Quem lê o As Mil Camisas já conheceu o Joey, recentemente escrevemos sobre a final da Bezinha de 2023 e ele esteve lá conosco (leia aqui).
Entre a vida de professor, músico, chef vegetariano, e outros projetos, o Joey arrumou um tempinho e participou do programa “DESELEGÂNCIA 019“, e foi tão bacana que achei que vale dividir com quem segue o canal:
Sábado, 30 de setembro de 2023. É dia de festa para o futebol paulista, o Estádio Hermínio Ometto recebe o segundo jogo, a finalíssima da Segunda Divisão do Campeonato Paulista. Ah, se você quiser ver um montão de vídeos que fizemos no jogo, acessa a playlist que montamos.
Em uma tarde bastante quente, ainda que com o sol encoberto pelas nuvens, desde as 13hs, a torcida local já se encaminhava para o Estádio.
Infelizmente não foi possível evitar as filas já que quase 8 mil torcedores compareceram à partida!
Desde a concentração em frente ao estádio até o final do jogo, houve a venda de diversas camisas e até daquele chapéu tipo “pescador”.
Até uma cerveja do time estava a venda na entrada do estádio.
Mais uma vez, tive a companhia do amigo punk, escritor, professor, poeta e até futeboleiro, o Joey, que vive por estas bandas, passeando entre Araras, Leme, Mococa, Porto Ferreira… Ah, e pudemos conhecer o amigo Pedro “Carroceiro” e sua sobrinha, Sophia Helena!
Então, acompanhe-nos na entrada para o estádio!
Lá dentro, um espetáculo emocionante: as arquibancada do Estádio Hermínio Ometto cheias, como há muitos anos não se via…
Uma faixa me chamou a atenção e depois fui conhecer a triste história, que se contrapôs ao momento feliz da tarde de sábado: Bruna Angleri, de 40 anos, foi morta de forma brutal na quarta feira (27), tendo o seu ex namorado como o principal suspeito até o momento. No domingo, ainda rolou uma manifestação nas ruas de Araras (foto abaixo do Portal de notícias da Rádio Clube Ararense). Vivemos uma verdadeira “epidemia” de feminicídio… Isso é inaceitável! Precisamos lutar contra essa aberração.
Voltando ao jogo, havia muita gente com a camisa do time, de diferentes épocas, como esta:
Dessa forma, foi se pintando de verde e branco as bancadas do Estádio Hermínio Ometto!
Dê uma olhada no público:
A Torcida União Alviverde é quem comanda a festa na bancada!
Além das arquibancadas, o Estádio tem um um “corredor” ao lado do alambrado e com um gramado que cria um ambiente bastante “acolhedor”.
Lá no campo, quem anima a festa é a Arararinha!
A Torcida União Alviverde espalhou tirantes (esses panos verdes e brancos indo até lá embaixo) que deu um visual bem legal!
A Torcida visitante também se fez presente e merece respeito, principalmente porque com o acesso, o Catanduva FC está tentando se tornar o novo time da cidade.
O Estádio Dr Hermínio Ometto tem capacidade para mais de 16 mil torcedores e o público no sábado foi de quase 8 mil pessoas!
Em campo, após o 0x0 na primeira partida, ambos os times partiram pra cima, afinal, quem ganhasse o jogo, se tornaria campeão.
Às torcidas, cabia apoiar!
O primeiro tempo chegava ao fim, mantendo o placar do início, quando Toninho recebeu uma bola, e observando que o goleiro Mandela estava adiantado, mandou um petardo de fora da área fazendo 1×0 para a festa da torcida local!
Intervalo de jogo, tempo pra botar a conversa em dia!
Também deu pra dar um rolê e registrar um pouco da galera que compareceu!
Foi distribuída uma bandeirinha que poderia ter dado um charme maior na arquibancada, mas o pessoal preferiu usar como “abanador”. De qualquer forma, trouxe logo 3 de recordação do dia!
O segundo tempo viu o sol se por e até uma ameaça de chuva, que não caiu, mas ajudou a amainar o calor que esquentou a cabeça do pessoal…
E o jogo voltou com o Catanduva vindo pra cima em busca do empate!
Além disso, o juiz começou a não agradar o público local…
Também achei engraçado a turma que assistiu o jogo lá no morro atrás da arquibancada!
E a Torcida União Alviverde seguia com a festa:
Pra quem acha que as organizadas tem que acabar… Sem a presença dos caras, o jogo não teria menor graça…
E tamanho apoio deu certo: penalty para o União São João cobrado por Valdívia (o craque da Bezinha) e o 2×0 praticamente sacramentou o resultado e o título!
Daí pra frente foi só curtir a festa com a certeza de que o time da casa estava a minutos de se tornar campeão da Segunda Divisão do Campeonato Paulista!
Que bacana poder fazer parte de uma tarde como esta!
