Desportivo Brasil 0x1 Catanduva FC (4ª de final da série A3)

Sábado, 30 de março de 2024.
Bem vindo a mais uma aventura futeboleira, desta vez para registrar o primeiro jogo pelas quartas de final da série A3 do Campeonato Paulista de 2024, em Porto Feliz.

Em um passado distante, com o rio cheio com as águas de verão, os bandeirantes saiam do rio Tietê rumo ao interior do Brasil para escravizar indígenas obtendo mão de obra para o agronegócio da época e em busca de minérios valiosos.
Esse movimento acompanhando o rumo dos rios eram conhecidos como as Monções. E agora 500 anos depois, e com um propósito minimamente mais nobre, cá estamos nós…

Naquela época, este local, atualmente acessado pelo Parque das Monções em Porto Feliz, era conhecido como Porto de Araritaguaba, que significa algo como “o lugar onde as araras bicam a areia” em Tupi.

Fiquei imaginando essas águas limpas com as margens cercadas pela mata nativa, e cheias de araras… Será que valeu a pena o preço do progresso?

A atual cidade de Porto Feliz considera-se fundada em 1693 por Antonio Cardoso Pimentel e seu nome se deve à alegria de seus habitantes nas celebrações ao retorno das expedições fluviais que haviam ido até Goiás e Mato Grosso.
E realmente vale uma passagem pelo Parque das Monções se você estiver pela cidade…

Já estivemos em Porto Feliz antes para registrar o riquíssimo futebol da cidade, veja aqui como foi! Mas mesmo assim, decidimos refazer o rolê por 2 estádios antes e ir pro jogo, começando pelo Estádio Dr. José Esmédio Paes de Ameida.

Como se pode ver pela inscrição acima, o Estádio é a casa do Esporte Clube União de Porto Feliz, fundado em 3 de setembro de 1916. Como disse, já escrevemos sobre o EC União antes e você pode ver mais detalhes aqui!

No início da tarde de sábado ainda pegamos um “pós jogo” com o pessoal concentrado ali no bar.

O outro estádio visitado foi o incrível Dr Julien Fouque e assim como o campo do União, já ganhou um texto mais completo sobre ele, basta clicar aqui para ver como foi!

Aliás, ao citar o post no Facebook recentemente, muitos amigos torcedores do Santo André lembraram do confronto com a AA Portofelicense.

Gramado e estádio em ótimo estado, segundo os administradores o atual problema, em vias de ser solucionado são as águas de um pequeno córrego, braço do rio Tietê, que tem subido e atingido a estrutura do Estádio.

Antes de ir pro jogo, dei um pulo na sede do Desportivo Brasil, que atualmente serve também de sede para os coirmãos do Shandong Luneng Taishan, time que participa da integração Brasil – China, parte do DNA do Desportivo Brasil.

Infelizmente não permitiram o nosso acesso para um registro das partes internas do Centro de Treinamentos…

Mas, no site oficial do Desportivo Brasil, você pode conhecer um pouco dessa estrutura de todos os ângulos…

E também conhecer um pouco dos jovens chineses do Shandong Luneng Taishan que estão hospedados no CT do Desportivo Brasil.

O Desportivo Brasil foi fundado em 19 de novembro de 2005 pelo Grupo Traffic e o empresário José Hawilla, como clube-empresa focado em formar jovens talentos e foi comprado em pelo grupo chinês Luneng, fornecedora de energia elétrica da província de Shandong e que é proprietário do time Shandong Luneng, da Super Liga Chinesa.

O time manda seus jogos no Estádio Ernesto Rocco, inaugurado em 6 de agosto de 2011, conhecido como “Ernestão” ou a “Toca do Dragão”, e foi construído em parceria entre a Prefeitura de Porto Feliz e a Metalúrgica Schadek, com capacidade para até 6 mil torcedores. Está localizado na Avenida Silvio Brand Corrêa, 2591 no Jardim Vante, próximo ao bairro Altos do Jequitibá.

E com ingresso em mãos lá vamos nós para o Portão de acesso!

A entrada do Estádio Ernesto Rocco é bastante simples, e nessa semifinal era o único acesso à torcida local.

A pipoca já estava pronta pra receber os torcedores!

Praticamente fui um dos primeiros a chegar…

Deu pra ver o aquecimento e chama a atenção o entrosamento e coesão do time visitante: o Catanduva FC (no ano passado acompanhamos um dos jogos finais deles, veja aqui como foi!)

O time do Desportivo Brasil é uma grande incógnita… Com uma formação incrível, muitos dizem que o time não tem interesse no acesso, apenas em manter-se nas disputas das divisões inferiores… Será?? Eu não acredito nessa tese…

Aos poucos os elementos principais vão formando o que será mais uma festa do futebol nessa quarta de final da série A3: a torcida visitante chega e começa a fazer barulho em plena casa do Desportivo Brasil!

Os “Guerreiros do Santo” presente mais uma vez, e dessa vez em uma partida mais de 300 km longe de casa…

Ainda representando o Catanduva, chega o padre Osvaldo Oliveira, praticamente o “dono do time” e que mesmo em um sábado de páscoa se fez presente como visitante!

E aí estão os dirigentes do Desportivo Brasil:

Outra figura incrível que vive muito o futebol do interior e também se fez presente nesse jogo é o Edson, também conhecido como Gaguinho do Amendoim, mais um apaixonado por futebol que você encontra cada hora em um estádio vendendo amendoim.

Lá vem os times….

