O futebol em Jaguariaíva-PR

Ah, a estrada… Desta vez, ela nos levou pelas lindas montanhas do Paraná até uma cidade pouco conhecida: Jaguariaíva.

Confesso que nunca tinha ouvido falar de Jaguariaíva mas ao dar uma rápida busca no Google vi que sua presença no futebol foi muito importante, então… Vamos conhecer e registrar mais um estádio!

A cidade também surgiu do violento encontro dos bandeirantes paulistas, tropeiros de gado e os indígenas pelo caminho que liga Sorocaba ao Rio Grande do Sul. Seu nome é referência ao Rio Jaguariaíva que corta o município.

A estação de Jaguariaíva, antigo pouso de tropeiros, foi inaugurada em 1905, permanecendo como ponta de linha por mais de dois anos e meio, até ser aberta a estação de Fábio Rego, no caminho para Itararé

E foram os ferroviários da cidade quem criaram um clube social para o seu entretenimento e de seus familiares e que é motivo de orgulho para a cidade: o Esporte Clube Recreativo Ferroviário!

O ECR Ferroviário foi fundado em 1º de março de 1939, e manda seus jogos no Estádio Francisco Cyrilo da Costa. E lá fomos nós conhecer esse charmoso estádio.

O ECR Ferroviário tem uma grande tradição no futebol amador, tendo a Associação Atlética Matarazzo como grande rival local. Esse era o time de 1953:

Aqui, outra bela formação do Esporte Clube Recreativo Ferroviário, no ano de 1971 (Fonte da foto: página do Facebook):

Mas o time fez história ao disputar o Campeonato Paranaense da Terceira Divisão em 1999 sagrando-se vice-campeão, perdendo o título para o Telêmaco Borba, mas garantindo o acesso à série A-2 de 2000. Infelizmente o time disputou apenas um ano e pelo alto custo com o futebol profissional, licenciou-se das competições profissionais. Mas o Estádio Francisco Cyrilo da Costa segue lá, firme e forte!

Infelizmente, o portão de acesso estava fechado…

Mas pelo menos dali do portão deu pra ver um pouco da estrutura do estádio, como seus vestiários:

O gramado tem sido cuidado, provavelmente o time permanece em suas disputas profissionais.

Pelo portão lateral pudemos fazer um filme do campo:

Olha a arquibancada ao redor do campo:

Aqui dá pra se ter uma boa visão do gol da esquerda:

Aqui o meio campo, com o vestiário do outro lado:

E o gol da direita:

Olha aí que belo masacote!

E assim, voltamos à estrada!

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O Operário e o futebol de Ponta Grossa

Feriado de 7 de setembro de 2021… Uma manhã de chuva nos recebe na chegada a Ponta Grossa, no estado do Paraná.

Eu sempre ouvi falar de Ponta Grossa, principalmente por conta do time do Operário, e quem diria que enfim vou conhecer a cidade, onde vivem mais de 355 mil pessoas e um de seus estádios mais importantes!

Pra quem não sabe,Ponta Grossa é uma baita cidade. Possui o maior parque industrial do interior do estado do Paraná.

Diz-se que o nome “Ponta Grossa” foi dado pelos tropeiros, que utilizavam o aspecto geográfico para se localizarem. Aliás, quando o pintor francês Jean Baptiste Debret (que integrou a Missão Artística Francesa no Rio de Janeiro) esteve pelo sul, ele pintou o morro que deu origem ao nome:

A região sempre foi muito movimentada: da ocupação original indígena, passando pelas bandeiras portugueses, pelas expedições francesa e espanhola e pelos tropeiros. A partir do séc XIX, com a instalação de fazendeiros começa a nascer a freguesia que em 1823 adotou o nome de Estrela, tornando-se, em 7 de abril de 1855, o município de Ponta Grossa, elevado à cidade em 1862. Dê cordas à imaginação olhando esse desenho, que ilustra um artigo na Brasil Cultura sobre o troperismo no Paraná (leia aqui)

Em março de 1894 foi inaugurada a Estrada de Ferro Curitiba-Ponta Grossa, e anos depois a Ferrovia São Paulo-Rio Grande do Sul, por onde passaria Getúlio Vargas e suas tropas no momento da “Revolução de 30”.

Além do futebol do Operário, também estávamos ávidos por conhecer o Parque Estadual de Vila Velha (clique aqui e visite o site do parque),

O Parque é um grande sítio geológico com formações que lembra uma cidade medieval com seus castelos e torres em ruínas.

O parque surgiu em 1966, como forma de proteger as formações rochosas, esculpidas pelas erosões eólica e pluvial nos arenitos.

São três sítios. O mais conhecido é o dos Arenitos, com sua enorme coleção de grandes blocos esculpidos em formas exóticas.

Os arenitos remontam ao período Carbonífero há aproximadamente 340 milhões de anos.

Existe ainda o de Furnas, com três crateras com paredes verticais, erodidas no solo, a maior delas com cerca de 100 metros de profundidade, metade da qual coberta de água.

E por fim, a Lagoa Dourada, assim chamada pelo efeito criado pela água cristalina e a coloração de suas areias nos poentes.

Enfim… É um passeio bem bacana pra ser feito! Mas, falemos um pouco do futebol de Ponta Grossa. E pra me ajudar nessa tarefa contei com a obra de José Cação Ribeiro Júnior:

Segundo o autor, Ponta Grossa é considerada o ponto de início do futebol paranaense já que sediou o primeiro jogo do estado: Ponta Grossa SC 1×0 Ginástico Turverei de Curitiba, em 23 de outubro de 1909. E mais uma vez a Ferrovia foi a responsável por esta febre, já que o time do Ponta Grossa SC era um juntado de trabalhadores ferroviários!

Os dois primeiros times de Ponta Grossa foram o Riachuello Football Club e o Rio Branco Football Club, nascidos em 1911, mas logo, surgiu oficialmente aquele que daria origem ao atual Operário Ferroviario e que é hoje o mais importante da cidade! O time passou por várias mudanças como se pode ver na coleção de distintivos que já teve:

Aqui, o time de 1916:

Mas não se pode falar do futebol de Ponta Grossa sem citar outros times, principalmente o o Guarani SC, criado em 1914, para representar a turma do comércio da cidade), com seu lindo escudo rubro-negro e agora com mais de um século de tradição:

O Guarani disputou 17 edições do Campeonato Paranaense entre a primeira e a segunda divisão, e segue jogando o amador da cidade, mandando seus jogos no Estádio Joaquim de Paula Xavier.

