Como disse no post anterior, fico indignado com as sacanagens relacionadas à Copa do Mundo. Além disso, escrevo esse texto atrasado. Os 7×1 já passaram por cima da euforia da torcida brasileiro aniquilando a até então fervorosa paixão pela seleção. Mas, não posso negar o quanto me agradou a possibilidade de vivenciar essa “salada multicultural” proporcionada pela Copa.
Por isso, decidi dividir com vocês, mais algumas aventuras que vivi graças à Copa.
Pode parecer bobo, mas a começar pelo simples, mas alternativo outdoor que aproximou Guarulhos e sua população da seleção do Irã.
E por que estou comentando sobre um outdoor de Guarulhos se vivo em Santo André? É que no feriado de Corpus Christi tivemos a oportunidade de ir até Maceió pra curtir algumas das mais belas praias do mundo!
E se Guarulhos já estava no clima, dentro do Aeroporto pudemos vivenciar um pouco mais dessa mistura e assistimos em meio a muitos chilenos a eliminação da Espanha, ainda na primeira fase.
O Aeroporto de Guarulhos criou um espaço só para se assistir aos jogos. Aí, já viu né… Virou point de encontro de torcedores do mundo todo.
Desse jeito, o tempo passou rápido e em pouco mais de 2 horas de vôo, já estávamos baixando em terras alagoanas, no Aeroporto Zumbi dos Palmares!
Se esse fosse um blog dedicado ao turismo e às praias, gastaria um bom tempo falando sobre as praias de Maceió. São lindas e mesmo no inverno, pegamos temperaturas acima dos 30 graus.
Essa era a vista do nosso hotel, da praia do Pajuçara:
Mas, para colaborar com a divulgação das belezas naturais do nosso país, vou destacar algumas praias, a começar pela bela São Miguel dos Milagres, pra mim, um dos lugares mais loucos que já vi… Olha a cor da água…
E aí estou,com a camisa que ganhei dos amigos Juventinos Veganos!
Outra praia que merece destaque é Paripuera. Além dos tradicionais passeios até às piscinas naturais, também tem um belo encontro entre mar e rio (as chamadas barras).
Uma última dica (não que não existam muitas outras, mas só pra resumir o rolê praieiro) é a incrível Praia do Gunga. Você pode chegar de carro ou atravessando um pequeno rio de barco (sai da barra de São Miguel).
A praia é cercada de coqueiros e recebe visitantes de vários locais.
A população local de lagartos escondida nas casinhas de barro é incrível!
E a água, uma delícia!
Dá pra passar o dia inteiro no mar ou na água doce que também desemboca ali, do outro lado desse mar de guarda sol.
Bom, chega de mergulhos e praias lindas, vamos falar um pouco do lado boleiro da cidade. Lembrando que já falamos bastante do futebol local, graças ‘a visita que fizemos anos atrás, quando no nosso último dia perdemos a câmera.
Você pode relembrar esse rolê lendo o post que fizemos sobre ele, na verdade foram dois, então se você clicar aqui, vai ver um pouco mais, ou ainda pode ler os posts sobre as camisas do CRB e do CSA.
A primeira coisa para se falar sobre o futebol em Maceió é que a cidade não foi sede da Copa, mas pude sentir o gostinho da competição graças à seleção de Gana, que se hospedou na cidade.
A torcida local abraçou o time e tinha até bandeira da seleção passeando pela orla.
Difícil era chegar perto do hotel… Nada menos que o BOPE estava de plantão…
Por sorte, alguns integrantes da comissão técnica sairam pra um role e deu pra trocar umas ideias…
Mas, se a Copa tentou dar uma força ao futebol local, a realidade dos clubes de Maceió não está em sua melhor fase.
Infelizmente, mais uma vez acompanhamos um processo que me parte o coração: a morte de um estádio, e dessa vez, a vítima foi o Estádio Severiano Ribeiro, ali na Pajuçara mesmo, onde o CRB treinava e chegou a mandar alguns jogos.
Quando estivemos ali, anos atrás, pudemos até assistir uma partida do CRB, mas dessa vez, infelizmente o Estádio já não pertencia mais ao clube, mas sim a uma rede de supermercados que construirá ali mais uma obra prima do capitalismo. E venderá muito mais do que a antiga “Boutique do CRB”…
Pra piorar, o estádio parecia estar todo fechado, mas… quando pensávamos em nos limitar a registrar o entorno do estádio, encontramos um portão aberto…
Ao adentrar em mais um templo do futebol, a surpresa… Onde está o estádio?
Opa, ali a placa que confirma, não estou no lugar errado, estou mesmo no lugar que foi o Estádio…
A arquibancada que tantas emoções recebeu já se prepara para seu triste fim, provavelmente demolida…
Do lado oposto, a arquibancada descoberta começa a ser coberta pelo mato…
O gol, símbolo mor do nosso futebol, já não resiste. Caiu.
O mato, em áreas que costumavam ser o gramado, em alguns lugares chega a ter quase 30cm de altura…
Claro, não se pode negar as questões econômicas, que guiam não só o futebol. Por conta das dívidas e as dificuldades financeiras, o CRB teve que se desfazer do estádio.
Mas também não dá pra negar a tristeza no Brasil que se auto proclama o “País do futebol” ter um estádio derrubado para dar lugar a um supermercado…
Por outro lado, ao hospedar a seleção de Gana, a cidade de Maceió viu o Estádio Rei Pelé em alta.
Pena que no dia em que passamos por lá, os treinos estavam fechado para o público.
Só o que pudemos fazer foi passear pelo entorno do estádio, admirando sua beleza!
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