Segunda fase da série B do Campeonato Paulista 2025: Mauá FC 1×2 AD Guarulhos

Sábado, 28 de junho de 2025.
O sol tímido das 10hs da manhã e o clima de inverno recepcionam o início da segunda fase da Série B do Campeonato Paulista no tradicional Estádio Municipal Pedro Benedetti, em Mauá.

Hoje, seria um dia para festa, para arquibancadas pulsando em vermelho e amarelo, mas…

… a realidade de 2025 impôs um contraste duro: mais gente dentro do campo do que fora dele.

Apesar do silêncio constrangedor nas arquibancadas, o Pedro Benedetti segue belo em sua simplicidade, com suas coloridas arquibancadas.

Do alto da bancada, se vê o meio-campo recortado pelos bancos técnicos, tendo ao fundo uma pequena estrutura para as comissões técnicas e os vestiários.

E aqui, o gol da esquerda, agora com menos árvores no fundo, mas ainda cercado por alguma resistência verde. Um pequeno alívio em tempos de tanto cimento.

O juiz apita e começa a segunda fase do Campeonato Paulista da Segunda Divisão.
E como já virou tradição nos estádios do interior paulista, lá estava Edson, o “Gaguinho do Amendoim”, figura lendária das arquibancadas, unindo simpatia e previsões futebolísticas.
Veja aqui a entrevista que fizemos com ele antes da bola rolar!

Em campo, o Guarulhos vinha com o respaldo de uma boa campanha na primeira fase, de onde saiu como líder do grupo 2.

Mas, foi o Mauá FC que começou dominando! Victor Hugo perdeu uma chance claríssima e Wanderson Martins teve boa oportunidade logo depois.

O time criou boas jogadas pela direita e teve boas chances, como uma cobrança de falta venenosa da intermediária. O bom goleiro Vitor Boin, do Guarulhos garantiu o 0x0.

Enfim, pode se dizer que nesse primeiro tempo não faltou emoção em campo, mas não se pode dizer o mesmo nas bancadas…
Como ressaltamos ao chegar no estádio, o público foi mesmo decepcionante…

Aproveitei o intervalo para bater um papo com o Marrom, uma figura importantíssima para o futebol de Mauá e do ABC:

Mas o Guarulhos, líder do Grupo 2 na primeira fase, voltou do intervalo mais focado.

Aos 14 minutos abriu o placar com Ítalo, aproveitando cruzamento certeiro na área.

O gol foi um verdadeiro banho de água fria — e em pleno inverno.
O Mauá se apagou, e o jogo caiu de ritmo. Guarulhos administrava, Mauá tentava, mas parecia sem fôlego.

Quando o jogo entrou nos últimos 15 minutos, o Mauá voltou a equilibrar o jogo e passou a apertar o time visitante novamente.

E oi assim, já nos acréscimos que o time local buscou o empate! Mateus de Araújo anotou o 1×1.

É, torcedor… Se os 3 pontos não vêm, melhor começar com um empate, correto?

Ou dá pra sonhar mais alto? Porque agora só dá Mauá!!

Será que vai rolar a virada?

Não… Ao contrário.
O baixinho “Gustavinho”, uma versão local do venezuelano Soteldo acreditou até o último momento na jogada e aos 48 do segundo tempo ajudou o Guarulhos a levar 3 importantes pontos para casa.

Triste para o Mauá FC, sim.
Mas mais triste ainda é ver um clube da cidade lutar sem seu povo por perto.
O futebol sobrevive da paixão — e sem ela, vira só um jogo silencioso.

Se você ficou curioso para saber o número oficial de pagantes, segue o boletim financeiro da partida:

Bom… Eu fiz minha parte tentando apoiar…

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O futebol profissional em Monte Mor

Estádio Municipal José Maria de Freitas Guimarães - EC Monte Mor - Monte Mor

Já é quase setembro de 2020… Ainda sob efeito da pandemia do COVID 19, e tomando todos os cuidados mais que necessários, aproveitei o fim de semana e dei um pulo na cidade de Monte Mor, para conhecer e registrar o Estádio Municipal José Maria de Freitas Guimarães.