Em 1914, surgiu o CA Pontagrossense e em 1915, os integrantes da Banda União e Recreio formam o União e Recreio Sport Club, que em 1922, fez uma fusão com o Campo Alegre passou a se denominar União Campo Alegre e participou dos campeonatos estaduais de 1926 e 27.

Atualmente, o União Campo Alegre manda seus jogos no futebol amador no Estádio Nilton Salles Rosa.

Em 20 de novembro de 1920, no bairro chinês surge o Olinda Sport Club, tendo como base o time da serraria Olinda. Com a conquista do Campeonato do Interior e do citadino, o Olinda decidiu o Campeonato Paranaense de 1935 com o Coritiba, mas perdeu os dois jogos.

O Olinda EC ainda disputa o amador e manda seus jogos no Estádio André Mulaski.

Nos anos 20, já haviam outros times disputando futebol na cidade, como o Universal Sport Club, o Tiro 21, Comercial SC, Vila Estrela FC, Americano, Esperança EC, Bloco Esportivo Paranaensee o América. E em 1930, é fundado o Nova Rússia Esporte Clube, com a meta de fazer frente ao Operário.

Em 1933 cumpriu sua meta ao vencer o título citadino e disputar o Paranaense de 1933 (vice campeão), com o time abaixo:

Nos anos 70, surge a Associação Pontagrossense de Desportos, fruto da impensável fusão entre os rivais Operário Ferroviário EC e o Guarani SC, disputando o Campeonato Paranaense de 1971 até 1974.

Esse é o time de 1972:

Em 1994, mais uma vez o Operário entrou em crise e se licenciou. Surgiu aí o Ponta Grossa Esporte Clube.

O Ponta Grossa EC disputou a Divisão intermediária de 1994 e a primeira divisão de 1995 a 98. Esse é o time de 1995:

Em 2000, ocorre uma nova fusão com o então licenciado Operário Ferroviário até 2001. O Ponta Grossa EC continuou a sua caminhada até 2003, quando vendeu sua sua vaga na divisão principal para a ADAP de Campo Mourão.

Em 2004, a Prefeitura Municipal decidiu apoiar o Operário restaurando o Estádio Germano Krüger e recebendo apoio de grupo gestor que fez o clube voltar à atividade. A partir de 2015 que começa uma grande revolução no time, começando com a conquista do título paranaense.

Em 2017, foi a vez de ganhar a Série D e no ano seguinte, a Série C do Campeonato Brasileiro, disputando desde 2019 a Série B.

E foi para conhecer um pouco mais de perto uma parte dessa história que decidimos visitar o Estádio Germano Krüger, a casa do Operário Ferroviário Esporte Clube.

O estádio tem capacidade atualmente para pouco mais de 10 mil torcedores.

O Estádio Germano Krüger foi inaugurado em 12 de outubro de 1941 e é um verdadeiro alçapão. Vamos dar um rolê lá dentro?

Embora tenha sido construído em terreno da Prefeitura, em setembro de 2020, houve a cessão de posse ao Operário F.E.C. que passou a ser oficialmente o proprietário do estádio.

Assim, dentro do Estádio existem diversas menções ao time e aos títulos do Operário!

Olha aí o bar do time dentro do estádio!

Essa é arquibancada coberta:

Aqui, a vista dessa arquibancada lá do lado de fora:

Fizemos os registros do campo, para se ter uma ideia do todo, começando pelo meio campo:

O gol do lado esquerdo:

O gol do lado direito:

Mais uma missão cumprida que nos enche de orgulho e de boas energias…

Até o pica pau curtiu esse campo!

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O futebol em Castro-PR

Seguimos pelo Paraná, agora conhecendo Castro, município que fica às margens do rio Iapó, com um canyon incrível no Parque Guartelá (clique aqui e veja um pouco mais sobre o rolê) aberto ao público, fazendo da cidade um grande polo de turismo.

No século XVI, a região era ocupada por indígenas do grupo tupi e por kaingangues, que ao verem seu território invadido pelos tropeiros e colonos portugueses partiram para o ataque. O fim foi trágico para os moradores originais da região e logo, surgiu um povoado próximo ao rio Iapó e em 1751… uma capela. A partir daí, foi criada a Freguesia de Sant’Ana do Iapó, elevada à categoria de vila em 1788, com o nome de “Vila Nova de Castro” e à cidade, em 1857.

A cidade viu chegar a linha férrea Itararé-Uruguai que iam até Montevideo!! E em 1900 inaugura-se a estação de Castro.

Olha que legal o lago que existe no centro da cidade.

Outra vocação da cidade graças ao alto número de imigrantes holandeses é a produção de leite.

Pra quem não lembra, o Brasil foi muito influenciado por ideias eugenistas ainda no século XX e em uma idiota tentativa de embranquecimento do nosso povo, muitos imigrantes foram incentivados para vir para nosso país principalmente para substituir os escravos na produção de café. Em Castro e na região, os holandeses se organizaram em torno da produção de leite (vale lembrar que a Cooperativa Batavo fica na cidade vizinha, Carambeí), criando inclusive uma Colônia denominada Castrolanda. Decidimos conhecer parte dessa história, visitando a Fazenda Capão Alto.

A fazenda mantém viva a memória de um tempo esquisito na história do Brasil e do Paraná, de uma produção agrícola, em especial de café, que só existia graças à mão de obra escravizada.

Fomos recepcionadas pela jovem zeladora da fazenda.

Além de muita história preservada, o local guarda ainda matas nativas, trilhas e uma série de passeios que misturam lazer, esporte e história.

Mas, além do leite, das belezas naturais e dos imigrantes, Castro tem também sua história no futebol e ela foi escrita no Estádio Municipal Lulo Nunes.

Essa é a atual entrada:

Mas veja como ela era:

O Estádio Municipal Lulo Nunes fica no cruzamento da Rua Cel. Vidal Martins de Oliveira com a Rua Francisco de Assis Andrade, bem próximo ao centro da cidade.

