Lembrança de um grande momento desse fim de ano!
Em Curitiba, Anderson, eu, Mari e Felipe, na Pizza Hut dividindo histórias sobre o futebol…
Logo mais conto os detalhes!]]>
E já que o Santo André não rendeu em campo, nas arquibancadas a torcida não para de crescer! Vem aí mais um ramalhino, filho de Jão e Núbia, que casaram agora em dezembro, em Cubatão. Belo bolo, hein?
E para finalizar as festas, segue um breve vídeo do que foi a festa de aniversário de “El Pibe” Gui:
Abraços e feliz natal!!]]>
Dando sequência aos estádios visitados durante minha breve, mas marcante viagem ao Rio Grande do Sul, vamos falar do Estádio José Pinheiro Borda, popularmente conhecido como Gigante da Beira-Rio, a casa da Internacional de Porto Alegre.
O “Beira Rio” leva esse apelido por ficar às margens do Rio Guaíba, em Porto Alegre.
Seu nome oficial é uma homenagem a um português que comandou as obras do estádio e que morreu antes da sua finalização.
Atualmente, o estádio do Inter é o terceiro maior estádio particular do país e com as obras (que estão o preparando para a Copa do Mundo) o tornará o maior.
No dia em que estivemos por lá, o time estava treinando no campo externo:
O estádio já é ponto turístico da cidade e se impõe pela grandeza e pelo estilo old school!
O Museu do Inter fica ali, mas infelizmente não pude acessá-lo no dia da visita.
A Mari foi até de vermelho em homenagem ao Colorado!
Confesso nunca ter asssistido a uma partida no Beira Rio e a pequena distância entre torcida e o campo me deixou com muita vontade de participar um dia…
Bom, se for para descrever o estádio com uma palavra, não tem jeito… é VERMELHO.
No final das contas acabei tirando várias fotos da Mari e nenhuma minha…
Hoje, enquanto eu escrevo este post, a torcida colorada se prepara para torcer, pois às 14h o Inter estreia no Mundial 2011, para mostrar que é mesmo “Campeão de Tudo”!
A capacidade atual do estádio é para 56.000 torcedores, mas já recebeu públicos de mais de 100 mil pessoas.
Muita gente não sabe, mas o Beira-Rio teve grande ajuda da torcida, que trouxe diversos mateirais para a obra (tijolos, cimento, ferro…).
A diretoria do Internacional prometeu cobrir todos os lugares e colocar cadeiras em 100% do estádio, o que eu confesso não me agradar muito… Acho que os estádios brasileiros deveriam guardar suas características ao máximo.
Uma coisa que eu acho legal nos estádios são os posteres deles mesmos em dias de jogos, olha que foto fantástica essa que ilustra uma das paredes de acesso:
Por fim, a fantástica intervenção indicando o banheiro masculino:
A 102ª camisa da coleção vem do interior de São Paulo, grande celeiro de times e histórias ligadas ao futebol.
É com orgulho que escrevo sobre a história do Olímpia Futebol Clube.
Comprei essa camisa no próprio Estádio Maria Tereza Breda, em outubro de 2010. Ao passar por lá, o time sub-20 ainda estava pelos vestiários. Eles haviam acabado de perder para o sub-20 do Santos num polêmico 2×1.
Estive na cidade para conhecer as famosas Termas dos Laranjais, um parque aquático incrível que fica em Olímpia!
Mas falando sobre o time do Olímpia, sua fundação se deu em 1919.
Como toda equipe do interior, em seu início o time do Olímpia limitava-se a representar a cidade em torneios regionais.
De 1936 a 1946, o time mudou provisoriamente seu nome para Associação Atlética Olímpia.
Em 1950, veio o profissionalismo e a disputa dos campeonatos organizados pela Federação Paulista de Futebol.
Em 1953, passou a valer uma lei que obrigava as cidades sedes dos times da segunda divisão a terem pelo menos 50 mil habitantes, assim, o time passou a disputar torneios amadores e a terceira divisão.
Em 1957, sagrou-se campeão do “Setor 33” (a Federação dividia o campeonato em regiões). No jogo que definia o acesso, perdeu para o Fernandópolis por 2×1.
1959 trouxe um grande número de torcedores para o Estádio Tereza Breda, o time jogava bem e acabou campeão da “Série Brigadeiro Faria Lima” e novamente disputando a vaga para a segundona, desta vez contra a Votuporanguense.