Sente aí o clima…

Até que chegou um pessoal para assistir o jogo, mas confesso que me decepcionei, já que em um jogo decisivo como este, imaginava que o estádio estaria lotado…

Começa o jogo e o Desportivo Brasil parecia que ia mandar no jogo…

Ao mesmo tempo, o Catanduva FC deixava claro que iria correr em cada jogada!

E não é que apareceu uma torcida pra fazer um barulho na arquibancada local?

Seguindo os pontos do estádio, aí estão os bancos de reservas:

A torcida visitante sentiu a pressão do time local nos minutos iniciais do jogo…

Mas, a pressão não deu certo… Aos 9 minutos do primeiro tempo Gustavo Henrique, marcou para os visitantes: Catanduva FC 1×0!

Festa na torcida visitante…

Mesmo com a torcida local sem grande apoio, o Desportivo Brasil tentou seguir apertando…

Bola na área… Mas muito forte…

O torcedor visitante se perguntava se o time iria segurar essa pressão até o fim do jogo…

Não faltava habilidade ao time local, mas o Catanduva FC segurava o placar com os dentes, e a cada minuto isso ia desconstruindo os ímpetos do Desportivo Brasil

Pra evitar riscos, o Catanduva ia truncando o meio de campo, sempre com mais de um marcador no entorno dos jogadores do Desportivo Brasil

As chances iam saindo nas bolas aéreas em faltas, escanteios ou mesmo em jogadas pelas laterais do time local.

Do lado visitante, a torcida do Catanduva não queria saber de nada e curtia essa vitória, sabendo da importância desse resultado!

Já no segundo tempo e o Desportivo Brasil não consegue transformar em gol as chances criadas…

Também não se pode dizer que a torcida local conseguiu criar um alçapão…

Dá uma olhada como é a torcida do Desportivo Brasil, olhando lá do último degrau da arquibancada…

E claro… Além de muito respeito a mais um clube importante do futebol paulista, fico muito feliz em poder curtir a cultura local e sentir o que é torcer pro Desportivo Brasil…

De verdade, o final do jogo ficou bastante moroso… O time local até tentava a virada, mas sabe aqueles jogos em que parece que nada dá certo?

E isso acabou se refletindo na arquibancada…

Até o pessoal que era pra estar batucando sentou e deu uma parada…

O Desportivo Brasil seguiu criando oportunidades até os últimos momentos…

Fim de jogo… O Desportivo Brasil é derrubado!

Pô, fiquei contente porque embora já estivera em Porto Feliz foi a primeira vez que assisti a uma partida no Estádio Ernesto Rocco, e posso dizer que foi um grande prazer.
Espero que no futuro toda a pujança do futebol da cidade possa estar somada, unindo as forças do EC União e da AA Portofelicense e dos apaixonados por futebol.

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Mergulhe na emocionante memória da AA Votuporanguense

Em cada cidade há uma história viva que pulsa nas veias e na memória de seus habitantes.
É notório que a formação da sociedade brasileira deixou um legado de dor e de muita injustiça que precisa ser sempre lembrado, principalmente pelo que foi feito com os povos originários e com os povos africanos.
Mas, somos resultado dessa mistura, de toda essa dor e injustiça e de certa forma, o futebol carrega essa história consigo.
Em Votuporanga, temos uma nova obra que conta, através de suas páginas um pouco de como o futebol se envolveu com a cidade.

Para adquirir, fale com o Augusto pelo WhatsApp: ‪ 041 99280‑1953‬

O livro se chama “Associação Atlética Votuporanguense: a paixão de uma cidade“, e é uma obra que mergulha fundo na alma do futebol local e revela os segredos por trás da equipe que uniu uma comunidade, trazendo de volta momentos inesquecíveis como a conquista da 3ª Divisão de 1960.

O responsável pela obra é o Grupo Memorial Votuporanguense (GMV), fundado em 6 de março de 2021 com o objetivo de preservar e divulgar a memória do futebol de Votuporanga, incluindo o Memorial Franciso Santana (Fifi), que será o museu de imagem e som das equipes votuporanguenses, como a equipe de 1967, campeã sem vencer.

A leitura dessa obra é uma verdadeira celebração da comunidade, do esporte e da história!

Então se você ama futebol e gosta de saber as origens dessa cultura em uma cidade como Votuporanga, junte-se a esta jornada que atravessa décadas de glória, mostrando como um time de futebol pode transcender o campo e se tornar o verdadeiro símbolo de uma cidade, como o time campeão em 1978 da 2ª Divisão:

Quem tiver interesse em adquirir o livro, fale com o Augusto pelo WhatsApp: ‪ 041 99280‑1953‬

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211- Camisa do CA Nevense

A 211ª camisa de futebol do blog pertence ao Clube Atlético Nevense, time fundado em 30 de novembro de 1957.
Foi presente do amigo Rodrigo, o “Jacaré”, um grande entusiasta não só do time do Nevense, mas do futebol da região.


Os escudos abaixo foram disponibilizados pelo site Escudos Gino:

Já estivemos em Neves Paulista por algumas vezes seja pra curtir a cidade…

… ou registrando o Estádio Ignácio Vasques, casa do CA Nevense.
Veja aqui como foi um desses rolês:

Foi o Rodrigão que me arrumou essa camisa linda, então esse post é em homenagem a ele e a sua família, da qual nos sentimos parte também!

Neves Paulista fica na região de São José do Rio Preto em uma região que foi muito ocupada antes da chegada dos europeus. Ali viveram povos Tekohá, M’bya (ambos da família dos Guarani) e bem provavelmente Kaingangs.

