Confesso que eu só fui conhecer o time com a propaganda da Coca-Cola, mas desde então sempre fiquei com eles na cabeça.
Por isso, fiquei empolgado quando o amigo portenho Checho apontou pro lado e disse “Mauri, ahi estan los de Yupanqui”. Óbvio que pedi pra ele dar uma paradinha e desci com o outro amigo (esse brazuca mesmo) Edu Parlamento para eternizar nossa presença junto ao time!
O “Club Social y Deportivo Yupanqui” é um time que foi fundado em 12 de outubro de 1935, por um grupo de jovens da “Villa Lugano”, e nasceu focado no basquete. Em 1976, se afiliou à AFA (Asociación del Fútbol Argentino) e passou a disputar a quarta divisão (a “Primera D”, que a partir de 1987 passou a ser a quinta divisão).
O time tem forte ligação com o bairro, que fica na periferia de Buenos Aires.
24 de maio de 2015, é dia do nosso primeiro jogo do ano, da segunda divisão do Campeonato Paulista, a querida “Bezinha”.
Decidimos rumar para São Carlos, pois até então nunca havíamos assistido um jogo no Estádio Municipal Professor Luis Augusto de Oliveira.
No caminho, que tal admirar um pouco uma réplica do DeLorean, do De Volta Pro Futuro?
Essa belezinha está exposta no Graal próximo de São Carlos. Vale a pena a visita!
Até o painel é idêntico!
Hora de decidir… São Paulo ou São Carlos?
Uma vez na cidade, é hora de achar o Estádio!
A cidade de São Carlos é mais uma dessas jóias escondidas pelo interior paulista. Uma arquitetura ainda bastante preservada, em meio ao visível desenvolvimento urbano, econômico e sócio cultural pelo qual as pessoas vem passando.
Esperamos que o povo de São Carlos saiba equilibrar o crescimento à preservação da história da cidade, para que as futuras gerações possam admirar toda a beleza das casas e prédios antigos, e principalmente da estação de trem.
Foi bacana ver que parte da cultura segue valorizada… Na mesma esquina do Estádio, encontramos vários violeiros preparando-se para mais um encontro.
E na frente do estádio… O delicioso “Churros do Chaves”…
Mas enfim, chegamos ao “Luisão”, estádio onde o São Carlos manda seus jogos.
Mais uma bilheteria para nossa coleção!
E mais um ingresso, afinal, não basta fotografar, tem que apoiar nem que seja simbolicamente por meio da compra do ingresso.
Então, lá vamos nós à casa do São Carlos!
Ao adentrar no estádio, logo de cara uma surpresa positivo, uma bela cantina com várias opções de guloseimas. Nota alta no quesito “Culinária de Estádio”.
Outro ponto positivo é a conservação do patrimônio.
O Estádio está muito bem cuidado e mantém um espírito saudosista, ao equilibrar uma linda área coberta junto de um anel de arquibancadas que envolve o campo.
O gramado também está muito bonito, colaborando pra um futebol de alta qualidade.
Enfim, vamos às apresentações desta partida:
O time do São Carlos está focado em voltar para a série A3, e ao redor do estádio é possível encontrar algumas manifestações da torcida sobre isso.
E por favor, torcedor… Nada de objetos no campo!
Falando em torcida, segundo alguns torcedores locais, o público do jogo ficou abaixo do esperado, principalmente se levar em conta que o time atravessa um bom momento e jogaria contra um rival da região, o Inter de Bebedouro.
Aliás, os visitantes, o pessoal do “Lobo” fez bonito e compareceu ao jogo trazendo várias faixas, colaborando para o clima do jogo.
Bem ao lado deles estava a galera local da Sancaloucos, já tradicional torcida do interior paulista, sempre presente nos jogos do time de São Carlos.
Como eles são bastante amigos do pessoal da Fúria aqui de Santo André, nos sentimos praticamente em casa. Aliás, parabéns à torcida, que não parou de cantar um minuto sequer.
Quer ouvir um pouco? Ouve aí:
Pra quem gosta de futebol e sabe das dificuldades pra se torcer para um time que disputa a 4a divisão do futebol paulista, é louvável a dedicação do pessoal da Sancaloucos.
Não é a toa que eles tem conseguido cada vez mais respeito entre as demais organizadas do interior.
Mas vale destacar também a presença do “torcedor comum”, que acompanha e apoia o time da sua cidade. Foi possível ver famílias, amigos, casais e até quem estivesse sozinho acompanhando o São Carlos.
Mas, falando um pouco do jogo, embora o sol estivesse dando o ar da graça, o jogo teve um primeiro tempo morno.
O time local chegou a fazer um gol, que foi anulado, mas também chegou a sofrer pressão em alguns contra ataques da equipe de Bebedouro, para desespero do treinador…
Durante o intervalo, destaque para as camisas oficiais do time, sendo vendidas pelo Marketing do São Carlos, ao preço de R$ 60 (quem se interessar, favor contatar o clube pelo telefone ou até pelo site: www.saocarlosfc.com.br).