O Estádio Municipal Lulo Nunes é um dos mais antigos estádios do Paraná e recentemente passou por uma grande reforma deixando ele mais moderno e ainda mais bonito, com seus muros grafitados.

O estádio é a casa do Caramuru Esporte Clube e por isso é chamado também de “Estádio Caramuru”.

O Caramuru EC foi fundado em 14 de setembro de 1917, na época com o nome Caramuru Sport Club. O distintivo abaixo vem do site História do futebol.

O time fez história no futebol amador da região e acabou ficando conhecido como o “Leão do Iapó”. Mas em 1955, o Caramuru decidiu ir ainda mais longe e se filiou à Federação Paranaense para a disputa do Campeonato Estadual da Primeira Divisão, onde ficou até 1965.

Destaque para o time de 1959, que foi o vice campeão da primeira fase (13 vitórias, dois empates e cinco derrotas) e 4º lugar na segunda fase (duas vitórias, um empate e três derrotas), ficando em 3º colocado no geral:

O Caramuru EC ainda disputou a 1a divisão do Paranaense de 1971 e 1993, assim como a Segunda Divisão de 1990, 91, 92 e a Terceira Divisão de 2001. Em 2007, rolou uma tentativa de retornar ao profissionalismo com uma parceria com o Operário Ferroviário Esporte Clube, mas acabou não dando certo e o time segue no amador.

Em 1998, o Estádio Municipal Lulo Nunes viu um novo time no futebol profissional: o Juventude FC. O distintivo veio do site História do futebol:

O Juventude FC foi fundado em 28 de outubro de 1994 e após anos nas disputas amadoras, disputou a 3a Divisão do Campeonato Paranaense em 1998.

Então, depois de tanta história, é hora de conhecer o Estádio Municipal Lulo Nunes!

Aqui, o meio campo, note que o estádio possui um sistema de iluminação. Pelo que pesquisamos, sua instalação ocorreu em 1981 e a partir de então (não me pergunte porquê) o estádio passou a ser chamado de “Centenário”.

O gol da esquerda:

O gol da direita:

O campo ainda é um gramado natural.

As traves estavam reforçadas provavelmente por conta da chuva naquela época.

A capacidade do estádio é de 5 mil torcedores, sua linda arquibancada foi inaugurada em 1957.

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O futebol profissional em Campo Largo – PR

Cansado de ler sobre equipes paulistas? Vamos mudar o foco e falar do futebol em uma cidade paranaense: Campo Largo, município da região metropolitana de Curitiba, onde vivem cerca de 130 mil pessoas.

Paramos na cidade, quando íamos de Curitiba até a Colônia Witmarsum.

Campo Largo serviu de lar para indígenas de diferentes etnias (principalmente Tinguis e Cabeludos) muito antes da chegada do europeu. A partir de 1531, surgiram expedições em busca de ouro, usando o Peabiru, caminho indígena que ligava o litoral brasileiro ao Peru.

Se atualmente a região ainda é muito bonita, no passado, os vastos campos e rios exuberantes deviam ser um verdadeiro paraíso. Não a toa foram surgindo povoamentos de apoio aos exploradores de ouro e tropeiros que seguiam para Sorocaba. Nessa época, já denominavam a região de “Campo Largo“, mas só em 1882 Campo Largo da Piedade foi elevado a cidade.

Na estrada que chega à cidade encontra-se o Monumento a Antônio Tavares, trabalhador rural, assassinado pela polícia, em maio/2000 durante uma manifestação do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) que se dirigia a Curitiba para reivindicar crédito e terra. Antônio Tavares tinha 38 anos e cinco filhos. Antonio Tavares presente. Agora e sempre!

Deixando essa triste memória de um país que ainda precisa entender sua história e fazer as pazes com seu passado, falemos um pouco do futebol da cidade, começando pelo Internacional Esporte Clube.

O Internacional Esporte Clube foi fundada em 30 de Maio de 1945 e manda seus jogos no Estádio Atílio Gionedis, o “Ticão”.

O Internacional passou a maior parte de sua história em disputas amadoras, mas no ano 2000 fez sua estreia na Terceira Divisão do Campeonato Paranaense, terminando a primeira fase na liderança do grupo B, mas sendo eliminado no mata-mata da segunda fase.

Infelizmente o time preferiu retornar ao futebol amador. O que não significa que sua torcida apaixonada tenha deixado de seguir o time, ao contrário! Essa é a Mancha Negra, principal organizada do Internacional!

E junto dos chamados “torcedores comuns (ou autônomos)”, seguem lotando o Estádio nas conquistas do time.

Uma das conquistas mais comemoradas foi a do Campeonato Amador Sul-Brasileiro de 2011, que reuniu os campeões estaduais amadores de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O representante de São Paulo era o União Vila Sá, aqui de Santo André! Foto abaixo do jornal Gazeta do Povo (leia mais sobre a conquista clicando aqui).

10 anos depois… cá estamos nós no mesmo estádio, para conhecer a casa do Internacional

Aí está a bilheteria do Estádio Atílio Gionedis:

Vamos dar uma olhada na parte interna:

Essa é a parte onde ficam os mesários.

Uma olhada no meio campo:

O gol da direita:

O gol da esquerda:

Olha que cuidado com a bandeira do escanteio do Estádio Atílio Gionedis:

A arquibancada em toda a lateral do campo, onde cerca de 3 mil torcedores podem se posicionar.

Os bancos de reserva:

Hora da entrevista?

O jogo que aconteceu logo após nossa visita não foi com o Internacional, mas sim: GRECAL 2×4 Paranavaí.

O gramado estava bem cuidado para receber o jogo na seguida!

Há um espaço para a torcida Visitante:

Se for pro gol, me chama que eu vou!

Assim, finalizamos o registro do Estádio Atílio Gionedis.

Hora de falar sobre outro time bastante tradicional no futebol de Campo Largo, o Fanático Futebol Clube.

O Fanático FC foi fundado em 29 de Dezembro de 1944, e orgulha-se dos títulos de campeão da Taça Paraná (a principal competição de futebol amador do estado) em 1968, 1976, 1978, 1979, 1983, 1986, 2015 (time da foto abaixo), 2016 e 2017.

O Fanáticos FC manda seus jogos no seu Estádio Angelo Antonio Cavalli.

Aí está a bilheteria do Estádio Angelo Antonio Cavalli.

O apelido do time é “o Leão da raça”.

Mesmo sendo atualmente um time amador da cidade, o Fanáticos tem uma incrível estrutura, junto do campo do futebol há uma quadra poliesportiva e por isso o local é chamado “Centro Esportivo Fanático“.

Em 2004, não consegui descobrir o que deu o acesso, mas o Fanático FC disputou a 2a divisão e teria se classificado para a segunda fase, mas acabou eliminado no “tapetão”:

Como se vê, o Fanáticos tem uma grande história e tradição no futebol local, mas o Estádio Angelo Antonio Cavalli é a casa de outros times que disputam o profissional, como o “GRECAL” – Grêmio Recreativo Esportivo Campo Largo.

O Grêmio Recreativo Esportivo Campo Largo foi fundado em 15 de junho de 2007, mas apenas em 2009 se filiou à Federação Paranaense. Em 2011, faz sua estreia no futebol profissional disputando a Terceira Divisão e embora não tenha conquistado o acesso em campo, a boa campanha o fez ser convidado a jogar a divisão de acesso em 2012 (mesmo ano que o Paraná Clube jogou).

Infelizmente, uma má campanha o levou de volta à Terceira Divisão onde ficou de 2013 até atualmente (2021). Esse foi o time de 2016:

E aqui 2018 (foto do site Do rico ao pobre):

E se você acha que o Estádio Angelo Antonio Cavalli já está bem movimentado, imagine que ainda existe um terceiro time mandando seus jogos lá: o Clube Andraus Brasil, o “CAB” (seria um Boca Juniores paranaense?).

O Clube Andraus Brasil foi fundado no dia 22 de maio de 2003 e embora tenha como grande objetivo revelar jogadores, em 2010 se filiou à Federação e passou a disputar a Terceira Divisão do Campeonato Paranaense.

Em 2014, conquistou o título da Terceira Divisão e desde então, passou a disputar a Segunda Divisão. Foto do site O tiro de canto:

Em 2018, caiu para a Terceira Divisão, mas logo em 2019 sagrou-se campeão e voltou para a Segunda divisão, onde está até hoje mandando seus jogos no Estádio Angelo Antonio Cavalli, aliás… Vamos dar uma olhada nele!

Essa é a visão do meio campo, com a arquibancada ao fundo!

Somando à capacidade dessa singela e linda arquibancada coberta os demais espaços, o estádio comporta cerca de 2 mil torcedores.

Esse é o gol da direita:

Esse, o gol da esquerda

Olha aí o banco de reservas!

Os “demais espaços” são esses dois lances de arquibancada descoberta na outra lateral do campo:

Como chama a atenção essa arquibancada hein?

Aqui, uma visão de traz do gol.

Agora, olhando do outro lado (de quem está na arquibancada coberta), esse é o gol da esquerda:

Este o gol da direita:

Perceba que ali ao fundo do gol também existe um espaço para se ver o jogo de pé.

Desde 2013, a arquibancada leva o nome de Marcos Kaminski, uma homenagem ao ex atleta e diretor do clube.

E é com esse 0x0 que a gente se despede da cidade de Campo Largo, muito contentes por termos conhecido dois novos estádios, dessa vez em terras paranaenses!

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Novas aventuras em Curitiba – A Vila Olímpica do Paraná

Em um desses feriados frios e chuvosos que passamos em 2021, aproveitamos a folga no trampo para dar um pulo em Curitiba. Vale lembrar que já estivemos lá para registrar o Eco Estádio Janguito Malucelli (veja aqui como foi) e também para registrar os estádios dos grandes times da capital e também do Rio Branco de Paranaguá (veja aqui como foi).

Curitiba é uma cidade muito bacana e que tem uma história de futebol giganteeee. Sem contar na própria história do Estado… Pra quem se interessa pelo tema, eu peguei um livro bacana lá, do Ruy Wachowicz, se liga:

Dessa vez, eu pra dar mais um rolê pela cidade, um pulinho no museu:

Um rolê pelo centro e pelas áreas tradicionais, como a Rua Riachuelo:

Todos sabem o quão louco eu sou por um sebo…

E como também admiro a cultura árabe, fomos conhecer o Monumento a imigração árabe no Paraná, homenagem aos imigrantes sírio-libaneses.

A noite que estivemos lá foi muito importante, era a volta do público aos estádios e o Coritiba receberia o Cruzeiro. Infelizmente além de estar caro (R$ 200) era necessário fazer o teste rápido de COVID e eu preferi não arriscar.

Como odeio estar em partidas e o time que “me recebe” perder, fiquei menos triste de não ir ao jogo, já que o Cruzeiro meteu logo um 3×0 em pleno Couto Pereira…

Mas, como dissemos anteriormente, já havíamos visitado o Couto Pereira e a meta dessa visita à Curitiba era conhecer e registrar o Estádio Érton Coelho Queiroz, mais conhecido como Vila Olímpica do Boqueirão, o antigo estádio do Esporte Clube Pinheiros.

Vale lembrar que o Paraná Clube nasceu em 1989, da fusão do Esporte Clube Pinheiros ao Colorado Esporte Clube:

Infelizmente, atualmente o estádio não só está desativado como depois de muitas idas e vindas, acabou vendido e provavelmente será demolido.

Em 2013, surgiu um boato de que o Paraná iria reformar a Vila Olímpica e transformá-la na Arena Boqueirão, mas o projeto acabou não se tornando realidade.

O amigo André Martins lembrou que houve um time nascido no próprio estádio e que disputou uma edição da Segunda Divisão do futebol paranaense, trata-se do Pavoc (Parque Aquático Vila Olímpica Clube).

Esse foi o time de 1979 que jogou a segundona do Paraná (foto do site História do futebol):

O site História do futebol trouxe a campanha do time:

22.07.1979 Pavoc 1x1 Tabu (Clevelândia), em Curitiba 
29.07.1979 Pavoc 1x0 Comercial (Terra Roxa), em Terra Roxa 05.08.1979 Pavoc 0x0 Cascavel (Cascavel), em Curitiba
12.08.1979 Pavoc 0x2 União (Francisco Beltrão), em Francisco Beltrão
19.08.1979 Pavoc 2x2 União (Francisco Beltrão), em Curitiba
2.09.1979 Pavoc 1x2 Cascavel (Cascavel), em Cascavel
9.09.1979 Pavoc 1x1 Tabu (Clevelândia), em Clevelândia
15.09.1979 Pavoc 4x1 Comercial (Terra Roxa), em Curitiba
30.09.1979 Pavoc 0x2 União (Francisco Beltrão), em Francisco Beltrão 06.10.1979 Pavoc 2x0 Tabu (Clevelândia), em Curitiba
13.10.1979 Pavoc 1x1 Cascavel (Cascavel), em Curitiba
21.10.1979 Pavoc 3x2 Tabu (Clevelândia), em Clevelândia
03.11.1979 Pavoc 1x1 União (Francisco Beltrão), em Curitiba
18.11.1979 Pavoc 0x2 Cascavel (Cascavel), em Cascavel

O time terminou em 3º lugar e embora sediado em São José dos Pinhais, mandou suas partidas no Estádio Joaquim Américo, em Curitiba.

O estádio foi construído na área da antiga fazenda do Boqueirão pelo então presidente do clube Érton Coelho, daí o nome do estádio.

Pra quem quer usar a foto, mas não quer minha cara feia:

O Estádio foi inaugurado em 7 de setembro de 1983 com a partida Pinheiros 1×0 Coritiba e apesar da chuva, mais de 5 mil torcedores se fizeram presentes.

O Estádio possui capacidade para 10 mil torcedores. Como não pudemos entrar, segue a foto do site do Globo Esporte

O “Érton” chegou a receber as finais do Paranaense de 1984, 86, 87, 94 e 97 (quando a torcida do Paraná estabeleceu o recorde de público com 17.926 torcedores, no jogo Paraná 3×0 União Bandeirante.

Olha quanta história pintada em seu muro…

As bilheterias ainda seguem por lá… Até quando? Não sei… Uma pena a gente perder esse espaço tão lindo e tão importante para a história do futebol paranaense… Enquanto ainda está de pé… há chance..

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113- Camisa do Atlético Paranaense

A 113ª camisa da coleção vem de Curitiba, uma cidade que aprendemos a gostar muito, nos últimos anos, principalmente graças aos amigos que lá residem.

O time dono da camisa é o Atlético Paranaense, fundado em 1912, por Joaquim Américo Guimarães, que hoje dá nome ao estádio.

O Atlético na verdade nasceu da união de dois times: 0 International Foot-Ball Club cujo uniforme era alvinegro e o América Futebol Clube, cujas cores eram vermelho e branco.

A primeira partida do Atlético foi uma vitória por 4×0 contra o Universal FC, em 1924.

No ano seguinte, vem o primeiro título paranaense, com a equipe abaixo:

Nos três anos seguintes, o time foi vice-campeão, somente levantando o caneco novamente em 1929, com o time abaixo:

Durante os anos 30, o Atlético conquistou os campeonatos de 1930, 1934 e 1936, tornando-se “Penta campeão”, em apenas 12 anos de existência. O time campeão invicto de 1936:

E o sucesso do time persistiu e adécada de 40 assistiu a conquista de mais 4 títulos: 1940 (numa polêmica decisão, resolvida apenas nos tribunais esportivos), 1943 (onde um Atletiba decidiu o título), 1945 (outra decisão em Atletiba) e 1949 (onde nasce o apelido “Furacão”, após onze goleadas seguidas, frente seus adversários).

O primeiro “Furacão”, time de 1949:

Entretanto o “Furacão” parece não ter sido um apelido de muita sorte inicialmente.

Depois de assustar seus adversários por tantos anos, o Atlético Paranaense viveu um período de vacas magras.

Em 1958, pode comemorar a conquista de um estadual, com o time abaixo:

A década de 60 foi marcada por campanhas irregulares, e vale como destaque o time de 1968 que participou do Torneio Roberto Gomes Pedrosa:

Entretanto, um ano antes, em 1967, o clube teve seu pior momento e acabou rebaixado para a segunda divisão do paranaense.

Mas, o time não só conseguiu se reerguer e voltar à primeira divisão, como conquistou o título estadual de 1970, com a equipe:

A década de 70 ficaria marcada pela participação do Furacão no Brasileiro, como em 1974, quando o time deixou de participar do quadrangular final por um ponto.

Já os anos 80, começaram com a conquista do título do Torneio da Morte que garantia o clube na primeira divisão estadual, o time responsável:

Em 1982, chegou a vez de gritar “Campeão” novamente, e o time que conquistou o estadual:

1983 trouxe a emoção no Brasileiro. O time perdeu a semifinal para o Flamengo e por pouco não disputa a final!

Em 1985, mais um título estadual, para ajudar a suportar a festa do rival Coritiba, campeão nacional…

E pra fechar a década,mais um título, em 1988.

Entretanto, em 1989, o Furacão foi rebaixado paraasérie B do Campeonato Brasileiro.

Mas, os anos 90 começaram bem e o vice campeonato na série B trouxe de volta o Furacão à Série A do Brasileiro. Além disso, veio mais um título estadual, veja como foi:

Em 1993, novo rebaixamento à série B nacional, mas o retorno não demoraria e graças ao título dasérioe B em 1995, o time não só disputou a série A, como terminou na sexta colocação de 1996.

A conquista de títulos estaduais se tornou quase uma obrigação, entretanto o fortalecimento do Paraná Clube, fez com que os títulos fossem mais escassos nos anos 90, assim, apenas em 1998, houve uma nova taça sendo levantada pelo time abaixo:

Os anos que trariam o novo século viram o Furacão sair campeão em estadual de 2000, 2001, 2005 e 2009, esse último com o time abaixo:

Mas, a grande conquista do clube se deu em 2001, quando o Atlético Paranaense vence seu primeiro Campeonato Brasileiro (final contra o São Caetano, onde ganhou por 4-2 e 1-0)

Relembre como foi a festa:

Outro fato bacana que ocorreu em 2001 foi a inclusão de uma camisa do Atlético Paranaense na Cápsula do Tempo (lembra disso? Era um baú com objetos que representavam o que existia no planeta no ano de 2000 e que só será ser aberto no ano 3.000).

