Em busca do Estádio Perdido em Porto Ferreira – 2012

Ah, a estrada… Incrível como existem opções de fugir, de viver, de viajar…

Dessa vez, a tal estrada nos levou à cidade de Porto Ferreira, para enfim conhecermos o belo Estádio Municipal, conhecido como Vila Famosa.

É lá que a Sociedade Esportiva Palmeirinha manda seus jogos.

O Estádio pertence à prefeitura municipal e já teve capacidade para mais de 8 mil pessoas, atualmente esse número foi reduzido para 5 mil torcedores.

O estádio pode ser pequeno, mas faz questão de ressaltar o time em todos os espaços possíveis, coisa que é difícil de se ver em muitos estádios.

Assim como toda a cidade de Porto Ferreira, a região do Estádio é bastante arborizada.

Infelizmente, não encontramos ninguém pra conversar sobre o campo ou sobre o time, mas pesquisando, descobrimos uma história bem bacana. Mas antes, sente o clima do role:

Em 1991, o Palmeirinha convidou o Corinthians, para um amistoso. O jogo serviria de inauguração da iluminação do estádio.

O time do Corinthians vinha com o goleiro Ronaldo, o volante Ezequiel e o meia Neto e demais jogadores, mas não é que o Palmeirinha honrou a rivalidade e venceu por 1 a 0?

O sistema de iluminação segue por lá…

As arquibancadas totalmente old school também seguem firmes. Quase firmes… A espera de novos desafios e torcedores.

E como esse mundo do futebol é cheio de coincidências, além do time ter o nome do principal rival do Corinthians, ainda é sede do Centro de Formação Chelsea, time que possivelmente enfrentará o alvinegro paulistano no mundial de clubes.

A bilheteria também parece ter saudades dos dias em que disputavam-se os ingressos…

Para maiores informações sobre o time, visite: www.sepalmeirinha.com.br.

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143- Camisa do Guarany de Sobral – CE

A 143ª camisa de futebol do blog foi presente do amigo Chiquinho, que embora viva atualmente em Santo André, tem suas origens lá no Ceará. O time defende as cores e a cultura do povo de Sobral. Falamos do Guarany Sporting Club, o Guarany de Sobral! A origem do nome vem do Dr. Antônio Guarany Mont’Alverne, primeiro médico de Sobral nascido na cidade. O time foi fundado em 1938 e seu distintivo lembra bastante o do Flamengo, seu uniforme também é rubro negro, entretanto essa camisa que eu ganhei é uma edição especial (pirata, claro hehehe) da terceira camisa. O mascote do time é o Cacique do Vale. Manda seus jogos no Estádio do Junco, com capacidade para 10 mil torcedores. Encontrei algumas fotos do final da década de 40, quando o time disputava as competições amadoras da região: A primeira conquista importante do time foi o campeonato 2ª Divisão do Estadual, em 1966, logo no seu primeiro ano de profissionalismo. Assim, em 1967, passou a disputar a primeira divisão. Em 1970, entrou pra história ao se tornar o primeiro time do interior a ganhar um turno do Campeonato Cearense, com o time: Aqui, outra foto do time na década de 70: Em 1999, nova conquista da segunda divisão do Cearense. Em 2002, o time chegou ao ponto mais alto de sua história ao conquistar o acesso para o Campeonato Brasileiro Série B. Em 2010, conquistou o acesso à série C, com o título da série D.

Em 2011, na série C, foi o 4º time que mais levou torcedores aos estádios no estadual. Em 2012, está disputando a série C e teve um difícil campeonato estadual. Possui quatro torcidas uniformizadas: a Força Jovem Guarany, a Guara-Raçam, a Torcida Alcoolizada Guarachopp e a Torcida Tribo do Cacique.

O hino do time:

Para maiores informações, o time possui o blog: www.caciquedovale.futblog.com.br  e o site oficial: www.guaranydesobral.com.br

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142- Camisa do Ypiranga – BA

A 142ª camisa da coleção vem novamente da Bahia, de onde já falamos do Bahia e do Colo-Colo.

Desta vez, vamos falar do lado dos excluídos de Salvador, por meio do time do E.C. Ypiranga, o terceiro maior campeão do estado.

A história do Ypiranga começa em 1906, num tempo em que o estado da Bahia era bastante diferente do que é hoje.

