Nacional 2×1 XV de Jaú (Segunda Divisão 2023)

Quarta feira, 16 de agosto de 2023
São Paulo é a cidade que não para, mas consegui dar uma parada no meio do trabalho para chegar até o Estádio Nicolau Alayon e acompanhar um incrível embate entre um time da capital e um digno representante do interior!

O Estádio Nicolau Alayon, também conhecido como Estádio da rua Comendador Souza, recebe partidas do Nacional desde 1938. Já parou pra pensar que talvez nem seu avô tinha nascido quando o Naça fez ali sua primeira partida?

O Estádio homenageia Nicolau Alayon, um uruguaio que foi dirigente do time, na sua origem.

O Nacional é um dos primeiros times de São Paulo e do Brasil, já que Charles Miller foi funcionário da São Paulo Railway (SPR) e acabou trazendo a cultura do futebol para os ferroviários que fundaram o São Paulo Railway Athletic Club em 16 de fevereiro de 1919, assumindo um caráter de clube operário.

Em 1946, chega ao fim a concessão da SPR e com a nacionalização da estrada de ferro, o clube precisa modificar sua denominação e inaugura o “novo nome” contra o Flamengo, jogando o primeiro tempo como “São Paulo Railway AC” e o segundo como Nacional Atlético Clube, em um Pacaembu lotado. O Flamengo venceu por 5×3. Leia no site O curioso do futebol, uma matéria legal sobre esse jogo (a foto abaixo é de lá):

O Estádio Nicolau Alayon foi inaugurado em 15 de maio de 1938 em partida contra o Corinthians (que venceu por 2×1).

Atualmente, o Estádio segue sendo a casa do Nacional e tem até uma loja oficial!

Ainda que atrasado uns 20 minutos, finalmente comprei meu ingresso e me encaminhei para assistir ao jogo.

Eu não tive muita vivência no Nicolau Alayon como tive em outros estádio próximos, mas já estive em pelo menos umas 15 partidas por aí e posso dizer que o Estádio gera em mim uma série de recordações e mesmo imaginações sobre o futebol no século passado…

Até por isso, faço questão de registrar a presença nesse embate incrível entre interior e capital!

Nem bem cheguei e saiu o gol do XV de Jaú…

Até achei que fosse o primeiro gol da partida, mas tratava-se do gol de empate dos visitantes.

Mesmo sendo uma quarta feira, a torcida visitante se fez presente!

Bem como a torcida local!

Sinta aí o clima do Estádio:

Olha aí o pessoal da Almanac, a torcida organizada do Nacional!

As bandeiras do pessoal da Almanac dão uma cara bem legal a essa arquibancada atrás do gol, com direito a lembrar da FEPASA e eu que venho de família ferroviária sempre fico muito contente de ver esse encontro entre a ferrovia e o futebol!

Empolgado pela sua torcida, o Nacional teve boas chances de se colocar a frente novamente:

Pra quem curte assistir jogos que tem grande proximidade com os atletas, o Estádio Nicolau Alayon é um daqueles que te colocam praticamente dentro do campo!

O treinador Campagnolo estava bravo, mas sabemos do potencial que ele tem de mexer no time (lembre que já vimos um jogo do XV nessa fase, veja aqui!)

Mas o time local tentava sair vencendo o jogo e até o goleirão ligava o contra ataque!

Mas ouvindo as ordens do Mr. Campagnolo, o XV de Jaú também se lançava ao ataque e teve grande oportunidade em uma falta que foi batida na barreira:

Agora é uma falta para o Nacional que faz a torcida roer as unhas!

Sempre que possível gosto de manter o registro atualizado dos estádios que visitamos, então segue aí a vista do meio campo:

Do gol esquerdo:

E do gol direito:

A vizinhança anda diferente… Olha quantos prédios cercam o estádio fazendo com que os olhos das gulosas incorporadoras sigam crescendo o lugar onde o Nacional está…

E de tanto insistir, saiu o segundo gol do Nacional!! Na hora só deu tempo de tentar uma foto, que saiu essa coisa tremida aí kkkk

Festa na bancada local!

O moço do placar é rápido: 2×1 pro time da casa!

A torcida local ficou mais tranquila?

Mais ou menos…. Pra quem carrega o amor ao time no peito ou a bandeira em mãos, estar vencendo por 1 gol sempre significa andar por um caminho estreito onde qualquer desequilíbrio pode acabar com o dia!

Então vale sim reclamar com o juiz e xingar o banco de reservas!

Intervalo de jogo e hora de conhecer o bar local, que tem uma fogazza incrível!

Mas o tempo voa e quando vejo a partida recomeçou. Serão mais 45 minutos (fora os acréscimos) para a torcida do Nacional poder celebrar 3 importantíssimos pontos.

Do outro lado, para a torcida do XV, 45 minutos se passariam em incrível velocidade caso o empate não seja rapidamente alcançado.

Alguns torcedores do XV até mudaram de lugar pra ver se a sorte também mudava…

Enfim, nervos a flor da pele já que agora toda partida é uma decisão em busca do acesso!

Na parte coberta do estádio, onde o sol não incomoda tanto, o risco do empate deixava todo mundo apreensivo…

Assim como o bom goleiro Romário tornava mais difícil a missão de ampliar o resultado pra 3×1 e matar o jogo.

No outro jogo do grupo, o União São João fazia 1×0 no Joseense, em São José, deixando a missão da classificação para a última rodada…

A segunda divisão do paulista é assim… Emoção até o fim!

Falta para o Nacional, será agora o gol que fecha o placar?

E teve contra ataque para os ferroviários…. Mas nada do 3º gol…

E teve escanteio para o Nacional também:

Mas, mesmo a tarde aprazível chegou em seu momento final e o árbitro apitou o fim da partida!

O treinador do XV foi a loucura, mas mesmo perdendo, o time visitante mostrou força e tem boas chances de se classificar!

A imagem reflete a sensação de superação dos atletas do Nacional, que com certeza chegaram mais longe do que muitos acreditavam, ao mesmo tempo em que demonstra certa incredulidade do atleta do XV que estava confiante em um resultado melhor. Mas este é o campo da rua Comendador Souza e aqui, mandam os ferroviários do Nacional!

Hora de ir embora pelo bairro pacato que abriga o time tão tradicional…

Abraços aos amigos que estavam acompanhando a partida: Fernando, pessoal do Jogos Perdidos, Sérgio (Futebol Alternativo TV) e a torcida local que nos recebeu bem.

Sendo um time de história ferroviária, nada melhor do que pegar o trem na Água Branca e rumar de volta ao ABC!