Assim, o segundo tempo começou com a torcida apoiando, mas ao mesmo tempo exigindo que o time local tomasse as rédeas da partida.
E deu resultado. Em um escanteio cobrado bem na nossa frente, o São Carlos abriu o placar com uma cabeçada de Gregorie.
Festa na torcida de São Carlos! E festa em campo!
Com o gol, o jogo ficou mais corrido e mais aberto, e mesmo não tendo realizado uma de suas melhores partidas, o time do São Carlos ainda conseguiu ampliar e definir o placar em 2×0.
Méritos para um time que, pelo menos aparentemente, tem feito a lição de casa: divulgado seus jogos, incentivado o torcedor a acompanhar o time no estádio e oferecido uma estrutura no mínimo bacana para quem tem comparecido.
O jogo foi chegando ao fim e era hora da torcida local comemorar, enquanto nós pegávamos a estrada mais uma vez com a sensação de missão cumprida!
Pra terminar bem o fim de semana… Só com uma jaca, né Mari? Não faz sentido, mas sempre quis terminar um post com uma jaca.
Este é mais um rolê pelas estradas do interior de São Paulo…
Desta vez nosso objetivo é a cidade de Nova Odessa e o Estádio Municipal Natal Gazzetta.
O Estádio fica na rua…
Olhando de fora, apenas mais terreno qualquer, sem grandes identificações…
O Estádio fica numa região bastante movimentada da cidade. Dê uma olhada no entorno:
Mas, por traz dos portões existe mais um estádio histórico do interior paulista.
Uma pena não ter uma fachada para ilustrar o campo…
Mas a bilheteria segue por ali!
Vamos conhecer um pouco do Estádio Municipal Natal Gazzetta, também conhecido como “Campo do Progresso“.
O apelido é uma referência ao Esporte Clube Progresso, time fundado em 1922, que depois de anos disputando as competições amadoras, decidiu se profissionalizar e disputar a Quarta Divisão do Campeonato Paulista de 1966. Infelizmente o ECProgresso retrocedeu (belo trocadilho, não?) e sequer terminou o campeonato, abandonando-o antes do seu final.
Esse era seu distintivo. Dá pra ver que os fundadores eram fãs do Palmeiras.
Nunca mais o Progresso voltou ao profissionalismo para a tristeza das arquibancadas que até hoje estão por ali…
A sua capacidade é de mil e quinhentas pessoas.
Mais recentemente, o Nova Odessa Atlético Clube Ltda passou a mandar seus jogos no Estádio Municipal. O time disputa atualmente apenas competições com as categorias de base e nasceu de um projeto da Prefeitura de 2005, chamado “Futebol para Todos”.
Nova Odessa é uma cidade próxima de Campinas, tradicional centro de futebol, quem sabe não ganhe um time disputando a série B do Paulista, em breve e assim ocupe o campo e as bancadas do estádio novamente…
A galera da “A hora do esporte” vai curtir, né?
Em 2021, voltamos ao Estádio e pudemos dar um rolê por dentro, confira:
O campo está muito bonito! Gramado aparado e tudo pronto para receber uma partida a qualquer hora!
Olha como está linda sua arquibancada!
A cidade aos poucos vai crescendo, será que lembram desse belo estádio que está ali, pronto para reunir todo mundo, independente de classe social em suas bancadas?
O tradicional olhar para o meio campo:
O meio campo olhando da arquibancada:
Gol da esquerda:
Gol da direita:
Olha como a torcida fica perto da lateral!
A área do banco de reserva:
Um último olhar nos gols…
E vamos de volta à estrada…
A 177ª camisa veio direto da Turquia, nas malas da vó da Mari (dona Maria Amélia) e pertence ao Galatasaray Spor Kulübü, ainda que ela não tenha um distintivo hehehehe.
O Galatasaray é um time de Istambul, fundado em 1905, por um grupo de estudantes. O time vem da expressão “Galata Sarayı efendileri” (em Português: Senhores do Palácio de Galata).
Possui 17 títulos do Campeonato Turco e uma Taça da UEFA (conquistada em 2000).
O primeiro título nacional veio na temporada 1961-62, aliás, vale lembrar que o campeonato turco é bastante jovem, tendo sido iniciado na temporada 1959/60.
Nos anos 70, marcou época conquistando o tri entre 1971 e 1973.
Depois dessa marca, só em 1987 veio um novo título.
Nos anos 90, um tetracampeonato entre 1996 e 2000 fez a alegria da fanática torcida do Galatasaray.
Em 2002 e 2006 novos títulos nacionais, mas o que marcou a década de 2000 foi a conquista da Taça UEFA, passando por equipes tradicionais como Bologna FC, Borussia Dortmund, RCD Mallorca e Leeds United AFC até bater o Arsenal na final.
Esse time contava no gol com o eterno camisa 1 brasileiro, Taffarel.
Assim, o Galatasaray se tornou o primeiro clube turco a vencer uma competição europeia.
