A 190ª camisa de futebol a ser retratada no blog As Mil Camisas vem lá da Rússia (presente da amiga Júlia!) e pertence ao FC Zenit, de São Petesburgo! O FC Zenit São Petersburgo (em russo: ФК Зенит Санкт-Петербург) considera como data da fundação o início do time formado na Usina Siderúrgica de Leningrado, em 1925 e conhecido como Stalinets (homenagem a Joseph Stalin). A usina acabou desativada pelo ministério de armamentos, nos anos 40 e o antigo Stalinets tornou-se de propriedade da União de Óptica Mecânica de Leningrado. Se o futebol em geral sofreu com a segunda guerra mundial, imagine Leningrado que ficou cercada pelos nazis durante 900 dias. Assim, somente em 1944, depois de findado o cerco, o futebol voltou a se organizar e logo de cara o time do Zenit venceu a Taça Soviética. O Zenit teve décadas evoluindo, mas nada comparado a 1984 quando os 4×1 em cima do Metalist Kharkiv, sagrou o Zenit como campeão Soviético! Mas, os anos 90 jogaram água na vodka russa dos torcedores do Zenit, que viram o clube descer de divisão, para apenas em 1999, retomar sua força com a conquista da Taça da Rússia. Em 2007, com a chegada do técnico Dick Advocaat o Zenit conquistou o campeonato russo pela primeira vez. Em 2008, o Zenit chegou à final da Taça UEFA derrubando adversários como o Villarreal, Olimpic Marselha, Bayer Leverkusen e Bayern Munique. A final foi contra o Glasgow Rangers, que não foi páreo para o esquadrão russo! Com a conquista, veio a chance de mais um título, o da Supertaça Europeia frente ao Manchester United e o Zenit fez bonito, tornando-se o primeiro time russo a vencer este troféu.
O lado triste desse ano foram as manifestações racistas da ala radical de sua torcida, assim como Roberto Carlos sentiria anos depois… Infelizemente atos assim, mesmo que não representem o todo da torcida do Zenit, queimam o filme do time e da torcida, por isso nem vou postar nenhum vídeo dos torcedores. Em 2009, viria mais um título, o da Taça da Rússia e em 2010, mais uma campeonato nacional. Em 2010, veio a segunda Copa da Rússia e o bicampeonato russo, e em 2012 o tricampeonato. Atualmente colhe os frutos dos investimentos feitos via patrocínio da Gazprom, maior empresa gasística do mundo. Um dos ídolos do time é Lev Burchalkin, jogador que mais vezes vestiu a camisa do clube e quem marcou mais gols pelo time: 78 gols em 400 partidas. Graças às conquistas recentes, o Zenit tem hoje a maior torcida da Rússia. Seu grande rival é o Spartak Moscou, tanto que o próprio hino do time cita “Quando lutares com o rival Spartak, não te esquece de teu ataque!”. Manda seus jogos no estádio Krestovsky, com capacidade para 69.000 torcedores. Em 2014 a equipe russa fez um acordo com a Century Fox e anunciou Bart Simpson como seu novo mascote.Mês: março 2019
O futebol em Sófia – Bulgária
Outra cidade visitada durante nosso rolê pelo Leste Europeu no fim de 2018 foi Sófia, a capital da Bulgária, onde vivem quase um milhão e meio de pessoas.
A cidade tem investido no turismo para atrair uma nova fonte de renda, e história é o que não falta para Sófia!
A Bulgária sofreu diversas invasões: dos romanos, do Império Bizantino, do Império Otomano, dos Russos, além das guerras com Grécia, Sérvia, Romênia, Macedônia e Trácia.
Somente em 1989 conseguiu sua independência.
Mas as marcas das diversas invasões são encontradas pela cidade de Sófia até hoje, como por exemplo a Igreja de Sveta Petka Samardzhiiska, do século XIV (época do Império Otomano).
São uma série de igrejas e monumentos distribuídos pela cidade, como pela estátua de Sveta Sofia, que foi erguida em 2000, no lugar da estátua de Lenin (da época recente da Bulgária comunista).
Sem contar as ruínas dessas diferentes épocas, que fazem parte do cenário urbano de Sófia.
Em pleno centro da cidade, existe um grande sítio arqueológico com muita coisa do período do domínio Sérdico.
A maioria dos búlgaros seguem a religião da Igreja Ortodoxa Búlgara, mas a cidade está repleta de templos religiosos de diferentes religiões.