Em 1961, o Olímpia foi campeão da “Série Cafeeira”, na final contra a já tradicional rival Votuporanguense. A foto do time campeão:
Outros títulos viriam em 1973 e 1975, sendo bicampeão da “Série C”, dando condições ao clube de disputar sua promoção para a “Divisão Especial”, mas o sonho foi interrompido pelo Santo André.
1978 é o ano mais triste de sua história, pois o Olímpia se exclui da Federação, pondo um fim momentaneo aos sonhos dos torcedores locais.
Após muito sofrimento, o time conseguiu voltar. Em 1985, ressurge o Olímpia F.C. .
Em 1988 disputou a “Divisão Intermediária”.
Em 1990, a diretoria chegou a tentar licenciar o time, mas por brincadeira do destino o elenco montado para aquele ano traria a maior glória da história do time, o título da Segunda Divisão e o consequente acesso à Primeira Divisão, onde permaneceu por três anos.
O time de 1990:
O de 1991:
Fuçando na minha coleção de canhotos de ingresso, pude achar um do jogo que o time fez em Santo André, contra o meu Ramalhão, num domingo, 1 de setembro:
Achei também um de 1995:
Guardei até a escalação dos times:
No ano seguinte passou por dificuldades e depois de péssima campanha foi rebaixado para a Série A-3.
Em 2000, sagra-se campeão do Paulista da Série A3 e disputa ainda a Copa João Havelange chegando até a Semi-Final.
Em 2001, disputa a série A2 e por um ponto não consegue o acesso à série A1. Jogou com o time:
Em 2006, depois de sete anos consecutivos na série A2, o Olímpia foi rebaixado para a Série A-3, sagrando-se campeão, no ano seguinte, num campeonato que contou com times como Ferroviária e XV de Piracicaba. 2007 também ficará marcado na memória de todos os olimpienses. Mais uma vez, após quase não disputar o campeonato e quase encerrar as atividades, o Olímpia Futebol Clube conquista a Série A-3, lutando com adversários como Ferroviária e XV de Piracicaba.
Infelizmente, a partir de 2008, o time entrou em queda livre, voltando para a série A3 até cair, em 2010 para a série B do Paulista, o campeonato mais dificil do mundo. O time manda seus jogos no Estádio Maria Tereza Breda:
Seu mascote é o Galo Azul:
Como curiosidade, vale citar que o poderoso Paulistano chegou a disputar uma partida contra o Olímpia e aproveitou para emprestar nada mais nada menos que Friendereich para um amistoso contra o Jaboticabal.
Quem também visitou a cidade para jogar um amistoso foi a equipe do Penarol, em 1928. Mas uma das cenas mais curiosas do time é essa…
A torcida Mancha Azul é quem comanda a festa nas arquibancadas:
A 101ª camisa do blog vem novamente da Argentina (uma das principais fontes para o blog), da querida Buenos Aires.
O time dono da camisa é o Argentinos Juniors.
O Argentinos Juniors é daqueles times cuja história se mistura à vida política e social de seus fundadores e torcedores.
O time nasceu da união de dois tradicionais clubes locais: o “Sol de la Victória” e o “Mártires de Chicago”, fundado no início do século XX por jovens socialistas que queriam homenagear os operários que conquistaram com a vida o dia do trabalhador. Não lembra disso? Veja o vídeo abaixo:
Essa união se oficializaria em 1904 e daria origem à Asociatión Atlética y Futebolística Argentinos Unidos de Villa Crespo, que desfilaria em campos portenhos com um uniforme vermelho em alusão aos movimentos socialistas e anarquistas.
Em 1909, associaram-se a AFA e alguns anos mais tarde, em 1912 mostraria seu valor ao recusar um convite da Associação para disputar a Primeira Divisão, o time só subiria se conquistasse a vaga em campo.
Somente en 1921, o time alcançaria a elite do futebol argentino.
Em 1926 chegaria ao vice campeonato argentino, marcando positivamente a década de 20. Abaixo a foto do time de 1928:
Já a década de 30 culminaria com a queda para a segunda divisão.
Somente na década de 40 o time conquistaria o direito de voltar à primeira divisão, mas segundo a AFA, o estádio recém construído (na foto abaixo, o dia de sua inauguração) não suportaria jogos da primeira divisão, o que manteve o time na segunda.
O time só retornaria à primeira divisão em 1955.
Os anos 60 trouxeram grandes mudanças ao elenco do time e formaram equipes memoráveis, ainda que em 1969 tenham escapado do rebaixamento na última rodada. O time responsável foi o da foto abaixo:
Os anos 70 apresentaram ao futebol argentino uma equipe juvenil que faria historia e seria conhecida como “Los Cebollitas”.