Logo após o apito final, o que se viu foi um encontro entre o time e sua torcida, para a alegria de toda uma cidade, que há anos parecia ter abandonado o amor pelo futebol…
Foi emocionante ver o Catanduva FC receber o troféu e ser aplaudido por todo o estádio. Na imagem abaixo, você percebe que eles mesmos estão batendo palmas a torcida do União em um dos momentos de respeito e admiração!
A torcida visitante também reconheceu o esforço do time e celebrou o vice campeonato.
Os próprios jogadores do Catanduva FC fizeram questão de ir celebrar com a torcida.
E aí chegou a grande hora… o troféu vem para as mãos do União São João…
Uma verdadeira explosão de alegria para a torcida!
Muitos sequer eram nascidos quando em 1996, o time levantou seu último caneco: o título da série B.
A nova geração soube aproveitar a oportunidade e interagir com os novos ídolos!
E eu e a Sophia Helena também fomos lá pra fazer uma foto com o craque Miguel!
Também fizemos a tradicional foto em frente ao distintivo, com a esperança de dias cada vez mais animados para o futebol em Araras.
Saímos cheio de felicidade, mas lembrando que o caso da dentista Bruna clama por justiça… (foto de Carol Custanari do site Notícia 360º):
Sábado, 9 de setembro de 2023, uma tarde de temperatura agradável já na parte final do feriado emendado de independência do Brasil. Nosso destino era o Estádio Municipal Sílvio Salles, onde Catanduva FC e o CA Taquaritinga se enfrentaram pela primeira partida das semifinais da Segunda Divisão de 2023.
Mas antes de acompanharmos a torcida local, vamos até a entrada da torcida visitante para ver como foi a chegada do pessoal de Taquaritinga…
Nada menos que 5 ônibus vieram de Taquaritinga, além de vários carros.
Você deve imaginar a festa que eles fizeram na entrada destinada aos visitantes…
Não me lembro de um deslocamento nestas proporções em uma Segunda Divisão paulista…
Parabéns, mais uma vez ao pessoal da TorcidaJovem Garra do Leão, por ter organizado o rolê !!!
Agora sim, voltemos à entrada principal, para acompanhar a torcida local.
Quem coordena a festa nas arquibancadas deste jovem time é o pessoal da “Guerreiros do Santo“, torcida que nasceu para apoiar o Catanduva FC.
Importante lembrar que a cidade de Catanduva tem uma grande tradição no futebol como você pode ver pela quantidade de times que já defenderam a cidade. Tirando o Botafogo e o Guarany, os demais levam o nome da cidade ou seu gentílico (fonte: Livro 125 anos de história – A enciclopédia do Futebol Paulista):
Respeitando toda essa história, é hora de entrar no Estádio!
E se do lado de fora ainda falta uma melhor identificação do estádio, lá dentro um mini outdoor no banco de reserva ajuda a deixar o estádio mais bonito.
Times em campo, mas aí uma coisa pega um pouco… Antigamente o estádio comportava a torcida local lá na lateral, que hoje fica vazia.
Assim, as fotos dos times posados ficam parecendo que foram feitas em um estádio vazio…
E lá vamos nós para mais uma partida memorável!
A torcida local surpreendeu e fez uma festa bonita, principalmente no setor coberto que foi onde ficou a organizada “Guerreiros do Santo“:
Olha que bonita a arquibancada coberta lotada e colorida em azul e amarelo!
A Mari arrumou um lugar para assistir dali o primeiro tempo!
E olha quem está ali nos camarotes do estádio, bem acima da torcida do Catanduva FC: o gestor do clube, que também é padre e prefeito na cidade: Osvaldo de Oliveira Rosa.
E não é que o time do padre conseguiu movimentar a cidade e levar um bom público ao estádio?
A ideia das bexigas coloridas pode parecer simples, mas acaba dando um efeito legal!
E até bandeirão, rolou na bancada do Santo!
Lá do outro lado, podia ser vista (e ouvida) a torcida visitante que esgotou os ingressos que lhes foram disponibilizados e o time foi lá saudar os que fizeram essa viagem!
O duelo entre as torcidas animou a partida!
E animou a gente também! É sempre bom ver as pessoas valorizando suas culturas, as coisas que são feitas por pessoas como elas, ou mesmo por amigos e familiares e não simplesmente adotando um time da capital, há mais de 400 km de distância…
O jogo começa e quem achou que o CA Taquaritinga viria ficar apenas na defesa se enganou. O jogo foi lá e cá, com ambas as equipes criando oportunidades.
E o Catanduva FC também se lançava ao ataque, fazendo a torcida local ficar animada!
E vamos, Santo!!
Mas, para a tristeza da torcida local, aos 44’ do 1º tempo, Andradina fez 1×0 para o CA Taquaritinga!
O primeiro tempo chegou ao fim e foi a vez dos vendedores e dos bares faturarem!
Fomos acompanhar a partida lá da arquibancada descoberta e de lá deu pra ver como estava bonita a arquibancada coberta do Estádio Sílvio Salles!
E a torcida local passou a entender a importância do seu apoio e voltou ainda mais animada!
Dali, pudemos também acompanhar de perto também a torcida visitante!
E entre as torcidas… La policía!
E o jogo voltou animado para o segundo tempo, com o time da casa querendo empatar a qualquer custo!
No começo achei que a parte descoberta das arquibancadas locais estava um pouco vazia, mas no segundo tempo pude ver de perto que tinha sim bastante gente!
A vitória dá ao CAT uma boa vantagem para a partida de volta, porém, sabemos que no futebol, uma virada nessas condições não seria impensável… Imagina se o goleiro do CAT não tivesse pego essa bola…
E de repente, aquele amor pela cidade explode no coração e do nada a arquibancada descoberta começa a gritar e apoiar o Catanduva!
Uma pena que as chances criadas não foram aproveitadas para fazer a torcida local celebrar como queria…
O jogo foi chegando na parte final e cresceram as provocações entre os lados da arquibancada…
Em campo, o jogo ficou mais pegado…
Mas as celebrações eram apenas das chances criadas…
Na parte final do jogo, o Catanduva FC se lançou ao ataque com mais vontade do que técnica…
Mas mesmo assim, o placar final marcou a vitória do time visitante por 1×0.
O que dizer de um rolê desses… Ali, sentado na bancada de cimento, em meio a diferentes famílias que mesmo morando próximas muitas vezes não tem outra oportunidade para estarem próximas assim, traduzindo na prática o conceito de sociedade…
Sábado, 2 de setembro de 2023. Data pra ficar na memória da torcida e da cidade de Taquaritinga. O jogo ainda não valeu o acesso, mas foi o último passo para o momento decisivo, e teve como palco o Estádio Municipal Dr Adail Nunes da Silva, o Taquarão:
As duas organizadas mostraram que a rivalidade só existe dentro do jogo, fora dele, respeito total. Rivais sempre, inimigos nunca!
Ingresso em mãos (R$ 30 a inteira e R$ 15 a meia), vamos conhecer finalmente a parte interna do Taquarão!
Se liga aí como estava o clima para entrar no estádio:
Só pra lembrar, de forma resumida, a história do Estádio: em 1982, o CAT conseguiu o acesso à “Primeira Divisão” do Campeonato Paulista do ano seguinte, entretanto o estádio não possuía as condições exigidas pela Federação Paulista para abrigar jogos deste campeonato. Com medo de uma possível exclusão, a população se mobilizou, e em uma incrível prova de amor à cidade, ao clube e ao futebol, construiu em sistema de mutirão, um estádio para 35 mil pessoas em tempo recorde: três meses. O resultado você vai ver neste post!
Fazia tempo que eu não via uma movimentação tão legal para um jogo da “Bezinha”…
É sempre um grande orgulho fazer parte de histórias como essa!
E lá vem os times!
Em campo, os dois tradicionais times do interior mediram forças após empate no primeiro jogo, ou seja, quem vencesse levava a vaga!
A torcida do Rio Branco EC também fez a sua parte e compareceu ao Estádio para deixar a festa ainda mais importante!
Eu considero a Malucos do Tigre uma das torcidas mais criativas e diferentes com faixas relacionando a paixão pelo time com outros amores como o rock, Raul Seixas, o Reggae entre outros temas!
Fico contente por já ter partilhado momentos importantes ao lado deles, em especial com o amigo, Rogérião, que já nos deixou, mas que estará sempre vivo na nossa memória… Taí o seu legado, meu irmão:
Mas, do lado local, também temos uma torcida que merece todo o respeito! A Jovem Garra do Tigre é atualmente a organizada responsável pela festa na bancada!
E no jogo de hoje, em especial, não seria diferente!
É bandeirão que você quer para a festa ficar mais colorida? Ta aí!
Mas, no caso de Taquaritinga, ainda existe um público bem representativo que são os torcedores comuns, autônomos, ou como chamamos na bancada “o povão”.
Mesmo povão que ajudou a levantar cada tijolo desse estádio que hoje recebe uma partida decisiva, mas que chegou a ficar sem futebol por alguns anos com o licenciamento do CAT.
O CAT chega ao ataque com alguns erros de pontaria…
E é bom que melhorem, porque hoje o povão está aí e quer que o CAT siga na luta pelo acesso!
O CAT tem como mascote o leão, devido à sua bravura, mas o leão que comparece nos jogos tem uma cara de gente boa…
É que ele tem outra importante missão: formar os futuros leõezinhos…
Confesso que a energia da arquibancada estava tão bacana que eu demorei uns 20 minutos pra me ater no jogo em si… Preferi ficar admirando o cenário tricolor que tomou conta do Estádio, a começar pelas bandeiras!
Me pergunto quando as autoridades responsáveis pelo futebol vão entender que essa festa só acontece por completo quando temos as bandeiras de mastro…
Mas outros detalhes dão um caráter todo único para os jogos do CAT. Os quase 40 graus precisaram de armas poderosas para se proteger do sol!
Po, e olha que lindo o boné que estava sendo vendido lá mesmo no Estádio.
O jogo em si não foi dos melhores. Ainda que muito disputado, ambos os ataques não conseguiam chegar a oferecer perigo real aos goleiros.
Como a festa na bancada estava muito mais linda, deixei os jogadores e o jogo em si para serem registrados por outros veículos e voltei meus olhos ao que cada um estava fazendo ali na bancada pra demonstrar o amor pelo time da cidade…
Então voltemos às lindas imagens da torcida!
Olha que momento incrível: a cena começa com as primeiras palavras pronunciadas pela torcedora mirim, passando pelo futebol da molecada ali ao lado do alambrado até chegar no jogo em si. Quando foi que o Allianz, Morumbi ou Maracanã vivenciaram uma cena dessas?
Enquanto isso, tudo o que a Jovem Garra pedia era… “Honrem essa camisa”… Será que esses jogadores tem ideia do valor do distintivo que eles carregavam no peito nessa tarde?
Já ia me esquecendo de fazer o nosso tradicional registro do campo, começando pela região central:
Aqui, o lado esquerdo, lá atrás daquele gol é onde estava se posicionando a torcida visitante:
E aqui, o lado direito, onde está o portão de entrada:
A torcida viu com certa preocupação o primeiro tempo se encerrar como começou: 0x0.
Do lado dos visitantes, o fim do primeiro tempo foi um alívio já que não havia uma única sombra e o sol estava escaldante!
E há que valorizar uma partida que tem como adversário um time capaz de trazer uma torcida que também se esgoelou os 90 minutos e fez uma linda festa com seus bandeirões.
Eu também dei uma arriada embaixo do calorão…
Mas deixemos pra descansar na estrada no caminho de volta…. Vamos registrar as faixas das torcidas e pra isso, fui até a entrada novamente:
O bar lotado garantiu importante renda extra… Po, e olha aí a camisa da outra organizada a Fúria do Leão!
O tempo corre demais… Começa o segundo tempo e a torcida local volta com a corda toda! Leão eô!
Raça, amor e tradição. Não uma tradição dessas que se preocupa em perpetuar os erros do passado, mas uma tradição em se valorizar o que é seu como cultura, que foi construído por essas pessoas, assim como esse estádio…
Talvez estivessem ali sentadas pessoas que participaram do mutirão em 1982 e que há algum tempo não se lembrava de como foi importante o seu trabalho para a perpetuação desse amor pelo time que leva adiante o nome da cidade, de pouco mais de 50 mil pessoas…
Ou talvez ali estejam seus filhos, seus netos, que contam com orgulho a façanha dos antepassados na loucura que deve ter sido construir um estádio que comporta 25% da população da cidade…
São momentos assim que me fazem valorizar o futebol não apenas como esporte e cultura mas como um verdadeiro manifesto, ou documento histórico.
E fico muito feliz em poder estar no meio dessa festa e fazer essas fotos e vídeos sem grandes técnicas, mas que eu espero poder alcançar hoje, e quem sabe no futuro, parte das pessoas que participaram disso tudo.
Opa, olha a falta perigosa pro CAT.…
E também teve falta perigosa pro Rio Branco!
Pô, juizão, o professor (e o auxiliar) não tão te entendendo kkkkk.
As torcidas seguiam no apoio… Uma de cada lado!
Ao fundo a não menos heroica torcida Riobranquense se esforça para tentar apoiar o time em busca de um gol que traria a classificação para a decisão do acesso…
Olha aí o placar final…
E o jogo, que no fundo acabou sendo apenas um pano de fundo para tanto amor e tanta festa chega ao final… Vamos aos penaltys e infelizmente uma das torcidas sairá do Taquarão com a alma ferida…
Todos preparados? Acho que é melhor acompanhar a cobrança lá de perto… Assim eu posso passar pela arquibancada e mais uma vez registrar esse dia incrível!
A bancada principal está lotada …
Fiquei me perguntando o quanto seria difícil pra essas pessoas que praticamente se conhecem e convivem diariamente se olharem no dia seguinte, caso o Leão fosse eliminado…
Assim como pensei nos amigos da Malucos do Tigre e no sofrimento que já se perdura por tantos anos nessa 4ª divisão…
Momento único: o “narrador” do estádio pede uma homenagem aos torcedores que não tiveram como entrar e decidiram assistir ao jogo em cima das árvores do entorno:
Nas bancadas, nem todos sabiam que a decisão iria pra penalty, mas logo a informação circulou e todo mundo estava de novo focado no campo!
