O que dizer de uma partida onde você encontra o Godoi num posto de gasolina antes de chegar no Estádio, ter que entrar pelo meio da torcida local, e ainda ser informado pela polícia que em caso de problemas o portão de acesso ao campo está aberto é a melhor atitude a ser tomada…
Após um empate de 1×1, fomos aconselhados pela polícia a ficar até depois do jogo para não ter problemas… Detalhe, até o carro eles nos obrigaram a colocar em cima da arquibancada kkkk
E o que você diria se enquanto espera, encontrar o treinador de quem você é ídolo, no caso: Ferreira!
Esse foi um rolê de 2008, na estreia da série A2 do Santo André contra o GE Catanduvense.
Sábado, 9 de setembro de 2023, uma tarde de temperatura agradável já na parte final do feriado emendado de independência do Brasil. Nosso destino era o Estádio Municipal Sílvio Salles, onde Catanduva FC e o CA Taquaritinga se enfrentaram pela primeira partida das semifinais da Segunda Divisão de 2023.
Mas antes de acompanharmos a torcida local, vamos até a entrada da torcida visitante para ver como foi a chegada do pessoal de Taquaritinga…
Nada menos que 5 ônibus vieram de Taquaritinga, além de vários carros.
Você deve imaginar a festa que eles fizeram na entrada destinada aos visitantes…
Não me lembro de um deslocamento nestas proporções em uma Segunda Divisão paulista…
Parabéns, mais uma vez ao pessoal da TorcidaJovem Garra do Leão, por ter organizado o rolê !!!
Agora sim, voltemos à entrada principal, para acompanhar a torcida local.
Quem coordena a festa nas arquibancadas deste jovem time é o pessoal da “Guerreiros do Santo“, torcida que nasceu para apoiar o Catanduva FC.
Importante lembrar que a cidade de Catanduva tem uma grande tradição no futebol como você pode ver pela quantidade de times que já defenderam a cidade. Tirando o Botafogo e o Guarany, os demais levam o nome da cidade ou seu gentílico (fonte: Livro 125 anos de história – A enciclopédia do Futebol Paulista):
Respeitando toda essa história, é hora de entrar no Estádio!
E se do lado de fora ainda falta uma melhor identificação do estádio, lá dentro um mini outdoor no banco de reserva ajuda a deixar o estádio mais bonito.
Times em campo, mas aí uma coisa pega um pouco… Antigamente o estádio comportava a torcida local lá na lateral, que hoje fica vazia.
Assim, as fotos dos times posados ficam parecendo que foram feitas em um estádio vazio…
E lá vamos nós para mais uma partida memorável!
A torcida local surpreendeu e fez uma festa bonita, principalmente no setor coberto que foi onde ficou a organizada “Guerreiros do Santo“:
Olha que bonita a arquibancada coberta lotada e colorida em azul e amarelo!
A Mari arrumou um lugar para assistir dali o primeiro tempo!
E olha quem está ali nos camarotes do estádio, bem acima da torcida do Catanduva FC: o gestor do clube, que também é padre e prefeito na cidade: Osvaldo de Oliveira Rosa.
E não é que o time do padre conseguiu movimentar a cidade e levar um bom público ao estádio?
A ideia das bexigas coloridas pode parecer simples, mas acaba dando um efeito legal!
E até bandeirão, rolou na bancada do Santo!
Lá do outro lado, podia ser vista (e ouvida) a torcida visitante que esgotou os ingressos que lhes foram disponibilizados e o time foi lá saudar os que fizeram essa viagem!
O duelo entre as torcidas animou a partida!
E animou a gente também! É sempre bom ver as pessoas valorizando suas culturas, as coisas que são feitas por pessoas como elas, ou mesmo por amigos e familiares e não simplesmente adotando um time da capital, há mais de 400 km de distância…
O jogo começa e quem achou que o CA Taquaritinga viria ficar apenas na defesa se enganou. O jogo foi lá e cá, com ambas as equipes criando oportunidades.
E o Catanduva FC também se lançava ao ataque, fazendo a torcida local ficar animada!
E vamos, Santo!!
Mas, para a tristeza da torcida local, aos 44’ do 1º tempo, Andradina fez 1×0 para o CA Taquaritinga!
O primeiro tempo chegou ao fim e foi a vez dos vendedores e dos bares faturarem!