Em 2004, o clube terminou o Brasileiro em segundo lugar, após liderar por 11 rodadas. Destaque para a artilharia conquistada por Washington “Coração de Leão”.

Em 2005, foi a vez de chegar à final da Libertadores, mas teve que mandar o jogo no Estádio Beira-Rio, pelo fato da Arena não ter a capacidade mínima exigida para as finais.

Assim, apenas empatou o jogo de ida e perdeu o jogo de volta para o São Paulo, no Morumbi, perdendo o título da Copa Libertadores da América.

Na Copa Sul-americana de 2006, chegou à semifinal do torneio, sendo eliminado pelo Pachuca, do México.

O mascote do time é o Furacão, em referência ao apelido do time.

O Atlético manda seus jogos no Estádio Joaquim Américo Guimarães, a  Arena da Baixada.

Nós estivemos por lá, algumasvezes!

Entre 2005 e 2008, o estádio recebeu o nome de seu patrocinador e transformou-se em Kyocera Arena.

Atualmente, o estádio está para ser ampliado para passar a ter 42.000 lugares e assim receber partidas da Copa do mundo 2014.

É considerado como um dos estádios mais modernos do país.

Uma lenda curiosa é que parte do estádio (do lado da Rua Brasílio Itiberê) ficou por muitos anos ocupada por uma escola cujo dono era Coxa Branca, o que retardou até 2009 a finalização do projeto.

Embora a questão da modernidade relacionadaao futebol sempre tenha um lado negativo (e no caso do Atlético isso se refletiu no aumento do preço dos ingressos), não há como negar que a Arena da Baixada é uma referência.

E assim, finalizamos mais uma história de uma camisa e de um clube desse maravilhoso mundo do futebol.

Pra comemorar, vamos ouvir a torcida do Furacão cantando e se manifestando contra o Racismo!

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Em busca do Estádio Perdido em Itajaí

Ainda no final do ano passado (2010) tivemos a chance de fazer um rápido rolê pelo Sul. Após uma passada por Curitiba e Barra Velha, pegamos a BR, atravessamos os rios e fomos até Itajaí.

Tudo isso por 3 coisas.

1- Passar na loja Pink Bijou porque a Mari precisava comprar uma correntinha.

2- Almoçar num restaurante vegetariano que disseram que era muito bom! (é só ver na foto abaixo, o quanto eu comi).

E 3… Conhecer o Estádio do Marcílio Dias, time que eu sempre conheci de nome por ter um jogo de botão deles!

Assim, lá fomos nós conhecer mais um Estádio, desta vez, no sul do país.

O Estádio Dr. Hercílio Luz também é chamado de “Gigantão das Avenidas”, por estar situado num área central da cidade, em meio à várias Avenidas.

Aliás, o ponto é tão bom, que acaba servindo de estacionamento durante o dia.

A área do Estádio foi doada pelo Governo do Estado, pelo então governador Hercílio Luz, em 1921.

A inauguração foi um tanto excêntrica e ao invés de uma partida de futebol, foi feita por uma partida de xadrez com figuras vivas.

A primeira partida do Estádio foi entre Marcílio Dias Brasil de Tijucas. Os alambrados começaram a ser construídos em 1959, pelos própriostorcedores e diretores.

Vamos curtir um vídeo:

A arquibancada coberta foi levantada em 1957.

O sistema de iluminação foi instalado em 1964 e inaugurado em partida entre Marcílio Dias e Coritiba (1×0), numa noite de muito frio e neblina.

A arquibancada descoberta veio em 1979.

Em 1980, foi a vez das bancadas descobertas de traz do gol.

Com tantas obras, atualmente, a capacidade do estádio é de aproximadamente 12 mil pessoas.

A sede do clube está ali, abaixo da arquibancada coberta e é possível comprar camisas (infelizmente a viagem já tinha acabado com minhas reservas financeiras…), ou pelo menos ver os posteres dos times campeões do passado.

Como esse papo de “historiador de futebol” ou mesmo de “blogueiro alternativo” não cola, não consegui sequer ganhar uma revista do clube para mostrar maiores detalhes aqui.

Na hora eu até fiquei chateado (pô, fui de carro até lá, podiam ter dado uma força, né?), mas no fundo, faz sentido. É assim que o clube se mantém.

Enfim, aí estivemos nós em mais um estádio desse mundo chamado futebol…

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68- Camisa do Paraná Clube

A 68 a camisa pertence ao time do Paraná Clube. Um time que mesmo jovem, nos acostumou a vê-lo disputando as principais divisões do futebol brasileiro e até internacional. O clube nasceu de uma fusão entre dois times tradicionais, visando criar um super time com forte participação no cenário nacional. Um dos times era o Colorado Esporte Clube, que segundo alguns amigos, possuia a 3a maior torcida do estado.

O outro time era o Esporte Clube Pinheiros que possuia em seu currículo nada menos que 3 títulos estaduais.

Assim, em dezembro de 1989 (ano em que o Raul morreu), nascia o Paraná Clube.

A primeira década de existência foi de pura alegria, já que o Paraná Clube conquistou seis campeonatos estaduais, o primeiro deles, em 1991, sob o comando do polêmico técnico Sérgio Ramirez, com o time:

Em 1993, o segundo título estadual:

Em 1994, o terceiro:

Entre 1995 e 1997, o Paraná conquista mais três títulos, que sugeriam uma nova supremacia no futebol paranaense.

Em 1997, a “máquina paranista” deu uma parada e não conquistou mais nenhum estadual até 2006, quando novamente levantou o caneco para a alegria dos torcedores… No âmbito nacional, em apenas 3 anos, o Paraná Clube saiu da série C para a A, sendo campeão da série B, em 1992, em cima do Vitória-BA. Reveja o gol do título:

Ainda em 92, o time chegou até as oitavas de final da Copa do Brasil, sendo eliminado pelo Grêmio. Em 1995, o Coritnhians seria o algoz, desta vez, nas quartas de final, assim como em 1996, quando a eliminação se deu frente ao Palmeiras e em 1998, quando outro Paulista, desta vez o Santos, eliminou o Paraná. Em 2000, foi campeão do módulo amarelo da Copa João Havelange. Relembra alguns desses momentos:

Internacionalmente, o Paraná Clube chegou a disputar a Copa Conmebol, a Sulamericana e a Libertadores da América (2007). Manda seus jogos no Estádios Durival Britto e Silva (Vila Capanema). Eu e a Mari estivemos por lá, no fim de 2008, mas infelizmente o responsável não nos deixou entrar para fazer fotos internas. Uma pena, que infelizmente ainda tenha tanta gente com mentalidade idiota no futebol brasileiro. Até parece que eu ia… sei lá.. roubar um pedaço de grama, ou mostrar uma imagem que ninguém conhecia… Vale lembrar que o Paraná Clube possui também o Erton Coelho Queiróz (Vila Olímpica). Encontrei um vídeo no youtube homenageando o clube, vale a pena ver:

O mascote do time é a gralha-azul, que aparece inclusive no brasão do time.

