Em cada cidade há uma história viva que pulsa nas veias e na memória de seus habitantes. É notório que a formação da sociedade brasileira deixou um legado de dor e de muita injustiça que precisa ser sempre lembrado, principalmente pelo que foi feito com os povos originários e com os povos africanos. Mas, somos resultado dessa mistura, de toda essa dor e injustiça e de certa forma, o futebol carrega essa história consigo. Em Votuporanga, temos uma nova obra que conta, através de suas páginas um pouco de como o futebol se envolveu com a cidade.
O livro se chama “Associação Atlética Votuporanguense: a paixão de uma cidade“, e é uma obra que mergulha fundo na alma do futebol local e revela os segredos por trás da equipe que uniu uma comunidade, trazendo de volta momentos inesquecíveis como a conquista da 3ª Divisão de 1960.
O responsável pela obra é o Grupo Memorial Votuporanguense (GMV), fundado em 6 de março de 2021 com o objetivo de preservar e divulgar a memória do futebol de Votuporanga, incluindo o Memorial Franciso Santana (Fifi), que será o museu de imagem e som das equipes votuporanguenses, como a equipe de 1967, campeã sem vencer.
A leitura dessa obra é uma verdadeira celebração da comunidade, do esporte e da história!
Então se você ama futebol e gosta de saber as origens dessa cultura em uma cidade como Votuporanga, junte-se a esta jornada que atravessa décadas de glória, mostrando como um time de futebol pode transcender o campo e se tornar o verdadeiro símbolo de uma cidade, como o time campeão em 1978 da 2ª Divisão:
Quem tiver interesse em adquirir o livro, fale com o Augusto pelo WhatsApp: 041 99280‑1953
Dessa vez, as placas nos direcionaram à cidade para rever um pouco dessa grande cidade do interior e também para ver como ficou a obra da Arena Plínio Marins.
Assim, lá fomos nós… Dessa vez foi mais fácil chegar até lá. Na nossa outra visita, até as ruas estavam sendo construídas para chegar até esse belo e novo estádio.
E aqui estamos, registrando nossa presença em mais um templo do futebol!
Pudemos dar uma volta ao redor do estádio e ver uma área diferente da arena.
Destaque para a linda imagem do mascote do CA Votuporanguense, a “pantera negra”
O distintivo gigante ali na parede também é bem bacana!
É impressionante ver a obra finalizada… Quando estivemos aqui em 2015, lembro que parecia difícil imaginá-la pronta!
A arena fica numa área meio “externa” da cidade, do outro lado da rodovia, então ela tem um jeitão meio “isolado”. Por um lado é legal, mas ao mesmo tempo eu acho tão bacana os estádios que ficam bem no meio da cidade…
Dessa vez, tivemos a chance de conhecer a part interna da Arena, e vimos que o gramado estava sendo “finalizado” já que em poucos dias começaria a ser disputada a Copa Paulista (escrevo esse post no dia 22/9/21 e o CAV teve duas vitórias por 3×0).
Ficou bem estilosa a arquibancada coberta.
A arena possui arquibancadas também atrás do gol de entrada.
Tanto atrás do outro gol, quanto do lado oposto das cobertas ainda não existem arquibancadas mas possui espaço para um eventual crescimento.
O calor é muito grande na região, imagino como deve ser assitir um jogo naqueles horários matutinos do futebol paulista… 45 do segundo tempo com o sol do meio dia hehehehe.
Agora, nossa próxima visita tem que ser para acompanhar uma partida!!!
Nos próximos dias vou dividir por aqui o rolê que eu e a Mari fizemos registrando os estádios do Noroeste Paulista nesse feriado de 7 de setembro de 2021, quando saímos de Santo André e fomos até a cidade de Selvíria, no Mato Grosso do Sul, na outra margem do rio Paraná, que você vê aí abaixo, no lado paulista, na margem de Ilha Solteira.
Foram 24 cidades visitadas para terem seus estádios registrados. Pela ordem da viagem, nós passamos em 1) Guariba, 2) Monte Alto, 3) Bebedouro, 4) Monte Azul, 5) Severínia, 6) Riolandia, 7) Cardoso, 8) Votuporanga, 9) Fernandópolis, 10) Palmeira D’oeste, 11) Aparecida D’oeste, 12) Ilha Solteira, 13) Selvíria-MS, 14) Pereira Barreto, 15) Auriflama, 16) Araçatuba, 17) Guararapes, 18) Buritama, 19) Promissão, 20) Guaiçara (o Estádio Municipal Virgilio Zanotto – da foto abaixo – entrou como bônus por ser o único que não recebeu ao menos uma edição do Campeonato Paulista profissional, independente da divisão), 21) Getulina, 22) Lins, 23) Cafelandia e 24) Pirajuí.
Essa é uma viagem que planejávamos há anos e, como sempre, não envolveu apenas futebol, mas também um pouquinho da cultura e da história de cada cidade e também as belezas naturais do interior paulista, como essa praia em pleno rio Tietê na cidade de Buritama.
