A despedida do Ramalhão no Campeonato Paulista 2022

Quarta feira, 23 de março de 2022.

Um dia muito especial para a torcida do Santo André! Mais uma vez, contrariando as estatísticas chegamos às quartas de final do Campeonato Paulista, sem dúvidas, o estadual mais difícil do Brasil. Então, ao som do Tango 14 fomos até Bragança conferir o que prometia ser uma incrível peleja!

Bragança não é assim tão longe mas ainda mantém um ar de cidade do interior…

Vale lembrar que não é a primeira vez que estivemos lá, clique aqui e veja como foi nosso último rolê por Bragança para acompanhar os estádios da cidade.

Infelizmente o histórico de incidentes entre torcedores do passado coloca em alerta aqueles que vão ao jogo de maneira “autônoma”, então para evitar qualquer problema, cheguei cedo pra conseguir parar próximo à entrada dos Visitantes (ainda bem que o pessoal do trabalho entende a importância desse jogo pra mim).

Aproveitei pra encontrar bons amigos: da esquerda pra direita temos o Raoni, o Rodrigo e o Mário Gonçalves, este último escreveu o livro sobre o time do SC Atibaia e há 2 anos nos convidou para acompanhar o evento de comemoração de aniversário do Grêmio Atibaiense.

Uma vez celebrada a amizade, era hora de trocar de roupa e seguir para a arquibancada do Estádio Nabi Abi Chedid, outrora conhecido como Estádio Marcelo Stefani!

Ainda havia sol quando terminei de aprontar as bandeiras. A van com outros torcedores também chegara.

O Mário mandou uma foto lá do outro lado, pra gente poder ter ideia do visual.

Enfim… Pronto para a partida, mas ainda faltava quase uma hora pro jogo começar kkkk.

Nem todo mundo entende o prazer de estar em um estádio tanto tempo antes da partida começar, mas é aí que as amizades se fortalecem, que as boas conversas acontecem e que a relação com os estádios se constrói.

Nem percebi quando finalmente o sol se foi e os times se colocaram em campo.

O jogo começa e não dá pra negar… O time do Red Bull Bragantino é mais forte que o nosso, e simplesmente não conseguimos criar nenhuma jogada. Ao menos, nossa zaga mantém-se firme e vamos segurando o 0x0 enquanto possível. Aguenta aí, Marques…

O estádio até que tinha bastante gente, mas confesso que esperava uma loucura muito maior por parte da torcida local…

Mas ainda assim, a festa estava feita no Estádio Nabi Abi Chedid!

O nosso lado até que estava animado, mesmo sem a chegada das torcidas organizadas do Santo André.

Não me senti mal quando o habilidoso atacante Artur veio costurando e fez 1×0 para o time local. Realmente os primeiros 45 minutos não foram nossos. Aliás, dê uma olhada nos melhores momentos do jogo:

E não deu nem pra dizer que passou um filme na cabeça, porque infelizmente nesse modelo que ainda precisamos enfrentar, de montar um time em janeiro para jogar apenas até o fim de março, deu no máximo para passar uma série da Netflix… Um enredo sempre emocionante, mas só agora alguns personagens começavam a marcar nossa lembrança… Mas fica aí o registro dos nossos heróis de 2022:

Provavelmente não veremos a maioria deles de novo. Mas mesmo perdendo de 1×0, e com poucas chances de virar o jogo, o início do segundo tempo fez nossa torcida se animar… Chegavam as nossas Torcidas Organizadas – Fúria Andreense e Esquadrão Andreense (que ficaram por mais de uma hora sendo revistadas na entrada da cidade):

Aí, mesmo com o placar adverso, tivemos 45 minutos de uma despedida como deveria ser…

Esses, entra ano e sai ano, continuam aí na bancada. Fazendo o possível e o impossível para apoiar o time e pra manter viva a cultura do torcer.