O time tinha como craque, nada mais nada menos que Diego Armando Maradona, na época com pouco mais de 12 anos.
Maradona estreiaria na primeira divisão aos 15 anos num jogo contra o Talleres de Córdoba. Ali, joagaria por 4 anos e durante este período seria Campeão Mundial Juvenil, pela Argentina, em 1979 e levaria o Argentinos Jrs às finais do campeonato metropolitano.
A década de 80 foi o período de maiores glórias do time. Logo de cara, em 1980, foi vice campeão do metropolitano e chegou à semifinal do torneio nacional, com a formação:
Para tristeza de sua torcida, Maradona vestiria a camisa do time pela última vez em 1981, quando foi transferido para o Boca Juniores.
Em 1984, Argentinos Jrs sagra-se campeão do Metropolitano, com o time abaixo:
No ano seguinte, vêm a conquista do Nacional e da Copa Libertadores.
O time de 1985:
Por ter sido campeão da Libertadores, disputou a final do Mundial Interclubes contra a Juventus em 85. No tempo normal houve um empate por 2 a 2, e os italianos venceram nos pênaltis.
Os anos 90 trouxeram a amargura do rebaixamento por mais de uma vez.
Esse foi o time campeão da Segunda divisão em 96/97:
Em 2003, o time reinaugurou seu estadio no bairro “La Paternal” e somente em 2004 o time se estabilizou novamente na primeira divisão.
A alegria voltaria de vez ao bairro, com a conquista do torneio Clausura em 2010, com o time abaixo:
E nós, estivemos por lá, conferindo o jogo contra o Newell´s Old Boys. Leia aqui como foi aquele jogo!
O nosso “guia” foi o amigo “Checho”, dono de uma loja de discos focada na música undergound (Punk Rock, Hardcore, Psychobilly, Oi!, etc):
Fomos muito bem recebidos pela hinchada local, que lotou o estádio.
O outro lado era destinado à torcida visitante, que só chegou no fim do primeiro tempo.
Os caras tem uma bela lojinha, no próprio Estádio!
E para comemorar, tinha que ser uma especial, que fizesse a diferença na minha vida e me motivasse a continuar o trabalho com o blog.
Assim, apresento a camisa do Garotos Podres, time do qual faço parte e ajudei a formar em1995.
Pra mim, o time representa a essência do futebol que sempre sonhei: união, atitude, amizade, família, ética…
Tantos valores que aprendemos ou reforçamos em campo e que acabamos levando para a vida.
O Garotos Podres (óbvia referência à banda punk/Oi! do grande ABC) nasceu em julho de 1995, na cidade de Itanhaém.
Diferente da maior parte dos times, nascemos da dor da derrota e não da alegria das vitórias, numa tarde chuvosa, após levarmos um 3×0 de um time de “boleiros” numa partida de futebol de salão.
Nascia ali, no futebol de salão o “Garotos Podres”, com Léo, Rodrigo, Caio Tâmbara, Bruno Milani e eu.
Naquele ano disputamos nosso primeiro campeonato, ainda com uniformes emprestados.
Jogamos contra a AABB Santo André e após um primeiro tempo incrível (2×2) perdemos o jogo por 10×2 e aprendemos o quanto valia um banco de reservas.
No ano seguinte, nosso primeiro jogo de uniformes oficiais valeu um convite à diretoria do Satélite E.C. para um amistoso de estreia.
Aproveitamos o amistoso para estreiar também dois novos atletas, Gustavo e meu irmão Murilo.
Murilo mostraria a essência do time em menos de 10 segundos, após a saída do time adversário ele apresentaria como cartão de visita um “pé alto” na altura do peito do atleta e presidente do clube “Carelli”.
A partir de então, faríamos uma série de jogos não oficiais e participaríamos anualmente dos Campeonatos Maio Soçaite e Primavera Salão, organizados pelo Satétile.
Engraçado que havia um jogador chamado Flávio que disputava a maioria dos jogos mas nunca os campeonatos.
Com esse elenco conquistamos nosso primeiro troféu (de terceiro lugar) no campeonato de futebol de salão do Satélite Esporte Clube, de 1997:
Olhaí o troféu:
Em 1998, sofremos a primeira baixa, nosso goleiro Léo deixaria o time. Em seu lugar, eu e Bruno iríamos revezar no gol. No sacrifício, Bruno marcaria época quebrando o braço durante um jogo.
Chegariam também dois atletas o jovem e promissor Edu (irmão do Rodrigo) e o Marcel (meu irmão) para ajudar a compor a nossa defesa.