Mas, nem tudo era assim tããão diferente. Naquela época, assim como hoje, os jovens trabalhadores das classes mais baixas eram muitas vezes excluídos do convívio social e consequentemente da prática do futebol. Foi para reunir esses jovens operários e suburbanos que, em 1904, surgiu o Sport Club Sete de Setembro. Dois anos depois, o clube daria lugar ao Sport Club Ypiranga. O mascote do time é o canário.

Foi no Ypiranga que surgiu um dos primeiros heróis negros do futebol: Apolinário Santana, mais conhecido por Popó. Ele começou sua carreira aos 14 anos, e aos poucos tornou-se um líder do revolucionário time do Ypiranga, lutando contra o racismo que povoava o mundo do futebol daqueles tempos. Mas o time não era bom apenas no campo da ideologia revolucionária. Dentro de campo o time também empolgava e logo conquistaria o título de campeão estadual, em 1917, 1918, 1920 e 1921. Esse é o time de 1921: Os anos foram passando e o time foi mostrando o poder da união proletária da cidade frente à elite que tanto abusou da escravidão e do antigo regime imperial. Vieram novos títulos estaduais em 1925, 1928, 1929, 1932 e em 1939, com o time: A fase de glórias do Ypiranga caminharia até o título estadual de 1951, a última grande conquista do time canário. Nos anos seguintes, o Ypiranga enfrentou forte crise, tornando-se apenas um coadjuvante nas disputas. O time chegou por algumas vezes à segunda divisão, da qual saiu campeão em 1983 e 1990. Como ponto mais triste, o time se afastou dos campeonatos profissionais só voltando a disputar a 2ª Divisão do Campeonato Baiano de Futebol em 2010, por meio de novos administradores. Aqui, um vídeo do time de 2011:

Olha como eles estavam chamando a galera:

Entre sua torcida, um torcedor ilustre e destaca: Jorge Amado. Para maiores informações sobre o time, o site oficial é http://www.esporteclubeypiranga.com.br/

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As aventuras de 2 hinchas de LA U em Santo André

O torcedor brasileiro é bem confuso.

“Baba o maior ovo” pra Libertadores e trata a Copa Sulamericana, como se fosse um castigo ao qual alguns clubes são obrigados a sofrer.

Dessa forma, a RECOPA acaba sendo ainda menos importante. Prova disso é que apenas pouco mais de 30 torcedores santistas foram até o Chile acompanhar o jogo de ida contra a La U.

A mostra de como o restante da América Latina trata essas competições foram os 3 mil torcedores chilenos que vieram ao Brasil acompanhar a final contra o Santos, da qual o time praiano saiu campeão.

A foto abaixo é do ótimo blog www.futeboldecampo.net e mostra os chilenos no Pacaembú.

Pra mim, o futebol é uma cultura de amizade e união. Assim, a Sulamricana (e a RECOPA) é uma oportunidade incrível para conhecer novos times e novas pessoas.

Por isso, fiquei contente com a possibilidade de conhecer Jose Miguel e Javi, dois torcedores da “La U”, que ficaram até o final da semana, após o jogo.

Aproveitamos para apresentar a eles um pouco sobre o nosso time e nossa cidade: Santo André. Aqui, em pleno Estádio Bruno José Daniel (ainda fechado para os torcedores):

Difícil foi explicar porque o estádio foi demolido e ainda está fechado ao púiblico… Ao menos pudemos entrar no campo e dar una noção da grandeza do nosso time e estádio.

Ainda demos uma passada na sede da Torcida Fúria Andreense e conseguimos deixar de presente algumas camisas do Ramalhão para eles.

Mas o rolê não se limitou ao futebol! Estivemos em alguns lugares que curtimos aqui, em Santo André. A começar pelo Pub Ace:

Tabém passamos boa parte do tempo no Ativismo ABC, uma casa autogestionada com diversos projetos ligados à ecologia e novas ideias.

E como eles vivem perto das Cordilheiras, levamos a galera pra um rolê nas nossas montanhas, o Pico do Jaraguá.

Pra quem nunca fez, a trilha que leva ao alto do morro é bacana e em menos de uma hora de caminhada você chega ao alto.

Uma vez lá em cima, o negócio é aproveitar a vista da cidade de São Paulo. Dá pra perceber que o crescimento da cidade parece um câncer que consome a natureza a cada dia…

Também tivemos a companhia de Gabriel Uchida e da Júlia!