No final das contas deu tudo certo, pudemos conhecer gente nova, muitos lugares legais e misturar o futebol nesses montes de quilometros que rodamos
Depois de tanto chão rodado, dormimos em Votuporanga, para conhecer um pouco mais dessa cidade tão legal! Antes, um belo café da manhã no nosso hotel!
Infelizmente, não conseguimos encontrar nosso amigo Emerson, do Votonews, que conhecemos lá na final da A3 (veja aqui como foi aquela aventura!).
Nossa meta para esse segundo dia na cidade era conhecer o futuro do futebol local, o novo estádio (ainda em construção) do Votuporanguense. E lá fomos nós!
A expectativa da cidade é alta, segundo o prefeito Junior Marão, o novo estádio será similar às arenas de Palmeiras e Corinthians. E vamos ver as obras!
O local das obras fica numa área do outro lado da estrada Euclides da Cunha, num lugar que está recebendo inclusive obras para facilitar o acesso ao futuro estádio.
Pra chegar no local onde está sendo construído o estádio, tivemos que parar bem antes, no último lugar onde um carro consegue chegar antes de ser bloqueado pelas máquinas.
Ainda é difícil enxergar o clima de futebol, em meio a tanta movimentação.
Mas, chegando mais perto, podemos encontrar a nova casa do Votuporanguense sendo levantada! E é uma grande emoção para a apaixonada torcida local.
Pra não dizer que não ajudei, ta aí um pouco do meu esforço pra colocar de pé a nova casa do Votuporanguense!
Já existe um lance quase completo que ficará atrás do gol. E imaginando que essa estrutura poderá estar ao redor de todo o campo, a impressão é que estamos falando de uma capacidade para quase 20 mil pessoas!
Aqui dá pra ver mais de perto esse lance que já está de pé:
O Estádio deverá ser chamado de Arena Plínio Marin, mantendo a homenagem a quem doou os terrenos do antigo estádio. Você já consegue imaginar o campo verdinho ali no meio?
Em uma das laterais já estão erguidas as estruturas da futura bancada.
Lá embaixo, o campo ainda aguarda os tapetes de grama.
Assim, cumprimos nosso ciclo em Votuporanga, mostrando o estádio usado até 2015 e o futuro campo da Votuporanguense!
A estrada segue… Agora, chegamos à Votuporanga, cidade muito bacana e bem estruturada. Lá vivem cerca de 90 mil pessoas.
Vale citar que antes de entrar na cidade demos uma parada em uma lanchonete na beira da estrada Euclides da Cunha, de propriedade do simpático casal Elivelton e Danúbia!
Já na cidade, demos a sorte de ser uma quinta feira, quando ocorre uma tradicional feira na praça São Bento, até altas horas da noite…
E lá vamos nós experimentar novas delícias!
A fonte estava desligada pela manhã, mas quando voltamos à noite, estava funcionando!
Nossa missão era conhecer o Estádio Municipal Plínio Marin, onde o Votuporanguense mandou seus jogos até este ano,
O Clube Atlético Votuporanguense, também conhecido como CAV é um time recente, fundado em 11 de dezembro de 2009.
O mascote do CAV é uma pantera negra!
O time nasceu para substituir a Associação Atlética Votuporanguense, fundada em 23 de dezembro de 1956 e que teve 36 participações no Campeonato Paulista de Futebol, sendo considerada a agremiação mais tradicional de sua região.
Bom, após relembrar um pouco da história, vamos enfim conhecer o Estádio Municipal Plínio Marin, palco histórico do futebol da cidade.
O Estádio fica na região central da cidade, na Rua das Américas, em um bairro bastante residencial.
A parte externa do estádio ainda carrega a identificação do time. E digo ainda, porque o estádio está com seus dias contados…
A empresa Morini Incorporadora, Comércio e Construções Ltda foi a única participante na licitação para a venda do terreno em que está localizado o Estádio Municipal Plínio Marin.
A licitação foi regida pela modalidade Concorrência, do tipo maior oferta, e, segundo a imprensa local, a proposta apresentada pela empresa foi de R$ 3.403.000.
Pra piorar, devido à venda, o estádio está fechado, ou seja… Nada de fotos lá dentro….
Porém… Além de servir de sede para o time, o estádio é também a casa de um senhor, que muito gentilmente, nos permitiu conhecer a sua casa e … um pouco do que foi por tantos anos a casa do Votuporanguense.
Somente em 2023, fui descobrir graças a um comentário do amigo FERNANDO ANTONIO DE MIRANDA, que esse senhor era nada mais nada menos que “Fifi”, ex-atacante do Votuporanguense, e que viria a falecer em 2021, aos 83 anos. Francisco Santana, o Fifi, foi revelado pelo Guarani mas jogou também no Atlético-MG, XV de Piracicaba, Fluminense, entre outros. Fica aqui nossa homenagem ao craque! Foto do site Futebol Interior:
Advertimos que as cenas a seguir são muito fortes para os apaixonados pelo futebol do interior…
Logo na entrada, já pode se ver os antigos alojamentos a esquerda, sem telhado…
Ao adentrar um pouco mais, encontramos as arquibancadas, já sem refletores e sem vida…
Algumas partes já pré destruídas, com os tijolos a mostra, como vísceras de um gigante ser vivo, que até o mês passado ainda pulsava em vida…
Plínio Marin foi um dos primeiros moradores de Votuporanga.