Surgia também um novo jogo de uniformes com uma tonalidade de verde mais clara, em homenagem à seleção da África do Sul.
Este uniforme foi rapidamente abandonado pois sua gola enforcava os atletas com problemas de peso.
O uniforme seguinte também foi problemático e polêmico. Devido à sua cor (todo preto com uma faixa verde na lateral) chegava a quase 50 graus nos jogos em dias de sol, como na foto abaixo, em 2000:
No fim do ano, chegariam Júnior “Português” e Caio Pompeu, primeira contratação vinda de um outro time, o “Oposição Futebol Clube“.
Mesmo sendo um time entre amigos, gostávamos de dar um ar de seriedade nas decisões e praticamente paramos o clube ao anunciar a contratação oficial de Júnior, que lembra alguns detalhes dessa época:
“Eu ja fazia parte da “turma”dos temidos e respeitados Garotos Podres, andava para cima e para baixo com o pessoal e já disputava as peladas não oficiais, porém oficialmente eu ainda não fazia parte do time e isso era extremamente frustrante. Foi no Carnaval de 2000, que fui oficialmente anunciado e lembro que encarei um ritual de passagem com direito à inúmeras pancadas. Era o jeito do time dizer bem vindo”.
Abaixo, o time que disputou o cmapeonato de Soçaite, em 2003.
Após a fratura do braço de Bruno Milani, assumi a posição de guarda metas e disputei o campeonato de 2004 no gol.
No segundo semestre, muitas novidades.
Cláudio “Pitbull”, um atacante com fome de gol e o goleiro Douglão “a muralha negra”, renovaram o time, que perdera atletas para os estudos, namoradas e trabalhos.
Como já era tradicional, a mudança pedia um novo jogo de uniformes.
Criamos então a camisa branca (chega de calor) com a faixa transversal verde, uma das mais bonitas da história do time.
Foi com ela que disputamos os campeonatos de 2005.
Mas, a verdade é que a nossa realidade ia da glória aos desastres. Isso porque nossa garra sempre nos orgulhava em campo, mas muitas vezes não era suficiente para impedir de sofrermos goleadas.
E foi para acabar com isso que contratamos John, nosso primeiro e único técnico, que é o foco de todos na foto abaixo, com exceção de Bruno Milani, eterno rebelde que seguia a olhar para o outro lado.
Esse foi o auge técnico do time, com direitos a treinos mensais.
A consequência foi uma deliciosa vitórias sobre nosso eterno rival, o Califórnia F.C. por 4×0.
Esse time ficaria em 4o lugar em um campeonato bastante disputado!
Ah, além do trabalho em campo ou quadra, buscamos inovar também nas arquibancadas e fomos um dos primeiros times a paralisar o campeonato por vandalismo. As “Podretes” que sempre apoiaram o time desta vez encheram a quadra de fumaça verde. Um outro ponto forte da torcida é o bandeirão confeccionado pela “Nona” do Bruno e que esteve presente em vários jogos e atualmente se encontra perdido…
Mas sempre nos portamos com o respeito exigido pelo esporte e mais que isso, como uma família, composta por pessoas diferentes uma das outras, mas unidas por um mesmo ideal.
Na foto abaixo, dá para ver como uníamos a agilidade de Bruno Milani com a força física de Murilão (o primeiro agachado à esquerda).
No final de 2005, um de nossos mais antigo atletas, Gustavo (o primeiro à esquerda, na foto abaixo) mudou-se para a Austrália para estudar inglês.
Para diminuir a perda, agregamos o já bastante amigo Igor assim como os gêmeos Paulo e João e os irmãos “fumetinhas” (Danilo, Felipe e Douglas). Foi aí que começamos a disputar a liga do Batalha.
[caption id="attachment_8000" align="aligncenter" width="442" caption="Bruno, Igor e Júnior ouvem instruções"][/caption]
Animados com tantos compromissos, desenvolvemos um uniforme homenageando o nosso jogo de camisas original (essa camisa é a que está no início do post).
Entretanto, as coisas acabaram se esfriando em 2007 e o time quase não teve jogadores suficiente para a disputa dos campeonatos.
2008 e 2009 trouxeram a maior crise ao nosso time. Não jogamos nenhum campeonato oficial.
Ainda assim, nos reencontramos fora das quadras e campos para celebrar o que de melhor o futebol nos trouxe, a amizade!
E para quem achava que a história do time acabaria por aí, veio o desafio, reerguer o time em 2010 e novamente disputar alguns torneios.