Minha nossa… 27 de fevereiro, em plena segunda feira a noite (20hs) e lá vamos nós acompanhar a fase final dessa primeira fase do Paulistão 2023, em que o EC Santo André desenvolve uma instável campanha, mas alcançando seus principais objetivos do ano: a manutenção na série A1 e a classificação para a série D de 2024.
O time visitante trouxe como principal celebridade o goleiro Muralha, que fez boa partida garantindo a vitória dos visitantes.
Pouco mais de mil torcedores se arriscaram numa segunda feira a noite para acompanhar o time no Estádio Bruno José Daniel.
O jogo marcou a estreia do novo treinador Matheus Costa.
O Joel também estreou bandeira nova:
O time até começou bem, mas na primeira descida do Mirassol os visitantes fizeram 1×0. Daí pra frente foi sofrer coletivamente ao lado da nossa torcida…
A nota triste fica pela notícia que chegou no começo do jogo: nossa amigo Seo Jorge se foi… Agradeço a amizade, espero que a família consiga ter a paz necessária para esse momento tão difícil…
Quinta feira, 16 de fevereiro de 2023! Vista sua camisa do Ramalhão, porque hoje é dia de uma daqueles jogos pra se lembrar no futuro! Se ainda não tem a sua, tá na hora de comprá-la na “lojinha” montada no próprio estádio durante o jogo!
O Ramalhão vem a campo assim:
Sinta a atmosfera da bancada:
Aí estão os time perfilados prontos para o início da partida!
E a bancada Ramalhina? Como está?
Se liga no clima da Esquadrão!!!
A Fúria também está lá!
E os meninos e meninas da Fúria parecem animados!
Olha aí o pessoal da TUDA:
Claro que a Torcida Jovem e demais torcedores do Santos também vieram pro jogo!
Diferente dos outros jogos do Paulistão 23, na partida contra o Santos, o que se viu foi um Santo André muito mais ousado, propondo o jogo e fazendo se valer o mando de campo
Só de bola aérea foram 4 ou 5 grandes chances desperdiçadas ou defendidas pelo bom goleiro João Paulo. Fossem nas faltas…
Ou nos escanteios…
E mais uma defesa…
Dei um role pelo estádio para registrar um pouco da galera na arquibancada, porque estávamos vivendo uma noite muito legal, mesmo que nossa torcida não tenha comparecido como acreditávamos que iria:
Uma pena que mesmo eu, que tenho pouquíssima habilidade para fotografias, tenha conseguido registrar várias famílias, amigos e a galera em geral na nossa bancada, e o perfil oficial do clube insiste em não dividir as imagens da torcida nas nossas redes sociais.
Do lado local e também do visitante:
A zaga do Santo André conseguiu barrar bem as investidas do Santos.
Aí, o treinador Vinícius Bergantin, que na minha humilde opinião vem fazendo um trabalho muito bacana, levando o Ramalhão a mais uma boa campanha!
Olha aí o amigo Joel, responsável pelo “Museu do Ramalhão“!
O primeiro tempo chega ao fim, com uma sensação de que o mais importante ficou faltando: o gol do Ramalhão. E o segundo tempo voltou com tudo!
A torcida Ramalhina viu a chuva cair e se alguns preferiram se proteger em uma área coberta, outros entraram em estase…
E no meio do aguaceiro o que esperávamos aconteceu… Gol do Ramalhão!! E claro, como eu sou torcedor e não jornalista, não consegui pensar em fazer outra coisa além de comemorar…
Pra nós a imagem do placar com o Ramalhão na frente é um enorme motivo de orgulho!
Que grande festa pudemos viver, pelo menos por alguns instantes!
E o Santo André teve algumas chances para ampliar o placar…
A chuva não conseguia abaixar a temperatura do jogo e da arquibancada. Pra quem torce pro Santo André, o impossível não existe!
Outra chance…
Infelizmente (para nós, claro), o Santos empatou aos 43 e só não saiu com os 3 pontos porque o VAR anulou, corretamente, o gol do time da baixada…
Agora, a festa rolava na torcida visitante!
Mesmo assim, os amigos de bancada seguem firme no apoio!
É ou não é?
Foi uma grande noite. Merecíamos a vitória, mas o Santos mostrou que tem brio e que dificilmente vai cair.
