A despedida do Ramalhão no Campeonato Paulista 2022

Quarta feira, 23 de março de 2022.

Um dia muito especial para a torcida do Santo André! Mais uma vez, contrariando as estatísticas chegamos às quartas de final do Campeonato Paulista, sem dúvidas, o estadual mais difícil do Brasil. Então, ao som do Tango 14 fomos até Bragança conferir o que prometia ser uma incrível peleja!

Bragança não é assim tão longe mas ainda mantém um ar de cidade do interior…

Vale lembrar que não é a primeira vez que estivemos lá, clique aqui e veja como foi nosso último rolê por Bragança para acompanhar os estádios da cidade.

Infelizmente o histórico de incidentes entre torcedores do passado coloca em alerta aqueles que vão ao jogo de maneira “autônoma”, então para evitar qualquer problema, cheguei cedo pra conseguir parar próximo à entrada dos Visitantes (ainda bem que o pessoal do trabalho entende a importância desse jogo pra mim).

Aproveitei pra encontrar bons amigos: da esquerda pra direita temos o Raoni, o Rodrigo e o Mário Gonçalves, este último escreveu o livro sobre o time do SC Atibaia e há 2 anos nos convidou para acompanhar o evento de comemoração de aniversário do Grêmio Atibaiense.

Uma vez celebrada a amizade, era hora de trocar de roupa e seguir para a arquibancada do Estádio Nabi Abi Chedid, outrora conhecido como Estádio Marcelo Stefani!

Ainda havia sol quando terminei de aprontar as bandeiras. A van com outros torcedores também chegara.

O Mário mandou uma foto lá do outro lado, pra gente poder ter ideia do visual.

Enfim… Pronto para a partida, mas ainda faltava quase uma hora pro jogo começar kkkk.

Nem todo mundo entende o prazer de estar em um estádio tanto tempo antes da partida começar, mas é aí que as amizades se fortalecem, que as boas conversas acontecem e que a relação com os estádios se constrói.

Nem percebi quando finalmente o sol se foi e os times se colocaram em campo.

O jogo começa e não dá pra negar… O time do Red Bull Bragantino é mais forte que o nosso, e simplesmente não conseguimos criar nenhuma jogada. Ao menos, nossa zaga mantém-se firme e vamos segurando o 0x0 enquanto possível. Aguenta aí, Marques…

O estádio até que tinha bastante gente, mas confesso que esperava uma loucura muito maior por parte da torcida local…

Mas ainda assim, a festa estava feita no Estádio Nabi Abi Chedid!

O nosso lado até que estava animado, mesmo sem a chegada das torcidas organizadas do Santo André.

Não me senti mal quando o habilidoso atacante Artur veio costurando e fez 1×0 para o time local. Realmente os primeiros 45 minutos não foram nossos. Aliás, dê uma olhada nos melhores momentos do jogo:

E não deu nem pra dizer que passou um filme na cabeça, porque infelizmente nesse modelo que ainda precisamos enfrentar, de montar um time em janeiro para jogar apenas até o fim de março, deu no máximo para passar uma série da Netflix… Um enredo sempre emocionante, mas só agora alguns personagens começavam a marcar nossa lembrança… Mas fica aí o registro dos nossos heróis de 2022:

Provavelmente não veremos a maioria deles de novo. Mas mesmo perdendo de 1×0, e com poucas chances de virar o jogo, o início do segundo tempo fez nossa torcida se animar… Chegavam as nossas Torcidas Organizadas – Fúria Andreense e Esquadrão Andreense (que ficaram por mais de uma hora sendo revistadas na entrada da cidade):

Aí, mesmo com o placar adverso, tivemos 45 minutos de uma despedida como deveria ser…

Esses, entra ano e sai ano, continuam aí na bancada. Fazendo o possível e o impossível para apoiar o time e pra manter viva a cultura do torcer.

A animação seguiu independente do placar, mas necessário dizer que o próprio time pareceu ter sentido a boa energia e teve nos 30 minutos finais uma atuação bem melhor.

Destaque para as lindas bandeiras homenageando os campeões da Copa do Brasil de 2004.

Assim, entre a tristeza da desclassificação e a alegria de estar em meio aos amigos, aquela quarta de final em jogo único foi se esvaindo e dando lugar à lembranças do passado, mesmo recente e também ao futuro…

Pra alguns, trata-se de um esporte. Pra outros, um jogo. Pra mim, uma cultura, um estilo de vida, uma paixão.

Confesso que ainda acreditava num empate até os acréscimos… Uma disputa por penaltis seria incrível!

