Depois de visitar terras mineiras, onde acompanhamos até uma partida da segunda divisão (confira aqui como foi), chegou a vez de registrar o Estádio de Guaíra.
Para chegar lá, voltamos por uma outra estrada, e cruzamos o rio Grande por um lugar diferente de onde havíamos chegado.
Guaíra é um município que faz limite com o Estado de Minas Gerais. Sua população atual está em torno de 43 mil pessoas.
Antes chamada de Nuporanga, o atual nome “Guaíra” é um topônimo que pode ser traduzido como “Águas correntes”. Olha que linda imagem do rio Sapucaí que passa pela cidade:
Olha aí a Igreja Matriz São Sebastião:
Uma esquina da pacata cidade…
E… aí está ele! O Estádio Municipal José Zuquim Nogueira.
Mais uma importante meta atingida pelo nosso blog!
O estádio fica numa rua sem saída, e a entrada estava fechada 🙁
A cidade de Guaíra teve dois times disputando as competições oficiais da Federação Paulista, o primeiro deles o Guaíra Esporte Clube.
O time foi fundado em 1961 e disputou a quarta divisão em 1964 e 1965.
O segundo time foi a Associação Atlética Guaraiense.
A Guairense foi fundado em 16 de junho de 1969, depois da extinção do Guaíra EC e em 1973, o time estreia na terceira divisão.
Sagrou-se campeão paulista da terceira divisão em 1976.
Em 1994 e 1995, disputou a Quarta Divisão licenciando-se do futebol profissional.
Vamos então conhecer o estádio?
Taí, numa tarde de sol que quase não deixa ver a bela arquibancada numerada.
Agora ficou melhor…
O Estádio Municipal José Zuquim Nogueira tem capacidade para 5 mil torcedores.
Foi inaugurado em 1976, em um amistoso entre São Paulo e Corinthians.
Achei essa foto no “Templos do Futebol“:
Aqui o gol da entrada (aquela mesma que estava fechada):
Mais uma olhada na linda arquibancada coberta.
O gol do “fundo”:
O placar segue funcionando:
A entrada, vista por dentro:
A arquibancada de cimento, que já viu a torcida local gritar “É campeão!!!”:
E com mais este registro, é hora de ir embora!!!
Opa opa opaaaaa!!!
E não é que a estrada andou, andou, cruzou o rio Grande e nos levou até o estado de Minas Gerais??
E como é bonito esse lugar!
Nosso objetivo era visitar a cidade de Uberaba e conhecer um pouco da história do futebol local.
Antes de chegarmos até Uberaba, registramos os estádios de Pirassununga, Descalvado, Santa Rita do Passa Quatro, Tambaú, Santa Rosa de Viterbo,Santa Cruz das Palmeiras,Vargem Grande do Sul, São José do Rio Pardo, Cajuru, Batatais,Orlândia, São Joaquim da Barra e Igarapava.
A cidade de Uberaba localiza-se no chamado Triângulo mineiro e possui uma rica história, já que fica no meio do caminho entre São Paulo e Goiás, por onde os tropeiros passavam. O lugar foi palco de várias disputas entre bandeirantes e índios Panarás que ocupavam a região.
Atualmente mais de 380 mil pessoas vivem na cidade, a oitava mais populosa do estado e que conta com uma excelente infraestrutura, olha que legal a estação do ônibus:
Esse é Parque Fernando Costa, que conta com o primeiro sítio de Geoparque do estado, local que mistura atrações culturais e naturais.
Almoçamos bem no restaurante Tropeiro!
Demos um rolê pelo centro da cidade…
E fomos conhecer o mercado central de Uberaba.
Faltou uma sinalização pra ajudar na identificação né?
Lá dentro, uma infinidade de doces, frutas, verduras…
Essa é a igreja de Santa Rita, construída em 1854, tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico e que abriga o Museu de Arte Sacra.
Mas já é hora de começar a falar um pouco sobre os motivos de nossa visita à cidade, começando pelo Estádio Juscelino Kubitschek.
O Estádio Juscelino Kubitschek é a casa do Nacional Futebol Clube.
Embora Minas Gerais seja um estado que faz divisa com São Paulo, foram poucas as vezes que pudemos registrar estádios mineiros. Então é sempre uma alegria poder registrar esse momento!