Assim como vimos em Sarajevo, existe um bairro em Sófia, chamado de “Quadrado da Tolerância” que reúne uma igreja católica, uma ortodoxa, uma sinagoga e uma mesquita!
Passamos por todas elas e ainda fomos além, conhecendo também a Igreja Russa:
Fomos também à Catedral de Alexandre Nevski, a maior catedral ortodoxa da cidade, dedicada ao Santo Alexandre Nevsky, erguida em homenagem aos soldados russos caídos em combate durante a Guerra Russo-Turca de 1877-1878, que libertaram a Bulgária do jugo otomano:
Mas, Sófia é uma cidade como outra qualquer no que se refere ao dia-a-dia das pessoas. A rotina escola, trabalho, família, rolê… E por quê não, as roupas no varal…
Outro ponto especial é o Monumento ao Soldado Desconhecido, erguido em honra dos soldados falecidos na Primeira Guerra Mundial:
E tava frio hein…
A única coisa que me deixou um pouco triste é que por uma questão de idioma não trouxe um livro sequer… E ficou tanta coisa que eu queria ter aprendido sobre a cidade… Fica de lição de casa.
Os grandes prédios onde centenas de famílias vivem, são outra característica da cidade.
O centro da cidade guarda ainda a Boulevard Vitosha, um calçadão cheio de lojas que termina em um parque, com vários museus e até um shopping. Encontrei aí, uma loja de discos bem legal:
Bom, espero ter ajudado a desmistificar a ideia de que Sófia (assim como outras cidades do Leste Europeu) é um lugar perigoso, ou que não vale a pena de ser conhecido.
E assim, vamos ao foco do nosso blog: o futebol. Escolhemos 3 estádios para visitar e assim tentar entender um pouco do futebol local, e decidimos iniciar pelo CSKA (Centralen Sporten Klub na Armiyata, ou Clube Esportivo Central do Exército).
O nome completo do time é PFC CSKA Sófia (PFC significa Professional Football Club). Em búlgaro, CSKA se escreve ЦСКА.
O time foi fundado em maio de 1948 e manda seus jogos no Balgarska Armiya Stadium, ou Estádio do Exército Búlgaro. E… lá fomos nós conhecer o Българска Армия.
Para chegar ao estádio, foi preciso atravessar o mais antigo parque de Sófia, o Borissowa Gradina (Jardim do Rei Boris).
Um dia de inverno como o que estávamos dá um certo ar “sombrio” ao parque e ao estádio.
Mas, basta seguir as placas…
O local é todo “ilustrado” pela torcida local. Ver um jogo aqui como visitante não deve lá ser muito legal…
Em frente ao estádio fica uma sede do clube. Mas não havia ninguém por lá…
O distintivo do clube é praticamente parte da natureza local…
Adesivos então… Estão por todos os lados!
Há de se comentar que boa parte das mensagens estão ligadas ao hooliganismo, e, infelizmente, muita coisa ligada ao racismo e ao nazismo que eu prefiro nem postar aqui.
Eles também pegam bastante no pé da polícia…
E aí, próximo à entrada do estádio… um pequeno monumento aos torcedores rivais (em especial, o Levski Sofia, rival local)… uma árvore decorada com camisas, cachecóis e demais lembranças de brigas antigas.
Ainda existem um bar que serve de ponto de encontro da torcida:
Embora tudo estivesse deserto, o portão de acesso ao estádio estava aberto, então… vamos lá!
Quem diria… Nós na casa do CSKA Sófia, um dos times mais alternativos e inesperados… Com um estádio bem bacana, com capacidade para 22.500 torcedores.
O CSKA é um time grande na Bulgária, já tendo conquistado 31 vezes o campeonato nacional (a mais recente conquista, na temporada 2007/09), 23 Copas (a última vez em 2016) e 3 Supercopas da Bulgária (2008, a última conquista).
Mesmo dentro do estádio, as árvores secas dão um ar de filme de suspensa ao lugar…
Existem quatro setores no estádio, delimitados e separados, sendo que o setor coberto abriga 2.100 lugares.
Olha o time de 73, posando em frente à parte coberta:
O Estádio foi construído em 1923 para o AS-23, que tinha o leão em seu distintivo:
Nessa época, o estádio ficou conhecido como Athletic Park até 1944, quando o AS-23 se fundiu com outros dois clubes para formar o Chavdar Sofia.
De 1944 até 1948 foi chamado Estádio Chavdar, e entre 1948 e 1990, ficou conhecido como o Estádio do Povo do Exército e, desde 1990, é o Estádio Balgarska Armia.
O Estádio foi reconstruído novamente em 1982, e somente então recebeu o sistema de iluminação com seus holofotes e desde 2000, possui um novo sistema de som surround.
Aqui, o gol do lado direito:
Aqui, o gol do lado esquerdo:
O placar eletrônico e um setor mantido sem cadeiras, no cimentão:
Mas o estádio possui cadeiras em quase sua totalidade:
Realmente uma aventura incrível, que vai ficar pra sempre na nossa memória.
O outro time escolhido para ilustrar nossa visita à Bulgária foi o PFK Levski Sofia (em búlgaro: ПФК Левски София).
O PFK Levski Sofia também é um grande time da Bulgária, fundado em maio de 1914 e manda seus jogos no Estádio Georgi Aspraruhov. Fomos até lá pra conhecê-lo e registrar mais um estádio do leste europeu.
O alfabeto cirílico é mesmo louco, não? Tenta entender o que estava escrito ali:
O Levski Sófia sagrou-se campeão búlgaro por 26 vezes (a última dela na temporada de 2009), além de 26 conquistas da Copa da Bulgária (sendo em 2007 a última vez).
A primeira vista, o estádio parecia fechado, então fomos ver a loja do time que ainda estava aberta. Perguntei pra moça que trabalhava ali se dava pra gente entrar no estádio pra tirar umas fotos mas ela respondeu: “Impossible”.
A Mari já estava satisfeita de poder se proteger do frio e ficar ali no sofá da própria loja…
Se você acha que do lado azul a torcida é menos fanática que o lado vermelho, dá uma 0lhada no que os torcedores do Levski fizeram na apresentação do técnico Iwajlo Petew que diziam ser torcedor do CSKA:
Já estávamos indo embora quando mais uma vez, um portão entreaberto me chamou a atenção. Ainda bem que decidimos seguir sem perguntar….
Durante o regime comunista na Bulgária, o clube teve que mudar seu nome para FC Vitosha. Com a queda do Muro de Berlim e a consequente queda do comunismo, o time voltou a se chamar LevskiSófia.
Dali deu pra ver as arquibancadas que permitem a presença de quase 30 mil torcedores.
Que cara de mané kkkkk!
O estádio também é conhecido como Gerena e foi inaugurado em março de 1963, em uma partida contra o PFC Spartak de Pleven, na época, tendo capacidade para 38 mil torcedores.
Somente em 1971, passou a ser chamado de Georgi Asparuhov e chegou a ter uma área coberta.
O Estádio possui arquibancada em todo o entorno do campo.
Olha que legal o distintivo do clube lá embaixo do placar.
Por fim… Mas não menos importante, demos uma rápida passada no Estádio Nacional Vasil Levski , a casa da Seleção Nacional e as finais da Copa da Bulgária.
O seu nome homenageia o revolucionário e herói nacional búlgaro Vasil Levski.
O Estádio tem uma fachada um pouco sem graça, mas é um baita campo! Peguei essa foto do Google, pra ilustrá-lo:
Ele foi inaugurado em 1953, e atualmente tem capacidade para 43 mil torcedores. Cuirosamente ele fica no mesmo quarteirão do parque onde fica o estádio do CSKA. Vale lembrar que ele passou por importantes renovações em 1966 e 2002.
E assim, nos despedimos de Sófia e da Bulgária, fica a espectativa de um futuro post falando da camisa da seleção búlgara (a única aquisição nessa viagem).
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189- Camisa do Independente FC de Pirassununga
Dando um rápido intervalo nas postagens sobre a viagem pro Leste Europeu (que exigem um tempão até conseguir subir todas as fotos e escrever sobre elas), vamos contar um pouco da história do Independente de Pirassununga.
A 189ª camisa foi presente do amigo Zé Antonio, um dos caras que continuam a resgatar e valorizar a história do futebol (e da cultura) local.
O Independente Futebol Clube foi fundado em Novembro de 1938 e teve sua história marcada pelas participações nos campeonatos amadores.
Aqui, o time de 1958, em uma foto disponibilizada no excelente site: Memoriadepirassununga.blogspot.com:
O primeiro jogo do Independente FC foi contra a Esportiva Sanjoanense, perdendo pelo placar de 2×0, realizado em São João da Boa Vista.O sucesso no amadorismo levou o time a se aventurar no profissionalismo e em 1977, o Independente de Pirassununga disputou o Campeonato Paulista da Quarta Divisão.
Mas, disputar o futebol profissional representa uma série de investimentos que muitas vezes inviabilizam a participação de times do interior, e foi o que aconteceu com o time de Pirassununga.
Logo, ele voltou ao amador, e montou importantes times, como o de 1981 (foto do Memoriadepirassununga.blogspot.com):
Esse é o time de 1988:
Aqui, o elenco de 1990:
E o time de 1991:
Até hoje, o time segue atuando nas disputas amadoras e principalmentenas categorias de base.
Manda seus jogos no Estádio Armando Boito, e fica localizada na Avenida Joaquim Cristóvão, 245, na Vila Santa Terezinha. Estivemos lá em 2018, veja aqui como foi.
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]]>O futebol em Sarajevo – Bósnia Herzegovina
Dando sequência ao rolê futeboleiro pelo leste europeu, é hora de aterrissar em outro país da ex-Iugoslávia: Bósnia Herzegovina, nosso objetivo, conhecer a capital Sarajevo, cidade que sofreu vários horrores durante a guerra entre 1992 e 1995. A cidade de Sarajevo é cortada pelo rio Miljacka. É sobre ele que passa a Ponte Latina, local onde ocorreu o assassinado do herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, o Arquiduque Francisco Fernando, o que foi o ponto de partida para a primeira guerra mundial. A cidade é incrível… Possui um centro histórico com calçadões e ruas de pedra onde pedestres circulam e visitam as várias lojinhas ali presentes. A cidade é considerada o encontro entre o leste e o oeste e existe um marco que oficializa essa “fronteira”: Esse “encontro de culturas” fica ainda mais claro quando você percebe que estão ali, bem próximas uma das outras uma igreja católica, uma mesquita, uma igreja ortodoxa e uma sinagoga. Um dos pontos de encontro das diversas ruelas é a praça Baščaršija, O lugar também é conhecido como a Praça dos Pombos! Sarajevo é rodeada por montanhas e não é preciso andar muito para se topar com uma ladeira… Uma dessas ladeiras levam direto ao cemitério Šehidsko Mezarje Kovač. Muitas lápides mostram os anos de 1993 a 1995 como data do falecimento, o que mostra o resultado do cerco e dos assassinatos cometidos durante a guerra pela separação da Bósnia Herzegovina da Iugoslávia. Subindo um pouco mais, chegamos a um ponto marcante da cidade, a Fortaleza Amarela, construída entre 1727 e 1739 na área chamada Jekovac. E dali, a vista simplesmente maravilhosa… Ali perto fica o outro “forte” conhecido como “Forte Branco”. Fizemos um vídeo pra ter um pouco mais de ideia de como é o lugar:
De volta à cidade, fomos conhecer o Museu da Infância na Guerra, que reúne objetos e histórias que marcaram a vida de pessoas que viviam em Sarajevo durante o período da ocupação.
Embora seja uma exposição simples, se você realmente ler cada mensagem, é difícil não se emocionar… Pra quem gosta de uma pizza, saiba que elas são bem grandinhas em Sarajevo… A cidade possui muitas construções antigas, algumas delas se transformaram em museus, como o museu da cidade. Também mantiveram registros de ruínas da época dos romanos, bem ao lado do mercadão local. Outra coisa que mexe com quem passa pelo centro são as “rosas de Sarajevo”: A “Rosa de Sarajevo”nada mais é do que a utilização de tinta acrílica para reforçar em vermelho os vestígios de bombas e explosões ocorridas durante a guerra. Existem várias espalhadas pela cidade, o que reforça na memória o quanto deve ter sido difícil o período da ocupação da cidade pelo exército sérvio… A expressão acabou virando título de livro: “A Rosa de Sarajevo” da escritora Margareth Mazzantini, que eu levei pra viagem e quase me esgoelei de tanto chorar enquanto o lia… Outro fato importante a ser registrado é que agora em 2019, Sarajevo será sede do Festival Olímpico Juvenil de Inverno. E a cidade está muito orgulhosa, até porque remete às lembranças de 1984 quando recebeu os jogos Olímpicos de inverno, antes da guerra. Um outro ponto que visitamos foi o monumento da “flama eterno”, com a chama que queima incessantemente em homenagem aos que lutaram contra o fascismo na segunda guerra. Esse aí atrás foi o nosso hotel durante a estadia em Sarajevo… O “Old Town“, localizado no centro da cidade e com bons preços! A cidade tem criado uma série de pontos, mostras e museus dedicados a não deixar de lembrar a tragédia da guerra, essa sequência mostram fotos de locais que foram atingidos durante a guerra e como eles estão atualmente. O principal destaque vai para a mostra SREBRENICA, com diversos documentos e fotos mostrando os abusos sofridos pelas pessoas nessa cidade, tanto por parte dos sérvios quanto até mesmo pelos soldados da ONU. E a montanha sempre nos guardando… Bom dado esse rolê pela cidade, que tal falarmos sobre o futebol local? Assim como fizemos em Belgrado, selecionamos 3 times da cidade para entender o futebol de Sarajevo. Começemos pelo FK Sarajevo (acesse aqui o site oficial do time). Vale lembrar que o time já teve outros distintivos, começando por um que continha a estrela vermelha, símbolo do comunismo e uma engrenagem em azul, representando a industrialização socialista: Outros dois distintivos vieram até a chegada do atual: O FK Sarajevo foi fundado em outubro de 1946, na época como SD Torpedo. Um ano depois, o nome foi alterado para SD Metalaca Sarajevo e a partir de 1949 adotou o nome atual. Em 1967, tornou-se o primeiro clube bósnio a vencer o campeonato iugoslavo. Em 1985, veio o segundo título iugoslavo. Conquistou a “BósniaPremijer Liga” por duas vezes, em 1998-1999 e 2006-2007 e 5 Copas Bósnia de Futebol (temporadas de 1996-1997, 1997-1998, 2001-2002, 2004-2005, 2013-2014). Como o futebol é uma “língua universal”, o FK Sarajevo é considerado um embaixador da Bósnia e manda seus jogos no Estádio Asim Ferhatović Hase. Fomos até lá para conhecê-lo pessoalmente. Contamos com a ajuda do Bajro, torcedor do FK Sarajevo que não falava muito inglês, então a comunicação entre nós era muito engraçada! Vamos dar uma olhada na parte de dentro do estádio!Como deu pra perceber no vídeo, o nome oficial do estádio é Asim Ferhatović Hase, homenagem a um ex jogador, ídolo do FK Sarajevo, mas também é conhecido como Estádio Koševo (nome do bairro onde está localizado.) e também Estádio Olímpico (devido aos jogos olímpicos de inverno de 84).
Grande momento do As Mil Camisas!
E, mais uma vez, obrigado Bajro!!! O Estádio Asim Ferhatović Hase foi inaugurado em 1947 e atualmente possui capacidade de 34.500 torcedores. Possui arquibancadas em todos os lados do campo. No dia da visitam, como pode se ver, a neve havia coberto a cidade e o campo, consequentemente. Vale lembrar que a Seleção Nacional da Bósnia e Herzegovina também manda seus jogos aí! O estádio foi inaugurado em 1947 e em 1984 foi reconstruído para os Jogos Olímpicos de Inverno de 1984. O estádio foi renovado pela terceira vez após a Guerra da Bósnia, em 1998. O resultado é um grande estádio, com bastante espaço para os torcedores locais. A torcida em Sarajevo também leva a sério o futebol, e prova disso é a Horde Zlae Sarajevo: A Guerra também teve influência no futebol local e as disputas nacionais foram paralisadas. O FK Sarajevo só disputava partidas amistosas viajando pelo mundo. Boa parte dos torcedores, incluindo os membros da Horde Zla juntaram-se ao Exército da República da Bósnia e Herzegovina e lutaram na guerra. Somente na temporada 1994-95, o futebol voltou a ativa com o primeiro campeonato da Bósnia e Herzegovina. Na temporada 2006-07, Sarajevo jogou pela primeira vez na UEFA Champions League com esse time (foto do site oficial do FK Sarajevo): Em 2013, Vincent Tan, um empresário malaio comprou o FK Sarajevo e logo de cara saiu campeão da Copa da Bósnia. Um último olhar antes de irmos embora… E nos despedimos do estádio do FK Sarajevo para conhecermos um pouco da história do seu grande rival, o Fudbalski Klub Željezničar (acesse aqui o site oficial do time)e seu Estádio, conhecido como “Grbavica” (que é o nome do bairro em que está localizado). O bairro também tem uma história triste relacionada à guerra. Segundo o que ouvimos, na avenida que está bem em frente ao estádio, um grupo de sérvios ocupou o lado direito e passou um fim de semana todo atirando em pessoas dos prédios em frente. O Estádio está tão incrustrado no bairro que existem várias lojas abertas ao público que ficam embaixo das arquibancadas. Željezničar significa “ferroviário” em Bósnio e foi escolhido porque o