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União Barbarense 1×1 Améria FC (Segunda Divisão 2023)

Sábado, 12 de agosto de 2023
Dia de acompanhar mais uma partida válida pela Segunda Divisão do Campeonato Paulista.

Estamos na 4ª rodada da 3ª fase do Campeonato, e a cada rodada as partidas ficam mais decisivas, o que ajuda a atrair mais gente!

Teve até fila para entrar no Estádio Antônio Lins Ribeiro Guimarães, a casa do União Agrícola Barbarense!

Ingressos em mãos, é hora de acompanhar a festa!

Os times entram em campo…

Apoio total vindo das arquibancadas!

O time carrega faixa em protesto contra a possível demolição do Estádio do União… A “Toca do Leão” foi fundada em 22 de maio de 1921 e completou, portanto, 102 anos.
Você pode ajudar, assinando a petição para o tombamento do Estádio (clique aqui e participe!)

Olha aí os times posados.
Será que ao final do campeonato veremos um (ou os dois) deles tendo conquistado o acesso para a série A3?

Ainda que o União Barbarense lidere seu grupo, a atenção é total!

O América de Rio Preto também está embalado e na segunda colocação do grupo, sabe que pontuar em Santa Bárbara é essencial para seguir lutando pelo acesso!

Sente aí o clima pouco antes do início da partida:

No primeiro tempo fiquei do lado direito da arquibancada de entrada.

Ali na arquibancada atrás do gol fica a torcida adversária.

A principal torcida organizada do União Barbarense, a “Sangue Barbarense” fica na arquibancada do outro lado:

E não é que chegaram alguns torcedores do América de Rio Preto, o “Mecão“?

A faixa avisa ao time do América FC: “Você nunca estará sozinho”!

A torcida local também seguiu chegando até os primeiros minutos da partida.

O Estádio Antônio Lins Ribeiro Guimarães tem capacidade para mais de 14 mil torcedores.

Tem uma arquibancada central parcialmente coberta…

Dos dois lados dela temos espaços descobertos para a torcida:

Também, além dos anéis de arquibancada nas laterais do campo, também existem espaços atrás dos dois gols.

Aliás, ali atrás do gol da entrada do estádio está a outra torcida local: a Inferno Barbarense!

O público parece estar começando a apoiar mais o União Barbarense, mas sem dúvidas que o time merece um jogo com a casa cheia! Mas quem esteve na arquibancada apoiou o tempo todo!

Tem quem prefira assistir (e gritar) mais de perto do time e troca a arquibancada pelos alambrados…

Cada um dá seu jeito de ficar mais perto do campo para participar ativamente do jogo!

E olha o União quaaaaase marcando o seu gol em um escanteio…

Mas a torcida foi à loucura aos 30 minutos do primeiro tempo, quando o juiz assinalou Penalty para o União Barbarense:

Foguinho foi para cobrança e oficializou a alegria para a torcida do União Agrícola Barbarense!!!

Olha aí, o Foguinho, autor do gol!

A Torcida Sangue Barbarense subiu o seu bandeirão para deixar o estádio ainda mais festivo!

E tá lá no placar…. União Barbarense 1×0!!!

Olha aí, o time reserva se aquecendo em frente à torcida local.

O primeiro tempo ia chegando ao fim e o time visitante se mostrava desnorteado, reclamando da arbitragem e sem forças para uma reação.

No intervalo, dando sequência aos protestos contra a demolição do Estádio Antônio Lins Ribeiro Guimarães iniciados com a faixa carregada pelos jogadores do Barbarense, a torcida organizou um abraço coletivo ao campo, como forma de mostrar seu carinho pelo histórico palco de tantas partidas…

Fui dar um rolê ali pela parte debaixo da arquibancada e pude regsitrar o distintivo do mais importante clube da cidade estampado em seu tradicionalíssimo estádio!

Com o segundo tempo chegando, me dirigi ao outro lado da arquibancada, ali ao lado da entrada principal do estádio.

Assim, deu pra registrar a galera que se sentou do outro lado da arquibancada coberta:

Será que o América terá forçar pra reagir?

Falta para os visitantes e o Mecão arrisca de longe, mas essa parou na barreira…

Mas o União seguia atacando…

Pensei que o jogo já estivesse resolvido, mas uma ventania mudou o clima, e de certa forma acabou colaborando com o América que atacava a favor do vento.

Olha esse registro da ventania pra você ter ideia da força do vento:

Não sei dizer se teve influência ou não, mas o América teve uma falta a seu favor e Coutinho bateu no sentido do vento, chegando ao gol de empate dos visitantes!!!

O empate fez o América FC acreditar em uma possível vitória e botou pressão no time local…

Mas mesmo após o gol de empate, a torcida local não parou de agitar, tentando empurrar o União Barbarense para a vitória!


O vento seguiu apertando, avisando do temporal que estava pra chegar e transformando cabelos kkkkk:

A chuva chegou com força e me dirigi às poucas partes cobertas lá embaixo da arquibancada.

Outros tiveram a mesma ideia…

O placar parecia indicar o resultado final, que acabou sendo interessante para ambas as equipes…

Dali, escutei o apito final e corri pro carro enquanto a chuva caía com força… A mesma força que o torcedor local espera do time do União Barbarense nessa reta final da 3ª fase.

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Jabaquara AC 1×1 CA Penapolense: Segunda Divisão 2023

Sábado, 5 de agosto de 2023.
Depois de curtir uma praia no Gonzaga, onde em 1982 (41 anos atrás !!!) Raul Seixas fez um showzaço (clique aqui e relembre!), subimos o morro da Nova Cintra até o bairro Jabaquara, também conhecido por “Caneleira” para mais uma partida pela Segunda Divisão do Campeonato Paulista.

O nome Nova Cintra foi dado por Luís de Mattos, português que viu semelhança com a “Sintra“, portuguesa.
O caminho para o Estádio Espanha é tranquilo e permite conhecer uma parte de Santos pouco divulgada, mas com seu charme, seja pela Paroquia de São João Batista, que alguns dizem ter sido construída ainda no século XIX…

Seja pela Lagoa da Saudade, que teria se formado na cratera de um vulcão e abrigado diversos jacarés…

Pelas características da natureza, é certo que antes da chegada dos portugueses, havia ocupação indígena para aproveitar a abundância de água e demais recursos.
O nome Jabaquara seria uma versão aportuguesada de Yab’a’kwara, algo como “o buraquento”, por causa do antigo riozinho cheio de buracos que por ali passava.
O bairro ficou mais conhecido por conta do famoso quilombo de mesmo nome: Jabaquara.