O Estádio serve de sede do time, e por isso, mesmo a “entrada oficial” estando fechada, pudemos usar pela entrada do campo, que fica na Av. Dep. José Marcus Cherem.
Então… Vamos lá, conhecer o Estádio, por dentro!
O Nacional FC foi fundado em 1 de agosto de 1944 e logo tornou-se o maior rival do Uberaba SC.
Esse era o time de 73:
O time colecionou conquistas no futebol mineiro profissional, a última delas foi o Campeonato Mineiro da segunda divisão de 2013, retratada assim pelo Jornal Agora Minas :
O clube já colecionara três títulos da Segundona, em 1963, 78 e 82.
Esse é o time de 78:
Esse o de 1982:
Em 2001 e 1997, foi vice-campeão da Segundona e em 1966, vice-Campeão Mineiro do Interior.
Como se vê, é um time pesado! Tão pesado quanto seu mascote (que eu peguei no portal da segundona mineira)…
Essa bilheteria já faturou muito ingresso!
Voltando ao estádio, o Juscelino Kubitschek possui capacidade para 5 mil torcedores.
No dia de nossa visita estava rolando uma edição de jogos universitários.
Para um estádio não profissional, o gramado até que segue bem cuidado.
Atualmente o time está licenciado das disputas profissionais, por motivos financeiros.
Esse é o gol da entrada.
E daqui pra frente…. só a bolerada…
O estádio possui até cabines para imprensa. Do outro lado dessas cabines está o clube.
Mas é um estádio bem charmoso. Olhando da arquibancada, esse é o gol da esquerda.
Uma visão do meio campo.
E do gol da direita (por onde nós entramos).
Ao menos o campo segue em utilização pelo futebol amador e universitário.
Olha aí o banco de reservas sentindo se vivo!
Aqui, a sequência das arquibancadas, em cimento.
Uma considerável distância até o início do campo…
Pra quem se interessou e quer apoiar o clube, segue o contato:
Essa é a entrada que utilizamos.
O outro time da cidade é o Uberaba Sport Club.
O Uberaba SC foi fundado em 1917, e tem uma história de muito sucesso, do tricampeão da Taça Minas Gerais ao Torneio acesso ao campeonato Brasileiro da série A.
Seu mascote é o boi zebu.
O time é bastante democrático, tendo jogado as séries A, B, C e D do brasileiro, bem como o Módulo I e II, a segunda e terceira divisão do Mineiro.
Olha que foto bacana do time de 1941 que disputou um amistoso contra o CA Ipiranga.
Aqui, um time dos anos 80:
O time conquistou vários títulos em sua história, dentre eles a Taça Minas Gerais (em 1980, 2009 e 2010), o Campeonato Mineiro Módulo II de 2003, a Segunda Divisão de 2015, o Campeonato Mineiro do Interior (em 1966, 1973, 1980, 1981 e 1982) e o Torneio de Acesso ao Campeonato Brasileiro de 1986.
E pra quem pergunta se o time tem torcida, dá uma olhada nessas imagens:
Originalmente, mandava seus jogos no Estádio Boulanger Pucci que chegou a ter capacidade para 8 mil torcedores. Infelizmente o estádio foi leiloado e só restou sua fachada.
Peguei uma foto do Google Maps para ver como ele está por dentro.
Foi inaugurado em 1922, no amistoso Uberaba 0x2 Paulistano, com o nome de Estádio das Mercês (era o nome do bairro em que se localizava), somente na década de 30 recebeu o nome do Dr. Boulanger Pucci, ex-presidente do clube.
Contam que houve um acidente no estádio, as arquibancadas de madeira cederam, em um jogo entre o Uberaba e o Formiga, ferindo mais de 300 pessoas.
Depois disso, foi feito uma campanha para se conseguir verbas para construção de uma arquibancada de concreto, transformando o estádio em um dos mais modernos daquela época.
O Uberaba Sport Club mandou suas partidas pelo Campeonato Mineiro de Futebol em 1945, e depois de 1958 a 1971.
Acabou substituído pelo Estádio Municipal Engenheiro João Guido, mas seguiu sendo o centro de treinamentos até 2009, quando foi arrematado em leilão para pagar dívidas trabalhistas do clube.
Assim, o “novo” estádio da cidade passou a ser o Estádio Municipal Engenheiro João Guido, o “Uberabão”.
O estádio fica na região central da cidade e toma conta de todo um quarteirão.