O time ainda venceria o Real Madrid por 2×0, conquistando também a Supercopa europeia (entre o vencedor da Champions e da UEFA).
Nesse time, destaque para Jardel, que havia se transferido do Porto e fez os dois gols contra os espanhois.
Entre os vários ídolos que passaram pelo time, destaco o romeno Gheorghe Hagi, que encantou o mundo não só pelo time como pela sua seleção.
O Galatasaray manda seus jogos no Estádio Ali Sami Yen, que é transformado num caldeirão pelos seus torcedores.
É ou não é um inferno?
Nos despedimos com mais algumas incríveis imagens da torcida:
Quinta feira, 30 de abril de 2015. Mais um dia se vai pra outro feriado nascer!!!
É primeiro de Maio, dia do trabalhador e decidimos mais uma vez pegar a estrada, nosso destino? Serra Negra!
A cidade faz parte do “Circuito das Águas” do interior de São Paulo e cheia de opções para se divertir nesses feriados curtos ou mesmo num fim de semana. Pra quem gosta de alturas, que tal uma volta no Teleférico?
Olha a vista…
Ou, para os mais gulosos, que tal se afundar no chocolate na Casa dos Ursos?
A cidade possui belas paisagens e uma arquitetura histórica bem preservada.
O boteco campeão é o…
Mas se você estiver em Serra Negra, não pode deixar de visitar a Disneylândia dos robôs.
Outra perdição local são os doces e queijos… Tem lojas espalhadas por todo o centro da cidade…
Ah, e tem as fontes, com águas “super poderosas”!
Ou pra relaxar, você pode dar um tempo ali em frente a fonte…
Mas, falando um pouco sobre o futebol local, o primeiro time profissional da cidade foi o Serra Negra Esporte Clube, fundado em 17 de novembro de 1950.
O time disputou doze edições do campeonato paulista, pela terceira, quarta e quinta divisões. Porém, em 1992, com dificuldades para dar sequência na gestão do futebol, o time acabou fechando as portas. Ali do estádio mesmo dá pra ver a sede deles:
Em seu lugar, ganharia força o Serra Negra Futebol Clube, fundado em 10 de setembro de 1989 por um grupo de empresários locais.
Porém, o time não encontrou apoio na cidade, chegando a mandar seus jogos em Águas de Lindóia. Disputou os campeonatos de 1993 e 1994 e então encerrou suas atividades. Porém, outro time defendeu as cores da cidade no futebol profissional, trata-se da Portuguesa Serrana Atlético Clube, fundada em 4 de abril de 1925
Em 1963, a Portuguesa recebeu a SE Palmeiras no Estádio Barbosinha para um amistoso vencido por 3×0 pelo time da capital, veja as escalações (fonte: Verdazzo):
A Portuguesa Serrana disputou duas edições da Terceira Divisão: de 1967 e de 1976, aqui a campanha de 67:
Desde então, o Estádio Municipal Antonio Barbosa Pinto da Fonseca, vulgo “Barbosinha” aguarda um time profissional… Mas, vamos dar uma volta e conhecer mais esse estádio!
O “Barbosinha” ganha pontos por ter o que, na minha opinião, todo estádio deveria ter: seu nome em uma fachada para registros fotográficos, mas não é só isso, ele ainda preserva sua bilheteria!
E pelo visto, de um jeito ou de outro o pessoal punk da cidade frequenta o campo…
Aqui dá pra ver que o Estádio fica num ponto alto da cidade, mas ainda assim, encrustado em meio as montanhas. Bonita cena, não?
A arquibancada coberta dá um charme extra ao estádio que teve suas obras iniciadas em 1958, mas só foi ser inaugurado em 1962.
Do outro lado, fica a arquibancada “italiana”, pintada nas cores do país europeu.
Logo na entrada do estádio, encontra-se uma estátua, inaugurada em 1966 que homenageia a antiga CBD (Confederação Brasileira de Desportos, hoje CBF), por meio da representação de um atleta com a camisa da seleção.
Aqui, dá pra se ter uma ideia do que é a entrada do estádio, ali está a bilheteria, a estátua e essa bela árvore. O campo está às minhas costas.
A ligação com a seleção brasileira veio das concentrações realizadas ali, às vésperas das Copas Mundiais de 1962 e 1966. O Estádio voltaria a ser manchete em 2002, como sede da Copinha.
Antes de chegar ao campo, ainda existe mais uma obra de arte dedicada ao futebol:
E enfim… chegamos a arquibancada… Segundo o zelador, a capacidade total do estádio é de 3.500 torcedores.
O Estádio sediou jogos locais e nacionais, e amistosos preparatórios da Seleção.
Em 10 de de setembro de 1968, o Estádio Municipal passou a se chamar “Antônio Barbosa Pinto da Fonseca“, em homenagem a este personagem da cidade, do qual não consegui descobrir muita coisa…
O primeiro jogo foi um treino entre a Seleção Brasileira e a Ferroviária de Araraquara (a canarinho venceu por 2×0).
Não podia deixar de registrar os bancos de reserva!