De volta ao ABC, fizemos um intercâmbio cultural culinário apresentando algumas das frutas brasileira, numa casa de sucos que agente adora, ali na Rua General Glicério, em Santo André. Também teve espaço pro punk rock, harcore e hip hop, na tradicional banca do Toninho (que também manja muito de futebol!).

Pra fechar o rolê, despedida no Aerolanches, tradicional lanchonete de Santo André.

  Pra quem acha que futebol se resume ao jogo e que a relação entre as torcidas tem que se basear em brigas, competição e violência fica aí o exemplo. Apoie o time da sua cidade!

SOMOS LATINOS!

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O futebol em Iracemápolis

6 de outubro de 2012.

O futebol já ajudou milhares de cidades a escrever seu nome na história do esporte nacional.

Entretanto, existem algumas que acabaram esquecidas pelo grande público, mesmo tendo seus momentos heróicos.

E foi em busca dessas histórias já desgastadas pelo tempo que fomos até Iracemápolis

O futebol de Iracemápolis teve como principal representante o Clube Atlético União Iracemapolense, o CAUI, fundado em 1 de maio de 1946. Escudo vindo do incrível site Escudos Gino!

O time representava a cidade e tinha o apoio da Usina Iracema, atualmente pertencente ao grupo São Martinho.

O CAUI participou de nove edições do Campeonato Paulista de Futebol Profissional, entre a terceira e a sexta divisão, de 1986 a 1992, quando se desligou da Federação Paulista de Futebol.

O mascote do time era um Pé de Cana.

Procurando informações no Google, descobrimos o Estádio Municipal Alpino Pedro Carneiro, onde o time teria mandado seus jogos nos campeonatos profissionais, assim, fomos até a Rua Duque de Caxias para conhecer esse histórico campo!

Se o Estádio não tem uma boa fachada identificando seu nome, ao menos encontramos algumas placas comemorativas bem bacanas.

Embora a placa acima mostre a data de 1988, essa outra placa mostra que a conclusão do Estádio acontecera antes, em 1978:

O Estádio tem capacidade para 3.200 torcedores e está em boas condições, embora só receba partidas do futebol amador.

A arquibancada é de cimento, com pouco mais de 10 degraus e uma distância segura do campo, para a tristeza dos torcedores mais exaltados…

Aproveitei a presença do pessoal que jogava um baralho ali pra ouvir um pouco sobre o futebol local.

Iracemápolis

O que eu descobri é que a verdadeira “casa” do CAUI não era este estádio, mas sim um segundo estádio, localizado próximo da Usina Iracema, assim, nos despedimos desse belo templo do futebol e fomos em busca desse segundo campo.

E não é que encontramos mais um belo Estádio, o Dr. Dimas Cêra Ometto!!

Estádio Dr. Dimas Cêra Ometto
Estádio Dr. Dimas Cêra Ometto

Infelizmente ele também está dedicado apenas ao futebol amador, atualmente.

Estádio Dr. Dimas Cêra Ometto

Mas já recebeu jogos históricos. Fuçando no site “Jogos Perdidos“,  encontrei uma súmula de um jogo contra a A.A. Chavantense, de 1988.

E 1988 foi um ano especial para o CAUI, pois foi quando conseguiram o acesso para a série A3. Olha que belo quadro encontrei no bar do estádio!

Aliás, o bar do Estádio tem outra fonte de histórias incríveis, trata-se de Toninho e Neuza, que cuidam de lá e sabem bastante da história do futebol local.

Mostraram essa outra foto do time, já nos seus anos finais:

Segundo eles, esse é o time amador que mais joga (e bebe) atualmente no estádio:

Vale a pena um olhar ainda mais romântico para as arquibancadas, de madeira, do Estádio…

Os bancos de reserva também preservam em sua própria madeira a memória de décadas de futebol amador e profissional…

Outro ítem bacana do estádio são os vestiários:

O campo está em bom estado, como pode se ver:

Mais uma placa histórica:

Assim, marcamos presença em mais um santuário histórico do futebol! Antes que você pergunte, foi aqui em Iracemápolis que o Elano (atualmente no Grêmio, mas ex atleta do Santos e da seleção brasileira) começou sua carreira, mas pra mim, essa é uma história de menor valor local.