O entorno do estádio é meio “morno”, sem grandes intervenções visuais.
Ele começou a ser construído em 1961, e foi projetado para se chamar “Monumental” e ter uma capacidade de 45.000 torcedores.
Somente em 1972 ele foi inaugurado, num amistoso da seleção brasileira (entre a principal e o time “aspirante”) e a casa esteve cheia!
Mas…. Voltemos aos dias atuais. Passamos pelo estádio quando chegamos em Uberaba e ele estava fechado, decidimos voltar depois do almoço para ver se conseguiríamos entrar.
Já estava até pensando se teria algum lugar pra conseguir fotografar por fora.
Mas… Uma luz surgiu quando estávamos procurando um restaurante. Encontramos o ônibus do Araxá estacionado pela cidade.
Uma rápida pesquisa pela Internet informou que devido ao seu estádio estar fechado, o Araxá EC tem mandando seus jogos no Uberabão!
E foi assim que, mesmo o estádio sendo usado pelos dois times da cidade (Uberaba Sport Club e o Nacional de Uberaba) acabamos conhecendo o Uberabão graças a dois times de fora:
O Araxá entra em campo!
O Pouso Alegre também!
Então…. vamos lá!
A lotação atual caiu de 20 para pouco mais de 15 mil torcedores.
Aqui um olhar do meio campo:
O gol do lado esquerdo:
Gol lado direito:
O jogo válido pela segunda divisão (que na prática equivale ao terceiro nível estadual, abaixo dos módulos I e II).
Aí, a torcida do Pouso Alegre FC, a Gigantes do Mandu e a Pouso Alegre Manguaça. (desculpem por não conseguir uma foto mais próxima, mas infelizmente a polícia não me deixou ir até a área visitante)
Aqui, a torcida Pavilhão, do Araxá:
O estádio é bem grande e bem estruturado, mas o público do jogo foi pequeno, para uma tarde ensolarada e agradável para se assistir uma boa peleja.
O jogo estava morno. Muita bola disputada no meio campo, sem grandes chances sendo criadas.
Os goleiros sequer sujaram seus uniformes…
Pra quem gosta de curiosidades…
Destaque para o fosso no sentido mais literal da palavra fosso hehehe:
Tem até umas carpas lá…
O jogo terminou 1×0 para o time local. Não filmei o gol, mas a Globo local tem a edição. Clique aqui e assista.
E nós… voltamos para nossa missão, agora começando a viagem de volta ao ABC.
Olá, amigos leitores deste blog!
Seguimos dividindo com vocês o nosso rolê para registrar mais alguns estádios do interior de São Paulo, e após passarmos por Pirassununga, Descalvado, Santa Rita do Passa Quatro, Tambaú, Santa Rosa de Viterbo,Santa Cruz das Palmeiras,Vargem Grande do Sul, São José do Rio Pardo, Cajuru, Batatais,Orlândia e São Joaquim da Barra, agora é a vez de falarmos sobre Igarapava!
Igarapava significa “Porto de canoas”, e era um dos locais onde os bandeirantes faziam suas paradas rumo às minas dos índios goiazes.
Atualmente, cerca de 32 mil pessoas vivem nestas terras, onde outrora viveram os bandeirantes Bartolomeu Bueno da Silva (o Anhanguera), João Leite da Silva Ortiz e o capitão Anselmo Ferreira de Barcelos, entre outras figuras da sangrenta história paulista.
Outrora chamada de Comarca de Santa Rita do Paraíso, em 1906, foi elevada à categoria de município e em 1907 teve seu nome mudado para Igarapava.
A cidade tem o orgulho de possuir a Usina Hidrelétrica de Igarapava, no Rio Grande,na divisa entre SP e MG.
Olha ali onde ficam a cidade e a própria usina:
Fomos até Igarapava conhecer o Estádio Garibaldi Pereira, casa do Igarapava EC!
A fachada do estádio não possui mais nenhuma identificação 🙁
Uma pena… A casa do alvi rubro Igarapava Esporte Clube merecia maior reconhecimento já que recebeu vários times do estado de São Paulo, desde a fundação do time em 21 de agosto de 1919.
Assim como muitos times do interior, o Igarapava encontra-se afastado das competições oficiais. Mas sua história é muito rica; participou em 11 edições das divisões de acesso do Campeonato Paulista, pela A3 (de 1961 a 1964, 1976, 1980 e 1986), pela série B (de 1977 a 1979) e pela B2 em 1994.