Fomos acompanhar a partida lá da arquibancada descoberta e de lá deu pra ver como estava bonita a arquibancada coberta do Estádio Sílvio Salles!
E a torcida local passou a entender a importância do seu apoio e voltou ainda mais animada!
Dali, pudemos também acompanhar de perto também a torcida visitante!
E entre as torcidas… La policía!
E o jogo voltou animado para o segundo tempo, com o time da casa querendo empatar a qualquer custo!
No começo achei que a parte descoberta das arquibancadas locais estava um pouco vazia, mas no segundo tempo pude ver de perto que tinha sim bastante gente!
A vitória dá ao CAT uma boa vantagem para a partida de volta, porém, sabemos que no futebol, uma virada nessas condições não seria impensável… Imagina se o goleiro do CAT não tivesse pego essa bola…
E de repente, aquele amor pela cidade explode no coração e do nada a arquibancada descoberta começa a gritar e apoiar o Catanduva!
Uma pena que as chances criadas não foram aproveitadas para fazer a torcida local celebrar como queria…
O jogo foi chegando na parte final e cresceram as provocações entre os lados da arquibancada…
Em campo, o jogo ficou mais pegado…
Mas as celebrações eram apenas das chances criadas…
Na parte final do jogo, o Catanduva FC se lançou ao ataque com mais vontade do que técnica…
Mas mesmo assim, o placar final marcou a vitória do time visitante por 1×0.
O que dizer de um rolê desses… Ali, sentado na bancada de cimento, em meio a diferentes famílias que mesmo morando próximas muitas vezes não tem outra oportunidade para estarem próximas assim, traduzindo na prática o conceito de sociedade…
Chega a doer no coração ver que nosso rolê está chegando ao fim… Tantas paisagens inesquecíveis…
Além disso, são várias lembranças que vão durar muito tempo, da chegada da noite em São José do Rio Preto, onde dormimos na segunda noite do nosso rolê…
Ao reencontro com o amigo Orides Júnior, que estudou comigo na ETE, em 1994, e agora é o responsável pela Taberna Casanova, em São José do Rio Preto.
E o que dizer do belo café da manhã…
Mas, vamos seguindo… A cidade visitada dessa vez é Catanduva, fundada em 14 de abril de 1918.
A cidade é maior do que a maioria das que nós visitamos nesse rolê, sua população é de quase 120 mil pessoas.
Sua economia é bem diversificada, baseada no comércio, serviços, indústrias e agricultura. E foi por ali que encontramos a deliciosa Tubaína “Jaboti” (da cidade próxima, de Jaboticabal).
Nossa missão era de revisitar o Estádio Municipal Silvio Salles, onde estivemos no passado para assistir um Catanduvense x Santo André.
E foi aí que os demais times da cidade também mandaram seus jogos!
Infelizmente não há um destaque de comunicação mostrando o nome em frente ao Estádio, mas ta aí a entrada!
E vamos entrar pra conhecer um pouco mais do campo?
O Estádio Municipal Silvio Salles, chamado de “Caldeirão da bruxa” tem capacidade em suas bancadas para mais de 16 mil torcedores!
Tudo muito bem cuidado, até o banco de reservas!
O Caldeirão foi construído em 1988 após o Grêmio, antigo GEC (Grêmio Esportivo Catanduvense), garantir o acesso para a 1ª divisão do futebol paulista daquele ano em cima do Rio Preto.
O Estádio já foi revitalizado algumas vezes, redenominando o estádio como Arena Esportiva Moacir Bernardes Brida!
O estádio nasceu para substituir o antigo Silvio Salles, da rua Amazonas, onde hoje está localizado o shopping da cidade. 🙁
Aqui, uma foto do antigo estádio:
Outra foto do estádio antigo, direto do site www.iaradocarmo.com.br :
Em 88, o time fez história chegando à primeira divisão, foi por isso que se construiu o novo estádio, dando o espaço do antigo para a construção de um… Shopping 🙁
A partida inaugural foi um empate de 1×1 entre o Grêmio Catanduvense e o Santos.
Em 1989, o estádio recebeu o maior público de sua história, no jogo em que o Palmeiras venceu por 2 a 0, com 25 mil pagantes.
Lá em cima, fica a entrada do estádio. Quando fomos como visitantes, tivemos que entrar por ali e atravessar toda a torcida local.
Caso alguém queira visitá-lo um dia, o Estádio fica na Rua Antonio G. Oliveira.