time foi fundado por trabalhadores da estrada de ferro em Sarajevo, em 1921. O Fudbalski Klub Željezničar, time dos ferroviários manda seus jogos no Stadion Grbavica, que fica no bairro homônimo, na periferia de Sarajevo. Fomos até lá, mas num primeiro momento ver o portão fechado nos desanimou… Mas, com a ajuda de uma moça que surgiu do nada com as chaves na mão nos permitiu entrar em mais um templo do futebol. Vamos conhecê-lo? O Fudbalski Klub Željezničar é conhecido por ser um celeiro de bons jogadores, e o resultado é que em 1972 venceu o campeonato iugoslavo, em 1985 chegou às semifinais da Copa da UEFA (primeira vez que um time da Bósnia chegou a tal colocação), e em 1998, venceu seu primeiro campeonato nacional, feito repetido em 2001 e 2002. O clube também detém três títulos da Copa da Bósnia (2000, 2001 e 2003). O Estádio Grbavica foi construído em 1940, e atualmente cabem pouco mais de 20 mil pessoas em suas arquibancadas! O Estádio está incrustrado no meio do bairro e das suas arquibancadas se pode ver a cidade e também as montanhas ao fundo. Além dessas arquibancadas ao redor do campo, vale registrar a grande parte coberta (que foi por onde entramos). Os bancos de reserva ficam bem em frente ao “setor VIP”, espero que não sejam muito corneteiros. Um último olhar e é hora de nos despedirmos deste lugar mágico! Ali está a saída! E é hora de finalizar nosso rolê boleiro por Sarajevo, conhecendo o Estádio Otoka, a casa do Fudbalski Klub Olimpic Sarajevo. Aqui o site oficial do time (clique aqui pra conhecer). O time utilizou esse outro distintivo por vários anos, e alguns torcedores não curtiram muito a troca… O Fudbalski Klub Olimpic Sarajevo foi fundado em Outubro de 1993 e desde então manda seus jogos no Estádio Otoka, construído durante a época do cerco à cidade e tornando-se a principal opção de esportes do distrito. O estádio parece pequeno, olhando por fora, mas é super bem aproveitado. Possui arquibancadas dos dois lados do campo. Incluindo uma arquibancada em forma oval, dando uma caracterítica visual única à cancha. Vamos dar uma olhada?Mais um estádio incrível registrado!
Ao fundo o bairro (ou distrito) de Otoka.
E assim, nos despedimos de uma cidade que com certeza roubou uma parte de nosso coração. Não só pelo futebol, mas por sua história e pelo jeito das pessoas que vivem ali. Pelo respeito às diferenças e por tudo o que nos ensinou nos poucos dias que estivemos por lá, eu espero que possamos voltar à Sarajevo…APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!
]]>Revisitando o estádio e a história do Nacional A.C.
Estádio Nicolau Alayon para torcer por uma vitória do nosso Ramalhão! Mas, ao mesmo tempo é mais uma chance de rever esse belo estádio, principalmente em um momento tão importante para o Nacional Atlético Clube: seu centenário! Parabéns à sua torcida e em especial ao pessoal da Almanac que segue apoiando o time em todos os jogos. Outra figuraça da torcida do Nacional é o Leandro Massoni Ilhéu que acaba de lançar o livro “Nacional: nos trilhos do futebol brasileiro” contando um pouco da história do time. Quem quiser adquirir, pode falar diretamente com o Leandro pelo Face dele (é só clicar aqui). Voltando ao estádio, mesmo sendo em um feriado prolongado, até que o público esteve razoável… Pessoal da Fúria Andreense, da TUDA e também os torcedores autônomos compareceram ao Nicolau para tentar estragar a festa do Naça: Em campo, o Nacional fez valer seu mando de campo e teve mais posse de bola, mas o Santo André saiu ganhando e foi pro segundo tempo com 1×0 graças a esse gol de penalty:
No intervalo é hora de por o papo em dia, destaque pro amigo “Gó“, que é até tema de música da nossa banda (o Visitantes), pra ouvir é só clicar aqui: Outro destaque para a primeira partida do Ramalhão da nossa sobrinha, a Bia! Mas, os destaques ficam por aí… No segundo tempo, o sol forte parece ter fritado a cabeça dos atletas e o que se viu foi a virada do Nacional (treinado pelo querido Jorginho, ex atleta do Ramalhão) pra cima do Santo André. Vitória merecida do Nacional. O Santo André precisa voltar aos trilhos caso ainda queira o acesso… Mesmo com a derrota, seguimos na oitava posição…