Até 1922, havia um elevador hidráulico, atendendo à população, quando um grave desastre veio dar fim a ele.

A ocupação portuguesa se deu ainda nos tempos de Martim Afonso de Souza, quando foi criado um núcleo agrícola no alto do morro.
O bairro se desenvolve e assim como na cidade surgem os canais.
Aliás, bem em frente ao canal da Av. Francisco Ferreira Canto está o Estádio Espanha!

E ali já teve muita história rolando… Olha essa foto linda do Jabaquara de 1966:

O Estádio Espanha foi inaugurado em 7 de setembro de 1971, e 52 anos depois, lá vamos nós pra uma partida da Segunda Divisão!

Pelo adesivo que vi em um dos carros, sabia que ia encontrar uma das figurinhas carimbadas do Jabaquara, o sr. Hilário Garcia Carvalho, também conhecido como “Jabuca“.

E olha quem estava ali na entrada, ele mesmo, o maior torcedor do Jabaquara!

Antes de entrar, fiz questão de dar uma passada pela parte social do clube, para registrar a estátua em homenagem ao maior ídolo da história do Jabaquara, Gylmar do Santos Neves. Gylmar faleceu em agosto de 2013 e jogou pelo Jabaquara entre 1945 e 1951. Aqui, a foto da inauguração, em 2015:

E aqui, a estátua no dia do jogo:

Vale recordar, que em 1924, o clube tinha sua sede no bairro do Macuco, e mandava seus jogos no Estádio Antonio Alonso:

Ingressos em mãos, vamos lá!

Bandeiras hasteadas, e tudo pronto! O Estádio está lindo!

Até camisas do time estão disponíveis para a venda por R$ 75.

Os times entram em campo pressionados pois nenhum deles venceu nas duas primeiras rodadas da terceira fase.

Assim, é com certo nervosismo que a partida começa no tradicional “Estádio Espanha” neste embate válido pela 3ª fase do Campeonato Paulista da Segunda Divisão de 2023.

O Estádio Espanha tem capacidade para mais de 8 mil torcedores.

Existem arquibancadas nos 4 lados do campo, mas o público se concentra mesmo na arquibancada que fica junto à entrada do Estádio, principalmente porque nos jogos a tarde é onde fica a parte da sombra. E é aqui que ficamos!

Conforme a tarde foi caindo toda a bancada estava à sombra!

Do outro lado, mais uma grande arquibancada, que permanece vazia pelo baixo público, mas que está pronta para a volta dos dias de glória do Jabuca!

Este é o gol da direita, onde também se encontra uma arquibancada e que normalmente é disponibilizada aos visitantes.

Atrás do gol da esquerda é o espaço onde se coloca o pessoal das Organizadas do Jabaquara: a Fúria Rubro Amarela e a Torcida Jovem!

Ali está a faixa da Fúria Rubro Amarela:

Poder acompanhar um time como o Jabaquara Atlético Clube é uma verdadeira honra. Fico pensando até quando um time que representa um outro tempo e que não faz parte do grupo dos “gigantes” se manterá fazendo história…

O clube foi fundado em 15 de novembro de 1914 e conseguiu ultrapassar seu centenário mantendo ao seu redor uma legião de torcedores do bairro!

Mas a bola está rolando e é hora de dividir um pouco do clima de jogo no Estádio Espanha:

O gol impedido logo cedo aumentou a vontade de ganhar do time…

… e dos torcedores locais também!

Ainda que muitas das jogadas fossem de bolas paradas ou mesmo chutões desperdiçados ao acaso…

O CA Penapolense também levava perigo….

Mas o jogo não se limita ao campo, dê uma olhada nas arquibancadas e curta o espírito do futebol em Caneleira!

O Jabaquara aperta e faz da entrega a sua maior arma!

E de tanto apertar, em um ataque aos 35 minutos, Gabriel Patrez marcou o gol do Jabaquara para alegria de sua torcida!

Em meio às emoções, o primeiro tempo vai terminando…

Hora de curtir um pouco o Estádio e registrar a torcida que compareceu pra apoiar o Jabuca!

São poucos os times brasileiros que adotaram as cores vermelho e amarelo em seus uniformes, lembro-me apenas do Atlético Sorocaba, existiu algum outro?

De qualquer forma, é uma combinação bem chamativa nas bancadas!

O bar local teve trabalho dobrado, já que mesmo à sombra, o dia estava quente!

Bacana ver uma molecada presente na arquibancada. Quem sabe não darão sequência a essa história toda?

Aproveito o intervalo pra lembrar o início do time, ligado a um grupo de jornaleiros espanhóis que reuniam-se no bairro do Jabaquara para praticar o futebol.
Conta-se que foi um senhor negro, ex-escravizado foi quem propôs o nome e assim fez nascer o Hespanha Foot Ball Club.

O Hespanha FC estreou em competições profissionais no Campeonato Paulista de 1927, organizado pela LAF (Liga dos Amadores de Futebol), e saiu com o vice-campeonato do que equivalia à segunda divisão daquele ano.

O site “O curioso do futebol” trouxe a história dessa campanha e a foto abaixo:

Em 1929, seria o 3º colocado, depois disputaria o Campeonato da APEA de 1933 (novamente vice campeão) e 1935 (4º lugar), o da LPF de 1936 (7º lugar) e os campeonatos organizados pela Liga da LFESP de 1938 a 1940.
Em 1941, foi um dos clubes fundadores da Federação Paulista de Futebol (FPF), e em 1942, após terminar em último lugar no campeonato, mudou seu nome de Hespanha para Jabaquara por conta da 2ª Guerra Mundial.
Já nos anos seguintes, campanhas fracas, com o time terminando sempre nas últimas colocações. Nessa época, mandava suas partidas no Estádio Ulrico Mursa, da Portuguesa Santista.
Aqui, o time de 1945:

Em 1952, termina em penúltimo e é rebaixado junto do Radium de Mococa para a segunda divisão. Retorna em 1955 e permanece até 1963, quando uma goleada para o Santos por 5×3 decreta novo rebaixamento.
Nunca mais o Leão da Caneleira teve forças para retornar à elite.
Em 1960, se estabeleceu em Caneleira, com seu Estádio Espanha.
Em 1968 licencia-se do Campeonato. Em 1977, passa a disputar a “Segunda Divisão” (que equivalia ao quarto nível) até 1979.
Em 1980 e 1982 joga a segunda divisão, com passagem pela 3ª em 1981, de 83 a 93. Em 1987, chegou à fase final, perdendo o acesso pra Sanjoanense, mas em 1993 sagrou-se campeão, com grande campanha!

O time acabou entrando na nova organização do futebol paulista e passou a jogar a série B1-A (o quarto nível).
Entre altos e baixos, em 2002, novo título, dessa vez da série B3 do Campeonato Paulista. Confira matéria do Curioso do Futebol!

Bom, mas é hora de voltar para o segundo tempo porque lá vem o time do CA Penapolense, treinado por Oscar Souza, prometendo “botar fogo no jogo”.

O CA Penapolense voltou para o segundo tempo melhor arrumado e buscando o gol a todo instante!

O Jabaquara seguia tentando na bola parada…

Olha aí o estádio…


Um céu azul lindo, a natureza ao fundo…. e o Jabuca lutando para seguir existindo e quem sabe até voltar à Terceira Divisão

O jogo entrava no tudo ou nada e o CA Penapolense se lançava ao ataque loucamente, abrindo espaços para o contra ataque. O time do Jabaquara perdeu a chance de matar o jogo dessa forma…

Esqueça as dores na canela, o jogo vale a vida para o Jabaquara!

Já nos acréscimos (o juiz deu 7 minutos) o CAP chegou ao empate para a alegria do narrador de Penápolis que foi o único a segurar o grito de gol por longos segundos…

Um triste golpe para a fiel torcida do time local…

Fim de jogo, o empate mantém um fio de esperança para ambas as equipes, mas de verdade, foi um placar ruim para os dois times.
Veja como ficou a tabela de classificação do grupo (peguei lá do Futebol Interior):

E se alguém achou injusto o resultado, a revanche já tem data: no próximo sábado as duas equipes se enfrentam novamente no. “returno” desta fase, mas dessa vez no Estádio Tenente Carriço, em Penápolis.

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3ª Fase da Segunda Divisão do Campeonato Paulista 2023: CA Joseense x EC XV de Jaú

30 de julho de 2023.
Em uma manhã de domingo de inverno, com tempo encoberto, mas com momentos de sol que permitia nos aquecer, estivemos no Estádio Martins Pereira, para acompanhar a partida válida pelo Primeiro Turno da 3ª fase da Segunda Divisão do Campeonato Paulista.

A placa logo na entrada reforça a história do local em que estamos pisando. Seja bem vindo ao Estádio Martins Pereira!

Esta será nossa primeira partida acompanhando o Clube Atlético Joseense como mandante no Estádio Martins Pereira!

O time foi fundado em 1º de outubro de 1998, e já teve participações nas extintas Séries B3, B2, na atual Segunda Divisão do Campeonato Paulista, chegando também à A3, além de jogar a Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2001 a 2004.
Essa é sua camisa:

Em 2014 em uma tentativa de se aproximar da população, mudou de nome para São José dos Campos Futebol Clube, mas a repercussão foi desastrosa, uma vez que tratava-se praticamente do mesmo nome do tradicional São José EC

Assim, em 2017 o time voltou a se chamar Joseense, mas o estrago já estava feito: ao invés de ser adotado como segundo time da cidade, passou a ser tratado pelos torcedores locais como “genérico“.

Talvez por isso, a presença da torcida local não seja muito representativa mesmo num jogo importante como o de hoje…

Além disso, o Joseense acabou assumindo um perfil mais moderno, focado na formação de atletas, tendo mais cara de empresa e menos de “time”.

Mas, aí está a turma que tem acompanhado o Joseense nesta edição do Paulista da Segunda Divisão.

Como o time é conhecido por muitas parcerias, os camarotes acabam mais cheios que a própria arquibancada local.

Do outro lado, o XV de Jaú promete ser um visitante indesejável já que tem lutado há anos para sair da Segunda Divisão e voltar a atuar nas divisões acima.

Sua torcida sabe que representa um time bastante tradicional e se fez presente apoiando o XV de Jaú!

Pude ver diversas faixas em apoio ao Galo da Comarca, além da presença da Galunáticos, sua principal torcida organizada!

Vale citar que a gente trombou o pessoal do XV de Jaú por termos nos hospedado no mesmo hotel que eles…

O jogo segue a tradição da Segunda Divisão: muita correria e marcação, mas ambas as equipes mostram qualidade acima das que temos acompanhado nessa divisão.

Sendo o mandante, o CA Joseense começou melhor, com segurança na sua defesa…

…e com seguidas descidas principalmente pela esquerda.

Olha aí mais um escanteio para o time local, apertando os visitantes em busca do primeiro gol:

Mas os joseenses não contavam com a ousadia do treinador Marcos Campagnollo, o mesmo que conquistou o acesso à A3, pelo Grêmio Prudente, em 2022.

Sem medo de mudar o que não parecia estar certo, Campagnollo realizou duas mudanças com 20 minutos do primeiro tempo.

A torcida local até pegou no pé de Campagnollo e dos jogadores que foram substituídos, mas o XV de Jaú mudou de postura com as alterações.

Tanto que aos 39 minutos, veja o que aconteceu…

Gol do XV de Jaú…

Era tudo o que a torcida visitante queria!

A torcida local até tentou animar uma reação logo após o revés…

Mas o primeiro tempo terminou com os visitantes à frente do placar.

Na volta para o segundo tempo, fiz um rolê pelo estádio pra poder fazer umas fotos de outros lugares e registrar a grandeza do Estádio Martins Pereira.

A atual capacidade do Estádio Martins Pereira é de 16 mil torcedores, também, o campo possui arquibancadas em todo seu entorno. Registrei o Estádio, primeiro da arquibancada local. Aqui, o meio campo:

O gol da direita (onde fica o portão de acesso principal):

E o gol da esquerda, onde fica o portão de acesso dos visitantes.

Agora, registrando do lado oposto, aqui, a arquibancada central, onde ficam os camarotes:

O gol da direita:

E o gol da esquerda, onde está o portão de acesso principal:

Aqui, a parte que fica logo na entrada do estádio, atrás do gol:

Nossa última visita ao Estádio foi em 2010 (veja aqui como foi) e muita coisa mudou desde então. Vale comparar as imagens, começando com a de 13 anos atrás:

E a de hoje:

Em 2013, o Estádio ganhou nova fachada, além de novos vestiários (aquele prédio lá no fundo, na foto acima). Até o gramado foi reformado, atendendo as recomendações da FIFA. Hoje, vemos um estádio completamente pronto para receber jogos até mesmo da série A1.

Bom, mas o segundo tempo começou e ambas as equipes sabem da importância de se pontuar nessa primeira rodada e por isso o jogo volta com tudo!

No começo do segundo tempo, fui surpreendido por esse sobrevôo em cima do estádio…

O jogo no segundo tempo acabou ganhando em emoção porque o Joseense passou a adiantar seu time e tentar retomar o domínio do jogo. Mas mais uma vez, Campagnollo mexeu em dose dupla e, embora não tenha conseguido fechar o jogo com o segundo gol, criou mais chances que o próprio time local.

O juiz, nada menos que Vinícius Furlan deu 7 minutos de acréscimos, mas mesmo tentando com todas as suas forças, o Joseense não obteve o empate… Muito disso por conta do bom goleiro Romário!

O XV de Jaú perdeu várias chances já no finzinho da partida…

Mas não era preciso mais nada para os visitantes… A partida se encerrou com a vitória do XV de Jaú por 1×0.

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Mauá FC 1×1 VOCEM – Campeonato Paulista – Série B – 2023

Domingo, 2 de julho de 2023.
Manhã de sol convidativo a sair de casa e se dirigir ao Estádio Municipal Pedro Benedetti, a casa do futebol profissional em Mauá, onde o time local enfrenta os visitantes de Assis!

Hora de pegar o ingresso. Na bezinha esses são os preços em 2023:

E está quase tudo pronto… Ingressos na mão…

Bandeiras hasteadas…

Jogadores perfilados para o hino…

Ainda dá tempo para a foto dos times.
Em campo, como visitante, o VOCEM, time que tem uma forte ligação com o blog por ter nascido literalmente em frente à casa dos meus avós e ter por várias vezes contado com meu pai, e meus tios no time.

E se envolve o VOCEM, o seo Osvaldo, meu pai, está presente pra apoiar o time que já defendeu como jogador e torcedor!

Do outro lado, o time local: Mauá Futebol Clube fundado em 23 de outubro de 2017 e que estreou na Segunda Divisão do Campeonato Paulista em 2018. Aliás estivemos presente em um jogo deles contra a AA Itararé, pra conhecer de perto o novo time do ABC (veja aqui como foi).

O Estádio Pedro Benedetti está em sua melhor fase dos últimos anos, e tem recebido os jogos dos dois times da cidade: o Mauá FC e o Grêmio Mauaense, lembrando que ambos se classificaram para esta segunda fase da Bezinha.

E começa o jogo!

O Mauá FC tentando se colocar como os donos da casa, propondo as jogadas e tentando dominar a bola no chão.

Como não tinha muita gente, dava pra ouvir os próprios jogadores gritando um com os outros para coordenar as melhores jogadas.

E se não teve muita quantidade, em qualidade o público estava nota 10! Aí está o Daniel, amigo que vive, pesquisa, registra e respira o futebol de Mauá (amador e profissional)! Já falamos dele aqui no blog quando contamos a história do futebol de Mauá (veja aqui como foi!).

Além do Daniel, estiveram ali ao nosso lado outras figuras do futebol, a começar pelo Tegi, presidente do Mauá FC, o seo Clóvis -nascido em Assis e que agora vive em Mauá-, além do Airton, um soteropolitano colecionador de camisas que estava ali conhecendo o Estádio, e o Fernando, do Grêmio Mauaense! Uma verdadeira seleção!

Pra quem não está acostumado, pode não fazer muito sentido acompanhar os jogos da 4ª divisão do Paulista, mas ao lado dessa galera saiu tanta história e tantas risadas que deixaram o jogo muito mais legal de assistir. E futebol é isso, pra mim, é mais que um jogo, é uma cultura mesmo que se constrói na arquibancada, principalmente.

Pra quem se acostumou um jogo de correria e chutão, Mauá FC e VOCEM fizeram um jogo diferente, bem jogado, com tentativas de ambos os lados de se chegar tocando até a meta adversária.

O Mauá FC abriu o placar em um escanteio que encontrou o atacante Gustavo sozinho na pequena área.

Festa na arquibancada local!!!

O jogo ficou ainda mais pegado com o time visitante arriscando chutes de fora da área e o Mauá FC buscando matar a partida no contra ataque…

Quando tudo parecia resolvido (para a tristeza do seo Osvaldo que estava ali pra ver o VOCEM), o time de Assis empatou o jogo em uma batida de fora da área, que pode ter iniciado em uma jogada irregular, já que ficamos com a impressão que o jogador havia usado a mão para dominar a bola, antes de bater de primeira e marcar um golaço!

Já nos descontos

E nem mesmo a última chance já nos derradeiros segundos de jogo trouxe o gol da vitória para o Mauá FC

Para o time de Mauá fica o apoio e carinho da sua torcida! E a nossa torcida para que, quem sabe, os dois se classifiquem e possam ao menos se manter no 4º nível do futebol paulista a partir de 2024.

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Colorado Caieiras FC 2×0 FC Ska Brasil

Domingo, 21 de maio de 2023.
Nosso destino nesse domingo matinal é a cidade de Caieiras para acompanhar mais uma partida da série B do Campeonato Paulista.

Mas antes de falar sobre o jogo, vamos relembrar um pouco da história da cidade e do futebol local!

Praticamente colada à cidade de São Paulo, o teritório de Caieiras foi ocupado principalmente por tupinikins mas também por outros grupos indígenas até que os portugueses começaram a formar a cidade de São Paulo.
A partir daí, as aldeias que não se deixaram incorporar pela nova ocupação foram se dirigindo cada vez mais para o interior, abandonando suas terras.
Somente no século XIX houve o início da ocupação de Caieiras, graças a uma fazenda ao longo do Rio Juquery-Guaçu que iniciou a produção de cal, em fornos como esse:

Os primeiros moradores do novo povoado foram em sua maioria imigrantes italianos.
Em 1883, é inaugurada a Estação Ferroviária Caieiras, que atualmente está tombada pelo CONDEPHAAT.
Aqui, a estação em 1926:

Em 1890, teve início a fabricação de papel, com a Companhia Melhoramentos de São Paulo e desde então, a natureza local é formada basicamente por floresta de pinheiros e eucaliptos para alimentar a indústria.
Em 1958, surge oficialmente Caieiras, emancipada por meio de um plebiscito.

O futebol em Caieiras começou no início do século XX.
Segundo a página Caieiras Antiga, esse seria o primeiro time, em 1923:

O Colorado Caieiras é a quinta equipe da história de Caieiras a disputar competições oficiais.
A primeira delas foi o Club Recreativo Athletico Ítalo-Brasileiro (CRAIB), fundado em 1º de junho de 1925, quando Caieiras ainda era um distrito de S˜ão Paulo (distintivo do site História do Futebol).

Em 1932, disputou a Primeira Divisão da APEA (importante reforçar que embora leve esse nome, este era o segundo nível do campeonato), terminando em 2º do seu grupo (apenas o primeiro – no caso, o Lusitano FC – se classificaria para a final). O CA Albion, do outro grupo, foi o campeão.

Em 1933, o CA Ítalo-Brasileiro foi o campeão do seu grupo, perdendo a final para o time da Fábricas Orion.

Em 1934, acabou em 7º lugar.
Com a segunda guerra, o time muda de nome para Brasil Futebol Clube, cuja sede ficava no Monjolinho.
E pouco se sabe do time, uma vez que abandonou as competições oficiais. Aqui um registro do time nos anos 50:

Este o time de 64:

A segunda equipe na verdade apenas usou a cidade como sede: o Sport Club Paulista. Distintivo direto do site Escudos do Mundo Inteiro:

O time foi fundado em 13 de abril de 2000 como Sport Clube Campo Limpo Paulista, na cidade de Campo Limpo Paulista.

Assim, em 2001, jogando em Caieiras, o SC Paulista fez uma ótima campanha pela série B3, terminando a primeira fase em 2º:

Também termina a segunda fase em 2º lugar.

Acaba eliminado na semifinal pelo Corinthians B, após um empate em Caieiras por 2×2 e uma derrota na capital por 2×0.
Ainda assim, conquista o acesso à série B2 de 2002, onde fez uma campanha muito ruim, terminando em 14º lugar.
Em 2003, retornou a Campo Limpo Paulista reassumindo seu nome antigo.
Mas neste mesmo ano, a cidade teve seu 3º time disputando as competições profissionais: o Força Esporte Clube.

O Força Esporte Clube foi fundado em 16 de maio de 2001, como um desdobramento do movimento sindical para o esporte.
Em 2003 estreou em competições profissionais, e começou bem. Classificou-se em 2º lugar na primeira fase…

E termina a segunda fase em 1º, conquistando o título da Série B3!!

Em 2007, jogou a Bezinha (essa mesma onde hoje está o Colorado Caieiras) e conquistou o acesso, terminando na 3ª colocação.

Em 2010 acaba rebaixado e se licencia do futebol.

A 4ª equipe de Caieiras a disputar competições profissionais foi o Caieiras Esporte Clube, fundado em 4 de março de 2016.

Ainda em 2016, o Caieiras EC disputou a 1ª edição da Taça Paulista, organizada pela Liga de Futebol Paulista, mas o time não chegou a disputar as competições organizadas pela Federação Paulista.

Assim, chegamos ao 5º clube de Caieiras a disputar competições oficiais e o foco da nossa visita de hoje ao Estádio Municipal Carlos Ferracini: o Colorado Caieiras FC!

O Colorado Caieiras Futebol Clube LTDA foi fundado em 2019 e filiado à Federação em 2021, disputando no mesmo ano o Campeonato Paulista da Segunda Divisão, e assim como os demais times da cidade, citados acima, manda seus jogos no Estádio Municipal Carlos Ferracini, e por isso, fomos lá conhecê-lo!

O estádio fica numa baixada: do lado direito é a entrada para os visitantes, subindo um escadão lá pelo lado esquerdo, temos a entrada dos torcedores locais!

Olha aí a antiga bilheteria! Mas hoje compramos os ingressos ali na sede do clube mesmo.

E não é que a Mari levou o pé quebrado pra passear…

E outra presença importante são estas duas gerações responsáveis pelo incrível canal Interior Total!

Olha como ficou da hora o trabalho deles neste jogo:

Vamos dar uma geral no Estádio?

Algumas placas indicam obras realizadas nos anos 90, mas o Estádio Municipal Carlos Ferracini foi inaugurado em 10 de abril de 1980, tendo como primeira partida a vitória do time amador SAFUL (Sociedade Atlética Famílias Unidas de Laranjeiras), fundado em 7 de setembro de 1975, por 2×1 contra o time do EC Luso Brasileiro, do Bairro do Serpa.

Olha que lindo o distintivo do time ao lado dos brasões da Federação e da cidade!

Em campo, o então último colocado recebia nada mais do que o líder do campeonato, vindo de Santana de Parnaíba com um incrível retrospecto, invicto até então.

O estádio está muito bem aparelhado, tem até um espaço para garantir as transmissões esportivas.

Registramos o lado esquerdo do campo:

O meio campo:

O lado direito:

Confira comigo no replay esse olhar pelo campo:

E vale também curtir um pouco da batucada da torcida local!

Falando do jogo, o Colorado Caieiras fez 2×0 em menos de 20 minutos (Thomas e Matheus fizeram os gols) e botou o Ska Brasil pra correr atrás do resultado.

A partida se transformou em ataque contra defesa.
Com um a menos, os mandantes se defendiam e tentavam de tudo para manter o placar e conseguir a primeira vitória na competição.

E a gente esteve aí presente pra tentar eternizar (ao menos enquanto a Internet persistir…) esse dia!

Um ponto negativo é que a capacidade do Estádio Carlos Ferracini é de pouco mais de 6 mil torcedores, mas nesta manhã, menos de uma centena de pessoas decidiram pagar ingresso e assistir à partida.
Infelizmente, o que parece cada vez mais é que o brasileiro esqueceu sua paixão pelo futebol, e preferiu passar a manhã em casa, ou em outro lugar…

A torcida visitante também não se fez muito presente, mesmo tendo uma distância pequena entre Santana de Parnaíba e Caieiras.

Além de um dia ensolarado, as nuvens também deram um visual único ao estádio:

Um ponto interessante é que o estádio tem alguns pontos que dá pra galera assistir o jogo do lado de fora!

Lá do outro lado da arquibancada também é possível ter uma visão do campo, mesmo atrás do alambrado que cerca o estádio.

O 2º tempo foi praticamente ataque contra defesa, mas o bom goleiro do Colorado Caieiras garantiu os 3 pontos.

E como trabalhou o goleiro do Colorado Caieiras… Boa revelação!

O time do Ska Brasil fez de tudo, mas não conseguiu sequer diminuir o placar.

Matheus que foi expulso após o segundo amarelo acabou indo assistir a partida na arquibancada.

Fim de jogo, tempo pra aplaudir o time e quem sabe torcer por uma recuperação no decorrer do Campeonato…

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Decepção total ao conhecer o FC Ska Brasil …

Sábado, 6 de agosto de 2022. De todos os times que disputam a Segunda Divisão do Campeonato Paulista, dois deles tem estádios que ainda não registramos, por isso é hora de pegar a estrada e pelo menos diminuir esse número…

Atravessar a capital paulista rumo ao oeste em direção de Santana de Parnaíba, uma das cidades mais antigas do Estado, fundada em 1580 com o apelo de uma localização privilegiada às margens do Rio Tietê

É esquisito pela dualidade entre o cenário da ocupaç˜ão urbana, enquanto ali ao lado corre o rio Tietê, lindo, mesmo que ainda poluído.

Na época da chegada dos portugueses o local se tornou a saída das expedições Bandeirantes, rumo ao interior, em busca de indígenas, minerais e pedras preciosas.

A cidade criou um grande monumento dando visibilidade aos personagens históricos do século XVI, indígenas, bandeirantes e moradores da região.

Nosso destino era o Estádio Municipal Prefeito Gabriel Marques Silva, a casa do FC Ska Brasil.

O Futebol Clube SKA Brasil surgiu em 2019 ocupando o lugar do Osasco Futebol Clube, que nasceu em 1992, a partir do Monte Negro Futebol Clube, time de 1971, que por sua vez nasceu no lugar do Grêmio Água Branca FC. Todos estes disputaram divisões de acesso do Campeonato Paulista.

O nome homenageia a combatividade, irreverência e o improviso do ritmo jamaicano “ska” que ficou conhecido não apenas na ilha caribenha, como na Inglaterra graças aos rude boys dos anos 70 e 80, como é o caso da banda The Specials.:

O Ska Brasil tem como presidente o ex jogador Edmílson, e como sócios um grupo de japoneses (da empresa Skylight Inc.). Foto abaixo do site “O defensor“:

O pentacampeão levou a equipe de Osasco para Santana de Parnaíba, para jogar no Estádio Municipal Prefeito Gabriel Marques da Silva.

Em 2020, o FC Ska Brasil disputou sua primeira temporada na série B do Campeonato Paulista, mandando seus jogos ainda no Estádio José Liberatti, em Osasco e o time acabou eliminado nas oitavas de final. Foto do Insta do Ska Brasil:

Em 2021, abandonou o campeonato profissional limitando sua ação nas equipes de base, incluindo o futebol feminino. Foto do Insta do Ska Brasil:

Assim, chegamos a 2022, na última rodada da segunda fase da série B do Campeonato Paulista!

O FC Ska Brasil já se encontra eliminado, pela má pontuação nos primeiros 5 jogos desta fase.

Assim, o time entra em campo já eliminado, mas com o desafio de honrar suas cores e seu distintivo enfrentando a AA Itararé, da cidade homônima.

Mas, um jogo que prometia novas experiências e um registro importante do futebol acabou se tornando uma grande frustração…

O Estádio Municipal Prefeito Gabriel Marques da Silva surgiu sob as ruínas do chamado “Campo Municipal do Centro“, que graças a uma grande reforma tornou-se uma verdadeira obra de arte em meio à mata.

Com tanta natureza ao redor, foi optada a grama sintética para o campo.

Suas arquibancadas recém inauguradas tem capacidade para cerca de 7.200 torcedores.

Mas nada disso foi suficiente para garantir a aprovação dos laudos exigidos pela Polícia Militar para liberação do público na última rodada do Campeonato Paulista da segunda divisão.

Acabei tendo que assistir do lado de fora…

Na verdade, houve a liberação de 50 ingressos para um grupo basicamente formado por familiares dos atletas dos dois times e uma minoria de apaixonados por futebol. Para outras pessoas, restou o lado de fora.

Dentro de campo, um jogo morno no primeiro tempo. Poucas chances claras de gol, com alguns lances de bola parada.

No segundo tempo, o time local abriu 1×0, aos 26 minutos com Marcos Vinicius, resultado que eliminava a AA Itararé. Mas França e Denilson viraram o jogo para a Caçula, garantindo o time nas quartas de final.

Alegria para o time visitante que vem láááá quase na fronteira com o Paraná, tristeza para o time local e para o idiota aqui que gastou uma grana e um tempão indo até Santana de Parnaíba pra registrar o jogo do lado de fora. Ao menos, o ambiente “aberto” permitiu o registro das imagens do campo. Aqui, o meio campo:

Aqui, o gol da esquerda:

E aqui, o gol da direita:

Aqui, um olhar de traz do gol:

Do lado de fora dava pra ficar quase tão perto do campo quanto de dentro do campo, mas definitivamente não era a mesma coisa.

Resultado fechado: 2×1 para a AA Itararé, muitos kilometros rodados e muita dor de cabeça mesmo tentando conseguir com a PM, o clube e a Prefeitura, a liberação da entrada para mero registro fotográfico. Ficam aí os últimos registros, de um estádio que não pretendo voltar.

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União São João 0x4 Paulista – Série B do Campeonato Paulista 2022

O fim de semana começou movimentado. Por uma ocasião super especial (o casamento do irmão da Mari), não pudemos ver o Ramalhão jogando em casa. Claro que festas e reuniões familiares são bacanas, mas sofri muito em não ver o Ramalhão vencer o Oeste por 2×0.

Assim, pra não deixar meu lado futebolístico decepcionado, aproveitei que a festa era no interior para dar um pulo em Araras, no lindo Estádio Dr Hermínio Ometto, no domingo, 19 de junho de 2022.

Os ingressos para a partida custavam R$ 10 e a bilheteria até que apresentou um movimento bacana próximo do início do jogo.

A ideia era acompanhar um jogo entre duas camisas bem pesadas: União São João x Paulista de Jundiaí, válidos pelo “Paulista Sub 23 – Segunda Divisão”, que tem várias alcunhas… “Bezinha”, “Segundona”, “série B” e etc. Mas o nome oficial está ali na placa.

Logo ao entrar, me surpreendi ao ver a boa presença da torcida do Paulista de Jundiaí.

Vamos dar um rolê pelo estádio e sentir o clima do jogo.

O jogo colocou a frente duas realidades distintas: o Paulista chegou em Araras disposto a seguir vivo na luta pela classificação à fase seguinte da série B.

Pra quem ama o futebol fica o orgulho em participar de um evento como esse.

Já o União São João só busca terminar esse ano de retorno ao profissionalismo, já que os resultados em campo tem sido bem abaixo do esperado. A Consequência direta é o baixo número de torcedores que ainda seguem apoiando o time nessa reta final.