Lembro de ter visto uma notícia estranha, algum tempo atrás, sobre um caminhão que caiu dentro do estádio, e não é que achei uma foto sobre o ocorrido?
E não foi só o caminhão que caiu… O Grêmio Catanduvense caiu esse ano para a série A3 de 2016 …
Os vestiários seguirão ali, recebendo os atletas, mesmo que um pouco mais distantes da principal divisão…
Fica na mente dos torcedores e também nos paineis espalhados pelo estádio a memória de dias melhores…
A partir de hoje, dividiremos com você os relatos de nossa última viagem em busca de estádios perdidos, dessa vez, pelo Noroeste Paulista.
Foram 20 estádios visitados e fotografados em mais de 1.600 km percorridos, chegando até o Mato Grosso do Sul, na cidade, e no estádio, de Aparecida do Tabuleiro.
A 90ª camisa da coleção vem mais uma vez do glorioso interior paulista, especificamente da cidade de Catanduva!
A cidade, assim como outras do interior teve vários times, mas sem dúvida, o mais conhecido é dono da camisa acima, o Grêmio Catanduvense de Futebol!
O time já atuou com diferentes nomes, numa tradicional manobra das equipes do interior para escapar de dívidas adquiridas durante sua história.
Como a cidade de Catanduva é carinhosamente chamada de “Cidade Feitiço” (quem a visita fica enfeitiçado e não quer mais deixá-la), o mascote do time é a Feiticeira:
Para entendermos a história do time, devemos voltar à 23 de abril de 1953, quando foi fundado o Catanduva Esporte Clube, que dois anos depois começou a disputar os campeonatos profissionais da Federação Paulista.
Disputou a Terceira Divisão de 1955 a 1963, quando foi campeão conseguindo o acesso à Segunda Divisão, da qual participou de 1964 até 1968, quando, pela primeira vez fechou suas portas devido a problemas de gestão.
Em 1970, a cidade voltou a ter futebol, com o Grêmio Esportivo Catanduvense, ocupando a vaga do Catanduva Esporte Clube.
Sob esse novo nome, o time disputou por 18 anos a Segunda Divisão, até 1988, quando finalmente conquistou o acesso à Primeira Divisão.
Vale lembrar, que em 1974, o time foi campeão da Segunda Divisão, mas não havia promoção à elite, naquele ano.
Seu primeiro ano de A1 foi razoável, já que embora não tenha se classificado para segunda fase, esteve longe do rebaixamento. Destaque para o 2×1 sobre o Corinthians, em Catanduva, e sobre o Santos, na Vila Belmiro.
Ainda em 1989, o Grêmio Catanduvense disputou o Campeonato Brasileiro da Série B e acabou eliminado pelo Bragantino, que garantiria o acesso à série A.
No ano seguinte, o rebaixamento levou o time à segunda divisão (agora Grupo Amarelo da 1ª divisão) e depois de dois anos de disputas e muitas dívidas, em 1993, veio mais uma mudança de nome.
Surgia o Catanduva Esporte e Clube, que já em 1995 seria rebaixado para a série A3 e em seguida fecharia suas portas.
Somente em 1999, a cidade ganharia um time, agora com o nome Clube Atlético Catanduvense (aja criatividade para criar tantos os nomes, hein?).
Muda-se o nome e mudam-se as cores. O vermelho e branco voltavam para os uniformes do clube que irira ter que disputar a Quinta Divisão (Série B-2) do Campeonato Paulista.
Três anos depois, mais uma vez o time era extinto.
Em 2004, surge o novo Grêmio Catanduvense de Futebol, que disputou a Segundona do Paulista (agora a última divisão) até 2006. Aqui, o time de 2004:
Em 2005, assim como no ano anterior, o time jogou bem, contou com o apoio da torcida, mas parou na terceira fase .
Somente em 2006, que a equipe conquistou o vice-campeonato e subiu para a Série A-3, com um uniforme que lembrava o Boca Juniors.
A sequência do time foi brilhante, logo na volta à A3, o time conquista a vaga para a Série A-2 de 2008.
O time que disputou a série A2 de 2008:
Em 2009 e 2010, o time ficou nas posições intermediárias da série A2, guardando para 2011 o sonho do acesso para a série A1.
Manda seus jogos no Estádio Sílvio Sales:
Estádio em que já estivemos por algumas oportunidades:
Entre as várias organizadas, destaca-se o pessoal da Comando: