223- Camisa do Bangu Atlético Clube

A 223ª camisa de futebol do nosso site vem do Rio de Janeiro e foi presente de um grande amigo, também torcedor do Ramalhão: Sérgio Luiz Gisoldi, um dos maiores vexilologistas que já conheci.

Como já ficou claro na foto, a camisa pertence à tradicionalíssima equipe do Bangu Atlético Clube!

A história do Bangu Atlético Clube está diretamente ligada à industrialização do Rio de Janeiro já que o time nasceu dentro da Fábrica Bangu, a “Companhia Progresso Industrial do Brasil”, fundada em 6 de fevereiro de 1889.

O bairro de Bangu surgiu por volta de 1673, com a partir de uma fazenda que produzia café, algodão e cana, utilizando mão de obra escravizada para obter lucro. Colecionei algumas matérias de jornais do século XIX que mostra alguns que se rebelaram contra esta injustiça:

Dizem que os escravizados fugiam para o morro entre Bangu e Nova Iguaçu e habitaram a região próxima à nascente do Rio Pecador e como mostra desse processo histórico existe até hoje, no bairro, uma comunidade Quilombola chamada Guandu-Mirim, também conhecida como Quilombola dos Pecadores.
Antes da fazenda, possivelmente, a área era ocupada pelo povo tamoio (os “avós”) da grande nação tupinambá os responsáveis pela Confederação dos Tamoios, um movimento de resistência aliados com os franceses contra os colonizadores portugueses, entre 1554 e 1567.
Recomendo o livro “Duas viagens ao Brasil” de Hans Staden para conhecer melhor a realidade desses povos.

Voltando à antiga Fábrica Bangu, além de produzir tecidos, os operários também criaram muita cultura e esporte.
Em 1904, é fundado o Bangu Athletic Club, do qual falaremos mais hoje, mas ali ainda nasceu, em 1905, o Esperança Football Club, também pelas mãos dos operários do Bairro.

O Bangu AC começou jogando em uma área dentro da Fábrica, mas para participar de seu primeiro campeonato carioca, foi necessário construir um novo campo.
E olha como ficava próximo da fábrica, a “Cancha encantada da Rua Ferrer“:

Pra quem gosta da ligação da história com o futebol, e nesse caso tem muuuuita coisa a se dizer, recomendo o livro do amigo Gustavo Santos da Silva, hincha do Bangu e historiador:

Em 2005, a fábrica foi vendida e em 2007 inaugurou-se em seu lugar o Bangu Shopping, e no lugar do campo, hoje está o estacionamento…

Alguns itens, além da arquitetura preservada ajudam a manter a memória da fábrica…

O jogo de estreia de seu estádio ocorreu em 13 de maio de 1906, com vitória por 2×0 em amistoso com o Riachuelo.
Na semana seguinte, o Bangu estreou no Campeonato Carioca contra o Football and Athletic.

Em 1907, a proibição de “pessoas de cor”(SIC) na Liga Metropolitana de Football, fez o Bangu abandonar o campeonato.
Ao retornar, o Bangu sagrou-se Campeão Carioca da Segunda Divisão em 1911, com vários atletas negros e operários da fábrica compondo o elenco.

Em 1914, conquista o segundo título estadual da segunda divisão e em 1933, a LCF (Liga Carioca de Football) organizou seu primeiro campeonato tendo o Bangu como campeão desta competição!

Mas a atual Federação Carioca reconhece o Botafogo como campeão daquele ano já que o time venceu o campeonato da Associação Metropolitana de Esportes Atléticos (AMEA). Vale lembrar que a Viação Excelsior conquistou a Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT) daquele ano.

Seu primeiro campo foi usado até 1943, sobrevivendo até a um incêndio em suas arquibancadas (em 1936) mas em 1944 o time foi proibido de jogar ali pois a Fábrica iria vender a área. Construiu-se então um novo campo: o Estádio Proletário Guilherme da Silveira Filho, também conhecido como o Estádio de Moça Bonita.

Sua inauguração acabou se atrasando para 1947, o que obrigou o time a disputar todo o campeonato de 1946 como visitante.
Veja nas fotos do site Subúrbio, como está atualmente este lindo estádio:

Com o estádio imponente, a paixão dada fábrica acabou se multiplicando pelo bairro nos anos 50.