Vencendo, perdendo… Jogando bem, jogando mal… Na 1a divisão ou na Paulista Cup jogando o sub 15… Sempre estaremos lá. E os que olham do lado de fora… Nunca vão entender!
Nesses mais de 15 anos do As Mil Camisas, poucas missões para registrar estádios falharam. Infelizmente a cidade de Caçapava foi um destes casos, mas mesmo assim, hoje vamos recordar um pouco da linda (e antiga) história do futebol por lá.
Esta é mais uma cidade que nasceu dos conflitos entre os povos originários e bandeirantes que buscavam novas terras, pedras e minerais preciosos além de escravizar os indígenas. Alguns destes sanguinários bandeirantes seguiram o curso do Rio Paraíba do Sul, enfrentando o povo Puris, pertencente ao tronco linguístico macro-jê, aqui, registrados no século XIX por Van de Velden:
E aqui, por Johann Moritz Rugendas, no século XIX:
Os Puris acabaram abandonando suas terras em direção da Serra da Mantiqueira, mais ou menos como o Iron Maiden canta em “Run to the Hills“, em referência à história americana:
Aos poucos, os invasores passaram a ocupar o vale do rio Paraíba originando o que seriam as cidades do leste do estado, como São José dos Campos, Jacareí, Taubaté e a querida Caçapava, cujo nome deriva do termo tupi guarani caá-sapab (algo como “mato vazio”, devido à clareira que existia no local).
Inicialmente pertencente à Taubaté, o povoado de “Cassapaba” foi crescendo ao redor da capela construída em 1706 que daria origem à Igreja de Nossa Senhora D’Ajuda.
A partir do século XIX, questões políticas levaram a população a viver na fazenda de João Dias da Cruz Guimarães, onde existia uma capela de São João Batista. Ali, iniciou-se o núcleo que se tornou a atual cidade de Caçapava. O velho povoado tornou-se o bairro do “Caçapava Velha“.
A base da economia era a produção cafeeira realizada pelos escravizados, com fazendas importantes em Caçapava, que também produzia cana-de-açúcar, fumo e gêneros alimentícios. Até hoje, o comércio local movimenta a economia, esse é o Mercado Municipal:
Em 1° de outubro de 1876 é inaugurada a estação ferroviária.
A ferrovia ajudou a trazer a industrialização para a cidade que passou a contar com empresas do ramo têxtil, depois chegaram a Mafersa (material ferroviário) e a Providro (que também teve um time profissional como veremos na parte final deste post). Olha quantas indústrias existem atualmente só ali às margens da Dutra:
Assim, chegamos à Caçapava de hoje em dia que vê o desenvolvimento chegar com força total e fez no futebol mais uma vítima desse crescimento… Estivemos na cidade pouco tempo depois da demolição do estádio da AA Caçapavensena região central.
A Associação Atlética Caçapavense foi fundada em 9 de dezembro de 1913 e tinha sede na rua Capitão João Ramos (atual agência do Banco do Brasil) mudando-se em 1941 para a Avenida Cel. Manoel Inocêncio, onde estava o Estádio Capitão José Ludgero de Siqueira até 2013 quando foi vendida e completamente demolida…
Estivemos lá alguns meses depois da demolição e já havia um estacionamento construído na esquina do terreno, onde antes ficavam as bilheterias…
Fiquei tão decepcionado que não encontrei as fotos que fiz do local… Por sorte o Google Maps ainda mantém como imagens um cenário bem parecido com o que visitamos.
O local é bem no centro da cidade e imagino que realmente não fazia mais sentido um campo, há décadas dedicado apenas ao futebol amador, ocupar um espaço tão importante…
Dá pra comparar com uma imagem mais antiga:
Após vários anos disputando amistosos e torneios amadores, em 1918, a AA Caçapavense estreia no Campeonato do Interior (organizado pela APEA), na Zona Central do Brasil. Em 1920, se classifica para a fase final, mas perde para o Corinthians de Jundiaí. Em 1921 venceu o Elvira e empatou com o Taubaté, em partida que teve invasão de campo pela torcida de Caçapava. Esse era o time de 1921:
A área do Estádio Capitão José Ludgero de Siqueira foi adquirida em 1915 e em junho de 1922 enfim foi inaugurado com uma incrível partida entre a AA Caçapavense e o Clube de Regatas Flamengo!
