as quatro linhas, unindo pessoas de todas as idades em um sentimento coletivo de esperança e determinação.
Quem compareceu sabe que fizeram uma festa que entra para a história do clube e de sua apaixonada torcida.

Por que ir num role desses?
Em tempos modernos, a gente não tem muitos momentos coletivos.
E isso é algo importante pra mim.
Saber que sozinho não somos quase nada e que estar ao lado de outras pessoas com um mesmo objetivo é importante.
Todo mundo tem momentos altos e baixos.
Temos problemas em casa, no trampo, na escola ou facul e até mesmo de saúde.
E isso faz parte dessa vida, faz parte do jogo.
E eu diria que estar num rolê desses me dá força para seguir em frente!
Vamos lá!

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Noite de futsal em Santo André pela Liga Nacional

14 de outubro de 2024.
Uma segunda feira fria e garoenta como costumavam ser as noites no ABC.
Com o Ramalhão limitado às competições das categorias de base em horários esdrúxulos, fomos acompanhar o time de futsal da cidade nas oitavas de final da LNF 2024, contra os atuais campeões: Atlântico Erechim.

Durante a semana passada, o Podcast Papo de Andreense fez um chamado para contar com o apoio das torcidas dos times amadores, da várzea e também do time profissional e o resultado foi incrível!

Me senti no meio do filme Warriors com gangues de toda a cidade, que juntas poderiam fazer qualquer coisa acontecer! Relembre aí:

Sente como estava o clima da entrada do Ginásio Noêmia:

Ingresso em mãos, vamos ao jogo!

Entrada dos times em campo e rolou até o hino da cidade!

Olha que bacana algumas faixas das torcidas presentes: TUDA, Acervo 67 e Torino FC! Mas importante reforçar que muitas outras se fizeram presente com faixas ou uniformizadas.

Falando do jogo em si, o confronto de ida das oitavas de final da Liga Nacional de Futsal (LNF) era um embate decisivo nessa prestigiada competição, reunindo dois baita times!

Mais do que um jogo, um verdadeiro teste de habilidade, garra e estratégia e por isso, a torcida local decidiu fazer a diferença!

A LNF, que há anos é referência no cenário nacional, representa o auge do esporte, onde cada partida pode definir o destino de uma temporada inteira. Para os times em quadra, a classificação para a próxima fase não significa apenas avançar, mas também a chance de escrever história, por isso toda atenção era pouca!

O clima estava quente, e a torcida do Santo André fez o que sabe fazer de melhor: cantou o tempo inteiro unindo a voz da Fúria Andreense e de várias outras torcidas à bateria da Tradição de Ouro!

E a mistura dessas várias torcidas funcionou bem na bancada!

Já em quadra, um jogo muito parelho onde não se podia errar.
E infelizmente o Santo André errou, em uma saída de bola, na verdade um escorregão do andreense Xaropinho, e viu os visitantes abrirem o placar aos 17 minutos do primeiro tempo com Pedrinho.

O gol não abateu nem o time nem a torcida, que seguiu no apoio!

O jogo transcorreu com muita disputa física até o final do primeiro tempo, que terminou em 1×0 para os visitantes.
O pessoal da SPORTV, que transmitiu a partida ao vivo, pode dar um relax no intervalo…

A volta do intervalo prometia, afinal o time do Santo André não estava disposto a entregar a derrota fácil, mas, William acabou ampliando para 2 x 0, após aproveitar outra saída errada de bola do Santo André.


Um duro golpe para o time do Santo André, que fazia um bom jogo.
E talvez o golpe tenha sido tão duro que acabou acordando o Ramalhão, que empurrado pelos gritos incessantes da torcida, não se abalou e logo na sequência descontou com Thiago Cabeça: 2 x 1!

Festa nas arquibancadas do Ginásio Noêmia Assunção!

O gol fez a a confiança dos jogadores crescer e poucos minutos depois, Israel encontrou Léo Catolé na área, que desviou para empatar: 2 x 2.