Mas, permito me parafrasear uma amiga que recentemente escreveu sobre seu time “Quando você perde, eu te amo mais!”. E é isso mesmo. Se ficamos felizes com as nossas vitórias e conquistas, é nesse momento, a poucos minutos do fim do campeonato que o nosso amor pelo Ramalhão não cabe mais em nós e se transforma em lágrimas, em emoção, em orgulhos… Só nos resta agradecer. Ao time, diretoria e torcida, que ficou quase 10 minutos depois do fim do jogo cantando seu amor ao time…

Independente do modelo “Red Bull” ter pontos que não me agradam, eu não seria hipócrita em desmerecer a alegria da torcida local e a força do time em campo. Parabéns aos torcedores de Bragança.

E aqui, meio desfocada, fica a foto com que fechamos o Paulistão 2022, já na saída do estádio. Obrigado, Ramalhão!

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Ah, eu te amo Ramalhão!!!

19 de março de 2022.

O Campeonato Paulista 2022 chega à sua última rodada da primeira fase. O EC Santo André entra em campo contra a Inter de Limeira para definir o seu futuro.

Aliás, como reforçou o site Futebol Interior (a foto abaixo é deles), o time entrou em campo bem acompanhado!

E o jogo teve novidades fora de campo!! O Ramalhão levou sua loja oficial para a arquibancada e fez a alegria da torcida com preços promocionais para queima de estoque de peças antigas!

Outra boa surpresa foi a presença do nosso eterno zagueiro e agora treinador do sub 20, Gabriel, na nossa bancada. O amigo Renato Ramos, um dos fundadores e primeiro presidente da Fúria também estava por lá:

Outra coisa que chamou a atenção foi essa incrível camisa que estava com um torcedor ramalhino!! Incrível, não? Resume a campanha da Copa do Brasil de 2004!

Em campo, não corríamos mais risco de rebaixamento, mas jogando no grupo da morte (formado ainda por Red Bull, Ponte Preta e Santos), precisávamos vencer para garantir nossa vaga às quartas de final. E o público respondeu bem ao chamado!

Mais uma vez, esse foi um ano difícil. Os resultados que garantiram nossa permanência na A1 demoraram a vir e ainda havia quem desconfiasse do time. Assim, essa seria uma partida para selar a paz entre nossa própria torcida.

Mas nossa arquibancada também tem aqueles que desde o princípio compraram a ideia do técnico Thiago Carpini e da equipe montada.

As organizadas, mais uma vez deram show.

E vamos ouvir um pouco da Esquadrão Andreense, nossa “barra”:

O jogo começa e o Santo André se mexe bem e domina a posse de bola. E um diferencial fica claro desde cedo: Lucas Tocantins tem liberdade pelo lado direito, ganhando quase todas as bolas da marcação e criando lances de perigo. Em uma dessas jogadas, ele cruza a bola certeira para Thiaguinho fazer de cabeça 1×0. A festa estava oficialmente iniciada

Diferente do que ocorreu em outras partidas, o gol não fez com que o time recuasse, e logo, o Ramalhão deu um passo ainda maior para sua classificação. Após mais uma jogada individual, Lucas Tocantins foi derrubado na área: penalty!!

Resultado aprovado, Gó?

Vamos, vamos Ramalhão… Vamos jogar com raça, que na arquibancada…. “Nóis num para não”….

Com 2×0, nosso grupo “desorganizado” está sorrindo a toa:

O Flávio, que esteve ao nosso lado em tantos jogos nos anos 90 e 2000 deu as caras!! E, no meio, parecendo até pequenino, o gigante Anderson!!!

O amigão Neimar também tava na festa!!!

E dá lhe bateria!!!

A festa ameaça ficar ainda maior quando o árbitro assinala mais um penalty, mas infelizmente o VAR desmarcou o lance… ah, se precisássemos desse gol…

Acaba o primeiro tempo e nossa torcida tem todos os motivos para estar feliz 🙂 Olha aí o Gui e a Laysa. Temos uma boa historia com o Gui e o pai dele, quando lá em Barretos eles nos deram uma carona para passarmos em meio à torcida local (confira aqui esse role).

Aí o Gó, Simone, Lukinhas e o nosso meio brasileiro meio uruguaio Valter Bittencourt.

O Marques e seus incansáveis registros! Diz se por aí que graças aos filmes que ele faz das categorias de base que o Santo André consegue vender alguns dos nossos jovens jogadores.

E aqui, o seo Osvaldo, também conhecido como meu pai, que mais uma vez nos acompanhou em um momento histórico do Ramalhão. Ele também esteve no Maracanã em 2004, quando invadimos o campo após o título, relembre aqui como foi!

O segundo tempo começa e o calor absurdo dá lugar a uma incrível neblina.

Mas a festa nas arquibancadas não para!

E o Jão, guitarrista do Visitantes? Aprovou o resultado?