O Flamengo leva para casa a Taça Elias, ofertada por comerciantes da cidade, vencendo o Caçapevense por 5×0.
A partir de 1922, a Zona Central do Brasil passa a ser bastante disputada, com times de diversas cidades da região.
Esse é o time de 1925:
Em 1928,, a AA Caçapavense sagra-se campeã da sua região, mas acabou sendo desclassificada na fase final. A AA Caçapavense disputa o Campeonato do Interior até 1930, apenas deixando de participar das edições de 1924 e 29.
Imagina se você dissesse pra essa galera que esse lugar ia virar um estacionamento, algumas décadas depois…
Talvez tenha faltado passar esse amor pelo futebol para seus filhos, filhas, netos e netas…
Claro… O mundo hoje é outro, mas fico me perguntando como deve ter sido mágico vivenciar as aventuras da AA Caçapavense na primeira metade do século XX…
E como era linda a arquibancada coberta do Estádio Capitão José Ludgero de Siqueira:
Olha que uniforme lindo!
A AA Caçapavense volta às disputas locais até 1946, quando disputa novamente o Campeonato Paulista do Interior, agora organizada pela Federação Paulista e embora campeã da sua zona, o time foi eliminado na fase regional.
Após esta disputa única, o time mais uma vez se ausenta das competições oficiais e volta a jogar torneios amadores e regionais.
Aqui o time de 1958:
O time de 1961:
A AA Caçapavense ressurge na década de 60 para aventurar-se no profissionalismo disputando a Terceira Divisão da Federação Paulista de 1964, e o time terminou na 6a colocação da 1a série.
Em 1965, terminou a 5a colocação:
Em 1966, o time sagra-se campeão do seu grupo…
Mas acaba abandonando a 2a etapa da competição e desistindo do profissionalismo.
Atualmente, a AA Caçapavense, centenária desde 2013 possui uma nova sede no Jardim Maria Cândida, voltada aos associados.
Antes de finalizar o post, vale falar um pouco mais da empresa Providro citada anteriormente.
A empresa tinha tamanha importância na cidade e envolvimento com seus funcionários que acabou dando origem a um time de futebol em 17 de agosto de 1964: o Clube Providro. Segundo o site Futebol Nacional existiram dois distintivos:
Em 1966, o Clube Providro se aventurou no futebol da Quarta Divisão.
Só achei uma foto no Facebook dizendo ser do time, mas já nos anos 70:
12 de fevereiro de 2023. Um domingo de verão chuvoso ajudou a esfriar a cabeça dos torcedores do Ramalhão que vinham de duas derrotas em casa. A Inter de Limeira que vem bem no campeonato seria o adversário da noite…
Pra dificultar ainda mais a vida do Ramalhão, o jogo seria em Limeira, no Major José Levy Sobrinho o tradicional Limeirão, lindo estádio inaugurado em 1977, com o jogo Inter 2×3 Corinthians para 44 mil torcedores.
Em campo, duas equipes com campanhas muito próximas, ainda na busca dos pontos necessários para parar de se preocupar com rebaixamento e finalmente começar a sonhar com classificação.
Hoje, a capacidade de público do Limeirão é de 18 mil pessoas, mas talvez a chuva tenha dado uma desanimada no público que chegou a ocupar pouco mais de 10% do tamanho total (cerca de 2.242 torcedores)…
Sente aí o clima do pré jogo:
Vale reforçar que a Inter de Limeira possui várias organizadas, que tem apoiado o time dentro de fora de casa! É importante valorizar a presença do torcedor local. A cada dia é mais difícil times fora dos “óbvios” conquistarem os corações dos jovens, e mesmo assim, o time do interior tem conseguido se manter firme junto à população local.
A Inter começou no ataque, até por jogar em casa, mas logo o Santo André passou a responder não só nos contra-ataques mas também propondo alguns ataques!
Depois de muitos anos sem acompanhar a Inter no campo, os últimos anos trouxeram diversas oportunidades para ver o time de Limeira contra o Santo André, incluindo uma final de A2! E eu fico muito feliz de poder estar tantas vezes nesse estádio, que é de uma importância enorme para o futebol brasileiro.
A torcida da Inter de Limeira vem fazendo bonito nos jogos, e mesmo que neste jogo não estejam com tanta gente quanto o esperado, fizeram bastante barulho em apoio ao time local!
Mas nossa torcida também tem apoiado, mesmo fora de casa cantando sem parar!
Olha aí nosso banco de reservas:
No segundo tempo o Santo André voltou muito melhor. Arrisco dizer que foram os melhores 45 minutos do campeonato. De encher os olhos.
E depois de alguns dias de dor de cabeça, de críticas e medo, chegou a nossa hora de comemorar: Inter 0, Santo André 1!!!
Não há como negar… Estávamos preocupados com os resultados que não vinham, com o rebaixamento e mesmo com a atuação do time… Por isso o resultado foi ótimo!
A nossa turma que pegou uma baita chuva até chegar em Limeira voltou feliz pra casa!
Claro que eu fiquei hiper feliz! E agradeço aos amigos de viagem: Ovídio, Marques e Sandro Gaúcho!
Por fim, destaque pro Júlio Vitor, que entrou no segundo tempo e que fez a alegria da nossa torcida!
Todo respeito à Inter, sempre! Mas como foi bom poder celebrar uma vitória num momento t˜ão complicado!
A festa foi até o vestiário!!
E pra quem quer saber quanto o time está identificado com o projeto, se liga nos próprios jogadores cantando o hino do Ramalhão no vestiário
Acho que o torcedor em geral tem sofrido com certa falta de paciência independente da divisão do seu time. O Paulist˜ão é um campeonato cada vez mais competitivo e muitas vezes acabamos vendo nosso time não produzir o que esperamos. Será que nessas horas o nosso papel não deve ser de apoiar antes de tantas críticas?
9 de fevereiro, o Paulistão 2023 não para! E mesmo em um horário difícil (18hs) lá vamos nós acompanhar mais um jogo do Ramalhão, que foi assim a campo:
Um fim de tarde quente de verão… Água pra refrescar o campo e os poucos (cerca de 970) torcedores que compareceram ao jogo. Mal sabiam o quanto sua cabeça ia esquentar até o fim do jogo.
Os times entram em campo para mais um “derbi regional do ABC”.
Sem dúvida, 2023 ficará marcado pelas bandeiras de mastro que voltaram a desfilar em nosso estádio!
A torcida do Água Santa (que sempre nos recebe bem lá em Diadema) também compareceu!
E lá vamos nós para mais uma experiência!
O Santo André teve um primeiro tempo “morno”, ainda que algumas chances tivessem animado a torcida local.
Mas Bruno Mezenga, aos 16 minutos fez 1×0 pro Água Santa.
Volta o segundo tempo e o Santo André prometia correr atrás do placar…
Mas novamente Bruno Mezenga ampliou a vantagem dos visitantes: Água Santa 2×0 para a tristeza da torcida ramalhina…
O Santo André fez uma série de substituições e até chegou perto do seu gol…
Mas o placar acabou 2×0 e deixou desolada a torcida Ramalhina… Aos amigos e demais torcedores fica a nossa solidariedade… Nos vemos em Limeira, no domingo!
Santos é uma cidade bastante próxima de Santo André. Por várias vezes já estivemos lá seja por conta de trabalho, pra curtir a praia o futebol ou mesmo pra curtir a orla e ficar procurando prédios tortos.
É também uma cidade com uma história incrível! Teve sua ocupação inicial feita pelos indígenas, depois pelos europeus, mas ainda no século XVI (no natal de 1591), chegou a ser invadida pelo corsário inglês Thomas Cavendish… Enfim, dava pra fazer um verdadeiro filme (ou série) de aventura sobre a Santos!
Existe uma porção de igrejas que também atraem os religiosos, e dentre elas a Basílica de Santo Antônio do Embaré sempre me chama a atenção pelo visual gótico (embora ela seja neogótica), inaugurada em 1945, mas que tem como origem uma capela de 1875, erguida pelo “Visconde do Embaré”.
Também me chama a atenção o prédio da antiga estação de trem, atual Estação da cidadania:
Mas hoje, nossa visita vai falar de importante herança portuguesa em Santos, o Estádio Ulrico Mursa, a casa da Associação Atlética Portuguesa, a Portuguesa Santista, ou mais carinhosamente, a Briosa!