O atual município homenageia o Capitão Neves, um dos que, em 1921, ergueram um cruzeiro entre os córregos da Água Limpa, o de Jacutingá e o Ribeirão do Jacaré, em homenagem a Nossa Senhora Aparecida.
A região foi crescendo e tornou-se uma vila.
As terras férteis trouxeram mais gente para inicialmente explorar suas madeiras e depois produzir café nas terras abertas e assim atraindo muitos imigrantes.
Em 1927, torna-se distrito de Monte Aprazível com o nome de Neves.
Em 1937, o distrito de Neves foi transferido para Mirassol e, em 30 de novembro de 1944, transformado em município com o nome de Iboti.
O nome atual foi adotado em 24 de dezembro de 1948 para diferenciar de cidades homônimas de outros estados.
Logo, surge o primeiro time de futebol da cidade: o São Paulo FC.
Mas em 1957 a cidade vê surgir o time que seria o mais representativo: Clube Atlético Nevense!

Já no primeiro ano em que o time se aventurou a disputar o profissional, 1958, foi campeão da Terceira Divisão, numa incrível final contra o Estrela de Piquete!

C.A. Nevense

Aqui, Antonio Romildo Rosa, que além de atleta seria prefeito da cidade:

E que linda a campanha, liderando a primeira fase… Repare nos demais times que participavam do grupo.

Na fase semifinal, o CA Nevense terminou empatado com o Glória e o Municipal e por isso teve que disputar um mini torneio desempate do qual saiu vencedor:

Na final, o Nevense teve que enfrentar o Estrela de Piquete e após um empate no primeiro jogo, uma goleada por 4×0 dá o título ao time de Neves Paulista!

Matéria da Gazeta Esportiva sobre partida contra o Municipal de Vera Cruz:

Interessante que naquele ano o time também disputou o Campeonato do Interior, no Setor 65:

Em 1959, disputou pela primeira e única vez uma edição da Segunda Divisão (que teria o Corinthians de Presidente Prudente como campeão), jogando a Série Geraldo Starling Soares acabando na penúltima colocação deste grupo (fonte: História da 2a divisão do Futebol Paulista – Julio Bovi Diogo e Rodolfo Pedro Stella Jr).

Série A2 1959

Assim, o Nevense volta ao terceiro nível do Campeonato Paulista, disputando as edições de 1960 e 61, terminando a 1ª fase em 4º lugar.
Encontrei o registro de um amistoso interestadual de 1960, contra o Bonsucesso:

Em 1962, é o campeão da Série Senador Lino de Mattos, a primeira fase do Campeonato:

Mas na segunda fase apenas o campeão classificava-se e o Nevense terminou em segundo!

De 1963 a 66, apenas campanhas medianas, e em 1967, se licenciou.

O Nevense retornou em 1969 no terceiro nível do futebol paulista, chamada, na época de “Segunda Divisão dos Profissionais”, terminando a primeira fase em penúltimo lugar. Aqui, outras fotos que não consegui identificar o ano, mas que são registros históricos:

Em 1970, termina em 3ª a primeira fase:

Em 1971, termina a 1ª fase na liderança:

E na fase final, um honroso 4º lugar:

Aqui, o time de 1971:

O Nevense faz campanhas medianas em 1972 (do time abaixo) e 73.

Mas em 1974, novamente liderou seu grupo na primeira fase:

Na segunda fase, foi eliminado terminando em 3º no seu grupo.

O Nevense faz uma campanha ruim em 1975, terminando a primeira fase em 8º (penúltimo) do seu grupo, no ano em que não houve campeão por irregularidades no campeonato.
Em 1976, termina em 4º na primeira fase.
Em 1977 a reorganização do futebol paulista leva o Nevense para o Quarto nível (chamado de Segunda Divisão Profissional) e o Nevense volta a terminar a primeira fase na liderança do seu grupo.

Na segunda fase, terminou em 4º:

Em 1978, termina em 8º, com o time abaixo:

Neste ano, iniciou-se a montagem das categorias de base do Nevense, que daria frutos anos depois… Esse é o time de juniores de 1978:

Legal ver que a população esteve envolvida até com a arrecadação dos uniformes!

Em 1979, o time termina a primeira fase em 9º. Veja algumas breves matérias sobre partidas deste ano:

Em 1980, mais uma reorganização do futebol e o Nevense volta ao Terceiro nível do Campeonato Paulista (chamado de Terceira Divisão), disputando o Grupo Azul na primeira fase e terminando na 11ª posição.
Em 1981, termina em 10º.
Em 1982, acaba em 5º, em um grupo de 8 times, mas a grande notícia deste ano é que o time sagrou-se campeão sub-20:

Em 1983, fica em 3º do seu grupo no turno e depois em 6º no returno, não se classificando para a segunda fase.
Foto do Jornal A Tribuna, gentilmente envida pelo amigo Rodrigo:

CA Nevense 1983

Em 1984, termina a primeira fase em 5º.
Em 1985, classifica-se para a segunda fase terminando o seu grupo em 4º, mas não chega às finais.

Entretanto, em 1985, o time sub 20 é vice campeão da Terceira Divisão!

Em 1986, o Nevense fica em 8º no Grupo Marrom, na primeira fase e não se classifica.
Em 1987, termina a primeira fase em 7º no Grupo D e novamente não se classifica.
Em 1988, volta a se classificar, mas termina a segunda fase em , sendo assim eliminado da competição.