Jogadores prontos para a decisão por penaltys…
Torcida também!
Os penaltys são um momento difícil para ambas as torcidas. Mas, o CAT garantiu suas 3 primeiras cobranças e viu o Rio Branco perder 2 dos 3 penaltys, o que levou o time local à 4ª batida podendo encerrar a disputa. E foi o que aconteceu:
A partir daí o que se viu foi uma explosão coletiva de felicidade.
O presidente da Garra Junior expressou a importância dessa vitória:
E aí? Você quer que eu tente traduzir o que se passava na cabeça e nos corações de quem estava ali vivendo essa catarse?
Me arrepiei todo e quase chorei ao cruzar com um homem com os olhos mareados de emoção…
Importante reforçar a proximidade que o elenco tem (ou aparentou ter) com os torcedores, afinal, eles merecem. Os jogadores chegam e saem. Nós, torcedores, estaremos sempre na bancada! Respeita a gente!
Vale chorar, se abraçar e até mandar o recado pra quem está longe: “Estamos classificados!!!”
Aos amigos de Americana, compartilho da sua tristeza, o Rio Branco não merece estar onde está e assim como um dia acompanhei o título da A3 e a volta para a A2, não tenho dúvidas que um dia estaremos juntos celebrando o acesso do Tigre!
Ao povo heróico que um dia construiu um estádio em nome do próprio time, vocês tem a minha total admiração, meu mais profundo respeito. Que esse amor não termine nunca!
Pessoal, enquanto o post oficial do nosso rolê não fica pronto, segue um clip que resume a nossa tarde tão bacana por Taquaritinga, no segundo jogo das quartas de final da Segunda Divisão do Campeonato Paulista, onde o CAT bateu o Rio Branco nos penaltys:
Sábado, 26 de agosto de 2023. O Estádio Nicolau Alayon recebeu a primeira e eletrizante partida das quartas de final da Segunda Divisão.
Ainda do lado de fora do Estádio, já dava pra perceber que a torcida visitante se faria presente…
Ingresso em mãos, vamos a mais uma peleja!
Em campo, dois times bastante tradicionais, em mais um duelo “Capital x Interior”.
Complete o seu álbum com as figurinhas dos dois times:
Infelizmente, mais uma tarde de pouca presença de público, levando em conta a importância da partida e o fato de ser um sábado a tarde, ainda que frio.
Mesmo há algum tempo nas divisões mais baixas do futebol paulista, o Nacional é gigante! Tem um distintivo que carrega consigo muito mais do que memórias futebolísticas, carrega a história da cidade de São Paulo, da ferrovia e inspira um futuro quem sabe mais uma vez sobre trilhos!
Aliás, além do frio, o inverno paulistano trouxe uma forte garoa nos dias anteriores que acabou prejudicando um pouco a área dos goleiros:
Dentro de campo, a TorcidaUnião Alviverde se posicionou do lado contrário das cadeiras cobertas e fez uma bonita festa!
Dentro das proporções vividas pela Segunda Divisão do Campeonato Paulista, pode se dizer que eles tiveram sim uma boa presença, pintando de verde a bancada do Nicolau Alayon.
Ouça um pouco da festa e do apoio da bancada alviverde:
Tem coisa mais legal do que ver o ressurgimento de um time que até alguns anos atrás estava fora do cenário profissional e ver que com a volta dele, a sua torcida também despertou?
Enquanto o pessoal da Torcida União Alviverde cantava o “bicho pegava” dentro de campo. Várias divididas daquelas de fazer a torcida vibrar com a raça dos jogadores. Que bom que ninguém se machucou, mas estava claro que a tensão estava a mil!
E antes que alguém reclame dizendo “Po, mas e a atenção à torcida local??”, também é gratificante ver surgir uma nova geração de fãs do Nacional!
Assim como é importante a velha guarda manter se firme e presentes, como o pessoal da Torcida AlmaNac / Alma Nacional!
A rapaziada também estava com a voz em dia para apoiar embaixo desse frio!
É lindo ver, mais uma vez, a bandeira do Nacional exposta nas arquibancadas do seu estádio representando mais que um time, um verdadeiro estilo de vida!
Olha que bacana a disputa em campo e, ao mesmo tempo, nas bancadas do Alayon:
Em campo, os times se enfrentaram pela 5ª vez este ano, sendo um duelo disputadíssimo! Até então haviam sido três empates por 0x0 e uma vitória do União. E não seria desta vez que o ataque do Nacional iria furar a zaga do time de Araras…
Olha aí a rapaziada nos bancos de reserva:
Mas não pense que os atletas ficaram ali no quentinho por muito tempo não, até mesmo pra se acostumar com o frio, eles estiveram em aquecimento por um bom tempo…
Professor João Batista até que estava satisfeito com o time. O União não se intimidou e fez um jogo de igual para igual com o Nacional, ainda que o time local tenha criado, na minha opinião, as chances mais concretas de abrir o placar.