E Léo foi pra galera…

E se sonhar não custa nada, ver o terceiro gol ao som de “O Santo André é o time da virada, o Santo André é o time do amor…” fez o Ginásio delirar!
Luquinhas acertou uma pancada indefensável e colocou o Santo André à frente do placar pela primeira vez no jogo: 3×2.

Mas, o sonho logo se tornaria pesadelo… O Atlântico não se intiminou com a virada e seguiu impondo sua marcação e em dois lances de saídas de bola errada, Vagner empatou e Pedrinho voltou a colocar os visitantes em vantagem, com um chute preciso: 4×3… Tensão nas arquibancadas…

Mas, torcida de verdade não desiste nunca e o apoio n˜ão parou!

Faltando apenas 3 segundos para o apito final, o goleiro-linha foi acionado, e Russo arriscou uma pancada do meio da quadra.
Israel desviou e empatou o jogo em 4×4, levando a torcida à loucura…

Pô, o que eu vou dizer de uma noite dessa? Amigos na bancada, diversas torcidas lado-a-lado e um jogão que quase mata do coração todo mundo… É só agradecer!

Agora, o duelo de volta, marcado para segunda-feira (21), no Caldeirão do Galo em Erechim, promete mais um grande espetáculo.
Quem vencer no tempo normal avança para a próxima fase.
Caso o empate persista, a decisão será na prorrogação, e o Atlântico leva vantagem por ter feito a melhor campanha na fase classificatória
Veja aqui como foram os melhores momentos e os 8 gols da partida:

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222- Camisa do Shabab Al Ahli Dubai FC (Emirados Árabes Unidos)

A 222ª camisa de futebol do site segue no Oriente Médio, nos Emirados Árabes e fez parte do kit de camisas que o Caio, a quem agradeço demais, me deu 🙂

O clube representado por esta camisa é o Shabab Al-Ahli Dubai FC, um clube de Dubai, que surge em 2017, através de uma fusão entre 3 times: Al Shabab, Al Ahli, e Dubai CSC.

Esta fusão foi parte de uma iniciativa do governo de Dubai para fortalecer o futebol na região e criar clubes mais competitivos tanto a nível nacional quanto internacional.
Assim, somou-se a força do Al Ahli Club, fundado em 1970, com vários títulos da liga e da copa nacional, com a tradição do Al Shabab Club, fundado em 1958, e com uma importante base de torcedores com o Dubai CSC, fundado em 1997.

Dessa forma, o time acabou por reunir 7 títulos da liga, nas temporadas 1974-75, 76-77, 79-80, 2005-06, 08-09, 2013-14 e 15-16, com os times que deram origem à fusão.
Além disso, já com a nova identidade, sagrou-se campeão na temporada 2022-23:

Esse é o time atualmente:

Assim, temos agora 3 torcidas juntas nas arquibancadas do Estádio Rashid, que tem capacidade de cerca de 12.000 torcedores.

Desde a fusão, o Shabab Al-Ahli tem sido uma presença constante nas competições nacionais e asiáticas, com destaque para a UAE Pro League (Liga Profissional dos Emirados).
E por isso, sua torcida agradece!

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221- Camisa do Al Wasl (Emirados Árabes Unidos)

A 221ª camisa do nosso site mantém o nosso pé no oriente médio, mais especificamente nos Emirados Árabes e novamente foi um presente do amigo Caio, meu amigo de infância que jogou comigo no Autônomos FC e no Garotos Podres (no nosso álbum de figurinhas de 2010, ele está aí com a camisa 11).

Desta vez, a camisa pertence ao Al Wasl FC também da cidade de Dubai.

O Al Wasl é um dos clubes mais populares e tradicionais dos Emirados Árabes Unidos, fundado em 1960. O time tem uma rica história, sendo conhecido por sua torcida e impacto na comunidade local.
Se você não tem muita familiaridade com a região vale dar uma olhada no post que fizemos sobre a camisa do Al Nasr onde mostramos um pouco dos mapas do oriente.

O time possui uma história de conquistas importantes, como os sete títulos da liga de futebol dos Emirados Árabes, em 1982, 83, 85, 88, 92, 97 e 2007.