O interessante é que o primeiro registro do clube foi feito numa reunião num almoço e acabou sendo resumido numa folha de guardanapo:

O hino do time tentou reunir os slogans dos dois clubes. O site oficial do time é www.paranaclube.com.br Pra finalizar, como há tempos não faço, que tal comemorar um gol em meio à torcida Paranista:

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59- Camisa do Coritiba

abril-199

 

59a Camisa de Futebol do nosso blog é a camisa do Coritiba Foot Ball Club.

É uma réplica, comprada num calçadão em Curitiba por R$16. Adoro réplicas bem feitas a preços camaradas… Por que não se pode ter camisas oficiais mais baratas?? Pô, de R$16 pra R$116 é demais….

A Camisa do Coritiba lembra muito a do Celtic, ou do Sporting de Portugal, e eu acho uma combinação de cores ótima para listras horizontais. O detalhe é para o número dourado, que também acho bonito:

abril-204

Bom, mas falemos sobre o Coritiba Foot Ball Club, dono da camisa, sem dúvida um dos maiores clubes brasileiros.

Confesso que me sinto um pouco constrangido para falar de grandes clubes, então, antes de mais nada, se quiser ver o que eles mesmos falam, o site do time é www.coritiba.com.br .

O Coritiba foi fundado em 12 de outubro de 1909, ou seja, festejou, esse ano seu primeiro centenário.

coritiba centenario

O clube nasceu graças a Frederico Fritz Essenfelder, um dos membro de um grupo de atletas que praticavam ginástica, que apareceu com uma bola e apresentou o jogo aos colegas.

Frederico Fritz Essenfelder

Logo, todos estavam completamente apaixonados pelo esporte e decidiram fundar um clube só de futebol. Nascia o Coritibano Football Club.

No dia 23 de outubro de 1909, tiveram seu primeiro jogo contra um time de funcionários da estrada de ferro de Ponta Grossa .

Abaixo, a foto do time que jogou sob o nome Coritubano:

coritiba1909

Até 1916, usou a área do Jóquei Clube Paranaense como campo.

coritiba 1912
Jogo no Jóquei Clube, em 1912

Em 1910, o nome do clube foi alterado para Coritiba, grafia européia, utilizada na época para designar a cidade. As cores, verde e branco, são uma referência às da bandeira do estado.

Em 1915 o clube participa de sua primeira competição oficial, e no ano seguinte, conqusitou seu primeiro título, no campeonato estadual.

coritiba1916

O time é popularmente chamado de “Coxa Branca”, devido aos seus primeiros times serem formados basicamente por descendentes de alemães. Um dos possíveis criadores do apelido seria Jofre Cabral e Silva (torcedor e anos mais tarde, presidente do rival Atlético Paranaense) que tentava irritar o zagueiro Hans Breyer, chamando-o de “Coxa Branca”.

As décadas de 20 e 30, trouxeram muitas novas conquistas ao clube, mas sem dúvida, o maior presente foi a inauguração do Estádio Belfort Duarte, em 1932.

estadio

Não dá pra resumir em um único post tanta história, então só para citar, os anos 40, 50 e 60  foram repletos de títulos e conquistas.

Em 1969 o Coritiba faz a primeira excursão para o exterior.

No ano seguinte, montou um time cheio de estrelas, visando aumentar o público e assim conseguir recursos para ampliação do Estádio Belfort Duarte.

A década de 70 é chamada de década de ouro, graças a hegemonia conquistada no futebol paranaense.

Conquista um hexacampeonato estadual, maior seqüência de vitórias na história do profissionalismo no futebol paranaense, e chega em quinto lugar na primeira edição do campeonato brasileiro, de 1971.

coritiba1971

Em 1977, o nome do estádio é alterado para Major Antônio Couto Pereira, em homenagem ao falecido presidente do clube.

A década de 80 inicia-se em alto estilo, e o Coxa fica em terceiro no campeonato brasileiro de 1980.

Mas o grande ano do time é 1985.

Com um elenco modesto (do qual fazia parte o goleirão Rafael, e seu bigodão, que dizem terperdido a orelha num jogo, ao enroscar-se com a rede do gol…), e comandados por Ênio Andrade o Coritiba chega a final contra o não menos desacreditado Bangu.

coritiba1985placar

A final, em pleno Maracanã é decidida nos penaltys. Veja como foi:

Campeão nacional, o Coxa participa da Libertadores da América de 1986, mas faz uma campanha discreta.

Em 1987, lembro bastante do Coritiba porque ele foi um dos times a disputar a Copa União (e consequentemente estar em um dos melhores álbuns de figurinhas de futebol).

coritiba_1987

Em 1988 o Coritiba quase cai para a segunda divisão paranaense.

Em 1989, apósperder o mando de campo, o time foi obrigado a enfrentar o Santos em Juiz de Fora, um dia antes de jogar contra o Vasco. O time compra a briga e ganha na justiça comum o direito de adiar a partida. Assim, não enfrenta o Santos e como punição é rebaixado pela CBF para a Série B.

O time só retornaria à primeira divisão em 1995, no último jogo sendo disputado contra nada menos que o rival Atlético Paranaense, e veja como foi:

Em 1997 o Coxa é campeão do Festival Brasileiro de Futebol.

Em 1998 foi eliminado pela Portuguesa nas quartas-de-final do brasileirão, na época do “melhor de 3”.

Em 2002, brilha como uma das melhores equipes do campeonato brasileiro e lança o projeto de clube-empresa.