Bacana ver que mesmo com tantos jogos contra, não surgiu nenhum grande desentendimento entre as torcidas, tanto que no intervalo ambas estiveram juntas ali no tradicional bar do estádio!
Importante dar uma moral também pra turma que assiste os jogos ali das cadeiras cobertas e também já fazer o tradicional registro da visão do campo.
Aqui, a visão central:
O lado da esquerda:
E o lado direito:
O resultado final do jogo foi mais um 0x0, o que leva a decisão para a cidade de Araras, no próximo sábado 2 de setembro.
Pra não ficar muito repetitivo, eu fiz uma playlist no nosso canal do Youtube com outros vídeos da partida, caso você queira mais detalhes, é só acessar o canall, clicando aqui, ou ver pelo link abaixo:
Mais do que assistir a uma partida de futebol, curtir uma tarde de sábado com essa me dá a estranha sensação de estar fazendo parte da história do nosso futebol!
Sábado, 19 de agosto de 2023. Estamos em Jahu, cidade do interior paulista muito conhecida pela comercialização de calçados, pelo agronegócio e também pelo seu time de futebol: o XV de Jaú. Quem não se lembra do time de 1988, com Kazu e Nílson no ataque!
Muito antes da chegadas dos bandeirantes, a região era ocupada por diversos povos indígenas, principalmente pelos Kaingangues (foto abaixo “recortada” do Projeto Museu Ferroviario). O próprio nome da cidade veio da língua Tupi-Guarani: Ya-hu que significa peixe guloso. Aliás, desde 2011, existe uma lei que oficializa o nome da cidade como Jahu (com “h”).
A chegada dos bandeirantes se deu pelos rios estabelecendo-se na Barra do Ribeirão do Jaú (ribeirão que atravessa o município), e os primeiros povoadores chegaram por volta de 1840. Logo surgem as moradias e até o Mercado Municipal, inaugurado em 1899, recentemente reformado e reaberto!
A cidade atualmente tem como grande atrativo o Shopping “Território os Calçados” e conta com mais de 150 mil pessoas. Escolhemos o Restaurante Ítalo Libanes para almoçar, pouco antes do jogo…
Logo após o almoço, nos dirigimos para o Estádio Zezinho Magalhães onde ocorreria o embate que definiria a classificação do time local para a fase seguinte do Campeonato Paulista da Segunda Divisão.
Estava esperando uma movimentação maior em frente ao Estádio, pelo fator decisivo, mas mesmo assim, dava pra sentir um clima diferente!!
Bacana ver a fachada do estádio tão bem cuidado!
A cidade tem disponibilizado esses “totens” informativos que fala um pouco de pontos históricos de Jahu.
Também vale reforçar a linda loja oficial do clube, pena que no dia do jogo ela estava fechada… Meu bolso agradece kkkk.
Comprei meu ingresso via o site Sou da Liga. Confesso que achei um pouco salgado o preço do ingresso: R$ 40 a inteira e R$ 20 a meia. Não sei o quanto isso impactou o público, mas sem dúvidas foi um ponto negativo…
Como só tinha o ingresso digital, fiz a foto com um que encontrei no chão, curiosamente esse se apresentou com valor de R$ 0…
Antes do início da partida fiz o tradicional registro do estádio, começando pelo meio campo:
O gol da esquerda:
E o gol da direita, onde fica o portão de entrada:
Sente um pouco do clima do estádio:
Logo de cara, parabéns à Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social de Jahu que em uma linda ação de inclusão levou os assistidos do Centro de Inclusão Social e Convivência (CISC) para acompanhar a partida. Confesso que um dos momentos que fiquei mais emocionado foi vê-los indo embora no fim do jogo e enquanto uns ainda gritavam “Gaaaloooooo”, outros pediam desculpas por não terem dado sorte ao time…
E prepare o seu coração, porque lá vem os times!
Os times se apresentam à torcida e se preparam para o embate!
E a torcida se põe ao seu lado!
Sente o clima:
Antes de me preocupar com o jogo em si, fiz alguns vídeos de olhar geral do estádio:
Mas agora é hora da faca nos dentes, os times se unem em suas últimas palavras. Confesso que queria ouvir o que cada time comentou entre si, porque o fim dessa história é no mínimo estranho… Afinal, o Joseense chegou sem ter chances de se classificar mas o que se viu foi um time com mais vontade do que o próprio XV…
E começa o jogo!!!
O Galo da Comarca começa deixando claro que seria o time a propor o jogo!