Em 1989, termina a primeira fase em 4º e não se classifica.
Em 1990, tem sua última participação no Campeonato Paulista e acaba sofrendo uma punição pela Federação pela falta de segurança no estádio, o que acabou desanimando ainda mais os diretores e lavando-os a abandonar o futebol profissional… Ainda assim, mais uma vez classificou-se para a segunda fase.

A equipe ficou inativa entre 1990 e 2015.
Em 2016, o Lobo da Araraquarense foi reativado, quando se filiou à Liga de Futebol Paulista e disputou a 1ª Taça Paulista, com o time abaixo:

Na atualidade, os apaixonados por futebol, como o amigo Rodrigo, tem acompanhado os times da região (Mirassol, América, Rio Preto, Novorizontino), mas sem dúvida que a Prefeitura precisa dar uma força e trazer de volta o CA Nevense, patrimônio do futebol paulista!!!
Um último destaque para o livro “Neves Paulista e uma geração de meninos bons de bola“, de João Alfredo Cardoso Pinotti e Francisco Simão Rodrigues Filho:

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O futebol em São Roque – Parte 2: o Estádio Zito Godinho

Recentemente escrevemos sobre o Estádio Municipal Quintino de Lima, a casa do CA Paulistano e do futebol amador da cidade de São Roque, foi a parte 1 desse post (veja aqui)!

Hoje vamos falar sobre outro importante campo da cidade: o Estádio Benedito Godinho, vulgo “Zito Godinho“!

Confesso que encontrei o Estádio um pouco sem querer passando os olhos pelo mapa da cidade, e quando o encontrei, acabei bastante surpreso pela estrutura e importância do Estádio, que chegou a receber partidas oficiais da Federação Paulista em sua inauguração.

Olha aí a bilheteria do Estádio!

O Estádio Zito Godinho pertence ao Canguera Futebol Clube:

O Estádio Zito Godinho inaugurado em 21 de agosto de 1988, com a presença e apoio do Laudo Natel, presidente do São Paulo, na época.

No dia da estreia, o CA Paulistano (de São Roque) jogou pelo Campeonato Paulista e o São Paulo venceu o São Bento por 4×2 pelo Torneio Eduardo José Farah, Além dessas partidas, os veteranos do Canguera FC enfrentaram os Veteranos do Grêmio-RS.

Venha conhecer mais um Estádio incrível desse interior de São Paulo tão rico em futebol!

E olha que visual linda tem o Estádio com a natureza como moldura. Aqui, o gol da direita:

Aqui, a arquibancada da esquerda:

Olha que arquibancada linda encravada no morro!!!

A estrutura do time local, com vestiários e área VIP:

Pode marcar mais um estádio pras contas do As Mil Camisas… Será que o site deveria ter outro nome? Tipo… “Os mil estádios”? kkk
Acredito que a ideia das diferentes camisas, escudos, times, torcidas e estádios seja no fundo parte de uma mesma multicultura envolvida com o futebol…

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Velo Clube 2×1 São José (4ª de final da série A2)

Sábado, 23 de março de 2024.
O rolê de hoje é uma rodada dupla pelas quartas de final da série A2, que começou às 15hs, registrando EC Noroeste 1×1 EC São Bento (veja aqui) e continuou já no início da noite em Rio Claro no Estádio Benito Agnelo Castellano no jogo entre o Velo Clube e o São José!

O jogo é de suma importância, afinal, o time visitante teve a 2ª melhor campanha da primeira fase e se o o Velo Clube pensa em se classificar é essencial vencer a partida em casa.

Por isso, a torcida compareceu em um bom número ao Estádio Benito Agnelo Castellano!

Pelo que escutei durante a partida, o lado onde tradicionalmente ficam as organizadas do Velo Clube estava mais vazio por conta de um enfrentamento entre as torcidas que teve como consequência a proibição da entrada pela polícia de ambas as organizadas.

Pelo mesmo motivo, o espaço para os visitantes acabou muito mais vazio do que se esperava.

Veja aqui a nota oficial da Torcida Geral e Torcida Veloucura e aqui a nota oficial da Mancha Azul sobre o ocorrido.

Mesmo em um número reduzido, dentro do que se esperava, a torcida do Velo Clube apoiou o time o jogo todo!

Mas, vamos ao jogo!

Algo parece ter ocorrido com o time do São José que estava voando no início do Campeonato e há alguns jogos simplesmente parou de jogar…

Para se ter ideia, o time estava fazendo cera com 15 minutos do primeiro tempo, tentando amarrar a partida ao invés de propor jogo como vinha fazendo.

Tudo isso para desespero do técnico Guilherme, que armou um time pra vencer o jogo ainda na etapa inicial…

O time do Velo Clube contava com uma noite inspirada e dedicada de Caio Mancha, que correu literalmente o tempo todo, acreditando em cada jogada…

O time seguiu criando boas chances no 1º tempo:

Depois de tantos dias (e noites) de calor, o outono trouxe uma frente fria durante o final de semana que acabou estragando um pouco do que seria uma festa ainda maior, concentrando o público no lado coberto.

Aliás, eu havia comprado ingresso de arquibancada e acabei, não me pergunte como, entrando por engano na parte coberta kkk. Uma pena porque tinha levado minha blusa vermelha pronta pra voltar ensopada.

E olha a galera local dando uma secada no ataque do rival São José:

O legal de assistir no lado coberto é que a proximidade com o banco de reserva e com o bandeira é incrível…

Essa galera que assistiu o jogo ali encostada no “para peito” do estádio praticamente estava de pé em cima do bandeirinha kkk

O gol não saia e a cada nova chance a torcida seguia apoiando e incentivando:

O primeiro tempo terminou, com um domínio maior do time local, e mesmo com o 0x0, o Velo Clube saiu aplaudido pela sua torcida.