Olha aí o esquadrão:
E cá estamos nós, rodeando o estádio em busca de um lugar para fotografá-lo, mas os muros parecem inimigos…
A menos que…
Sim, a famosa escada do seo Osvaldo nos salvou mais uma vez e garantiu o nosso registro!
O Estádio Garibaldi Pereira perdeu mais do que a presença dos torcedores em disputas profissionais… Sua arquibancada coberta já não está assim tãããão coberta…
A arquibancada ao fundo do gol de entrada lembra um pouco o eco estádio em Curitiba.
Mas o campo está bem cuidado, mesmo enfrentando um longo período sem chuvas.
A arquibancada lateral é o bom e velho cimentão, dando ao estádio a capacidade para 4 mil torcedores.
Aqui, o outro gol, ao fundo, onde não há arquibancada.
Enfim, mais uma missão cumprida!
Hora de voltar para a estrada, mas antes, um rápido passeio por dentro da cidade…
A estrada ainda é longa, permite várias aventuras, e agora, voltamos à Rodovia Anhanguera para chegar até a cidade de São Joaquim da Barra!
Pra quem está acompanhando esse rolê, vale relembrar que já registramos os estádios de Pirassununga, Descalvado, Santa Rita do Passa Quatro, Tambaú, Santa Rosa de Viterbo,Santa Cruz das Palmeiras,Vargem Grande do Sul, São José do Rio Pardo, Cajuru e Batatais e Orlândia.
A cidade serve de residência par acerca de 50 mil pessoas atualmente e nos surpreendeu com a infraestrutura que pudemos ver! Desde ruas largas e arborizadas, até o comércio local, forte e ativo!
Mesmo tão desenvolvida, a cidade ainda guarda a calma das tradicionais cidades do interior.
O motivo da nossa visita à cidade é o São Joaquim Futebol Clube!
O São Joaquim FC foi fundado em 20 de abril de 1920, chegando próximo de seu centenário (já tem até algumas homenagens aparecendo por lá)!
O time desafiou a distância da capital e disputou 5 edições do Campeonato Paulista: 1949 e 1950 na A2, 1993 na A3 e 1994 e 1995 na atualmente extinta quinta divisão.
Esse era o time de 1948 no dia em que o São Paulo FC foi até São Joaquim disputar um amistoso com o “Espigão” (apelido do time local):
O time despediu-se do profissionalismo com o título da Quinta divisão de 1995. Esse era o time campeão:
Um fato curioso é que o time foi abandonado pelo patrocinador no meio do campeonato e os jogadores decidiram seguir, tendo como única fonte de renda a bilheteria e patrocínios pontuais:
Aqui, o time presente em Aparecida contra o Aparecida EC:
Aqui a camisa de recordação do título!
Em 2011, foi realizado um jogo beneficente entre o São Joaquim Futebol Clube (com os jogadores campeões em 1995) contra a equipe Master do Corinthians Paulista (equipe Master).
O clube tem uma série de brindes e materiais comemorativos, como essa caneca:
O futebol nasceu na cidade no início do século XX (em 1915), e em 1920, o futebol da cidade se uniu para fundar o São Joaquim Futebol Club (S.J.F.C.).
Em 1961, o time muda de endereço deixando a esquina da Rua Voluntário Geraldo com a Rua Goiás. Essa era a fachada da época:
E assim, começava a surgir o atual Estádio Dr. José Ribeiro Fortes!
Essa é a entrada do estádio atualmente:
E mais uma vez estamos aí pra fazer parte da história!
Mas, o clube social possui uma entrada própria também.
Entrando por lá, existem distintivos do time por toda a parte.
E também no muro que margeia o clube.
Lá dentro, nota-se um trabalho de marketing que nem os grandes clubes da capital conseguem fazer.
Mas, viemos para ver o estádio, que tal uma volta por lá?
E assim, finalmente conhecemos mais um templo do futebol paulista!
O estádio Dr. José Ribeiro Fortes é quase impensável! Ou inacreditável… Um estádio tão bacana e tão grande… Merecia ter um time de volta ao campeonato!
O banco de reservas segue ali! Mesmo antigo, provavelmente atenderia às expectativas do futebol.