Mas desde cedo faltava sorte e carinho nos detalhes finais, mesmo nas chances mais claras, como faltas e escanteios.
Isso trouxe dois problemas: o nervosismo do time que claramente começou alto e cresceu a cada minuto e… o reflexo na arquibancada… Infelizmente muitos lembravam dos últimos anos, temendo que o mesmo filme ocorresse…. Isso se traduzia a muitos gritos de reclamações durante o jogo…
Nessas horas, a organizada faz a diferença, a Galunáticos apoiou sem parar desde o início da partida!
Pior que chances não faltaram… Foram muitos escanteios e incrível como nenhum deles foi transformado em gol…
E o Joseense se fechava com 11 jogadores lá atrás, tornando necessário voltar a jogada para o próprio campo de defesa do time da casa, o que tornava a irrita a torcida…
A Galunáticos se divide entre o apoio incondicional e ao mesmo tempo o nervosismo… Tudo o que eles não queriam era passar novamente por uma eliminação em casa…
Só pra lembrar, o XV dependia apenas de si mesmo para se classificar. Uma vitória simples classificaria o time, independente do outro jogo (Uniao São João x Nacional) e por isso, a torcida segue passando energia para o time!
E desce o time… e nada de gol 🙁
E o reflexo é a decepção da torcida…
E o tempo passa rápido pra quem precisa construir o resultado…
O primeiro tempo chega ao fim em um 0x0 com muitas críticas…
O intervalo permitiu analisar a Culinária de estádio, com dois destaques: os churros…
E a turma da pipoca:
Aproveitei pra dar uma caminhada pelo estádio e fotografar outros ângulos:
Aqui, um olhar lá do outro lado, pelo caminho de entrada do portão principal:
Outro momento emocionante foi reencontrar o craque Paulinho Mclaren, cuja entrevista, por coincidência eu repostei essa semana (clique aqui e veja!):
O clima na arquibancada começava a dar sinais de que a torcida já não aguentava mais esperar… Era o momento ideal pro XV ter aberto o placar e conquistado novamente a confiança de sua torcida!
O segundo tempo começa e o XV continua pressionando, sem grande efetividade, pecando principalmente na última bola…
O time precisa ganhar, a torcida tá pilhada, vem um escanteio e …
Pra piorar, o Joseense começa a ameaçar a meta do bom goleiro Romário…
Fiquei chateado também porque gosto do trabalho do Campagnolo como treinador, e vê-lo ficando cada vez mais irritado (isso também no jogo de 4ª feira passada contra o Nacional) me deixou mal… Claro que vários torcedores colocaram nas costas dele a eliminação que ainda viria…
O jogo foi chegando à parte final e o clima ficando mais quente…
O time desperdiça mais uma falta:
E o que parecia ruim conseguiu ficar pior… Aos 27 minutos, um chutão pra frente se transformou em um incrível lançamento que encontrou Júlio livre na entrada da área que apenas encobriu o goleiro Romário marcando o gol que eliminou o XV.
Depois do gol, o XV desabou… E a própria torcida também…
É o fim do jogo…
Outra coisa me deixou triste além da eliminação do XV, foi o público cada vez menor que tem acompanhado o time, mesmo em um motivo decisivo como este… Foram apenas 551 torcedores e sem dúvidas, a derrota de hoje só atrapalha ainda mais a relação do clube com a cidade…
O jeito foi terminar a noite com uma pizza incrível na Don Filippi …
Também demos um pulo na Catedral central…
Estava rolando a Festa das Nações e tava bem legal!
Agradecemos a todos com quem conversamos e foram tão bacana conosco…
Quarta feira, 16 de agosto de 2023 São Paulo é a cidade que não para, mas consegui dar uma parada no meio do trabalho para chegar até o Estádio Nicolau Alayon e acompanhar um incrível embate entre um time da capital e um digno representante do interior!
O Estádio Nicolau Alayon, também conhecido como Estádio da rua Comendador Souza, recebe partidas do Nacional desde 1938. Já parou pra pensar que talvez nem seu avô tinha nascido quando o Naça fez ali sua primeira partida?
O Estádio homenageia Nicolau Alayon, um uruguaio que foi dirigente do time, na sua origem.
O Nacional é um dos primeiros times de São Paulo e do Brasil, já que Charles Miller foi funcionário da São Paulo Railway (SPR) e acabou trazendo a cultura do futebol para os ferroviários que fundaram o São Paulo Railway Athletic Club em 16 de fevereiro de 1919, assumindo um caráter de clube operário.
Em 1946, chega ao fim a concessão da SPR e com a nacionalização da estrada de ferro, o clube precisa modificar sua denominação e inaugura o “novo nome” contra o Flamengo, jogando o primeiro tempo como “São Paulo Railway AC” e o segundo como Nacional Atlético Clube, em um Pacaembu lotado. O Flamengo venceu por 5×3. Leia no site O curioso do futebol, uma matéria legal sobre esse jogo (a foto abaixo é de lá):
O Estádio Nicolau Alayon foi inaugurado em 15 de maio de 1938 em partida contra o Corinthians (que venceu por 2×1).