Em 2003 chega em quinto no Campeonato Brasileiro e conquista o direito de disputar a segunda Libertadores da América de sua história.

Mas no ano seguinte é novamente eliminado precocemente da competição sulamericana.

Em 2005, o time foi rebaixado para a Série B da competição, assim como Atlético Mineiro, Paysandu e Brasiliense.

Em 2007, conquista o acesso à Serie A do Campeonato Brasileiro, sagrando-se campeão da Série B .

coritiba2007
campeao2007

E agora, em 2009, o time está lutando para não cair novamente.

Como estivemos por Curitiba no fim do ano passado, eu e a Mari não resistimos em fazer um tour pelo Estádio..

A Mari se encantou com o estilo old school do Estádio do Coxa.

ferias fim de 2008 002

A arquibancada é mesmo muito grande, principalmente quando você está sozinho no estádio…

Fomos muito bem recebidos pelo assessor de imprensa do clube, mesmo sendo no mesmo dia em que ele iria apresentar o novo técnico do time (na época Ivo Wortmann)

Essa foto abaixo é um poster que está na parte interna do estádio. Maravilhoso não?

O estádio Major Antônio Couto Pereira é o maior do Paraná, e hoje tem capacidade para 37.182 pessoas. Vale lembrar que alguns torcedores o chamam de Alto da Glória (nome do bairro).

O mascote do Coritiba é um velhinho, o Vovô Coxa, em alusão ao time ser o mais antigo do Paraná:

coritiba-pr-mascote

Fica nossa homenagem e respeito aos 100 anos de existência do Coritiba.

Apoie o time da sua área!!

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Rolê da virada de ano (2009 – 2010)!

ferias-fim-de-2008-009

Como váriItanhaém. De Itanhaém, fomos seguindo sentido Peruíbe até pegarmos a BR para Curitiba, uma cidade muito legal, cheia de cultura e de lambuja, com 3 grandes times. Começamos pelo Atlético Paranaense, já atualizando em 2019 seu novo escudo: Fizemos um visitação monitorada do Estádio Joaquim Américo, considerado exemplo no Brasil, a Arena da Baixada.

Arena da Baixada, o Estádio Joaquim Américo
Arena da Baixada, o Estádio Joaquim Américo
Arena da Baixada, o Estádio Joaquim Américo - Curitiba - PR
Arena da Baixada, o Estádio Joaquim Américo - Curitiba - PR
Arena da Baixada, o Estádio Joaquim Américo - Curitiba - PR
Arena da Baixada, o Estádio Joaquim Américo - Curitiba - PR

O que mais me chamou a atenção, além da imponência e da beleza de suas arquibancadas é que o estádio é praticamente um Shopping. Embaixo das arquibancadas há dezenas de lojas (e não estou falando somente de lanchonetes). Tudo muito limpo e muito bem feito. O Atlético Paranaense realmente desponta como uma administração bastante diferenciada, caminhando para o conceito do sócio torcedor, e estádio cheio. Uma vez visitado a moderna Arena da Baixada, fomos à casa do rival, Coritiba FC!

Distitntivo do Coritiba FC

Bem vindo ao tradicional Estádio Couto Pereira, o maior estádio do estado.

Coritiba FC - Estádio Couto Pereira - Curitiba - PR
Coritiba FC - Estádio Couto Pereira - Curitiba - PR
Coritiba FC - Estádio Couto Pereira - Curitiba - PR

Confesso que me surpreendeu o quão bem recebidos nós fomos. Nos permitiram entrar nas arquibancadas pra fotografar, o Assessor de Imprensa me entregou um material informativo do clube, bem legal e encontramos aberta a excelente loja do torcedor. O estádio é aquele modelo antigo, enorme, com muito cimento, mas muita energia. Por fim, para fechar a trinca de ouro da cidade, fomos conhecer a casa do Paraná Clube Brasil.

Distitntivo do Paraná Clube

E aí está o Estádio Durival Britto e Silva, conhecido como Vila Capanema.

Paraná Clube Brasil - Estádio Durival Britto e Silva - Vila Capanema - Curitiba-PR

Infelizmente, fomos impedidos de entrar ou mesmo de fotografar por um tiozão, com jeito de zelador… Mais um exemplo de como alguns clubes não enxegram o potencial turístico do futebol.

Paraná Clube Brasil - Estádio Durival Britto e Silva - Vila Capanema - Curitiba-PR
Cópia de ferias fim de 2008 Paraná Clube Brasil - Estádio Durival Britto e Silva - Vila Capanema - Curitiba-PR

Como a idéia era de se divertir, e não somente pensar em futebol (será mesmo possível?) decidimos descer a serra e ir conhecer a histórica Morretes. Fomos pela Estrada da Graciosa. Um passeio muito legal, e com uma vista muito bonita.

ferias-fim-de-2008-190

Chegando lá, o tempo esfriou e como a cidade é muito mais histórica que turística, fomos pra Paranaguá, onde alguns amigos iriam passar a virada, na praia. A cidade tem dois estádios. Um é o Fernando Charbub Farah, o “Gigante do Itiberê“:

ferias fim de 2008 204

O outro, é o estádio do Rio Branco, que fica pro lado do Porto.

Após uns 40 minutos chegamos lá e ainda pudemos encontrar alguns jogadores que disputaram este ano o Campeonato Paranaense. Trata-se do EstádioNelson Medrado Dias, mais conhecido como Estradinha.

O estádio é bem old school, mas muito legal, tem até uma lojinha embaixo da arquibancada, mas achei cara a camisa.

Rio Branco - Estádio da estradinha - Estádio Nelson Medrado Dias - Paranaguá - PR
Rio Branco - Estádio da estradinha - Estádio Nelson Medrado Dias - Paranaguá - PR
Rio Branco - Estádio da estradinha - Estádio Nelson Medrado Dias - Paranaguá - PR

Bom, feito nossa visita futebolística, decidimos ir pra praia. Mas…. após 1 hora parados, na estrada que daria acesso às praias,  o trânsito caótico nos fez desistir. Voltamos para Curitiba. Dali, liguei pra minha família que ainda estava em Itanhaém e voltamos pra lá, pra ver a queima de fogos do Satélite E.C. . Ufa…. Enfim acabamos 2008…

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!