Um dos craques do time desta época era Zizinho:

Mas outros craques como Ademir da Guia já vestiram a camisa do Bangu.

Em 1959, foi vice-campeão carioca.

A boa fase levou o Bangu a um vôo ainda mais alto: em 1960, venceu a primeira edição da International Soccer League, disputado em Nova York.

Muitos consideram este, um título de campeonato mundial, se liga na campanha:
4/7/1960 – Bangu 4×0 Sampdoria
10/7/1960 – Bangu 3×2 Rapid Wien
16/7/1960 – Bangu 5 x 1 Sporting
20/7/1960 – Bangu 0x0 IFK Norrköping
31/7/1960 – Bangu 2×0 Estrela Vermelha de Belgrado

Em jogo único, em 6 de agosto de 1960, o Bangu venceu por 2×0 os escoceses do Kilmarnock na final do torneio.

Em 1966, vêm um segundo título, esse reconhecido pela atual Federação carioca.

O Bangu fez 3×0 (gols de Ocimar, Aladim e Paulo Borges) quando Almir Pernambuquinho perdeu a linha e transformou um bate boca em briga.

O presidente do Bangu entre 1963 e 1969 foi Eusébio de Andrade.
Sua saída calhou com uma década marcada por campanhas fracas e como resposta a esta má fase, abrem-se as portas para seu filho, ninguém menos que Castor Gonçalves de Andrade e Silva, ou apenas, Castor de Andrade que se torna presidente (e financiador) do time.

O polêmico Castor de Andrade (ligado ao jogo do bicho, tráfico de armas e drogas) trouxe resultados rápidos para o Bangu e em 1985, o Brasil parou para assistir a final do Brasileiro, a Taça de Ouro, contra o Coritiba.
Se você era muito novo na época ou simplesmente não se lembra, veja como foi:

Saudades de ver o Maracanã antigo e entupindo de torcedores, né?
Com o vice campeonato o Bangu conquistou o direito de disputar a Libertadores da América de 1986, mas fez uma campanha muito fraca…

Em 1987, mais um ano de conquistas: primeiro, o título da Taça Rio daquele ano, com Mauro Galvão, Paulinho Criciúma, Marinho e companhia.

Na sequência, a competi瘘ão nacional dividida em dois módulos, onde os finalistas decidiam o título. A “Copa União” teve o Bangu como 3º colocado do módulo amarelo onde o Sport foi o campeão.
Como o Flamengo não quis disputar a final contra o time pernambucano, o Sport sagrou-se campeão brasileiro daquele ano.

A partir daí, o Bangu entrou em uma fase de certo ostracismo nas décadas de 90 e 2000, caindo para a segunda divisão estadual em 2004, justo no seu centenário…
Para comemorar, só o título da segunda divisão carioca de 2008.

Em 2010, vem o vice campeonato da Copa Rio.
Em 2019, termina no 3º lugar do Campeonato Carioca.
Pra terminar, vale acompanhar a incrível matéria do Canto das Torcidas:

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O Estádio Luso Brasileiro na Ilha do Governador: a casa da Portuguesa-RJ!

Sábado, 3 de junho de 2023.
Não podemos perder as oportunidades que a vida entrega: viajar, ver o Ramalhão jogar em outro estado e ainda poder conhecer um novo estádio…
Vamos à mais uma partida da série D!

Saímos de Santo André ainda de manhã, o que foi ótimo pois permitiu curtir a linda paisagem da Dutra, em especial a Serra da Mantiqueira e o rio Paraíba.

Dessa vez, a minha companhia foi a velha guarda da torcida Ramalhina: Ovídio, Gaúcho e Marques!

Antes de chegarmos no Estádio Luso Brasileiro, passamos pelo bairro de Olaria para pegar um pouco do jogo válido pela 2ª divisão carioca.
Veja aqui como foi!

Depois dessa visita ao Estádio da Rua Bariri, a casa do Olaria AC, fomos finalmente até a Ilha do Governador!!!

Finalmente chegamos no Estádio Luso Brasileiro!

O Estádio Luso Brasileiro é a casa da Associação Atlética Portuguesa do Rio de Janeiro, fundada em 17 de dezembro de 1924.

Foi campeã da segunda divisão carioca em 1939, 1940, 1996, 2000 e 2003, além de duas edições da Copa Rio (em 2000 e 2016), e em 2021, ficou em 3º lugar!
Olha aí o time de 1961:

O time de 1977:

O pessoal local nos recepcionou muito bem e rolou até um churrasco integrando as organizadas.

Esse grupo da série D tem conseguido organizar bons encontros entre as torcidas, mostrando que o futebol é sem dúvida uma incrível ferramenta de integração! Abraço ao amigo Francis!

E também para o Fabiano!

Depois de bater um papo com o pessoal, eu fui dar um rolê pelo estádio e conhecer um pouco do que ele oferece, a começar pela lojinha logo na entrada:

Olha que legal essa inscrição no chão, logo na entrada das catracas!

E o portão conta com um detalhe que eu acho muito legal e que era feito antigamente: o brasão do time construído dentro da própria ferragem:

O Estádio foi construído no início dos anos 60 e inicialmente abrigou um Jockey Club.
mas em 2 de outubro de 1965, a Portuguesa recebeu ali o Vasco da Gama (que venceu por 2×0) e assim era inaugurado o Estádio de Futebol Luso Brasileiro frente a mais de 8 mil torcedores!

Existe ali uma incrível sala de troféus. Acho até que a Portuguesa deveria criar um sistema de rotação e ir apresentando cada um deles para o seu torcedor.

O ingresso custou R$ 20, a inteira e R$ 10, a meia entrada!
E se o ingresso está nas mãos… À la cancha!

Como entrei mais cedo, deu pra aproveitar a luz natural pra registrar o Estádio em seus detalhes, como a linda marquise que cobre as cadeiras:

E vamos ao nosso vídeo apresentando o Estádio Luso Brasileiro! Dá pra ouvir o vento e entender porque ele também é chamado de Estádio dos ventos uivantes (aliás, esses ventos garantiram o primeiro gol de goleiro feito no Brasil)!

E que bonitas as cadeiras rubro verdes… Nós ficamos em uma das laterais da bancada.

As equipes de comunicação e imprensa parecem ter um belo espaço a sua disposição.

Os times ainda estavam aquecendo, mas aproveitei para registrar o meio campo:

O gol da direita, onde a Portuguesa aquecia:

E o gol da esquerda, onde o Ramalhão fazia seu aquecimento.

Nossas bandeiras, eternas companheiras!

E uma companhia inusitada: uma lua incrível!!!

Por estarmos quase ao lado da torcida local, foi difícil fazer umas fotos legais da torcida da Portuguesa, mas vale ressaltar que cantaram o jogo todo e fizeram da partida uma grande festa!!!

Inclusive fizeram um bom uso da pirotecnia na entrada da Portuguesa!

Destaque também para a mascote da Lusa: a Zebrinha! Mas do jeito que o time anda, já já esse mascote não combina mais…

A nossa torcida também merece elogios, afinal, não é assim tão simples a logística para uma viagem dessas!

E teve quem aproveitou pra matar as saudades do time, uma vez que está morando em terras fluminenses!

Os rojões indicam: é hora da festa começar!

Times perfilados!

Então, bola rolandooooo!!!

E a Portuguesa mostra que não lidera a chave a toa… Aos 3 minutos Marcelo Toscano faz 1×0 para a Lusa! E se a torcida já estava em festa mesmo antes do jogo, o rápido gol coloca fogo no Estádio Luso Brasileiro!!!

E a nossa cara de visitante fica como? Assim… Desanimado 🙁

E se perder faz parte, segure-se aí porquê aos 7 minutos Pedro Botelho faz 2×0. Escuta aí a festa lusitana:

E pra encurtar o sofrimento dos torcedores ramalhinos ao ler esse post, já vou dizer que aos 46 minutos do primeiro tempo, a Lusa faz 3×0.
E esse é o resultado final da partida.

Quem marcou o gol foi essa aí: o endiabrado Lucas Santos… Aliás, que baita jogador, que veio de empréstimo do Vasco!

Daí pra frente foi esquecer o placar e curtir a experiência de estar nesse estádio tão bacana.

Nosso pessoal também sabe que a vida é assim. Ganhar e perder são diferentes faces da mesma moeda. Então curtimos juntos o nosso sofrer sabendo que 4ª feira já temos um novo desafio!

O segundo tempo foi um pouco mais parelho, mas a Portuguesa também deu uma segurada no ânimo…

Aí o goleirão da Portuguesa, que pouco trabalhou…

Ruan entrou no segundo tempo e fez uma boa partida, dentro do inferno astral que o time vivia…

Na hora de ir embora, um alo a alguns de nossos jogadores, torcendo para que o que ocorreu hoje tenha sido apenas um acidente de percurso…

E antes de ir embora ainda rolou um jantar na beira da estrada!!!

E a lembrança do rolê:

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Olaria AC 2×1 AD Cabofriense (Campeonato Carioca série A2 – 2023)

Sábado, 3 de junho de 2023: dia de conhecer a série A2 do Campeonato Carioca!

O local, um dos estádios mais charmosos da cidade: o Estádio Antonio Mourão Vieira Filho, popularmente conhecido como “O Estádio da rua Bariri“!

O Olaria AC mantém ali o seu incrível e movimentado clube social.
Já estivemos por lá no passado, veja aqui como foi!

E lá dentro do clube, é possível acessar o Estádio, inaugurado em 6 de abril de 1947!

Estávamos no Rio de Janeiro para acompanhar o jogo entre a AA Portuguesa carioca e o EC Santo André, e pedimos pra fazer um rápido registro da partida que valia pela série A2 entre o clube local e o DA Cabofriense.

Uma vez lá dentro, me surpreendeu a boa presença de público!

Um rápido giro pela arquibancada:

Esse é o lado das cadeiras do clube:

O outro lado possui a sua tradicional arquibancada curva.

Aqui, o gol da direita:

Aqui, o gol da esquerda, onde se encontra a Torcida Jovem:

A turma local estava contente, porque quando entramos o time fez o 2º gol da vitória contra seus rivais de Cabo Frio

Porém, o tempo era curto e rumamos para a Ilha do Governador para acompanhar a rodada da série D.
Espero poder voltar para acompanhar uma partida com mais calma..

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O futebol em Paraty – RJ

Em mais um registro interestadual, o rolê dessa vez foi por terras fluminenses: a histórica cidade de Paraty!

Foram cerca de 3 horas daqui do ABC até chegar nesta linda cidade, ocupada durante tanto tempo por tribos tamoios, até a chegada dos portugueses (e franceses) no século XVI (com expedições de Martim Afonso de Sousa, e ainda antes a de Martim Correia de Sá).

Povos Indígenas Brasileiros: Tamoios

A atual cidade começou a surgir em torno do rio Perequê-Açu, o atual Morro do Forte. Ali bem próximo dele está o Forte Defensor Perpétuo.

Atualmente, além da relação com o mercado literário (graças à FLIP), Paraty é cada vez mais conhecida como um recanto de praias e passeios incríveis.

Águas limpas, cenários deslumbrantes …

E a certeza de nunca estar nadando sozinho…

Nadadeiras podem levar o seu passeio a um outro nível. Se você está pensando em viajar pra lá, acrescente esse item na sua mochila!

Ah, uma coisa que precisa ficar claro é que pra se acessar as praias mais bonitas é necessário ir de barco, então leve uma grana pra investir nesses deslocamentos (mas vale a pena!)

A cidade oferece muitas comidinhas gostosas… E o preço nem é tão absurdo pra quem está acostumado aos custos de viver no ABC.

Em terra firme, a cidade é cheia de artistas, inclusive indígenas que expõe suas obras por ali.

Várias igrejas históricas de séculos atrás também estão pela cidade.

Além disso, dá pra se deliciar com um passeio desestabilizado nas ruas de pedra do centro.

Estivemos em Paraty para viver todas essas aventuras e também para registrar o Estádio Municipal Antônio Mário Pompeu Nardelli.

O Estádio fica bem próximo do centro na Avenida Roberto Silveira.

Dá uma olhada no mapa e perceba o estádio ali na parte esquerda e como fica próximo do mar.

Olha aí a lateral do estádio que fica na Avenida:

O Estádio Municipal Antônio Mário Pompeu Nardelli é a casa do futebol da cidade! E como em quase todo lugar, o futebol nasceu em Paraty com os times amadores, dos quais destacou-se o Pontal Esporte Clube, que fez história nas décadas de 50 e 60.

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Outro que nasceu no futebol amador foi o Paratiense Atlético Clube, fundado em 9 de setembro de 1944 e grande rival do Pontal EC.

Depois de ter feito história no futebol amador, o Paratiense AC se filiou na FERJ e disputou a Terceira Divisão de 1998, classificando-se para a segunda fase, na vice liderança, atrás do Rodoviário Piraí Futebol Clube, mas no hexagonal final acabou em último lugar.

Em 1999 , fez uma péssima campanha terminando em último no seu grupo sem vencer uma partida e preferiu se licenciar do futebol profissional. Em 2008, o clube deixou de existir.

Em 2013, surge a Associação Esportiva Independente Futebol Clube.

ESCUDOS DO MUNDO INTEIRO: NOVO CLUBE PROFISSIONAL NO RIO DE JANEIRO: S.E.  PARATY

Em setembro de 2021, alterou seu nome e identidade visual para o atual: Sociedade Esportiva Paraty.

Pra se integrar à cidade, o clube realizou uma peneira com a molecada da região para as categorias Sub-15, Sub-17 e Sub-20.

E com a SE Paraty, a cidade voltou a ter uma equipe disputando as competições profissionais do Rio de Janeiro, disputando a Série C do Campeonato Carioca (o quinto nível do futebol carioca).

O time terminou a competição de 2022 em 6º lugar.

Mas nem todas as partidas foram disputadas no Estádio Municipal Antônio Mário Pompeu Nardelli, a maior parte das partidas foram mandadas lá em Angra.

Dê uma conferida no estádio por dentro:

O Estádio Municipal Antônio Mário Pompeu Nardelli temcapacidade para cerca de mil torcedores.

Olha que bacana as arquibancadas em madeira.

Aí está o sistema de iluminação:

O gramado estava um pouco sofrido no dia da nossa visita, mas provavelmente enquanto o campo não se tornar o campo de jogo oficial, ele ficará um pouco de lado.

Ali atrás do gol, o clube mantém uma estrutura pra sua organização.

Mais um lindo campo que registramos encravado na Mata Atlântica!

Aqui, o meio campo:

Gol da direita:

Gol da esquerda:

Olha aí os vestiários:

Uma última foto do gol…

Após muitas praias e aventuras, já era tempo de pegar a estrada…

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Livro e camisa retrô sobre o Andarahy AC

Pessoal, pra quem gosta do futebol das divisões de acesso, e principalmente sobre a história desses times, vem aí um livro incrível contando a história do Andarahy A. C. e com a possibilidade de se adquirir também a camisa retrô do time. Andarahy AC O autor já é figurinha carimbada aqui no blog: Kleber Monteiro, que recentemente lançou o “Da Lama à Grama”, sobre a terceira divisão do futebol carioca (relembre aqui o post que escrevemos sobre o livro. Kleber Monteiro Em razão dos problemas economicos que o país atravessa, o Kléber já está realizando a pré compra das camisas, pois elas só serão feitas sob encomenda. Não é necessário pagamento adiantado. O interessado escolhe quando recebê-la, no momento da entrega ou quando o livro sair (segundo semestre de 2021). Pedidos e maiores informações através do WhatsApp: (21) 997915589 com o próprio Kleber Monteiro.

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Desligue o computador e vá ler um livro!

divisões de acesso do futebol paulista, mas é sempre bom poder ver iniciativas que registrem esse cenário em outros estados. E pra quem gosta desse assunto e quer focar no Rio de Janeiro, esta é uma ótima oportunidade: Da lama à grama, do Kleber Monteiro. Da Lama à Grama Um retrato atual, próximo e real feito por quem vive e se diverte com a realidade (cada vez mais difícil) da Terceira Divisão do futebol carioca, onde o autor divide suas experiências acompanhando as partidas, desbravando estádio e apresentando personagens. E se o autor vai pro lançamento do livro com a camisa do Discharge…. aí ficou imperdível mesmo! Kleber O livro foi produzido pela Vilarejo Metaeditora, e ganhou uma grande ajuda na sua divulgação: uma cobertura feita pelo pessoal do Museu da Pelada!

Aos interessados em adquirir: contate o próprio autor (do it yourself, mano!) pelo WhatsApp (21) 997915589. O preço do livro é R$ 50 aos quais somar-se-ão os custos de envio.

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Aventuras boleiras na cidade maravilhosa – parte 5: Sede do América-RJ

Depois de visitar o estádio das Laranjeiras, o campo do São Cristovão, São Januário e até o Estádio do Resende, seguimos nossas aventuras pela cidade maravilhosa, e agora é hora de falar da nossa visita à sede do América, time que já foi tema de post aqui no blog, veja como foi aqui.

A sede do América fica no mesmo lugar onde o time mandava seus jogos, antigamente e era conhecido como “Estádio da Rua Campos Sales“. Agradecemos os diretores lá presentes que nos deixaram entrar e fazer algumas fotos.

Outros times chegaram a usar o Campo da Rua Campos Sales, casos do Oriental e do Haddock Lobo. O América passou a usar o campo depois de ter incorporado o Haddock Lobo, em 1911, mandando ali os jogos do Campeonato Carioca. O primeiro deles, a vitória de 3×1 sobre o Rio Cricket. Em 1924, o estádio ganhou as primeiras arquibancadas de cimento. Atualmente, há poucos detalhes do antigo estádio.

Mas, só de poder conhecer pessoalmente mais um lugar histórico para o futebol carioca, já valeu a pena. Foi nesse ex-estádio, que em 1914, durante um jogo contra o Fluminense, que a torcida americana passou a chamar os tricolores de Pó de arroz, devido ao jogador Carlos Alberto, passar pó de arroz no rosto para se clarear.

Foi em Campos Sales, que o América conquistou suas maiores glórias, como os campeonatos cariocas de 1916, 1928 e 1931. Com a morte do Doutor Francisco Satamini, sócio do América e proprietário do terreno, os vários herdeiros resolveram fazer um leilão do campo e pela salvação do clube Visconde de Morais empresta a quantia para adquirir o terreno. Em 1931, com a morte do Visconde, o América voltou a enfrentar os herdeiros que queriam receber a hipoteca. O problema só foi ter um final em 1934, com o pagamento final da dívida.

Em 1952, o Estádio teve sua capacidade ampliada para 25.000 lugares. Infelizmente, a vida do estádio teve pouco mais de 10 anos depois desta ampliação. O último jogo em Campos Sallles, em 1961, foi América x Olaria.

A partir daí, o América adquiriu  o Estádio Wolney Braune, o Estádio do Andaraí, onde passou a mandar seus jogos. Acho sempre triste a demolição de um estádio. Mas… Seguimos nosso rolê, pela cidade maravilhosa…

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135- Camisa do Madureira

A 135ª camisa de futebol do nosso site vem do Rio de Janeiro, de um bairro da zona norte, com mais de 50 mil moradores chamado Madureira. Além de ser berço das escolas de samba Portela e Império Serrano, o bairro também conta com seu time de futebol, dono da camisa de hoje, o Madureira Esporte Clube. A história do time tem muito a ver com a vocação comercial deste simpático bairro suburbano. O nascimento do time se deu graças a um grupo de comerciantes locais, entre eles Manuel Augusto Maia, Elísio Alves Ferreira e Joaquim Braia, que se reuniram para em 1933 fundar o Madureira Atlético Clube, aproveitando a estrutura de dois clubes locais, o Fidalgo e o Magno. Encontrei poucos registros do início do clube, sabe-se que em 1936, foi vice-campeão estadual, disputando a final numa melhor de 3 contra o Vasco vencendo a primeira por 1×0 e perdendo as seguintes por 2×1. Em 1939, o time despontou como principal adversário dos grandes, ao vencer o Torneio Início. Contava com craques como Lelé, Isaias e Jair da Rosa Pinto, mas acabou fazendo uma campanha pífia. Veja que bela imagem do time, na década de 40: Aqui, uma foto do time de 1953, que não passou da primeira fase do campeonato: Em 1961, tornou-se o time brasileiro que mais tempo permaneceu em excursão no exterior. Fez 36 jogos em 144 dias viajando pela Europa, Ásia e Estados Unidos, conquistando 23 vitórias, 3 empates e 10 derrotas. Em compensação, terminou o campeonato carioca em último lugar. Em 1963, foi a vez de visitar a Colômbia, Costa Rica, El Salvador, México e Cuba. Até Che Guevara compareceu para assistir às partidas. Mais uma vez terminou o estadual em último…

O forte laço do bairro com os movimentos de esquerda acabaram gerando outros frutos no time, em 1964, em plena ditadura militar o time fazia uma viagem à China Comunista. Terminou o estadual em… Penúltimo!!!

A partir de 1971, o time passou a se chamar Madureira Esporte Clube, e ganha o apelido de “Tricolor Suburbano“. Em 1975 e 1978 o time voltou a vencer o torneio início, mas passou adécadade  em baixa, chegando a não disputar a primeira divisão em alguns anos. Nessas idas e vindas, o clube acaba sagrando-se campeão Carioca da Segunda Divisão em 1993, de maneira invicta, garantindo a volta à primeira divisão, no ano seguinte. Em 1996, a Federação Carioca realizou a Taça Cidade Maravilhosa e o Madureira ficou com o vice campeonato. Veja aqui mais dados sobre essa competição . Em 1999 fez um bom campeonato estadual, terminando o segundo turno em terceiro lugar. Em 2006 foi vice campeão Carioca, após conquistar o segundo turno, a chamada Taça Rio. Perdeu a final para o Botafogo.

Em 2007, conquistou mais um vice-campeonato, desta vez do primeiro turno, a Taça Guanabara, contra o Flamengo. Veja o time daquele ano em uma foto feita pelo pessoal do Jogos Perdidos.

Porém, o grande momento do Madureira ainda estava pra chegar. Em 2010 o time conseguiu o acesso para a série C do Brasileiro, graças ao América-AM, que eliminou o Madureira nas semifinais, ter sido penalizado pela CBF. Com isso, o Madureira acabou como vice campeão.

Aqui a foto do time que conquistou o acesso! O Madureira manda seus jogos no Estádio Aniceto Moscoso (nome dado ao proprietário que cedeu o terreno para o clube), fica localizado na Rua Conselheiro Galvão, 130, tem capacidade para 10 mil torcedores. Foi inaugurado no dia 15 de junho de 1941, com uma vitória triunfal do Madureira sobre o Fluminense pelo placar de 4 x 2.

O time possui uma torcida apaixonada, que foi matéria de uma entrevista bem bacana:

 

O blog da torcida do Madureira é: http://jovemdomadureira.blogspot.com.br/ , além disso existe também o www.tricolorsuburbano.blogspot.com.br que oferece boas informações sobre o clube. Pra quem curte hinos, segue o hino do Madureira:

 

 Pra quem quer saber mais do futebol carioca, recomendo o livro abaixo, ótimo guia!

Site para maiores informações: www.madureiraec.com.br

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Aventuras boleiras na cidade maravilhosa – parte 3: Estádio São Januário

Dando sequência na nossa aventura no Rio de Janeiro (lembrando que já falamos do Estádio do Resende, do Fluminense e do São Cristovão), vamos falar da nossa visita ao “Estádio Vasco da Gama“, mais conhecido como Estádio São Januário.

Tivemos a oportunidade de conhecer o Estádio num dia de muito agito! Era a final do segundo turno do campeonato carioca e embora o jogo fosse no Estádio do Engenhão, havia bastante gente em São Januário pra comprar ingresso.

O estádio pertence ao Club de Regatas Vasco da Gama e foi inaugurado em abril de 1927, sendo o maior estádio particular do estado do Rio de Janeiro. O estádio tem alguns detalhes muito bonitos e diferentes da maioria dos estádios de futebol.

Sua fachada, em estilo neocolonial, é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Antes da construção de São Januário, o Vasco mandava seus jogos no campo do Andaraí, que depois se tornaria o campo do América e infelizmente se transformaria no Shopping Iguatemi.

O Estádio veio suprir as exigências da Federação que obrigava os times a possuir um estádio para mandar seus jogos. O primeiro passo foi arrecadar dinheiro para a compra da área, que fica ali no bairro de São Cristívão. O arquiteto português Ricardo Severo foi o responsável pelo projeto do estádio, em 1926. Pra nós, mais uma vez é motivo de orgulho de poder estar presente em um local tão histórico para o futebol. Até 1930, quando o Estádio Centenário em Montevidéu foi inaugurado, o Estádio de São Januário era o maior das Américas. Até 1940, quando o Pacaembu foi construído, foi o maior do Brasil. E, até 1950, quando se inaugurou o Maracanã, era o maior do Rio de Janeiro, mas continua sendo o maior estádio particular do estado. O jogo de inauguração aconteceu em 1927, contra o Santos que acabou vencendo por 5 a 3.

Em 1928, foram inaugurados os refletores e a arquibancada atrás dos gols, num jogo contra o Wanderers, do Uruguai. O Vasco venceu por 1 a 0.

O Estádio São Januário foi palco de diversas finais, do brasileiro (contra o São Caetano, quando houve a queda de parte da arquibancada), da Libertadores de 1998, da Copa do Brasil de 2005 e de 2011.

O estádio que já teve capacidade para mais de 40 mil pessoas, hoje tem um limite para pouco mais de 24 mil torcedores. Uma pena…

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Aventuras boleiras na cidade maravilhosa – parte 2: Estádio do São Cristovão

Após conhecer o Estádio do Flu, foi a vez e caminharmos para o bairro de São Cristovão, conhecer o campo onde nasceu Ronaldo Fenômeno para o mundo do futebol e que agora o homenageia com seu nome: Estádio Ronaldo Luis Nazário de Lima, a casa do São Cristóvão! Distintivo do São Cristóvão O campo deles fica embaixo de um viaduto hehehe é bem legal. Até minha mãe esteve nesse rolê! O Estádio Ronaldo Luis Nazário de Lima, que teve sua venda cogitada por empresários ligados à indústria imobiliária, é muito arrumadinho. Antes de se tornar Ronaldo, era chamado Estádio Figueira de Mello. Foi inaugurado em 1916, em uma partida contra o Santos, frente a um público de 6.000 torcedores. Aliás, esse jogo criou um diferente laço de amizade entre os clubes, dizem até que havia no muro da Vila Belmiro um escudo do São Cristovão no muro, expressando essa amizade. Quando surgiu, foi construído com arquibancadas de madeira, que tremia, rangia e estalava durante os jogos.

Atualmente, ainda que sejam em pequeno número, as arquibancadas estão praticamente novas! Mas a mudança não aconteceu tão naturalmente.

Em 1943, num jogo contra o Flamengo, num estádio completamente lotado, parte da arquibancada superlotada desabou e 224 torcedores foram hospitalizados. Por isso, o clube substituiu-a por uma arquibancada de concreto.

Ok, o estado do gramado não estava assim tão perfeito. Mas essa é a realidade do futebol brasileiro e tem que dar orgulho mesmo assim. Lá ao fundo pode se ler “Aqui nasceu o fenômeno”. É o principal atributo de marketing usado pelo time do subúrbio carioca.

O pessoal que trabalhava por lá foi muito gente boa e permitiu a gente entrar até no campo.

De novo vêm à minha mente milhares de imagens de cenas e lances que devem ter ocorrido nesse campo. Quanto escanteios, carrinhos, lágrimas e sangue…

O fato de sobreviver, ainda que na segunda divisão, é sem dúvida um título para o São Cristovão.

Ao fundo pode se ver um Rio de Janeiro que não faz parte dos cartões postais comprados pelos turistas, mas que representa a vida cotidiana de milhares de pessoas.

Dá pra fazer uma pressão no bandeira ou não??

Na parede do clube está o hino, pra ser cantado e relembrado pela sua torcida!

E ali está o esquadrão de 1926, que levantou o troféu de campeão carioca, daquele ano.

Aliás, a década de 20 foi marcada por grandes times do São Cristovão.

O placar, humilde, ainda mostra o último embate, terminado em igualdade…

E na parede, ainda que um pouco suja, está o brasão… O distintivo do clube, que atletas, diretores e torcedores carregam no peito, como símbolo do time do bairro.

Aliás, o clube faz questão de fortalecer sua “marca” espalhando-a por todo o local. E isso é legal e uma boa dica para os clubes que não tem seus distintivos presentes na mídia.

E relembrar a mais importante conquista também faz parte. O passado tem que servir de alicerce para um futuro e presente melhores.

Pra quem acha que esse tipo de mensagem só existe em estádios gringos, olha aí que legal:

Pra quem acha que futebol e família não tem nada a ver, taí meu pai e minha mãe acompanhando a aventura!

Gosto quando podemos entrar no campo e pisar na parte mais sagrada dos estádios. Muitas vezes renegada aos torcedores.

O Estádio do São Cristovão era chamado de “o campo da Rua Figueira de Melo”, ou até o Estádio Figueira de Melo.

Essa é a parte externa do estádio. A esquerda tem o viaduto e a rua, o campo fica no lado direito.

Só pra relembrar… foi aí que Ronaldo deu seus primeiros chutes… Ele bem que poderia dar uma força maior para o clube.

Dentro ou fora do campo…

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