O nome do Estádio é uma homenagem a Ulrico de Souza Mursa, engenheiro e diretor da Cia. Docas de Santos, que doou em 1914 o terreno para a construção do estádio da Portuguesa em 1917.
O Estádio tem uma localização muito boa, na região central da cidade, na Av Senador Pinheiro Machado, 240 no bairro do Marapé, ao lado da Santa Casa de Misericórdia.
O Estádio Ulrico Mursa foi inaugurado em 5 de dezembro de 1920, sendo o 9º estádio mais antigo do país e o 2º mais antigo do Estado de São Paulo. E chegou a hora de você conhecê-lo por dentro!
Atualmente, sua lotação máxima é de 7.635 torcedores, sendo cercado por arquibancadas em 3 lados, na lateral da entrada do estádio.
Veja que lindo o placar:
Aqui, o meio campo:
O gol da direita:
O gol da esquerda:
Olha que linda a arquibancada coberta:
A inauguração do Estádio foi logo com uma goleada: Portuguesa Santista 6 x 0 Sírio, em 5 de dezembro de 1920.
O recorde de público ocorreu em 1952, em jogo contra o Corinthians, onde 12.500 torcedores compareceram ao Ulrico Mursa.
Uma das conquistas mais importantes da Briosa foi a Fita Azul em 1959, e ela tem uma placa no estádio que lembra os 35 anos desse lindo momento!
O Santos FC estreou no estádio em 1923, e a AA Portuguesa venceu por 1×0.
Ali estão as cabines para transmissão:
Em 1929, a AA Portuguesa recebeu e goleou o Vitória de Setúbal por 4 a 0, na primeira partida internacional do estádio.
Mas a vida do torcedor da briosa não é fácil, nos últimos anos surgiram boatos da venda do estádio e foi preciso união entre torcedores e a cidade para não deixar uma loucura dessas ir adiante.
Que o time leve seu lema cada dia mais a sério e que a AA Portuguesa siga lotando esse lindo estádio!
Domingo, 5 de fevereiro de 2023. Um dia de muita expectativa que terminou triste para a torcida do Santo André. A partida terminou com vitória dos visitantes por 1×0, com gol aos 48 do segundo tempo. Sinta o clima do jogo desde a chegada da torcida:
A garotada do Projeto Raízes esteve presente, quem sabe despertando a paixão pelo time da cidade nesses novos corações?
Um dos responsáveis pelo projeto é o nosso eterno craque Arnaldinho!
Outro envolvido é o Marcos Cidade, que também fez história no Ramalhão, aqui com o Ovídio e com outro que fez parte da nossa história, o Jobel!
Times perfilados… A partida está para começar!
Se a torcida visitante se fez presente, a nossa também esgotou os ingressos e lotou o nosso lado!
Mais um dia para viver o futebol do Ramalhão ao lado dos amigos! Até o Nicão, sumido, resolveu aparecer!
E se o jogo começou, é hora do bandeirão da Fúria aparecer!
O Ramalhão foi a campo assim:
Os bancos de reserva tem dois nomes que representam uma nova escola entre os treinadores: de um lado, Rogério Ceni.
Do outro, o nosso querido Vinicius Bergantin!
A torcida do São Paulo se fez presente em bom número!
Olha aí a Dragões da Real:
E aqui a Independente:
Em campo, Gérson Magrão teve uma incrível chance de abrir o placar para o Ramalhão, mas acabou sendo travado no último segundo… Lucas Frigeri, goleiro do Santo André também fez mais uma boa partida, assim como o sistema defensivo como um todo.
O primeiro tempo termina em 0x0 e na volta, o Ramalhão se apoia para buscar o improvável…
Olha a turma da TUDA aí!
Sem dúvida, um dia inesquecível! E vamos Ramalhão!!!
E na arquibancada, a gente não para!
O segundo tempo começa e o Ramalhão parece voltar melhor, tomando a iniciativa por várias vezes!
Mas a torcida também se assusta com as chegadas do São Paulo…
Mais uma vez, a torcida apoiou o tempo todo!
Vale o destaque pro craque Dudu Vieira!
E o pessoal da Esquadrão também tava por lá!