Aproveitei o intervalo pra dar um rolê pelo Estádio.
Existe um espaço embaixo das arquibancadas com várias placas, fotos e homenagens bem interessantes.

Sei que não deve ser fácil resolver, mas a verdade é que a estrutura interna (banheiros e bares principalmente) precisavam de uma melhoria para jogos importantes como este e, principalmente, com o Velo lutando para disputar a série A1 de 2025.

Hora de voltar para o segundo tempo…

Entre os reservas que aquecem está Guilherme Garré, ídolo do Santo André!

O jogo volta um pouco mais truncado e menos explosivo do que foi o primeiro tempo, e junto do frio e da chuva que aumentou os torcedores que ficam nas cadeiras cobertas parecem ter desanimado um pouco…

Sentindo que o clima poderia baixar, o pessoal do outro lado das arquibancadas começam a cantar ainda mais alto e acabam incentivando o pessoal das cobertas a seguir incentivando o time, afinal, o jogo estava parelho e a vitória era essencial!

O time sentiu o apoio e passou a atacar!

Sem dúvida o pessoal das organizadas do Velo fez falta nas arquibancadas, mas… Torcer para o time da sua cidade é realmente algo inexplicável, na minha opinião, muito diferente de ser torcedor dos chamados “grandes times”…
Acredite ou não, mas parte dos que não entraram para o jogo começaram a tremular as bandeiras e cantar lá de fora…

Isso acabou me chamando tanto a atenção que comecei a registrar esse apoio que vinha do lado de fora…
E, acredite ou não… É com essa imagem que começa o primeiro gol do Velo Clube, marcado pelo xodó da torcida Felipinho.
Confira e veja porque torcer pra um time é algo que não dá pra se explicar racionalmente:

Com o gol aos 13″ do segundo tempo, o São José passou a tentar sair pro jogo, e aí foi a vez do Velo Clube dar o troco e segurar o jogo, barrando o ímpeto dos visitantes.

A torcida local parecia satisfeita, demonstrando respeito pelo forte time do São José.

Mas… ao mesmo tempo cada torcedor ainda sonhava com a chance de levar um placar mais elástico, o que tornaria mais fácil a classificação para a etapa seguinte.

É falta na entrada da área. Não é tão próxima, mas alguém na arquibancada diz que tem jogada ensaiada pra esse lance. Será?

O segundo gol do Velo Clube transforma a noite fria em um sonho de verão… Os dois gols de diferença entregam para a equipe local uma vantagem importante para a classificação.
Tudo parecia estar dando certo!

Mas… em um lance esquisito, normal segundo o VAR, o São José mostrou que a Águia não está morta e diminuiu o placar para 2×1, o que deixa a vaga para a próxima fase complemente em aberto a ser decidida na partida de volta, na 4ª feira…

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Noroeste 1×1 São Bento (4ª de final da série A2)

Sábado, 23 de março de 2024.
O rolê de hoje é uma rodada dupla pelas quartas de final da série A2, e ela começa às 15hs, no histórico Estádio Alfredo de Castilho, onde o EC Noroeste recebeu o EC São Bento e continuou às 19h15 em Rio Claro no jogo Velo Clube 2×1 São José!

Ou seja… Lá vamos nós de volta para o Estádio Alfredo de Castilho, onde estivemos em 2014 (veja aqui como foi!).

Aliás, quando estivemos lá fomos recebidos pelo Pavanello, um dos fundadores da Sangue Rubro e se dessa vez acabamos esquecendo de fazer uma foto junto segue a foto que fizemos 10 anos atrás.

Por se tratarem de duas torcidas organizadas que tem um bom histórico de amizade, o clima lá fora estava bem bacana.

A sede da Sangue Rubro fica bem em frente o Estádio e fica bem cheia em jogos como esse!

A entrada estava tranquila, ainda que a expectativa de público fosse grande!

Então… aí estamos nós!

A placa de 1960 relembra o antigo Estádio…

O Noroeste tem a sua lojinha em um container e o movimento estava alto, ainda que na minha opinião os preços estivessem um pouco salgados…

E olha que lindo estava o Estádio, com as arquibancadas tão cheias que pareciam pintadas de vermelho!

Times em campo e é hora da festa na arquibancada começar!

Se liga no bandeirão da Sangue Rubro que recepcionou o time do Noroeste nas arquibancadas…

E é assim que começa a partida!

O jogo começou em alta velocidade!

A torcida local sabendo da importância de criar um clima, começou a cantar

E quem deu o ritmo na parte central da arquibancada foi a bateria da Sangue Rubro!

E foi mesmo uma festa incrível feita pela Sangue Rubro!

É muito legal ver as arquibancadas do interior paulista desse jeito e é uma grande emoção poder estar presente pra curtir parte desse verdadeiro show!

Além da Sangue Rubro, o time contou com o apoio da Falange Vermelha!

Venha dar um rolê pelo estádio e sentir a vibração positiva que parecia estar vindo de um show de rock, ou reggae!

Mas, mesmo começando melhor, o Noroeste levou um duro golpe aos 17 minutos quando Everton Sena fez 1×0 para o São Bento

Aliás, vale ressaltar a presença da torcida visitante:

Aliás, se a amizade se fez presente no pré jogo, as faixas colocadas lado a lado em frente `às duas torcidas deixa claro que rivalidade é algo que não precisa (nem nunca deveria) significar violência.