Ah, mas antes de irmos embora o nosso guia, o “Tio Lúcio” experimentou um pouco da culinária do estádio local (e aprovou!).

O Estádio fica perto da Usina Iracema, que ainda funciona a todo vapor, mas que já não apoia o futebol como outrora!

Missão cumprida, é hora de pegar a estrada de volta com direito a uma parada em um ponto especial, em Limeira, a “Casa de suco Pessatte”, onde por R$ 3 se bebe quanto suco natural de laranja quiser… Mais informações: http://www.pessatte.com.br/

Graças ao Lúcio, nosso guia, decidimos passar por alguns lugares tão próximos quanto pouco divulgados, a começar pelo Rio Piracicaba, ainda na cidade de Americana:

A barreira da represa de Salto Grande forma uma bela cena, há menos de 100km da capital…

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antes que ele vira apenas história…

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Basquete em Santo André relembra o Estádio

O basquete feminino de Santo André está sempre se esforçando para estar entre os melhores times das competições que disputa. E não é graças ao apoio da Prefeitura, ou mesmo da população. É questão de raça das meninas atletas e das envolvidas, principalmente da técnica Laís Elena.

Como era uma 5a feira a noite, era de se esperar que a casa estivesse mesmo vazia… Mas lá fomos nós pra acompanhar o jogo contra as líderes do time de São José dos Campos.

Pra quem não tem acompanhado o basquete feminino brasileiro, é bom saber que a atual geração joga com muita raça, é um jogo forte, legal de se assistir.

As arquibancadas do Pedro del´Antonia mereciam estar repletas, ainda mais sabendo que o jogo é gratuito. Um país que vai sediar as Olimpíadas precisa começar a divulgar mais os esportes…

Bacana ver que mesmo nas arquibancadas do basquete o protesto pela liberação do Estádio Bruno José Daniel estava presente!

Falando sobre o jogo, após um início disputado, o time de Santo André terminou a metade do jogo liderando e conseguindo se manter na frente do placar, porém o terceiro quarto trouxe um São José ávido pela vitória e conseguiram a virada.

Mas, as meninas de Laís Elena mostrarm que não falta fibra e técnica para esse time e no último período deram a vitória ao quadro andreense por 62 a 59 e agora divide a liderança do campeonato com o próprio São José.

Parabéns aop trabalho realizado e ao público (ainda pequeno) que acompanhou a partida.

Ficam aí algumas imagens do jogo:

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CQC apoiando o Ramalhão!!!

Ta aí o motivo da nossa luta. Cadê a tal reforma, prometida pela Prefeitura de Santo André?

Ficou no papel? Não. Eles simplesmente fizeram a parte mais fácil (demoliram a marquise coberta) e deixaram pra acabar depois das eleições.

Pra piorar, criaram um embrólio burocrático que não permite a nós torcedores Ramalhinos acompanharmos nosso time do coração de dentro do estádio.

Para pressionar a Prefeitura a cumprir o prometido, alguns torcedores chamaram o pessoal do CQC para acompanhar o nosso martírio, e não é que eles foram lá acompanhar Santo André 0x3 Brasiliense (bando de pés frios).

Diferente do que os defensores do atual prefeito pensam, esse movimento não foi para favorecer um ou outro partido nas eleições, mas para conseguir uma solução para um problema que nos afeta há mais de um ano.

Mas em Santo André nada é fácil.

Além de levar uma sacolada em campo para o Brasiliense, fora do estádio, tivemos companhia durante boa parte da partida. Sabe como é, para sua proteção…

Engraçado que para o pessoal do CQC ninguém foi falar nada, mas era só eles sairem de perto…

Não houve nenhum tipo de enfrentamento, mas eu questiono a postura “pronta pra guerra” que a Polícia tem tido conosco..

No meio da bagunça achei um adesivo do Lixomania, grande banda mostrando que sempre tem algo de punk no meio das rebeliões!

Com o jogo morno (e perdido) em campo, a galera se concentrou em ajudar o pessoal do CQC entender o que estava acontecendo.

O resultado final taí pra quem quiser ver. Eu gostei, só falta saber se a prefeitura vai mesmo conseguir entregar…

E que fique de resposta aqueles que estão sepultando nossa alegria, nossa cultura. O povo de Santo André está unido!

Fizemos até um clipe sobre essa situação, veja aí:

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