Com o resultado praticamente garantido, e uma leve garoa pra esfriar a cabeça, o torcedor ramalhino se vê aguardando o árbitro apitar o fim de jogo para enfim garantir a classificação.

Agora falta muito pouco…

E as torcidas organizadas decidem mais uma vez mostrar que a nossa bancada anda num bom momento e se reúnem para juntas mostrarem a força da nossa torcida!

Olho para o campo e vejo o árbitro levantar o braço indicando o final do jogo. Mais uma vez desafiamos os prognósticos e estamos o que? Repita aí Mau…

O Santo André foi a campo com: Jefferson Paulino; Jeferson, Luiz Gustavo, Carlão e Kevin; Serginho (Carlos Jatobá), Dudu Vieira, Bruno Xavier e Thiaguinho (Sabino); Lucas Tocantins (Rochinha) e Júnior Todinho (Lucas Cardoso). Técnico: Thiago Carpini.

E, claro, com a gente na bancada, né não, Matheus?

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EC Santo André 1×0 São Bernardo FC

Quarta feira, 2 de fevereiro. Verão no ABC, mas a tarde começa a esfriar. A partir das 17hs chega uma garoa, que logo se transforma em chuva. Com um tempo assim convidativo, o que mais se pode fazer a não ser encontrar os amigos na molhada arquibancada do Estádio Municipal Bruno José Daniel???

Nosso novo gramado é sintético. Não tem vida. Não se importa com a chuva. Não alaga, não faz poça, sequer suja a roupa de terra. São tempos tecnológicos. E se você acha que o seu campo de terra é raiz, pode aguardar… a sua hora vai chegar.

Um belo placar eletrônico pré montado indica: hoje é dia de dérbi! Santo André e São Bernardo se enfrentam na casa dos ceboleiros.

Pausa para um registro de mais um louco pelo Ramalhão: Pedro Paulo!

Fúria Andreense presente! Mas algo precisa ser dito a respeito da injusta proibição da entrada dos materiais (faixas, camisas e bandeiras) da torcida pela polícia militar. Não é justo uma atitude dessa com uma torcida que tem feito tudo de modo correto.

Sem as faixas da Fúria, o jeito foi a homenagem ao Ferreira e outras bandeiras ocuparem a parte central do estádio.

Tudo pronto, é hora dos times entrarem em campo!

O pessoal da Febre Amarela esteve desde o início da partida representando o Tigre.

O jogo começa quente com o Santo André pressionando alucinantemente o time do São Bernardo, com boa partida do Dudu.

Se o ritmo em campo é quente, a chuva na arquibancada é fria…

Mais uma pausa para registrar outro apaixonado pelo Ramalhão: Anderson!

Olha aí o pessoal da velha guarda: a TUDA.

A pressão segue quente, mas o Ramalhão não consegue abrir o marcador. O São Bernardo aproveita uma falta sofrida e gasta o tempo para segurar a pressão.

E dá certo… O jogo fica truncado e demora até o Ramalhão voltar a pressionar.

O primeiro tempo vai terminando e o Santo André consegue retomar as rédeas do jogo. Porém o São Bernardo ainda mandou uma bola que o nosso goleirão Jeferson Paulino espalmou e bateu no travessão antes do jogo acabar.

Pra quem gosta de ver o campo, esse é o lado direito:

É nesse lado que sai um escanteio pro Ramalhão… Será agora???

Aqui o meio campo:

E aqui, o gol da esquerda:

Algumas pessoas podem perguntar “Onde essa torcida está com a cabeça para aguentar tanto sofrimento por um time??”. A resposta é… “Em uma caixa”:

O segundo tempo começa e a Fúria, hoje “desuniformizada” segue no apoio!

A Esquadrão também faz muito barulho e agora, no segundo tempo, estará em frente ao ataque Ramalhino!

O time volta pior no 2o tempo e o São Bernardo agradece.

Mas o São Bernardo também reclama….

Nossa zaga mais uma vez se comportou muito bem, e suportou a pressão do time batateiro.

Será que na bola parada o Santo André vai abrir o marcador?

A árbitra Daiane Muniz dos Santos teve bastante trabalho. Mas mandou bem! Sempre bom ver as minas participarem ativamente do futebol jogando e/ou apitando.

O jogo caminhava para o fim… Aos 39 minutos o tradicional torcedor Ovídio manda “O gol vem aos 45”. Sempre gosto de ouvir o que ele fala, porque além de otimismo, as décadas de arquibancada deram a ele uma visão que poucos tem. 45 do segundo tempo: Gol do Ramalhão!

E na hora de ir embora, ainda deu pra fazer uma fotinho com o nosso goleirão Jefferson Paulino, enquanto tirávamos nossas bandeiras!!!

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