O apoio da torcida do Norusca seguiu pesado, principalmente por saber que a derrota por 1×0 seria um placar indigesto para levar para o 2º jogo em Sorocaba…

Assim, o que a torcida local queria, logo se tornou verdade: Carlão empatou o jogo em um verdadeiro gol de camisa 9!

E lá vem o bandeirão para comemorar!!!

O São Bento sentiu o gol e voltou a atacar e agora o apoio da torcida era pra ajudar na defesa…

Durante o intervalo pude conhecer um pouco da cultura boleira do Noroeste

Confesso que achei esquisito em pleno 2024 ver parte dos homens trocarem os banheiros pelo muro ou pelo matagal atrás da arquibancada…

Da série Culinária de Estádio, nota 10 para a paçoquinha vendido no Estádio!

O jogo voltou e o estádio continuava lindo!

Abraços ao amigo Gian!

É um verdadeiro mar vermelho na bancada do Alfredo de Castilho!

Se liga no clima na fase final do jogo, com a Sangue Rubro gritando em busca do gol da virada!!

Ao menos o bom goleiro do Noroeste, Reynaldo, manteve sua meta intacta.

Confesso que pelo clima da torcida local, achei que a virada fosse mesmo vir…

Mas o placar final ficou mesmo em 1×1…

O placar acabou deixando alguns torcedores preocupados…

Espero que no jogo de volta, a torcida do Noroeste possa também se fazer presente e quem sabe acompanhar o time em mais um passo na direção da 1ª divisão!

Que a torcida do Noroeste, seja organizada ou povão, siga nesse apoio pelo time de Bauru!

Que siga acreditando e passando esse amor de pai pra filho…

E continue sabendo se divertir em um jogo de futebol onde seus amigos e vizinhos estão presentes lado a lado…

E siga entendendo que esse amor pelo time da cidade é algo muito mais real e verdadeiro do que se pode imaginar…

E que os 3.765 pagantes multipliquem com seus amigos e familiares a experiência incrível que viveram na tarde de sábado e que o público futuro no Estádio Alfredo de Castilho possa ser ainda maior!

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O futebol em São Roque – Parte 1: o Estádio Municipal Quintino de Lima

Sempre que saímos ou voltamos pro ABC, passamos por cidades que já visitamos, e vários motivos, normalmente gastronômicos, acabam justificando novas paradas e esse foi o caso de São Roque!

A cidade está cada vez mais na mira de quem gosta de viagens curtas, próximas a capital e tem uma oferta cada dia melhor em vinhos e restaurantes!

Assim, quando estamos de volta a estas cidades nem sempre nos preocupamos em rever os Estádios já visitados, mas o fato de estar rolando o Campeonato Amador local, nos fez querer voltar ao Estádio Municipal Quintino de Lima, em 2023.
Estivemos lá alguns anos atrás e foi um rolê bem legal. Veja aqui como foi.

Na ocasião também passamos na sede do CA Paulistano, que defendeu as cores da cidade nas disputas da Federação Paulista.

E assim, cá estávamos de novo!

No post original, de 10 anos atrás, não ressaltamos os povos originais que ocupavam a região antes da chegada dos europeus.
E tenho considerado isso bastante importante pra ressaltar que toda essa sociedade atual que vivemos é bastante recente se considerarmos o que já existia aqui há milhares de anos.
Segundo o site Native Land, quem vivia ali eram os M’byá, ou Guarani M’bya, uma derivação do povo guarani. Vale um pulo na fanpage da campanha “Terra para família Mbya Guarani que fala de uma campanha em prol da terra para os M’bya atuais.

Já a atual cidade de São Roque representa o fim dessa antiga sociedade…
Em 1657, o bandeirante escravizador Pedro Vaz de Barros batiza com o nome do santo de devoção algumas terras que passa a ocupar e a negociar com fazendeiros que passaram a escravizar indígenas para usar como mão de obra.
Ergue-se uma capela em nome de São Roque e o local passa a servir de pousada aos que por ali passavam.
Vendo o que ocorria, os indígenas se afastaram o quanto puderam e muitos morreram, fazendo com que os fazendeiros recorressem à importação de escravizados africanos para trabalhar na terra.
Em 1768, o povoado de São Roque foi elevado à freguesia do município de Santana de Parnaíba, passando à categoria de vila em 1832 e à cidade em 22 de abril de 1864.
A inauguração da Estrada de Ferro Sorocabana se deu em 1875 e atualmente abriga o canil municipal. A segunda e principal estação foi inaugurada em 1928, junto da agência de telégrafos. Atualmente existem duas locomotivas e vagões para a futura implantação do “Projeto do Trem Turístico”.

No século XIX houve uma nova chegada de imigrantes, principalmente italianos e voltam-se aos vinhedos, instalando suas adegas o que transformou São Roque na “Terra do Vinho“.

Mas ainda resta a esperança de um novo jeito de viver mais plural, e uma aldeia Guarani persiste na cidade atualmente:

Assim, estamos de volta ao Estádio Municipal Quintino de Lima!

No dia, jogavam duas equipes locais, e a torcida do Vila Nova fazia a festa.

As arquibancadas não estavam cheias, mas pelo menos estavam vivas!

O campo está em ótimas condições, olha aí o meio campo:

Até os bancos de reservas estão em dia!

O gol da esquerda:

O gol da direita:

Que linda área verde atrás deste gol da direita, não?

A arquibancada do Estádio “Quintinão” são bem interessantes, até que bem altas!