Com tantas arquibancadas ao seu redor, o estádio possui capacidade para cerca de 12 mil pessoas.
São arquibancadas de cimento, no melhor estilo old school, com uns 12 degraus.
Ali ao fundo, fica o clube.
Aqui, uma visão do meio campo para quem está na arquibancada.
Aqui, o gol do lado direito:
E aqui, o lado esquerdo:
Aqui ficava a identificação do estádio, bem no centro do campo.
Olha como era esse lugar em 1995, no ano do título de campeão paulista da série B:
E olha como a torcida lotava:
Uma curiosidade é que não existem lugares cobertos no estádio.
Enfim, cumprimos mais uma etapa da nossa missão!
A cidade viveu dias de glória com o futebol e o futsal. Mas, nem mesmo com muita reza na Paróquia São José, as coisas se sustentaram 🙁
A cidade de Orlândia fazia parte de Batatais até 1890, e sua história tem muito a ver com a produção agrícola da cidade e com o fato da Cia Mogiana de Estradas de Ferro permitirem seu escoamento para outros mercados.
A cidade foi planejada para colaborar com a circulação dentro dela, por isso, existem várias avenidas largas, nem sempre comuns nas cidades do interior.
E é possível encontrar diversas lembranças arquitetônicas do passado da cidade!
E aí você se pergunta: Por que estávamos em Orlândia? Simples, por causa da Associação Atlética Orlândia.
A Associação Atlética Orlândia foi fundada em 5 de Maio de 1920 e mandava os seus jogos no Estádio Municipal Virgílio Ferreira Jorge, o “Virgilhão”.
Essa já não é a atual cara da entrada do estádio (e aí começamos a desenrolar a triste história do futebol local). Se você for até lá hoje, encontrará a seguinte imagem:
Pois é, já não tem a placa indicando o nome do Estádio e nem sequer uma entrada… Está tudo bem fechado. E o motivo? R$ 3 milhões de motivos… Que fizeram o terreno ser agora da propriedade do Grupo Colorado.
Pra quem não conhece a história de sucesso do time local, vale lembrar que a AA Orlândia disputou 27 Campeonatos Paulistas entre a A2 (de 1949 a 52, 1967, 1969, de 1971 a 74, 1976, de 1982 a 84 e 1986). E pela terceirona, foram 11 disputas (de 1961 a 66 e depois de 1977 a 1981).
Um pouco do registro fotográfico desses times encontra-se em fotos aqui e acolá distribuídas pela Internet, a começar por um time da década de 60 (que tinha no gol, Carlão, que jogou aqui no Santo André, também):
Olha o Carlão em uma bela imagem da época:
Essas são do site do Milton Neves, da seção “Que fim levou”. O jogador em destaque é José Augusto Lopes da Silva, o Zé Augusto (ou Guto).
É , a AA Orlândia tem mesmo um passado glorioso, com destaque para o título do Torneio Matheus Marinelli, de 1982 e o título de 1994, da Quinta Divisão (campanha abaixo):
O campeonato foi decidido em um hexagonal final e a AA Orlânidia sagrou-se campeã!
Mas, seu presente é uma lacuna…
Logo após o título de 1994, o clube se licenciou e hoje, o estádio aguarda o início de sua demolição… Que tal uma espiada?
Ao fotografar o lado externo fomos orientados por um morador que evitasse demonstrar muito interesse, porque segundo ele, a Polícia Militar e a segurança privada do local costumava ser um tanto rígida ao não permitir qualquer registro sobre o local.
Respeitamos o conselho e obviamente não adentramos à área do estádio, agora particular, mas pelo menos as fotos da bilheteria, foram feitas!
Decidimos dar uma volta ao redor do quarteirão para ver se ao menos alguma fresta permitiria um registro mínimo da parte interna do estádio.
E encontramos! Um furo no portão permitiu trazer luz a um dos campos mais misteriosos da atualidade. Ele segue lá! Mas… E aquele ônibus?? O que faz lá?
A arquibancada coberta resiste, como que implorando uma segunda chance…
Encontrei uma foto que parece ser dessa mesma arquibancada, alguns anos atrás:
Aqui, uma imagem do gol:
E consegui fazer uma foto dos fundos da arquibancada coberta.