Curta essas lindas cenas de estádio cheio… Das pessoas da nossa cidade se divertindo em nossas arquibancadas…
Que possamos ver nossa bancada assim mais vezes!
E não é que o Ramalhão chegou aos últimos minutos da partida jogando melhor que o São Paulo e criando várias chances? Festa nas bancadas!
Massssssssss… O jogo só acaba quando…. Você sabe…. 48 do segundo tempo… o jogo não terminou…. o São Paulo fez 1×0 e…. transformou essa tarde linda em um pesadelo.
A 199ª camisa do nosso site traz a história de um time mineiro de nome complicado: Sociedade Desportiva Yuracan Futebol Clube!
O time foi fundado em 3 de maio de 1934 na linda cidade de Itajubá (Ita é pedra em tupi e Jubá, ou Djubá, significa amarelo, por conta do ouro). Estivemos lá há a (veja aqui como foi):
Claro que aproveitamos para conhecer a casa do Yuracan, o Estádio Coronel Belo Lisboa:
Vale a pena lembrar que Dondinho, pai de Pelé, também atuyou pelo no time do Yuracan. Em 1939, ele fez cinco gols de cabeça na vitória por 6 a 2 no clássico contra o Smart.
Em 1943 o Yuracan foi até a cidade de São Lourenço enfrentar a equipe do América/RJ em partida amistosa, no Estádio Jayme Sotto Major, empatando o jogo.
Em 1947, disputou um amistoso com o São Cristóvão/RJ vencendo por 3×2.
Nessa época, o principal campeonato era o amador municipal e o Yuracan conquistou muitos títulos!
O Yuracan FC disputou diversas competições amadoras, mas em 1969 estreou no profissional, jogando pelo acesso! Esse era o time:
Tinha até torcida feminina!
Mas o Yuracan já tinha uma equipe feminina desde 1958!
Disputou ainda os campeonato de 1982, 1983, 1984, 1985 e 1990, além da Copa de Minas Gerais em 2004 e a Taça Minas Gerais em 2005. Esse é o time de 1980:
Esse é o time de 1984:
E este, o de 1985:
E se tinha jogo do Yuracan, lá estava sua torcida!!!
Em janeiro de 1995 o Yuracan fez um amistoso oficial contra a equipe do Flamengo-RJ para mais de 6.500 torcedores presentes no Estádio Coronel Belo Lisboa!
O fim de 2022 nos reservou uma ótima surpresa: uma inesperada possibilidade de viajar até Fortaleza!!!
Sabe o que isso significa? Tempo de praias!!!
Rios que se encontram com o mar…
Paisagens inesquecíveis…
Rolê de buggy…
E também tempo pra conhecer um novo lugar e sua história… Seja bem vindo a Fortaleza!
O local em que hoje está a cidade tem sido ocupado por seres humanos há mais de 2 mil anos: os primeiros a chegar foram os indígenas tapuias. Num segundo momento, os tapuias acabaram expulsos para o interior pelos tupis que chegavam da Amazônia, entre eles os potyguara, os “comedores de camarão”.
Fortaleza guarda ainda um mistério: será que foi ali que em janeiro de 1500, o espanhol Vicente Yáñez Pinzón teria desembarcado antes de Cabral?
A partir de 1603, os portugueses iniciaram a ocupação batizando o povoado de Nova Lisboa. Tempos depois, sofrem uma tentativa de ocupação holandesa que é duramente combatida. Vitoriosos, os lusos passam a se fazer cada vez mais presentes, invadindo os sertões, sendo enfrentados com muita luta e resistência pelos indígenas.
Em 1726, o povoado do forte foi elevado à vila. Em 1799, Fortaleza foi escolhida capital e em 1823 a vila se tornou a cidade. A partir do século XX cresce rapidamente, tornando-se uma verdadeira metrópole, mas que ainda mantém uma alma própria bastante simpática!
Vale reforçar que Fortaleza teve um posicionamento abolicionista muito forte que terminou em um levante popular em 1881, protagonizado pelos jangadeiros liderados por Dragão do Mar, que findou o tráfico de escravos na capital.
Foi lá que demos oficialmente início a este ano de 2023!
E como o ano não poderia começar sem um grande Estádio, fomos conhecer a Vila Olimpica Elzir Cabral, a casa do Ferroviário Atlético Clube!