E com faixas e bandeiras, fica ainda mais bonita!

Em campo, jogo pegado! O futebol amador é assim em todo lugar!

Quem sabe seja um começo para o retorno do futebol profissional à São Roque…

Vale lembrar que dois times disputaram competições oficiais pela cidade, o AméricA FC, fundado em 4 de outubro de 1914:

Olha que linda foto do site História do Futebol:

E o segundo time, o Clube Atlético Paulistano, fundado em 28 de novembro de 1950. Imagem do site Gino Escudos:

Após anos disputando os campeonato amadores, construindo um legado de glórias como o time de 1958:

Olha o time nos anos 70:

Aqui, em 79

O CA Paulistano estreou no profissional em 1986 na 3ª divisão e começou apavorando! Líder da primeira fase:

E da segunda fase!

Só acabou caindo nos penaltys na semifinal frente o Descalvadense

Eis o time que disputou a 3ª divisão em 1986:

Em 1987, não se classifica para a 2ª fase temrinando em 4º do seu grupo (somente o líder do grupo se classificava).
Em 1988, acaba indo jogar a 4ª Divisão, e se classifica para a segunda fase na 2ª colocação, e terminando a segunda fase em 2º, quando só o líder iria pra fase final…

Em 1989, mais uma vez o time se classificou para a segunda fase e terminou ali sua jornada.

Em 1990, mantém a sina de não passar da segunda fase.
Em 1991 volta à 3ª divisão e novamente faz uma boa campanha, por pouco não chegando à fase final…

Joga a 3ª divisão novamente em 1992 e 1993, fazendo campanhas ruins levando o time para a série B2 (a 6ª divisão) de 1994, na qual ficou em último lugar.
Na edição de 1995 fez uma campanha melhor se classificando para a fase seguinte…

Na fase final, acabou em 5º.

Em 1996 e 97 se licencia e volta em 1998 na 5ª divisão, quando fica em 4º lugar e não se classificando para a fase final.
Licencia-se novamente em 1999 e 2000 e retorna para jogar a Série B3 (6ª divisão) em 2001, ficando em 10º lugar na primeira fase.
Em 2002, outra má campanha, terminando em 9º lugar na primeira fase.
Licencia-se mais uma vez de 2003 a 2007 e volta em 2008 para sua última participação, até o momento, na 4ª divisão…

Dá ou não pra sonhar com a volta do time?

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As Mil Camisas no Estádio Kleber Andrade

Todo carnaval tem seu fim… Mas o carnaval de 2021 ainda não tinha terminado, já que até hoje eu não havia postado as fotos sobre esse rolê até o Estádio Kleber Andrade, em Vitória-ES!

Como sempre, o carnaval foi mais regado à praia do que à samba…

E salve o bloco dos lagartos!

Pra quem não conhece Vitória, Vila Velha e a região metropolitana, não sabe o que está perdendo. É um rolê barato e muito legal!

Ok… Rolou um sambinha na avenida sim kkk

Mas nosso foco também era conhecer outros estádios capixabas, e hoje vamos falar do nosso rolê até o Estádio Estadual Kleber José de Andrade, ou simplesmente Kleber Andrade, localizado no bairro Rio Branco, em Cariacica, na Região Metropolitana da Grande Vitória. O nosso guia local foi o amigão Thiago!!!

Inaugurado em 1983, o Estádio era a casa do Rio Branco Atlético Clube.

Em 1972, o Rio Branco vendeu o seu estádio original (o Estádio Governador Bley), onde seria construída a Escola Técnica Federal do Espírito Santo (atual Instituto Federal do Espírito Santo). Foto abaixo do site GE da Globo:

Assim era necessário um novo campo e pra isso, o Rio Branco adquiriu um terreno no bairro de Campo Grande em Cariacica.
O nome é uma homenagem ao ex-presidente Kleber José de Andrade.
A inauguração parcial do Estádio foi no ano de 1983, em um amistoso entre Rio Branco e Guarapari. Foto da A Gazeta:

O maior público registrado foi em uma partida entre o Rio Branco e o Vasco da Gama-RJ, válida pelo Campeonato Brasileiro da Série A de 1986 e vencida pelo time capixaba por 1 a 0, com 32.328 pagantes e público presente estimado extraoficialmente em mais de 50 mil pessoas. Foto do site A Gazeta:

Foi campo de treinamento para a seleção de Camarões durante a Copa do Mundo, o que permitiu uma ampliação de sua capacidade para 21 mil torcedores.

As arquibancadas do estádio foram inspiradas em obras de Piet Mondrian, como Composition II in Red, Blue, and Yellow. Chique né?

Mas ficou mesmo bem diferenciado o visual, né?

Me lembrou o Estádio do Leiria em Portugal (Lembra? Estivemos lá e dividimos aqui com você…):

Em 2008, o estádio foi vendido por aproximadamente 7 milhões de reais para o governo do Estado do Espírito Santo, devido às dívidas do Rio Branco.
Assim, o Governo realizou uma série de reformas e pensando na Copa, foi reinaugurado em 3 de junho de 2014.

Aqui, uma foto da partida entre os Estados Unidos e Senegal durante a Copa do Mundo FIFA Sub-17 de 2019.

A nós, cabe apenas um último olhar e um… “até logo”… Quem sabe?

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Rio Branco 0x0 Barretos (Série A4 – 2024)

Sábado, 16 de março de 2024.
Bem vindos a Americana, para acompanharmos mais um duelo futebolístico, válido pela série A4, o 4º nível do Campeonato Paulista.