Atualmente, o Estádio segue sendo a casa do Nacional e tem até uma loja oficial!
Ainda que atrasado uns 20 minutos, finalmente comprei meu ingresso e me encaminhei para assistir ao jogo.
Eu não tive muita vivência no Nicolau Alayon como tive em outros estádio próximos, mas já estive em pelo menos umas 15 partidas por aí e posso dizer que o Estádio gera em mim uma série de recordações e mesmo imaginações sobre o futebol no século passado…
Até por isso, faço questão de registrar a presença nesse embate incrível entre interior e capital!
Nem bem cheguei e saiu o gol do XV de Jaú…
Até achei que fosse o primeiro gol da partida, mas tratava-se do gol de empate dos visitantes.
Mesmo sendo uma quarta feira, a torcida visitante se fez presente!
Bem como a torcida local!
Sinta aí o clima do Estádio:
Olha aí o pessoal da Almanac, a torcida organizada do Nacional!
As bandeiras do pessoal da Almanac dão uma cara bem legal a essa arquibancada atrás do gol, com direito a lembrar da FEPASA e eu que venho de família ferroviária sempre fico muito contente de ver esse encontro entre a ferrovia e o futebol!
Empolgado pela sua torcida, o Nacional teve boas chances de se colocar a frente novamente:
Pra quem curte assistir jogos que tem grande proximidade com os atletas, o Estádio Nicolau Alayon é um daqueles que te colocam praticamente dentro do campo!
Mas o time local tentava sair vencendo o jogo e até o goleirão ligava o contra ataque!
Mas ouvindo as ordens do Mr. Campagnolo, o XV de Jaú também se lançava ao ataque e teve grande oportunidade em uma falta que foi batida na barreira:
Agora é uma falta para o Nacional que faz a torcida roer as unhas!
Sempre que possível gosto de manter o registro atualizado dos estádios que visitamos, então segue aí a vista do meio campo:
Do gol esquerdo:
E do gol direito:
A vizinhança anda diferente… Olha quantos prédios cercam o estádio fazendo com que os olhos das gulosas incorporadoras sigam crescendo o lugar onde o Nacional está…
E de tanto insistir, saiu o segundo gol do Nacional!! Na hora só deu tempo de tentar uma foto, que saiu essa coisa tremida aí kkkk
Festa na bancada local!
O moço do placar é rápido: 2×1 pro time da casa!
A torcida local ficou mais tranquila?
Mais ou menos…. Pra quem carrega o amor ao time no peito ou a bandeira em mãos, estar vencendo por 1 gol sempre significa andar por um caminho estreito onde qualquer desequilíbrio pode acabar com o dia!
Então vale sim reclamar com o juiz e xingar o banco de reservas!
Intervalo de jogo e hora de conhecer o bar local, que tem uma fogazza incrível!
Mas o tempo voa e quando vejo a partida recomeçou. Serão mais 45 minutos (fora os acréscimos) para a torcida do Nacional poder celebrar 3 importantíssimos pontos.
Do outro lado, para a torcida do XV, 45 minutos se passariam em incrível velocidade caso o empate não seja rapidamente alcançado.
Alguns torcedores do XV até mudaram de lugar pra ver se a sorte também mudava…
Enfim, nervos a flor da pele já que agora toda partida é uma decisão em busca do acesso!
Na parte coberta do estádio, onde o sol não incomoda tanto, o risco do empate deixava todo mundo apreensivo…
Assim como o bom goleiro Romário tornava mais difícil a missão de ampliar o resultado pra 3×1 e matar o jogo.
No outro jogo do grupo, o União São João fazia 1×0 no Joseense, em São José, deixando a missão da classificação para a última rodada…
A segunda divisão do paulista é assim… Emoção até o fim!
Falta para o Nacional, será agora o gol que fecha o placar?
E teve contra ataque para os ferroviários…. Mas nada do 3º gol…
E teve escanteio para o Nacional também:
Mas, mesmo a tarde aprazível chegou em seu momento final e o árbitro apitou o fim da partida!
O treinador do XV foi a loucura, mas mesmo perdendo, o time visitante mostrou força e tem boas chances de se classificar!
A imagem reflete a sensação de superação dos atletas do Nacional, que com certeza chegaram mais longe do que muitos acreditavam, ao mesmo tempo em que demonstra certa incredulidade do atleta do XV que estava confiante em um resultado melhor. Mas este é o campo da rua Comendador Souza e aqui, mandam os ferroviários do Nacional!
Hora de ir embora pelo bairro pacato que abriga o time tão tradicional…