Além de sua fama dentro de campo, o Al Wasl também fez barulho contratando alguns treinadores de renome internacional, como Joel Santana, Antônio Lopes e ninguém menos que …

Sim…
Em 2011, o time trouxe Diego Maradona para o cargo de treinador do clube!
Embora a passagem de Maradona tenha sido breve, ela deixou uma marca importante na história do clube.

Nos últimos anos, o Al Wasl tem se mantido competitivo, sempre lutando por vagas nas principais competições continentais, como a AFC Champions League.

Culturalmente, o Al Wasl é um pilar na comunidade de Dubai, com uma torcida vibrante que acompanha de perto cada jogo.

O Al Wasl joga manda seus jogos no Estádio Zabeel Stadium, construído em 1974, e com capacidade para cerca de 8.400 pessoas.

Sua torcida é mesmo um caso a parte, eles são incríveis e pintam de amarelo as arquibancadas em dia de jogo!

Mosaicos, bandeiras de mastro e pirotecnia… E depois dizem que em Dubai as coisas são muito fechadas…

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220- Camisa do Al Nasr Sports Club

A 220ª camisa do site vem de Dubai, cidade mais populosa dos Emirados Árabes Unidos, onde a UAEFA (a Federação local) coordena ao futebol.

Agradeço ao meu amigão Caio Tambara porque essa foi mais um presente dele, mas será que o Caio e você se lembram onde ficam os Emirados Árabes Unidos

Primeiro lembre-se que a península árabe está a leste da África, separada pelo Mar Vermelho:

Os Emirados Árabes são uma Confederação de 7 emirados que se tornaram independentes da dominação inglesa em 1971, destes, o Emirado de Dubai é o maior.

E só pra lembrar que estamos falando de um país encravado no deserto e que tem desafiado a natureza na construção de uma sociedade nos moldes dos países ocidentais.

A camisa pertence ao Al Nasr Sports Club, um dos primeiros times dos Emirados Árabes, fundado em 1945, por um grupo de jovens visionários de Dubai.

Não confundir com o Al Nassr da vizinha Arábia Saudita onde joga atualmente Cristiano Ronaldo, que tem as cores amarelo e azul em sua identidade e o distintivo abaixo:

Em 2022, o Al NAsr mudou de distintivo, veja o novo segundo o blog Um Grande Escudeiro:

Com uma bola de futebol e muita vontade, o time foi fundado como: Al Ahli e apenas em 1960, após uma derrota no Catar, o clube decidiu mudar seu nome para Al Nasr, que significa “vitória”.

As primeiras reuniões eram em uma sede provisória num café ao lado do mercado de peixes – um cenário tão tradicional quanto curioso

Quando falamos sobre Dubai, devemos pensar em uma cidade com paisagens que vão do deserto ao luxo extremo, uma história de prosperidade bancada pelo petróleo. Mas, nos dias atuais, acho que todos os lugares acabam repetindo modelos e além do futebol, já existe até banda de rock por lá:

Aqui, uma foto do time em 1976:

O Al Nasr SC é tricampe˜ão nacional da chamada UAE Pro League, tendo seu primeiro título na temporada 1977-78, o segundo logo na sequência em 1978-79 e o terceiro em 1985-86.

Um grande momento ocorreu em 1973, quando o Santos foi até lá para um amistoso com o Al Nasr:

O Al Nasr também conquistou 4 Copa dos Emirados Árabes: 1984-85, 1985-86, 1988-89 e 2014-15.
Manda seus jogos no Estádio Al-Maktoum que tem capacidade para 15.058 torcedores, inaugurado em 1981 e modernizado em 2018.

A beleza da arquibancada é que este é um dos espaços que vinham se mantendo minimamente democráticos até a chegada das arenas e a elitização do futebol com seus novos preços salgados…

Sente o clima de um jogo, graças aos vídeos do incrível Raw Football Feed:

Júnior Dutra (que passou pelo nosso Ramalhão) jogou por lá também!

Aqui, o time que disputa atualmente a Copa do Golfo:

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