Monte Mor

Vale lembrar que a área onde hoje fica a cidade era um local ocupado pelos índios Tupi-Guarani e muitos vestígios da época (como fragmentos de cerâmica e até  uma urna funerária com cerca de 1000 anos de idade) foram encontrados em escavações nos sítios Tapajós e Rage Maluf, na década de 70.
Após os índios serem dizimados pelos bandeirantes, o homem branco chegou, e usava a região de parada dos que passavam por ali e logo as primeiras famílias se estabeleceram ali dando origem a núcleos que se tornaram Freguesia e, em 1871 elevada à Vila de Monte Mor.
No século seguinte, a cidade veria nascer o seu time de futebol, o Esporte Clube Monte Mor!

Distintivo do Esporte Clube Monte Mor

Destaque para a Cruz Orbicular (Cruz Templária) em seu distintivo, que era usada pelos Templários portugueses e pela Ordem de Cristo.
O Esporte Clube Monte Mor mandava seus jogos no Estádio Municipal José Maria de Freitas Guimarães e lá fomos nós registrar mais um estádio, dessa vez tendo o “Tio” Lúcio como guia!

Estádio Municipal José Maria de Freitas Guimarães - EC Monte Mor - Monte Mor

O rubronegro EC Monte Mor foi fundado em 2 de maio de 1957 e disputou a Quinta Divisão em 1978 e 1979. Veja a campanha de 1978:

Campeonato Paulista - 5a divisão - 1978
Campeonato Paulista - 5a divisão - 1978

O amigo e leitor do blog José Alves Borges, treinador de futebol profissional na Ásia há mais de 20 anos, enviou uma foto do time de 1978:

Aqui, a campanha de 1979:

Campeonato Paulista - 5a divisão - 1979
Campeonato Paulista - 5a divisão - 1979

O EC Monte Mor também chegou a jogar a série A3 em 1980 e 1982. Esse foi o time de 1980:

Da esquerda para direita, em pé: Helio Jalbut (Técnico), goleiro reserva, Renatão, Chiquinho, Edson, Caetano, Zé Luiz, Louca (Goleiro), Alemão e Joãozinho Jalbut (Presidente). Agachados: Dimas, Mimi, ??, Ademir, Celso, José Antonio, Benê e João.

Graças ao amigo Jamil Lisboa, conseguimos algumas fotos do time dessa época.

EC Monte Mor 2x2 Cruzeiro - série A3 - 1980

As fotos são de um amigo dele, o Adhemar Alves, e fica aqui nosso agradecimento por poder dividir com outros apaixonados pelo futebol!

Mais do que algumas fotos quaisquer, elas registraram um dia na vida do EC Monte Mor:

Especificamente, do último jogo da fase classificatória de 1980, no dia 28 de setembro, contra o Cruzeiro do Vale do Paraíba (veja aqui nossa visita ao estádio deles!).
O Cruzeiro dependia do resultado deste jogo para se classificar e não a toa, a torcida do time do Vale do Paraíba trouxe nada menos que 6 ônibus para Monte Mor!!!

EC Monte Mor 2x2 Cruzeiro - série A3 - 1980

Estádio lotado e com direito a transmissão pela Rádio de Cruzeiro e transmitida, com um telão colocado no centro da cidade de Cruzeiro, pela Tv de São José dos Campos!

EC Monte Mor 2x2 Cruzeiro - série A3 - 1980

Embora a data nas fotos seja de 1982, esse jogo foi mesmo pela A3 de 1980, uma vez que em 81, o EC Monte Mor não disputou o campeonato e em 1982, o Cruzeiro estava na série A2, justamente por ter sido campeão do ano anterior!