Já escrevemos sobre as camisas do Ferroviário AC (confira aqui como foi), mas vale a pena ressaltar a origem operária do time, fundado em 9 de maio de 1933 (naquele momento com o nome Ferroviário Football Clube) por trabalhadores do Setor de Locomoção da Rede de Viação Cearense (RVC),
Mas tive que abrir espaço nos armários porque tem uma nova (e linda!!) camisa do Ferrão chegando!!!
Comecemos então a dividir o visual do Estádio, pelo seu pórtico de entrada:
Como podemos ver, o Estádio Elzir Cabral é todo decorado nas cores tricolores.
Veja como era a entrada na época da inauguração do estádio, em 1967:
Em frente o estádio está a praça dos Ferroviários, com uma estátua sem identificação… Quem seria?
Adentrando ao estádio, chegamos nas arquibancadas que ficam atrás do gol:
E antes de adentrar ao campo de jogo fui conhecer a incrível sala de troféus do Ferroviário AC.
Po, no meio de tantas taças eu fui encontrar uma que eu desejo demais… a da série D!
Também passamos pelo painel da imprensa e pude entrevistar a nova contratação do Ferrão!
Mas acho que chegou a hora de adentrar ao campo…
Há arquibancadas também na lateral do campo, onde pode se ver quatro cabines (3 pra imprensa e uma pra PM)…
Além de reforçar que você está na casa do primeiro campeão brasileiro da capital cearense!
O estádio não costuma receber grandes jogos, porque tem uma capacidade de público pequena, mas é um verdadeiro alçapão!!
Aí está o banco de reservas do FAC:
Como sempre fazemos, segue o registro do meio campo (aqui, olhando do lado da arquibancada):
O gol da esquerda, onde pode se ver um pequeno prédio que serve de apoio:
Aqui dá pra se ter ideia da estrutura:
Aqui, o gol da direita (foi por ali que entramos!):
Atrás do gol também temos a arquibancada tricolor!
O gramado estava pronto pra receber o treinamento daquela tarde, que serviria de preparação para o jogo da “Pré-Copa do Nordeste” que rolaria no dia depois de nossa volta 🙁
Aqui, a visão estando do outro lado, o meio campo:
O gol da esquerda:
E o gol da direita:
O estádio tem vários espaços diferentes com muito cuidado com a imagem do time.
Po, e que tal esse momento com o craque e agora treinador Paulinho Kobayashi?
Um último olhar estando nas arquibancadas atrás do gol por onde entramos:
Um grande abraço ao amigo Lenílson, que fez possível esse nosso registro. Ele é o assessor de imprensa do Ferroviário e tem feito um belo trbaalho de resgate de memória e valorização do clube!
E um abraço especial também pro pessoal da torcida Resistência Coral!
Só nos restava fazer parte “teoricamente” do jogo da noite seguinte…
O rolê por Fortaleza foi mágico. O Nordeste brasileiro tem algo de apaixonante… O povo, a natureza, o clima… Espero poder voltar. E boa sorte ao Ferroviário AC nas disputas de 2023!
Localizada na Serra da Mantiqueira, a pouco mais de 60km da capital, Piracaia tem se tornado um importante ponto turístico de São Paulo graças a sua estrutura geral, suas cachoeiras e a represa:
Vale ressaltar que a Igreja Matriz de Santo Antonio da Cachoeira, de 1891, também leva diversos turistas à cidade, porque no seu teto estão pintados os rostos de todos os Papas de São Pedro até Francisco.
Além disso, a cidade tem vários pontos que mantém a arquitetura do início do século XX (e talvez de fins do século XIX):
Oficialmente, Piracaia foi fundada em 9 de novembro de 1817, como um bairro de Nazaré Paulista, mas como todas as cidades deste chamado “Brasil”, existia vida antes da chegada dos europeus, e em memória dos indígenas um dos principais folclores da cidade é o “Caiapó de Piracaia”, desde a década de 1910, um evento envolvendo homens e mulheres, com lanças, arcos e flechas. Não sei até que ponto este ato se conecta às origens indígenas da cidade, mas…. Vale citar, certo?