Nessas horas fica ainda mais claro o valor das torcidas organizadas. Um momento difícil, e importante, afinal, mesmo sendo uma má campanha, ainda trata-se do ano do retorno de um time tão importante como o União, e que precisa ser celebrado.

Mas vale reforçar que ainda existem aquelas pessoas que ainda amam o time e comparecem pra dar seu apoio e também se divertir! Infelizmente a partida de hoje não traria muita diversão para o torcedor de Araras…

Aos 34 minutos do primeiro tempo, o garoto Natan abriu a partida para a festa dos visitantes!

E mesmo depois do gol, o Paulista seguiu forte e teve grande chance de ampliar o placar em um penalty perdido.

A torcida do Paulista tem passado por um momento complicado. A ideia de se manter mais um ano na série B atormenta cada um daqueles que apoiam o galo!

Aí o pessoal da Raça Tricolor que segue protestando com a faixa virada.

Para acalmar um pouco os ânimos, aos 46 do primeiro tempo, o mesmo Natan aumentou o placar para 2×0.

Natan aos 12 e Caíque aos 43 fechariam o placar: 4×0 para a equipe visitante.

Provavelmente essa foi a última vez que fomos ao Estádio Hermínio Ometto, este ano, então um último olhar no campo.

E mais um registro em frente à entrada do Estádio que outrora tinha ninguém menos que Roberto Carlos como lateral esquerdo do time local.

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Uma manhã de reencontros em Araras – 2a Divisão do Campeonato Paulista 2022

Domingo, 8 de maio de 2022. Dia das mães. Dona Leny ganharia seu presente e uma visita a tarde, porque pela manhã, o domingo foi dedicado à Segunda Divisão do Campeonato Paulista (também chamado de “série B”), para acompanhar União São João versus Amparo Athlético CLub.

Era hora de reencontrar com um estádio que passou os últimos anos vazio, com o seu time licenciado… Mas também foi a oportunidade de rever o Joey, um grande amigo que, pasmem, não reencontrava há 20 anos (como é que ficamos tão velhos de repente???)

O Joey é mais um amigo que nasceu na cena punk mas que também enxerga outras conexões com a sociedade, seja o futebol, a culinária (ele é um chef vegano de primeira!), a educação, o futebol e também a literatura. Tanto, que nessa pandemia ele lançou um livro incrível de contos e poesias que se você quiser conhecer é fácil:

Eu aproveitei pra pegar o meu “em mãos”.

Vale dizer que acabamos nos encontrando praticamente na hora do jogo, sem grande planejamento. A caminho do estádio eu mandei mensagem o convidando pra aventura e como ele mora na região, topou na mesma hora!! E lá fomos nós pra mais uma aventura boleira!

O preço desse reencontro foi bem tranquilo… A meia entrada para estudantes (eu estou me formando em história!) e professores (o Joey além de tudo é professor!) era de R$ 5. E como eu estava de visita, o Joey pagou kkkk, valeu, mano!

Vale lembrar que o “Alviverde” de Araras estreou em casa contra o Independente de Limeira, então o reencontro da torcida com o time se deu naquela partida que terminou em empate por 1×1.

Infelizmente, eu acho que a cada ano que passa, a paixão do brasileiro por futebol diminui um pouco. Confesso que torcia para ter problemas para conseguir ingresso, já que chegamos atrasados… Mas… foi tudo bem tranquilo… A presença do público estava interessante, mas abaixo do que merece um time de tamanha tradição…

Pelo menos, havia uma “banquinha” vendendo as camisas e bonés do time (cada vez mais o futebol me lembra a cena punk e suas banquinhas!).

Vamos sentir o clima do estádio:

Claro, e velhas paixões parecem ter despertado novamente, seja pela presença de torcedores das antigas (esse aliás, eleito pelo nosso blog como o casal mais da hora do estádio!)…

Assim como a camisa do torcedor, uma verdadeira relíquia, que estava aguardando ansiosamente a hora de retornar ao Estádio Hermínio Ometto (essa camisa é mais antiga que o próprio estádio!):

Pra quem não conhece, o Estádio Doutor Hermínio Ometto, inaugurado em 1988, possui uma estrutura muito bacana. A começar pela área coberta, situada na lateral do campo.

O estádio possui capacidade para mais de 22 mil torcedores, mas depois das readequações que todos os estádios tiveram que passar, o número oficial baixou para pouco mais de 16 mil, isso porque possui um anel de arquibancadas que vai lá do outro lado, onde ficam os visitantes…

Passam ali, atrás do gol…

Até chegar no lado “de cá”, onde fica a torcida local.

Falando sobre a torcida local, fomos conversar com o Régis, da Torcida União Alviverde sobre suas expectativas quanto ao retorno do time ao futebol profissional:

Em campo, a vida do União São João não estava fácil… Espero que a torcida entenda que é natural um tempo de adaptação nesse retorno ao profissionalismo. Mas um chute rasteiro no canto do goleiro do União fez o pessoal de Amparo comemorar o 1×0. No vídeo abaixo eu me atrapalhei porque estava falando sobre o time do Atibaia com o Joey kkkk!

Se você está aqui só pelo placar… Já entrego que o União perdeu por 3×0… Aí estão os gols pelo link do pessoal do Nikão Sports:

Por mais que o resultado seja uma das coisas mais importantes para todo torcedor, eu ainda vejo o futebol de um modo mais “institucional”… O simples fato da torcida poder voltar ao estádio em Araras já devia ser a comemoração deste ano. Os resultados podem vir com o passar do tempo.

O segundo tempo veio e a torcida se mostrou satisfeita em ver algumas substituições do time que saiu jogando:

Olha aí a faixa do “Leões da Montanha“, a torcida organizada do Amparo Athlético, time do amigo João Pagan.

Ah, faltou falar do bar, que fica ali embaixo das cadeiras cobertas!

O dia de calor (no mesmo dia em que fazia um frio danado na capital e no ABC) fez com que a turma local gastasse umas boas moedas em bebidas!

Se o União São João perdeu em campo, eu acho que na arquibancada podemos considerar que houve uma vitória… Ok… não foi uma goleada, mas as pessoas estavam ali… Jovens, crianças, mulheres… Parece que existe sim uma chama verde no coração de parte da cidade…

Que as organizadas possam manter esse amor e esse apoio, cantado durante a partida… Que mais pessoas possam se dar a chance de se apaixonar pelo time da cidade…

Caso alguém tenha duvida da força e da glória do time, e do potencial que o futebol em Araras tem, basta uma olhada na sala de troféus que fica ali abaixo da arquibancada coberta…

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