O Estádio de hoje é o Décio Vitta, a casa do Rio Branco de Americana!

Ingresso em mãos, vamos ao jogo!

Mas antes de se dirigir às arquibancadas, os torcedores passam por um verdadeiro ritual imagético reforçando a imagem do Tigre da Paulista, o mascote do Rio Branco, considerado o primeiro time do Brasil a adotar este felino como mascote.

Aí está também a gloriosa camisa do Rio Branco

E uma pequena galeria de placas indicando momentos importantes do estádio.

Depois de toda essa emoção, finalmente podemos chegar ao local do espetáculo!

Um público bem interessante para um jogo da série A4, mostrando que Americana ainda tem o futebol em suas veias!

O Décio Vitta se mostra em ótima forma e sendo bem cuidado, aqui o meio campo, onde lá atrás, algum dia ainda veremos uma linda arquibancada:

O gol da direita:

E o gol da esquerda, dedicado aos visitantes:

Em uma tarde de extremo calor, o Rio Branco criou as melhores condições, mas, para a frustração da sua torcida, não conseguiu as converter em gol, muito graças ao goleiro William, do Barretos.

Ok… E um pouco também pela má pontaria do Rio Branco

O sol obrigou a termos a tradicional parada para hidrataç`ão.

Nas bolas paradas o Barretos também chegou a levar algum perigo aos donos da casa…

O Estádio Décio Vitta possui uma boa parte de sua arquibancada coberta, o que pelo menos ajudou a proteger o público do sol.

Aproveitando o bom ângulo para registrar a presença junto aos amigos do Rio Branco!

Falando em amigo, acabei encontrando na arquibancada o Zé Pulga, grande lenda do futebol de Americana!

Se você não o conhece, vale assistir ao 5º episódio do nosso Podcast, onde entrevistamos essa figuraça!!

Outra amizade bacana que temos aqui em Americana é com o pessoal da Malucos do Tigre, a organizada do Rio Branco:

A Malucos fica quase na lateral da arquibancada.

Abraço ao Gordo, Adriano e demais amigos!

E dá lhe faixas alvinegras para criar um clima mais animado no Estádio Décio Vitta!

No intervalo do jogo, o time feminino do Rio Branco apareceu em campo para ser saudado pela torcida:

Ali na parte superior, a esquerda da foto abaixo, as cabines de imprensa. Foi muito legal ver o amigo e jornalista Gustavo Tomazeli trabalhando lá, só faltou a foto…

Foi legal ver que o povão tem se feito presente nos jogos do Rio Branco. Acho que tão importante quanto as organizadas é o tradicional torcedor comum que completa a festa em qualquer estádio.

Nesta tarde quente de fim de verão, o público presente foi de 950 pagantes.

Se o Décio Vitta não oferece uma proximidade tão grande quanto outros estádios, ao menos ele oferece boa proximidade com os bancos de reserva, o que faz com que os treinadores e reservas tenham que conviver de perto com parte da torcida…

O jogo foi chegando ao fim e mesmo sem a vitória, esse pontinho mantém o Rio Branco (e também o Barretos)

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210- Camisa do CA Atlanta

A 210ª camisa de futebol a aparecer aqui no site pertence ao Club Atlético Atlanta time argentino do bairro Villa Crespo, Buenos Aires.

O post de hoje é em homenagem ao amigo Lionel, hincha do CA Atlanta, ao meu lado, de blusa cor vinho na foto abaixo!

O CA Atlanta foi fundado em 12 de outubro de 1904 e seu nome é homenagem a um navio de guerra norte-americano que havia atracado no porto de Buenos Aires.
O time sempre teve muitas ligações com a comunidade judaica que chegava em grande número no início do século XX e se concentrava em Villa Crespo.
Em 1905, o Atlanta filiou-se à Argentine Association Football League, que organizava os torneios nacionais da época.
Na época, o Atlanta utilizou o campo que pertencia ao Club Gath y Chaves, situado nas Províncias Unidas y Lacarra.
Iniciou disputando a terceira divisão em 1905, e em 1906, inscreveu-se na Segunda Divisão, onde venceu o River Plate por 9×0!!

Em 1956, sagrou-se campeão da Segunda Divisão, a Primera B Nacional (Foto do site do CA Atlanta):

Em 1958, vence a Copa Suécia, uma competição não regular, mas organizada pela AFA durante o recesso da Primeira Divisão por conta da participação da Seleção Argentina na Copa Mundial do mesmo ano.
Em 1983, novo título da Primera B Nacional (Foto do site do CA Atlanta):

O CA Atlanta disputou a primeira divisão em 1931, 47, 49, 52, 57, 79 e 84.
O time é chamado de Los Bohemios, porque na sua origem, como não tinha estádio, jogava em qualquer campo.
Vale a pena assistir esse documentário que já ficou até meio antigo… Quem diria que o tempo ia passar tão rápido!

O Atlanta possui uma imensa e histórica rivalidade com o Club Atlético Chacarita Juniors, também de Villa Crespo, aqui, uma imagem de dois jogadores em 1936:

Possui também grande rivalidade com o All Boys, Argentinos Juniors e com o Defensores de Belgrano.
Na temporada 1994/95, foi novamente campeão da Primera B Metropolitana (foto do site Jose Carluccio):

Também o seria na temporada 2010-11:

Manda seus jogos no Estádio Don León Kolbovski. Estivemos lá alguns anos atrás (veja aqui como foi).

Para terminar, curta um pouco do clima de um clássico:

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