O futebol chegou à cidade na década de 1910, com Eduardo Silva Pinto que trouxe da capital a primeira bola e, junto de outros rapazes (entre eles Agripino Herdade, que doou o terreno para a construção do campo, dando nome ao Estádio), fundaram o Piracaia FC em 13 de junho de 1913, na época como “União Athletica Piracaiense”.
Logo uma reunião decidiu pelo nome que segue até os dias de hoje: Piracaia Futebol Clube (PFC).
Em 2013, completou seu primeiro centenário e teve uma série de ações comemorativas.
Assim, lá fomos nós conhecer o Estádio Agripino Herdade, inaugurado em um empate por 2×2 contra o São João Futebol Clube, de Atibaia.
Em 17 de junho de 1917, ocorre a primeira partida contra o Bragança FC, que antes do surgimento do Bragantino, seria um grande rival local do Piracaia FC.
Na década de 20, partidas contra adversários locais como a AA América fizeram a cidade se apaixonar pelo esporte!
Já nos anos 30, o time “extra” do CA Bragantino enfrentou o Piracaia FC e goleou por 5×0, em 1931. Em 1933, na inauguração do Estádio das Pedras (o atual Estádio Nabi Abi Chedid) o time principal do Piracaia FC enfrentou o segundo quadro do Bragantino na partida preliminar e acabou derrotado por 2×1.
O primeiro embate entre os times principais do Piracaia FC e do Bragantino ocorreu apenas em 1940 e terminou em um emocionante 2×1 para o time de Bragança que jogava em casa.
Em 1946, o Piracaia FC recebeu em seu estádio o Bragança FC mas o fator casa não ajudou: 4×1 para os visitantes.
Em 1948, o Piracaia FC debita no Campeonato Amador do Estado no grupo do setor 7 ao lado do Bragantino, AA Cetebê (atual GE Atibaiense) e São João FC de Atibaia, AA Socorrense e União AC de Socorro e o time sagra-se campeão do grupo, vencendo o Bragantino fora de casa por 4×1!
Além de bater um bolão em campo, a Gazeta Esportiva daquele ano descreveu um pouco do lado “briguento” do quadro local:
Com o resultado, o Piracaia FC passa a ser chamado de “Fantasma da Bragantina“, alcunha que se encontra descrita até hoje em seu estádio!
Em 1949, a Gazeta trouxe um outro amistoso entre o Piracaia FC e o Laborterapica FC (campeão da LEC):
Nos anos 50, mais uma vez faz história ao participar do Campeonato Amador do Estado de 1955, terminando o grupo como vice-campeão metendo um 6×3 no outro time de Bragança (o Ferroviários AC) que foi o grande campeão. Esse time foi registrado nas páginas da Gazeta Esportiva:
A Gazeta Esportiva noticiou um amistoso contra o EC Internacional de Campo Limpo:
Em 1958, mais uma disputa do Campeonato do Interior:
Em 1962, o Piracaia FC sagrou-se campeão da Liga Bragantina de Futebol enfrentando Ferroviários AC, Legionário EC, São Lourenço EC, o time de amadores do CA Bragantino, Pinhalzinho FC, Tuiuti FC e Domínio FC de Piracaia.
De lá pra cá, muita coisa mudou na sociedade e também no futebol, mas o time segue atuando em competições amadoras exibindo com orgulho a camisa alvi rubra do Piracaia FC
Após essa breve recordação sobre o time, vamos voltar ao seu lindo estádio!
Ah, isso aí na entrada é um matadouro! 🙁 Que triste um lugar assim tão perto do estádio…
Essa é a parte de dentro do portal de entrada do estádio.
Mas vamos entrar e conhecer melhor o campo!
Vamos ver o campo de jogo!
Aqui, o meio campo:
Gol da esquerda (por onde entramos):
O estádio possui arquibancadas também lá do outro lado, na lateral do campo:
Gol da direita onde está o pórtico de entrada em frente o matadouro.
Os bancos de reserva:
O estádio possui algumas estruturas dentro dele, que servem de bar e de espaço pra curtir uma sombra!
E no andar de cima do portão de entrada o pessoal tava fazendo aquela tradicional reunião pra definir ações futuras.
Vale reforçar o visual ao redor do estádio…
Hora de se despedir de mais um templo do futebol, sempre na torcida para que esses times sigam existindo e disputando campeonatos!