EC Monte Mor 2x2 Cruzeiro - série A3 - 1980

O placar final foi 2×2.

EC Monte Mor 2x2 Cruzeiro - série A3 - 1980

O centroavante Celso marcou um dos gols do time da casa:

EC Monte Mor 2x2 Cruzeiro - série A3 - 1980

Tem até o lance do gol dele:

EC Monte Mor 2x2 Cruzeiro - série A3 - 1980

E não é que até foto do trio de arbitragem (modelo padrão…) apareceu? Árbitro Antonio de Pádua Sales!

EC Monte Mor 2x2 Cruzeiro - série A3 - 1980

Mas a festa teve um final um pouco triste para a torcida local, já que no ano seguinte o EC Monte Mor não disputaria campeonato algum, retornando apenas em 1982 para fazer sua despedida oficial da série A3 e do futebol profissional… Ao menos, seu estádio segue por lá!

Estádio Municipal José Maria de Freitas Guimarães - EC Monte Mor - Monte Mor

Aliás, pelo que pudemos ver, o Estádio Municipal “José Maria de Freitas Guimarães” está passando por reformas…

Estádio Municipal José Maria de Freitas Guimarães - EC Monte Mor - Monte Mor

Aqui o gol do lado esquerdo, para quem está acomodado na arquibancada coberta.

Estádio Municipal José Maria de Freitas Guimarães - EC Monte Mor - Monte Mor
Estádio Municipal José Maria de Freitas Guimarães - EC Monte Mor - Monte Mor

O meio campo:

Estádio Municipal José Maria de Freitas Guimarães - EC Monte Mor - Monte Mor

E o gol da direita:

Estádio Municipal José Maria de Freitas Guimarães - EC Monte Mor - Monte Mor

O sistema de iluminação deixou de funcionar há alguns anos, devido ao furto dos cabos de energia.

Estádio Municipal José Maria de Freitas Guimarães - EC Monte Mor - Monte Mor

O amigo Stuchi ainda nos passou essa foto de uma vista aérea do Estádio:

Estádio Municipal José Maria de Freitas Guimarães - EC Monte Mor - Monte Mor

O convênio com o Governo Federal liberou cerca de R$ 360 mil para obras de revitalização do Estádio, mas pelo que eu entendi esse acordo é antigo e deveria recuperar o sistema de iluminação, os vestiários, alambrados e outras dependências do estádio.

Estádio Municipal José Maria de Freitas Guimarães - EC Monte Mor - Monte Mor

Que tal uma olhada no estádio como um todo?

Ah, e antes que você me pergunte como eu consegui as fotos e vídeos, em uma época em que o estádio está fechado, fica aí o nosso segredo:

Estádio Municipal José Maria de Freitas Guimarães - EC Monte Mor - Monte Mor
Estádio Municipal José Maria de Freitas Guimarães - EC Monte Mor - Monte Mor

Mas também busquei outras fotos no Facebook da Prefeitura, até pra ter uma vista da arquibancada, e olha aí o que achamos:

Estádio Municipal Monte Mor

Esse é um time amador de muita força na cidade, o Santa Cruz:

E ainda achei alguns lance de partidas amistosos:

Estádio Municipal Monte Mor
Estádio Municipal Monte Mor

E, principalmente, uma visão da arquibancada coberta:

Estádio Municipal José Maria de Freitas Guimarães - EC Monte Mor - Monte Mor

É isso aí…. Mais uma linda história do futebol paulista…

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161- Camisa do São Gonçalo Esporte Clube (RJ)

A 161a camisa de futebol do blog, volta ao estado do Rio de Janeiro, para conhecer o São Gonçalo Esporte Clube um time bastante recente, fundado em 2010, com sede na cidade de São Gonçalo.

A camisa foi presente do amigo Anderson Motta, lá da cidade de São Gonçalo, que possui mais de 1 milhão de habitantes, sendo a segunda mais populosa do estado.