Foi ele quem comprou e doou a área para construção do Estádio Plínio Marin, que seria inaugurado em 22 de julho de 1975 (curiosamente, hoje, dia em que escrevo esse post seria aniversário de 40 anos do estádio, e é aniversário de 65 anos do meu pai).
O estádio possuía uma capacidade de 7.464 torcedores.
Quando estivemos em Taubaté, assistindo a final da série A3 entre o time local e o Votuporanguense, decidi que era uma questão de honra visitar o estádio antes de sua demolição final… E aí esta a foto!
Mais que isso, ainda pude presenciar os momentos finais, me despedindo, mesmo sem jamais ter visitado antes esse templo sagrado do futebol!
O gramado já começa a ir embora também…
Mesmo entendendo todas as razões que justificam a venda do estádio, é impossível não sentir certa dor no coração ao ver imagens como essas…
Dá pra imaginar quantos gols e quantas alegrias foram vivenciadas entre essas traves…
Fica aqui o nosso adeus a mais um campo que marcou a história do futebol paulista por tantas décadas e vai-se embora para dar lugar a mais um empreendimento imobiliário.
A partir de hoje, dividiremos com você os relatos de nossa última viagem em busca de estádios perdidos, dessa vez, pelo Noroeste Paulista.
Foram 20 estádios visitados e fotografados em mais de 1.600 km percorridos, chegando até o Mato Grosso do Sul, na cidade, e no estádio, de Aparecida do Tabuleiro.
Mas vale citar que o fim de semana começou com um ótimo filme, que eu recomendo a todos, chama-se “Aqui é o meu lugar”! Veja o trailer:
Após o cinema, o amigo Gabril Uchida, do quase milionário Fototorcida, nos levou a um bar de São Paulo, chamado Tubaína bar, como somos loucos por tubaína, adoramos!
O Suzuki é um artista de Santo André que criou um estilo bastante próprio e chegou a ter problemas com a ditadura militar, passando 17 dias preso no DOICOD.
Aproveitamos e demos uma passada na exposição “Gesto Amplificado”, que une a arte com crítica social.
Um trabalho bem legal do mexicano Horácio Cadzco, que mostra algumas figuras conhecidas no México por “baixo da pele”…
Mas, enfim chegou o momento de ver um jogo, pela série B do Campeonato Paulista, a quarta divisão estadual. O jogo era entre o Nacional da capital paulista e o Votuporanguense. Esse é o ônibus deles, em homenagem ao amigo Anderson :
Já vimos um jogo deles, valendo o acesso à série A3, veja aqui como foi.
E a torcida do Nacional compareceu. E por que torcer pro Nacional? Ouve aí…
E lá fomos nós para mais uma aventura histórica pelo futebol…
Nosso “guia local” nos jogos do Nacional é o amigo Álvaro, que já foi várias vezes ver o Ramalhão com a gente! Além de bom conhecedor e “vivenciador” do futebol do interior, Álvaro começa a ficar conhecido pelas caras estranhas que sai nas fotos hehehe.
Foi bacana ver que o time de Votuporanga, além de levar um bom público nos jogos em casa, está trazendo gente para os jogos mais distantes. Muito respeito e admiração pelos mais de 50 torcedores que foram à capital.
Aqui, a faixa da TURA – Torcida Uniformizada Raça Alvinegra.
O Estádio Nicolau Alayon é mais um daqueles que permitem uma proximidade bastante grande com o jogo e com os jogadores. Principalmente com os reservas.
Deu até pra trocar uma idéia com os reservas do Votuporanguense. Segundo eles, a média de público em Votuporanga está em 3 mil torcedores.
Falando um pouco do jogo, o Nacional começou fazendo valer sua condição de mandante e indo pra cima do time visitante.
O início forte fez com que o time abrisse logo de cara 2×0 no placar, para a alegria da torcida local.
Entretanto, ainda no primeiro tempo, o time do interior diminuiu.
E no segundo tempo, o pesadelo para o torcedor do Nacional… Gol do CAV… Que garantiu o resultado final em 2×2.
Um resultado que não ajuda muito nenhuma das duas equipes.
Para o Nacional, ficou um sentimento ainda pior, uma vez que havia um razoável público presente, que seria ainda mais empolgado no caso de uma vitória.
Pelo lado do CAV, o empate foi o terceiro consecutivo nessa fase, deixando a equipe com apenas 3 pontos.
Se para um, não é fácil ser um time na capital, onde todos os olhares se voltam para os chamados “grandes”, para o outro, ser um time tão distante da capital, acaba fazendo com que a mídia praticamente não se recorde deles.
A solução? Talvez encher a cara no bar do estádio, talvez se agarrar a esta oportunidade do acesso para a A3…
Pra nós, era hora de ir embora e pegar a estrada… Nosso destino, as estradas de terra de Cosmópolis para mais uma aventura de bicicleta, no domingo pela manhã!
É assim que conseguimos misturar as coisas e manter nossa vida de um jeito alegre e divertido!