A animação seguiu independente do placar, mas necessário dizer que o próprio time pareceu ter sentido a boa energia e teve nos 30 minutos finais uma atuação bem melhor.

Destaque para as lindas bandeiras homenageando os campeões da Copa do Brasil de 2004.

Assim, entre a tristeza da desclassificação e a alegria de estar em meio aos amigos, aquela quarta de final em jogo único foi se esvaindo e dando lugar à lembranças do passado, mesmo recente e também ao futuro…

Pra alguns, trata-se de um esporte. Pra outros, um jogo. Pra mim, uma cultura, um estilo de vida, uma paixão.

Confesso que ainda acreditava num empate até os acréscimos… Uma disputa por penaltis seria incrível!

Mas, permito me parafrasear uma amiga que recentemente escreveu sobre seu time “Quando você perde, eu te amo mais!”. E é isso mesmo. Se ficamos felizes com as nossas vitórias e conquistas, é nesse momento, a poucos minutos do fim do campeonato que o nosso amor pelo Ramalhão não cabe mais em nós e se transforma em lágrimas, em emoção, em orgulhos… Só nos resta agradecer. Ao time, diretoria e torcida, que ficou quase 10 minutos depois do fim do jogo cantando seu amor ao time…

Independente do modelo “Red Bull” ter pontos que não me agradam, eu não seria hipócrita em desmerecer a alegria da torcida local e a força do time em campo. Parabéns aos torcedores de Bragança.

E aqui, meio desfocada, fica a foto com que fechamos o Paulistão 2022, já na saída do estádio. Obrigado, Ramalhão!

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Ah, eu te amo Ramalhão!!!

19 de março de 2022.

O Campeonato Paulista 2022 chega à sua última rodada da primeira fase. O EC Santo André entra em campo contra a Inter de Limeira para definir o seu futuro.

Aliás, como reforçou o site Futebol Interior (a foto abaixo é deles), o time entrou em campo bem acompanhado!

E o jogo teve novidades fora de campo!! O Ramalhão levou sua loja oficial para a arquibancada e fez a alegria da torcida com preços promocionais para queima de estoque de peças antigas!

Outra boa surpresa foi a presença do nosso eterno zagueiro e agora treinador do sub 20, Gabriel, na nossa bancada. O amigo Renato Ramos, um dos fundadores e primeiro presidente da Fúria também estava por lá:

Outra coisa que chamou a atenção foi essa incrível camisa que estava com um torcedor ramalhino!! Incrível, não? Resume a campanha da Copa do Brasil de 2004!

Em campo, não corríamos mais risco de rebaixamento, mas jogando no grupo da morte (formado ainda por Red Bull, Ponte Preta e Santos), precisávamos vencer para garantir nossa vaga às quartas de final. E o público respondeu bem ao chamado!

Mais uma vez, esse foi um ano difícil. Os resultados que garantiram nossa permanência na A1 demoraram a vir e ainda havia quem desconfiasse do time. Assim, essa seria uma partida para selar a paz entre nossa própria torcida.

Mas nossa arquibancada também tem aqueles que desde o princípio compraram a ideia do técnico Thiago Carpini e da equipe montada.

As organizadas, mais uma vez deram show.

E vamos ouvir um pouco da Esquadrão Andreense, nossa “barra”:

O jogo começa e o Santo André se mexe bem e domina a posse de bola. E um diferencial fica claro desde cedo: Lucas Tocantins tem liberdade pelo lado direito, ganhando quase todas as bolas da marcação e criando lances de perigo. Em uma dessas jogadas, ele cruza a bola certeira para Thiaguinho fazer de cabeça 1×0. A festa estava oficialmente iniciada

Diferente do que ocorreu em outras partidas, o gol não fez com que o time recuasse, e logo, o Ramalhão deu um passo ainda maior para sua classificação. Após mais uma jogada individual, Lucas Tocantins foi derrubado na área: penalty!!

Resultado aprovado, Gó?

Vamos, vamos Ramalhão… Vamos jogar com raça, que na arquibancada…. “Nóis num para não”….

Com 2×0, nosso grupo “desorganizado” está sorrindo a toa:

O Flávio, que esteve ao nosso lado em tantos jogos nos anos 90 e 2000 deu as caras!! E, no meio, parecendo até pequenino, o gigante Anderson!!!

O amigão Neimar também tava na festa!!!

E dá lhe bateria!!!

A festa ameaça ficar ainda maior quando o árbitro assinala mais um penalty, mas infelizmente o VAR desmarcou o lance… ah, se precisássemos desse gol…

Acaba o primeiro tempo e nossa torcida tem todos os motivos para estar feliz 🙂 Olha aí o Gui e a Laysa. Temos uma boa historia com o Gui e o pai dele, quando lá em Barretos eles nos deram uma carona para passarmos em meio à torcida local (confira aqui esse role).

Aí o Gó, Simone, Lukinhas e o nosso meio brasileiro meio uruguaio Valter Bittencourt.

O Marques e seus incansáveis registros! Diz se por aí que graças aos filmes que ele faz das categorias de base que o Santo André consegue vender alguns dos nossos jovens jogadores.

E aqui, o seo Osvaldo, também conhecido como meu pai, que mais uma vez nos acompanhou em um momento histórico do Ramalhão. Ele também esteve no Maracanã em 2004, quando invadimos o campo após o título, relembre aqui como foi!

O segundo tempo começa e o calor absurdo dá lugar a uma incrível neblina.

Mas a festa nas arquibancadas não para!

E o Jão, guitarrista do Visitantes? Aprovou o resultado?

Com o resultado praticamente garantido, e uma leve garoa pra esfriar a cabeça, o torcedor ramalhino se vê aguardando o árbitro apitar o fim de jogo para enfim garantir a classificação.

Agora falta muito pouco…

E as torcidas organizadas decidem mais uma vez mostrar que a nossa bancada anda num bom momento e se reúnem para juntas mostrarem a força da nossa torcida!

Olho para o campo e vejo o árbitro levantar o braço indicando o final do jogo. Mais uma vez desafiamos os prognósticos e estamos o que? Repita aí Mau…

O Santo André foi a campo com: Jefferson Paulino; Jeferson, Luiz Gustavo, Carlão e Kevin; Serginho (Carlos Jatobá), Dudu Vieira, Bruno Xavier e Thiaguinho (Sabino); Lucas Tocantins (Rochinha) e Júnior Todinho (Lucas Cardoso). Técnico: Thiago Carpini.

E, claro, com a gente na bancada, né não, Matheus?

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Palmeiras 2×1 Corinthians (Paulistão 2022)

17 de março de 2022.

O estádio a ser visitado hoje é oficialmente chamado de Allianz Parque, mas muitos de seus torcedores ainda prefiram lembrar dele como o Parque Antártica ou Palestra Itália.

A última vez que estive no Estádio do Palmeiras foi pra ver o Ramalhão, mas é completamente diferente de estar ali no meio da torcida do Palmeiras e ver de perto a enorme movimentação que levou quase 40 mil pessoas ao Estádio para acompanhar esse incrível derbi paulistano.

Esqueci de como é difícil chegar em cima da hora e entrar no estádio num dia como esse…

Das semelhanças com a realidade que vivemos aqui no Santo André, temos o cuidado com o gramado sintético, que precisa ser bastante molhado para diminuir a temperatura.

Uma vez lá dentro, consegui achar lugares para mim e para um par de amigos que vieram do Perú para conhecer um pouco do futebol do Brasil.

Hora do jogo começar… E a torcida do Palmeiras parece não caber nas arquibancadas… E ocupam não só seus lugares, como até mesmo o ar… É um som único!

Se por um lado os jogos com torcida única tiraram muito da festa e da disputa nas bancadas, por outro, permitiu ao time mandante criar uma festa incrível já que se ocupa 100% do estádio…

De verdade, a realidade do futebol que acompanhamos em 99,9% dos nossos posts é muito diferente do que vimos ontem. E não posso negar que a torcida do Palmeiras transformou a arquibancada em um verdadeiro espetáculo.

Em campo, o Palmeiras mostrou porque tem levantado tantas taças recentemente. O técnico português Abel Ferreira tem o time na mão e transformou o verdão em uma equipe extremamente competitiva. Não a toa estão invictos no paulistão 2022.

E a pressão do time alviverde dá resultado, e de penalty Rafael Veiga faz 1×0:

O Corinthians chega ao empate (também de penalty), mas após o escanteio (que se originou nesse lance) o Palmeiras chega ao segundo gol dando números finais ao jogo.

Foi uma experiência diferente das que costumo ter, mas muito interessante, para renovar a visão sobre a realidade do futebol brasileiro desses grandes times que movimentam verdadeiras multidões!

Ainda que as arenas tenham inúmeros pontos que não se adequam ao estilo de futebol que mais me agrada, é legal ver a proximidade da torcida com os times e com o banco de reservas.

Fica um abraço aos amigos que me acompanharam nessa jornada: Renato, Luis Felipe y Fiorella.

Um último olhar antes de irmos embora… E vamos com mais uma boa memória sobre o futebol!

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O EC Santo André se mantém na série A1

É isso aí! Para quem não torce para um time milionário, permanecer mais um ano na série A1 vale tanto quanto um título! E foi sabendo disso que o Ramalhão entrou em campo no sábado, 12 de março de 2022.

O palco do jogo era o Estádio Municipal José Batista Pereira Fernandes, mais conhecido como Distrital do Inamar, uma das melhores opções para quem gosta de ver seu time de perto!

Ambos os times ainda lutavam contra o receio do rebaixamento par aa série A2, e viu uma boa presença de suas torcidas.

Aliás, o Água Santa e sua torcida souberam manter a ideia de quando ainda eram um time amador e recebem muito bem as torcidas visitantes. Não me lembro de nenhum caso de problemas envolvendo sua torcida.

A torcida do Água Santa além de comparecer em bom número ainda exibiu uma série de bandeirões e “camisões”, que eu acabei não registrando, mas que deram um colorido especial ao estádio

Do lado Ramalhino, também houve uma boa presença de público, e todos estavam apreensivos, mas animados!

O Estádio Distrital do Inamar passou por uma reforma e agora possui duas áreas para a torcida visitante aquela antiga lateral onde costumávamos ficar e a parte de traz do gol, de onde fiz essa foto:

Abraço especial aos amigos que me acompanharam nessa jornada: Furlan e Pedrão!

E também às organizadas que mais uma vez souberam fazer uma verdadeira festa nas nossas bancadas.

Em campo, o que se viu foi um jogo bastante pegado, como deveria ser, com um primeiro tempo bastante equilibrado.

O segundo tempo foi ainda mais quente! Além dos 35 graus que torravam nossas cabeças, logo aos 9 minutos Lucas Tocantins fez a alegria da torcida, em especial da namorada dele que assistiu o jogo ali no meio da galera, marcando 1×0 pro Ramalhão!

Mas…. Nem tudo era festa pro Ramalhão… Algo estranho pairava no ar, literalmente…

Todo aquele calor acabou se transformando em chuva…

E a nossa vitória transformou-se em um empate, após um escanteio do time local… 1×1.

Molhados mas nem por isso menos empolgados, os torcedores seguiram apoiando o Ramalhão, uma vez que esse ponto poderia ser importante para a permanência do time na série A1…

E assim o foi. A partida terminou em 1×1, mas a derrota da Ponte Preta por 5×0 para o Corinthians garantiu o Ramalhão matematicamente na primeira divisão 2023.

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O futebol em Jaguariaíva-PR

Ah, a estrada… Desta vez, ela nos levou pelas lindas montanhas do Paraná até uma cidade pouco conhecida: Jaguariaíva.

Confesso que nunca tinha ouvido falar de Jaguariaíva mas ao dar uma rápida busca no Google vi que sua presença no futebol foi muito importante, então… Vamos conhecer e registrar mais um estádio!

A cidade também surgiu do violento encontro dos bandeirantes paulistas, tropeiros de gado e os indígenas pelo caminho que liga Sorocaba ao Rio Grande do Sul. Seu nome é referência ao Rio Jaguariaíva que corta o município.

A estação de Jaguariaíva, antigo pouso de tropeiros, foi inaugurada em 1905, permanecendo como ponta de linha por mais de dois anos e meio, até ser aberta a estação de Fábio Rego, no caminho para Itararé

E foram os ferroviários da cidade quem criaram um clube social para o seu entretenimento e de seus familiares e que é motivo de orgulho para a cidade: o Esporte Clube Recreativo Ferroviário!

O ECR Ferroviário foi fundado em 1º de março de 1939, e manda seus jogos no Estádio Francisco Cyrilo da Costa. E lá fomos nós conhecer esse charmoso estádio.

O ECR Ferroviário tem uma grande tradição no futebol amador, tendo a Associação Atlética Matarazzo como grande rival local. Esse era o time de 1953:

Aqui, outra bela formação do Esporte Clube Recreativo Ferroviário, no ano de 1971 (Fonte da foto: página do Facebook):

Mas o time fez história ao disputar o Campeonato Paranaense da Terceira Divisão em 1999 sagrando-se vice-campeão, perdendo o título para o Telêmaco Borba, mas garantindo o acesso à série A-2 de 2000. Infelizmente o time disputou apenas um ano e pelo alto custo com o futebol profissional, licenciou-se das competições profissionais. Mas o Estádio Francisco Cyrilo da Costa segue lá, firme e forte!

Infelizmente, o portão de acesso estava fechado…

Mas pelo menos dali do portão deu pra ver um pouco da estrutura do estádio, como seus vestiários:

O gramado tem sido cuidado, provavelmente o time permanece em suas disputas profissionais.

Pelo portão lateral pudemos fazer um filme do campo:

Olha a arquibancada ao redor do campo:

Aqui dá pra se ter uma boa visão do gol da esquerda:

Aqui o meio campo, com o vestiário do outro lado:

E o gol da direita:

Olha aí que belo masacote!

E assim, voltamos à estrada!

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O Operário e o futebol de Ponta Grossa

Feriado de 7 de setembro de 2021… Uma manhã de chuva nos recebe na chegada a Ponta Grossa, no estado do Paraná.

Eu sempre ouvi falar de Ponta Grossa, principalmente por conta do time do Operário, e quem diria que enfim vou conhecer a cidade, onde vivem mais de 355 mil pessoas e um de seus estádios mais importantes!

Pra quem não sabe,Ponta Grossa é uma baita cidade. Possui o maior parque industrial do interior do estado do Paraná.

Diz-se que o nome “Ponta Grossa” foi dado pelos tropeiros, que utilizavam o aspecto geográfico para se localizarem. Aliás, quando o pintor francês Jean Baptiste Debret (que integrou a Missão Artística Francesa no Rio de Janeiro) esteve pelo sul, ele pintou o morro que deu origem ao nome:

A região sempre foi muito movimentada: da ocupação original indígena, passando pelas bandeiras portugueses, pelas expedições francesa e espanhola e pelos tropeiros. A partir do séc XIX, com a instalação de fazendeiros começa a nascer a freguesia que em 1823 adotou o nome de Estrela, tornando-se, em 7 de abril de 1855, o município de Ponta Grossa, elevado à cidade em 1862. Dê cordas à imaginação olhando esse desenho, que ilustra um artigo na Brasil Cultura sobre o troperismo no Paraná (leia aqui)

Em março de 1894 foi inaugurada a Estrada de Ferro Curitiba-Ponta Grossa, e anos depois a Ferrovia São Paulo-Rio Grande do Sul, por onde passaria Getúlio Vargas e suas tropas no momento da “Revolução de 30”.

Além do futebol do Operário, também estávamos ávidos por conhecer o Parque Estadual de Vila Velha (clique aqui e visite o site do parque),

O Parque é um grande sítio geológico com formações que lembra uma cidade medieval com seus castelos e torres em ruínas.

O parque surgiu em 1966, como forma de proteger as formações rochosas, esculpidas pelas erosões eólica e pluvial nos arenitos.

São três sítios. O mais conhecido é o dos Arenitos, com sua enorme coleção de grandes blocos esculpidos em formas exóticas.

Os arenitos remontam ao período Carbonífero há aproximadamente 340 milhões de anos.

Existe ainda o de Furnas, com três crateras com paredes verticais, erodidas no solo, a maior delas com cerca de 100 metros de profundidade, metade da qual coberta de água.

E por fim, a Lagoa Dourada, assim chamada pelo efeito criado pela água cristalina e a coloração de suas areias nos poentes.

Enfim… É um passeio bem bacana pra ser feito! Mas, falemos um pouco do futebol de Ponta Grossa. E pra me ajudar nessa tarefa contei com a obra de José Cação Ribeiro Júnior:

Segundo o autor, Ponta Grossa é considerada o ponto de início do futebol paranaense já que sediou o primeiro jogo do estado: Ponta Grossa SC 1×0 Ginástico Turverei de Curitiba, em 23 de outubro de 1909. E mais uma vez a Ferrovia foi a responsável por esta febre, já que o time do Ponta Grossa SC era um juntado de trabalhadores ferroviários!

Os dois primeiros times de Ponta Grossa foram o Riachuello Football Club e o Rio Branco Football Club, nascidos em 1911, mas logo, surgiu oficialmente aquele que daria origem ao atual Operário Ferroviario e que é hoje o mais importante da cidade! O time passou por várias mudanças como se pode ver na coleção de distintivos que já teve:

Aqui, o time de 1916:

Mas não se pode falar do futebol de Ponta Grossa sem citar outros times, principalmente o o Guarani SC, criado em 1914, para representar a turma do comércio da cidade), com seu lindo escudo rubro-negro e agora com mais de um século de tradição:

O Guarani disputou 17 edições do Campeonato Paranaense entre a primeira e a segunda divisão, e segue jogando o amador da cidade, mandando seus jogos no Estádio Joaquim de Paula Xavier.

Em 1914, surgiu o CA Pontagrossense e em 1915, os integrantes da Banda União e Recreio formam o União e Recreio Sport Club, que em 1922, fez uma fusão com o Campo Alegre passou a se denominar União Campo Alegre e participou dos campeonatos estaduais de 1926 e 27.

Atualmente, o União Campo Alegre manda seus jogos no futebol amador no Estádio Nilton Salles Rosa.

Em 20 de novembro de 1920, no bairro chinês surge o Olinda Sport Club, tendo como base o time da serraria Olinda. Com a conquista do Campeonato do Interior e do citadino, o Olinda decidiu o Campeonato Paranaense de 1935 com o Coritiba, mas perdeu os dois jogos.

O Olinda EC ainda disputa o amador e manda seus jogos no Estádio André Mulaski.

Nos anos 20, já haviam outros times disputando futebol na cidade, como o Universal Sport Club, o Tiro 21, Comercial SC, Vila Estrela FC, Americano, Esperança EC, Bloco Esportivo Paranaensee o América. E em 1930, é fundado o Nova Rússia Esporte Clube, com a meta de fazer frente ao Operário.

Em 1933 cumpriu sua meta ao vencer o título citadino e disputar o Paranaense de 1933 (vice campeão), com o time abaixo:

Nos anos 70, surge a Associação Pontagrossense de Desportos, fruto da impensável fusão entre os rivais Operário Ferroviário EC e o Guarani SC, disputando o Campeonato Paranaense de 1971 até 1974.

Esse é o time de 1972:

Em 1994, mais uma vez o Operário entrou em crise e se licenciou. Surgiu aí o Ponta Grossa Esporte Clube.

O Ponta Grossa EC disputou a Divisão intermediária de 1994 e a primeira divisão de 1995 a 98. Esse é o time de 1995:

Em 2000, ocorre uma nova fusão com o então licenciado Operário Ferroviário até 2001. O Ponta Grossa EC continuou a sua caminhada até 2003, quando vendeu sua sua vaga na divisão principal para a ADAP de Campo Mourão.

Em 2004, a Prefeitura Municipal decidiu apoiar o Operário restaurando o Estádio Germano Krüger e recebendo apoio de grupo gestor que fez o clube voltar à atividade. A partir de 2015 que começa uma grande revolução no time, começando com a conquista do título paranaense.

Em 2017, foi a vez de ganhar a Série D e no ano seguinte, a Série C do Campeonato Brasileiro, disputando desde 2019 a Série B.

E foi para conhecer um pouco mais de perto uma parte dessa história que decidimos visitar o Estádio Germano Krüger, a casa do Operário Ferroviário Esporte Clube.

O estádio tem capacidade atualmente para pouco mais de 10 mil torcedores.

O Estádio Germano Krüger foi inaugurado em 12 de outubro de 1941 e é um verdadeiro alçapão. Vamos dar um rolê lá dentro?

Embora tenha sido construído em terreno da Prefeitura, em setembro de 2020, houve a cessão de posse ao Operário F.E.C. que passou a ser oficialmente o proprietário do estádio.

Assim, dentro do Estádio existem diversas menções ao time e aos títulos do Operário!

Olha aí o bar do time dentro do estádio!

Essa é arquibancada coberta:

Aqui, a vista dessa arquibancada lá do lado de fora:

Fizemos os registros do campo, para se ter uma ideia do todo, começando pelo meio campo:

O gol do lado esquerdo:

O gol do lado direito:

Mais uma missão cumprida que nos enche de orgulho e de boas energias…

Até o pica pau curtiu esse campo!

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Uma noite para entrar para a história do futebol profissional de Mirassol!

Quando vi o sorteio dos jogos da primeira fase, logo pensei: “Esse Mirassol x Grêmio será um jogão…” Quando oficializou-se a data da partida na 3a feira de carnaval, vi que não teriam desculpas para perder esse jogo.

Assim, eu e a Mari saímos de Santo André na 6a feira dia 25/2, passando por Ibirá pra conhecer o parque das águas termais e também o Estádio Municipal “Godofredo Pagliusi”

Depois, fomos rever a cidade de José Bonifácio, cujo time homônimo segue desfiliado no profissional e seu estádio, um pouco esquecido…

Passamos ainda por Neves Paulista pra trombar a família do Rodrigao (que nos acompanhou no jogo) e o rever o Estádio Ignácio Vasques, a casa do CA Nevense!

E, por fim, ficamos em São José do Rio Preto até o dia do jogo, o que nos permitiu visitar os estádios da cidade.

Mas, a grande atração desse carnaval era o jogo da Copa do Brasil. E chegando em Mirassol, o clima era de pura empolgação! O time vem bem no Campeonato Paulista e podia se ver o entorno do estádio coberto de verde e amarelo!

Vários torcedores do time gaúcho estavam nos bares próximos ao Estádio Municipal José Maria de Campos Maia e foram muito bem recebidos.

Tinha até material do time gaúcho a venda por ali…

Pra nós… Era uma honra participar dessa festa, independente do placar! Vale lembrar que Mirassol é uma cidade com pouco mais de 60 mil habitantes e que o simples fato de chegar à Copa do Brasil já deveria ser comemorado como um feito incrível!

A Fúria do Leão (organizada do Mirassol) foi receber o time com fogos e muita cantoria! No Insta do time tem um vídeo mostrando essa ação: https://www.instagram.com/p/CalDwtepblq/

Uma forte chuva momentos antes do jogo acabou diminuindo um pouco a presença do público, mas nossa turma não se intimidou e levou a amizade ao campo!

A torcida do Mirassol foi chegando e aos poucos colorindo as arquibancadas do Estádio Maião!

A torcida do Grêmio também esteve presente com torcedores comuns, além da Geral e da Jovem.

Agora, era chegada a hora… E lá vem os times!

Perfilados duas histórias distintas… Uma disputa única, ou pelo menos foi a primeira vez que se enfrentaram…

Hora do último papo entre o time local: a classificação é a meta para coroar um trabalho de qualidade que vem sendo feito há alguns anos no time.

E não é que o jogo começou quente? 5 minutos do primeiro tempo e após uma bomba chutada de longe o goleiro do grêmio deu rebote e Camilo, o xodó da torcida local fez 1×0 de cabeça!

E o time da casa manteve-se no ataque! Aqui, um escanteio para o Mirassol:

Uma chuva chata começou a dar a cara e ajudou o Grêmio a se sentir em casa:

Vale lembrar que a partida marcava a despedida do técnico Eduardo Baptista que se transferiu para o time do Juventude.

A torcida do Mirassol não deixou de apoiar nem um minuto!

Mas mesmo com todo o apoio, o Grêmio soube ser copeiro e não apenas empatou (aos 19″ com Diego Souza), como virou o jogo aos 22 minutos com Bruno Alves. Ambos os gols em bolas paradas alçadas à área…

A torcida Fúria do Leão comandava as arquibancadas!

Mas o estádio todo (com exceção da área dedicada aos visitantes) sofria junto…

E o apoio da torcida deu resultado! O Mirassol lançou-se ao ataque e empatou a partida!

Assim, as duas equipes foram para o intervalo com o placar similar ao que iniciou a partida. Mas o empate ainda classificava o Grêmio.

Agora, é a vez do Leão brilhar em campo!! Mas antes ele deu um pulo ali pra trocar uma ideia!

O público divulgado foi de 4.480 torcedores pagantes (quase 8% da população). Uma noite que chacoalhou a cidade!

O lado onde fica a torcida organizada estava praticamente completo!

Hora do pessoal voltar para a arquibancada… Vem aí 45 minutos que vão decidir o jogo…

E o segundo tempo se inicia!

A torcida local começa o jogo já de olho no relógio sabendo que teriam 45 minutos para achar um gol.

O clima na arquibancada era apreensivo…

A chuva ameaça voltar no início do segundo tempo, mas agora, muito mais fraca.

A Mari foi dar um rolê aleatório e assitir o jogo ali da grade!

Mas, antes mesmo do décimo minuto, até eu eu entrei na festa… Mirassol 3×2!

O terceiro gol era tudo o que a torcida do Mirassol queria para poder se divertir e passar a pegar no pé dos gremistas:

Mas, uma jogada meio sem querer levou à expulsão do meia Camilo… O Mirassol deveria jogar com um a menos até o fim da partida… Mesmo assim, o time ainda leva perigo com essa bela falta…

O teeeeeeeeeeempo passaaaaaaaaaa…. Mas a partida não chega ao fim… É um sofrimento coletivo …

Até que …. Fim do jogo!!! O Mirassol faz historia e elimina o Grêmio!!

Hora de voltar pra casa, em meio a uma torcida que lembrará pra sempre dessa noite!

Fica aí o nosso lembrete dessa noite incrível!

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