Esse é o brasão da cidade:

A estreia do time no futebol profissional se deu dois anos após sua fundação, disputando a Série C do Campeonato Carioca de 2012, ao lado de outro time da mesma cidade, o São Gonçalo F.C. . Em seu primeiro campeonato, terminou na sexta colocação.

O time trouxe nomes de peso para o seu primeiro campeonato, como o goleiro Sílvio Luiz (que jogou anos pelo São Caetano), o volante Roberto Brum e o atacante Marco Brito (que jogou pelo Vasco e Fluminense).

Olha o Sílvio Luiz aí no elenco:

O São Gonçalo E.C. manda seus jogos no Estádio Clube Esportivo Mauá, e a torcida tem comparecido em bom número.

E os jogadores tem retribuído o apoio com boas campanhas e bastante dedicação!

Esse ano, 2013, o time lidera o seu grupo, vencendo seus três primeiros jogos.

Maiores informações sobre o desempenho da equipe no campeonato visite: wwwfutebolgonçalense.com.br ou wwwfutrio.net

Pra acabar, conheça a torcida do São Gonçalo E.C. :

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Estádios do Oeste Paulista: 18- Avaré

Estádio Dr. Paulo de Araújo Novaes, a casa do São Paulo de Avaré. Direto do futuro eu posso dizer que nós voltamos ao Estádio do São Paulo de Avaré e além das fotos abaixo, fizemos novas fotos dentro do campo, veja aqui como foi!
Mesmo não dando pra ver muita coisa, paramos no Estádio do São Paulo de Avaré para dar uma olhada e registrar o 18o estádio da nossa viagem.

O Estádio fica numa região bem central da cidade, tomando conta de quase todo o quarteirão.

Aparentemente, o estádio estava fechado, mais uma vez é hora de escalar o muro…

O Estádio tem capacidade para cerca de 1.000 torcedores segundo as informações oficiais.

É aí que o São Paulo de Avaré mandava seus jogos. O São Paulo foi fundado em março de 1946.

Mais uma bilheteria para a nossa coleção!

O Estádio, embora não receba mais partidas oficiais, está muito bem cuidado.

Nossa viagem caminhava para a última cidade e o último estádio, por isso, ir embora de Avaré, nos deixou bastante pensativos, sobre tudo o que vivemos e todas as pessoas e locais que conhecemos. Obrigado, futebol.

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99- Camisa do Primeiro de Maio

Camisa do Primeiro de Maio FC A 99ª camisa é mais uma que faz parte da história do futebol paulista e tem uma atenção especial por ser da minha cidade, Santo André. O time dono da camisa é o Primeiro de Maio Futebol Clube. Distintivo do Primeiro de Maio FC Apesar de não disputar mais competições profissionais de futebol, o clube mantém sua movimentada sede social e esportiva bem no centro de Santo André. A história do Primeiro de Maio Futebol Clube teve início por meio de um grupo de operários italianos, apaixonados por futebol, que em 1913, reuniram-se nos fundos de um armazém na Rua Cel.Oliveira Lima (o calçadão central da cidade), com o objetivo de fundar um clube de futebol. Como eram todos operários, decidiram homenagear o dia do trabalhador, batizando o time com o nome de Primeiro de Maio Football Club. O primeiro jogo oficial aconteceu no dia de Natal daquele mesmo ano. Em 1914, o time que fez a primeira excursão (para Jundiaí), para enfrentar o Corinthians Jundiayense, com o time abaixo: Primeiro de Maio FC A conquista da primeira taça veio num jogo realizado contra o Serrano Atlétic Club, de Paranapiacaba, em 1916. Em 1917, inscreve-se na APSA (Associação Paulista de Sports Athleticos) tornando-se o primeiro time da região a disputar um campeonato paulista. Jogaria a série A2 até 1926, quando sagrou-se Campeão Paulista da série A2, com o time abaixo: Primeiro de Maio FC Era a primeira vez que um time fora da capital levava esse título e assim, no ano seguinte, em 1927, disputou a primeira divisão com grandes times como o Santos, o Guarani e o Palestra Itália tornando o time conhecido por todo o Estado.  Em 1928, houve a fusão entre o clube e o Corinthians de São Bernardo do Campo, fazendo surgir o Clube Atlético São Bernardo, que duraria apenas dois anos, período marcado mais por crises do que por boas notícias. Assim, em 1930, o Primeiro de Maio FC volta à ativa sozinho. Iniciava a melhor década do clube. Abaixo o time do início da década de 30:

Primeiro de Maio FC

Abaixo, o time que enfrentou a Portuguesa no antigo campo lusitano do Cambuci, em jogo válido pela primeira divisão da APEA, em 1936:

O time ainda disputaria a série A2 em 1938, ano em que disputaria um amistoso contra o Palestra Itália (perdendo para o futuro Palmeiras por 3×1) em partida disputada com o time abaixo:

Aqui, o time que trazia no gol aquele que anos depois daria nome ao stádio Municipal: Bruno José Daniel!

Ainda haveria força para mais dois anos de disputas oficiais em 1939 (quando marcaria a história do futebol municipal ao derrotar o Corinthians de Santo André em seu próprio território) e 1940, quando surgiria o time conhecido como os “Flechas Verdes“.

A partir daí o futebol não seria mais disputado profissionalmente.

Mas haveriam amistosos, como o disputado contra o Rhodia, em 1946, com o time:

Em 1949, o clube se licencia também do campeonato municipal. A década de 50 ficaria marcada no clube pelo surgimento e rápida ascensão do futebol de salão. Os anos 60 e 70 dariam sequência na construção de um forte e bem equipado clube social, enraizado no centro da cidade e reunindo milhares de pessoas em torno de suas atividades. Os anos 80 e 90 democratizaram diversos esportes para os seus sócios, do já tradicional futebol de salão à natação, futebol de areia, boliche e etc. Assim, chegam os anos 2000 e infelizmente já era praticamente impossível encontrar um jovem frequentador do clube que soubesse da história do time do Primeiro de Maio FC disputando campeonatos oficiais de futebol pela federação. O historiador Ademir Médice ainda ajudou a resgatar a história do clube com o livro “Os Flechas Verdes”, que muito me ajudou na confecção deste post: Mas mesmo assim, o clube segue sendo um dos principais agregadores sócio culturais da região, mas não tem jeito, para quem gosta de futebol sempre fica aquele desejo de que os “Flechas Verdes” poderiam se aventurar novamente no futebol profissional… Fica abaixo o hino do clube: “Vinte e cinco ilustres fundadores, operários de visão. Foi então, a forte engrenagem deste clube tradição. Salve, salve o Primeiro de Maio, nosso nome exaltação. De alta voz e brado juvenil cantamos com o coração: de glórias mil, alto e bom tom, te exaltamos com fervor. Oh! Clube bom e popular, que o esporte sempre divulgou. Unidos com muito vigor de verde e branco proclamar: Primeiro de Maio, a tradição familiar”.

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A angústia da Inter de Limeira!

Mais um domingo ensolarado e quente pelo interior paulista.

Dia da rodada final da segunda fase da Série B do Campeonato Paulista e dentre vários jogos, escolhemos ir até Limeira acompanhar uma das decisões desta fase.

O Estádio é o  Major José Levy Sobrinho, tradicional Limeirão, onde a Internacional manda seus jogos.
O adversário do dia é o “CATS” (Clube Atlético Taboão da Serra).
Confesso que já acostumei com o horário dos jogos da série B, o domingo matinal já está tomado na minha agenda para ir aos jogos com a Mari.

Pelo movimento do lado de fora, achei que o campo estaria cheio, só depois me dei conta que estava rolando um evento de cowboys e que infelizmente, o povo boleiro de Limeira não era muita gente…

Essa é a realidade do futebol no interior paulista.
Ao menos quem foi, foi para apoiar.
E lá estávamos nós…

Esse Estádio é magnífico.
Não só pelo tamanho e pela beleza, mas principalmente pelo seu valor histórico.
A vista também é muito boa…

Do lado “descoberto”, as organizadas da Inter ditavam o ritmo, cantando e apoiando o time, que precisava vencer a partida e ainda torcer por um tropeço do “Primeira Camisa” (time de São José) contra o Desportivo Brasil, em Jaguariúna.

Mais do que fazer sua parte, a torcida ainda tinha que ficar atenta ao radinho ouvindo as novidades do outro jogo.

O clima era de tensão total e para dar uma forcinha, a diretoria da Inter conseguiu começar o jogo com quase 20 minutos de atraso pela falta de um médico responsável.

O time da Inter começou vindo para cima, mas falhava nas finalizações. Na parte coberta, com pouco mais de 25 minutos o pessoal também já não tinha mais unha para roer, tamanha era a ansiedade pela classificação.

O placar era de 0x0, mesmo resultado do jogo em Jaguariúna.

Embora o time do Taboão já estivesse classificado, em momento algum eles deixaram de jogar com seriedade, dificultando a vida do time local.

Mas a verdade é que para ficar ainda mais bonito, o Estádio merecia um público maior…

E era bola na área, chutes de longa distância, pressão no árbitro… A Inter fazia de tudo para abrir o marcador e no mínimo fazer a  sua parte.

As bandeiras tremulando lembravam a importância do resultado não só para a torcida, mas para a cidade de Limeira.

E a galera da Internação seguia com a bateria lembrando o time que “TEMOS QUE VENCER!!!

Momento artístico, retratando a torcida, os trapos, holofotes e demais objetos que fazem parte do dia-a-dia de quem curte estádio.

Basta olhar para as instalações do Estádio que a lembrança faz-se presente: 1986, a Inter, campeã paulista.

O pessoal da Interror sabia que era parte importante do esquema tático no jogo e fez bonito. Os torcedores cantaram e apoiaram o time, fazendo valer o fator campo.

E se não bastasse a torcida das pessoas presentes, lá estava uma outra figuraça do Estádio: o cão “Neguinho’‘, com direito até a camisa do time.

O tempo ia passando e cada minuto fazia o nervosismo aumentar. Dali de cima víamos que a Inter não conseguia traduzir em gols o domínio em campo.

É sempre emocionante acompanhar a luta de um time e sua torcida por um objetivo. Que bom seria se conseguíssemos levar isso para outras áreas da vida…

A união é o ato de maior força entre as pessoas, independente da vitória. A Inter vivia mais um dia de fortes sentimentos com seus torcedores.

E o sol forte minava as forças de quem se envolvia com o jogo até a última das emoções…

A Mari até aproveitou pra pegar um bronze…

E no meio de tantos sentimentos, percepções e preocupações… Saiu o tão esperado gol da Inter! Festa no Limeirão…

Depois do gol, aproveitamos para bater papo com alguns torcedores e quando vimos, já estava terminado o primeiro tempo. Aproveitamos para dar uma volta pelo Estádio e principalmente experimentar o Mega-Gelinho que eles vendem por lá, a R$2:

Aproveitamos também para conhecer melhor o “Neguinho”

No intervalo, não existe nenhum tipo de ação com os jovens torcedores, como vimos no domingo passado em Paulínia. Coincidência ou não, o número de crianças presentes no jogo foi pequeno. Ao menos, mulheres não pagaram pra entrar!

Fomos assistir ao segundo tempo na sombra e acho que não teríamos aguentado se tivéssemos ficado no sol. Não só pelo calor do dia, mas pelo calor do jogo.
Em Jaguariúna, o time do “Primeira Camisa” apertava o Desportivo Brasil, mas a grande dor aconteceria ali mesmo, no Limeirão.
Após bela jogada individual de um dos atletas do Taboão, a bola sobrou para o atacante visitante marcar e chegar ao empate.
O silêncio imperou por longos minutos…

A notícia do empate fez os jogadores da Primeira Camisa comemorarem, em Jaguariúna, mas a festa durou pouco. Minutos depois a Inter chegou ao seu segundo gol para delírio dos torcedores locais.

Dali pra frente, o jogo ficou morno. O Taboão aceitou a derrota e a Inter agradeceu.

As emoções agora estavam por conta do jogo de Jaguariúna. E o final em 0x0 foi mais comemorado que os gols da Inter. A combinação dava ao time de Limeira a classificação para a terceira fase da série B.

Agora é a hora do torcedor abraçar o time, esperamos retornar ao Limeirão e conferir um público maior, que é o que um time como a Inter merece.

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Dérbi em Limeira!

12 de junho de 2010, dia dos namorados…
Uma noite que merece um passeio especial para comemorar…
Assim, não tive dúvidas em escolher como programa romântico, uma ida até Limeira para assistir a Independente x Internacional, pela segunda divisão, no Estádio Comendador Agostinho Prada:

Chegamos um pouco atrasados, e acabamos nos assustando com a bilheteria fechada…

Tivemos que convencer o pessoal a nos vender dois ingressos, afinal, estávamos vindo de Santo André só para o dérbi…

Chegamos no estádio e o público até que nos surpreendeu, de ambos os lados:

Aliás. o estádio do Independente me surpreendeu. Além de ser maior do que eu estava esperando, ele também está muito bem estruturado.

As torcidas do Independente estiveram presentes com suas faixas e cantos:

Até uma faixa no estilo europeu hooligan, apareceu por lá…

E também não faltou provocação ao rival local…

A galera gritou e apoiou bastante, deixando pra lá a atual má fase que passa o time do Independente.

Lá do outro lado, a torcida da Internacional também fazia sua festa, com direito a um belo bandeirão.

E se o jogo estava quente, o mesmo não podia se dizer do tempo… Um ventinho gelado fazia a temperatura parecer ainda mais baixa do que estava…

A gente tentou fugir do frio, apelando pra pipoca, mas… Estava mais pra sorvete do que para pipoca…

Mas o pessoal da Guerreiros não desanimou nem mesmo com o frio e seguiu apoiando o jogo todo!

E em campo, o bicho pegou! Nenhum dos dois times aceitava perder o dérbi…

Todo mundo colocou a canela na dividida, mostrando que a rivalidade entre as duas equipes já contagia o gramado!

E se a rivalidade tá assim no gramado, como é que andam as arquibancadas?

Bom, mas o jogo rolou sem nenhum problema extra campo.
Quer dizer, ao menos pro torcedor da Internacional, as coisas saíram bem, já que a Inter marcou 1×0 e decretou mais uma vitória em sua brilhante campanha feita até o momento, com incrível marca de 100% de aproveitamento em 6 jogos.
Ao torcedor do Independente, valeu a presença do torcedor, e valeu também reclamar junto ao alambrado!

Ou ao menos aproximar-se do alambrado para comprar um quitute, para o capítulo “Gastronomia de Estádio”…

Pra nós, valeu mesmo é ter participado de mais um capítulo importante da história do futebol, estando presente a um estádio maravilhoso, e vivenciando um dérbi, que já tem uma rivalidade enorme!

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Juventus 1×2 Comercial (Série A3)

27 de março de 2010.
Sabadão pela manhã, a Mari tinha que ir pro centro de SP, pra ver umas roupas e tecidos pra ela postar no blog dela (www.pencefundamental.com.br).