Ainda encontrei algumas imagens da parte de dentro do estádio:
Mas o registro mais marcante é o que foi feito pelo artista Nuno Ramos, em sua performance “Placar final”, de 2007, que parecia antever um triste futuro da cidade, enterrando o futebol profissional…
E além disso, contamos com a ajuda dos nossos amigos que seguem acompanhando o blog, e graças ao Naressi, torcedor do CAP (Pirassununguense) da Malucos do Vale, conseguimos algumas imagens internas:
Acho que mesmo sem conseguirmos entrar, deu pra ter uma ideia da grandiosidade do estádio e sua importância pro futebol local.
Uma última olhada via buraco…
Ah, e pra quem se pergunta por quê a tristeza também no futsal, é que o time que outrora teve Falcão como principal jogador / embaixador, acabou vendo o final dessa parceria deixando a cidade órfã.
Mesmo tanto tempo depois dessa incrível aventura misturando geografia, história e futebol, ainda não estamos nem na metade do nosso rolê.
Depois de fotografar os estádios de Pirassununga, Descalvado, Santa Rita do Passa Quatro, Tambaú, Santa Rosa de Viterbo,Santa Cruz das Palmeiras,Vargem Grande do Sul, São José do Rio Pardo e Cajuru, agora é a hora de conhecer a incrível cidade de Batatais, onde vivem cerca de 63 mil pessoas!
E demos sorte, porque chegamos no dia da tradicional festa italiana DI SAN GENNARO!
Adivinha se não demos um rolê por lá a noite!
Dormimos em Batatais, o que nos permitiu até pegar uma piscina no hotel, na manhã seguinte… Ainda que estivéssemos meio com cara de sono kkkk
Mas, pra quem quer pegar a estrada, 7 da manhã já é tarde, sendo assim, booooooommmmm diaaaaaaa Vietnãããã!!!!!!
Deu pra passear um pouco, conhecer um pouco do dia-a-dia local e ver a cara da cidade.
Batatais resguarda parte de sua arquitetura do início do século que tenta relembrar suas história aos atuais moradores, pedindo que não esqueçam suas origens!
Belos prédios, casas históricas e cuidados exibidos a cada pequeno detalhe…
Mas, pulemos a cerca que limita nossa liberdade e vamos conhecer o motivo da nossa visita à cidade…
… O Estádio Dr. Oswaldo Scatena!
O Estádio Dr. Oswalvdo Scatena é a casa do Batatais FC.
Outrora, já falamos do time do Batatais FC por meio de sua camisa, veja aqui como foi que mostramos alguns quadros do “Fantasma da Mogiana”.
Esse foi o time que disputou a A2 deste ano (2018):
O Estádio foi inaugurado em 1954, e teve como primeira partida “Batatais 2×4 Palmeiras”, encontrei essas imagens referentes a esta partida:
E aí estamos nós! Em mais um templo sagrado do futebol paulista!
Deu pra fazer nossa tradicional foto na bilheteria!!
O Batatais completa no ano que vem seu centenário! Tomara que programem algo para marca o ano!
E nós, aqui, literalmente visitando a cancha local!
Como não sabemos por onde ir… sigamos o proibido! kkkkk Brincadeira hein? Entramos por aí com o consentimento dos funcionários locais.
E que tal uma olhada na parte interna do estádio?
O estádio é incrível! Tem arquibancadas ao redor de todo o campo. Olhando da arquibancada coberta, esse é o gol esquerdo:
O meio campo:
O gol do lado direito:
Com tanta arquibancada, o Estádio Doutor Oswaldo Scatena (também chamado de Scatenão) possui atualmente capacidade para 15.000 pessoas.
Uma coisa que eu acho muito legal em alguns estádios do interior é a homenagem que prestam ali mesmo aos ex atletas, veja que da hora:
As bandeiras tremulando ao vento, ao fundo do gol.
E aí estamos nós!
E lá no campo, o time treinava para mais uma partida da Copa Paulista!
Destaque para o ótimo zagueiro Luiz Matheus que jogou no nosso Santo André (fez o gol do título da Copa Paulista 2016).
Mais um estádio que merece estar eternamente em funcionamento! Parabéns à população de Batatais por manter um time tão simpático em atividade, mesmo com tantas dificuldades que sabemos existir atualmente para isso…
E que arquitetura maluca hehehehe E ainda assim genial!
Hora de dizer até um dia ao fantasma da mogiana! Tomara que voltemos um dia para acompanhar uma partida!