Eu, que não sou assim muuuuuuito chegado a moda, aproveitei e dei um pulo na Javari, pra ver Juventus x Comercial, bom jogo, entre duas equipes que tem grandes chances de subir pra A2, consequência… fila pro ingresso…

Nada que tomasse mais de 10 minutos. Logo, já estava na mais romântica as canchas de São Paulo, ouvindo cantos que evocam os operários da Moóca e mostra ao time que a sua gente está ali pra apoiar, independente do que acontecer no placar…

Fico me perguntando se um dia a Federação não podia ser corajosa e liberar um jogo contra um time tradicional de São Paulo, ali na Javari.
Já pensou um Juventus x Corinthians, ou Juventus x Palmeiras… Ingressos limitados… A Federação podia ter essa coragem.

O pessoal da Setor 2 me faz lembrar minha banda (Tercera Classe). Certa inocência proposital nas músicas, que não chegam a ser gritadas, são cantadas com o coração, deixando ainda mais doloroso o ato de amar ao extremo seu time.

A rapaziada de Ribeirão Preto também compareceu e em bom número. A Mancha Alvi Negra mostrou que se dependesse da torcida, o Comercial seria o mesmo glorioso time que fazia o chão tremer pelo interior.

E dá lhe faixas! A da esquerda ali, com direito a letra do Iron Maiden e tudo!

Foi bom poder ver um jogo do Comercial, sem ter que viajar tanto, mas ainda quero ir pra Ribeirão pra mostrar os caras, em casa!

Aliás, torcida visitante na Moóca é quem pressiona o bandeira!

Ah, finalmente descobri de quem é a faixa “JUVEGAN“.
Como eu também sou vegetariano, sempre me perguntei quem teve a excelente ideia de juntar as duas coisas.
Aliás, fiquei ainda mais contente porque ganhei uma camisa dos caras!
E uma camisa muito bem feita com direto a etiqueta contando o nascimento da ideia, quando, o Juventus sagrou-se campeão da Copa Federação Paulista, com um gol no último minuto,  ao derrotar o Linense, até então patrocinado por um matadouro.

O jogo foi bem corrido, e as equipes mostraram porque estão mesmo na briga pelo acesso.

Comparando aos outros jogos que vi do Juventus, achei o time um pouco mais “sonolento” do que o normal, tanto é que saiu perdendo por 1×0, num gol em que o preparador de goleiros devia ter ido comprar um canole e não gritou com o goleiro Gustavo pra ele sair numa bola “chuveirada” verticalmente na área e que acabou sendo cabeçeada por um atacante (até meio baixinho) do Comercial.

A setor 2 não deu a mínima e seguiu apoiando a razão do seu viver…

Engraçado, como depois de assistir tantos jogos do lado da Setor 2, o outro lado do estádio parece meio estranho.

Comercial seguia vencendo, mas nas pequenas bancadas da Javari, fosse pela revolta (o juiz expulsou um atleta juventino, num lance que poderia ter expulsado também o goleiro adversário) ou pelo amor, o que se via era muita agitação…

O segundo gol do time de Ribeirão Preto, praticamente acabou com as chances do Juventus, mas foi muito legal ver o jogador que fez o gol indo cumprimentar a torcida que viajou tanto pra vê-los jogar.
Chupa Tiago Leifert e sua triste campanha para fazer os jogadores comemorarem seus gols com a Globo e não com a hinchada!

Ao fim do jogo, ainda com 2×0, o polêmico, irreverente e já lendário “Toro” escalou os alambrados pedindo “Ponga huevos!!”.
Sequer se importava com a possibilidade de ser retirado pela Federal. ” No me importa nada!!!” bradava!

Momentos depois o Juventus marcou seu gol fechando a partida em 1×2 pros visitantes. Fui encontrar a Mari no mercadão (puta dia de passeios paulistanos, meo!). Ah, já vestindo o presente!!

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Mesmo que o teu bairro seja a sua cidade!