A 222ª camisa de futebol do site segue no Oriente Médio, nos Emirados Árabes e fez parte do kit de camisas que o Caio, a quem agradeço demais, me deu 🙂
O clube representado por esta camisa é o Shabab Al-Ahli Dubai FC, um clube de Dubai, que surge em 2017, através de uma fusão entre 3 times: Al Shabab, Al Ahli, e Dubai CSC.
Esta fusão foi parte de uma iniciativa do governo de Dubai para fortalecer o futebol na região e criar clubes mais competitivos tanto a nível nacional quanto internacional. Assim, somou-se a força do Al Ahli Club, fundado em 1970, com vários títulos da liga e da copa nacional, com a tradição do Al Shabab Club, fundado em 1958, e com uma importante base de torcedores com o Dubai CSC, fundado em 1997.
Dessa forma, o time acabou por reunir 7 títulos da liga, nas temporadas 1974-75, 76-77, 79-80, 2005-06, 08-09, 2013-14 e 15-16, com os times que deram origem à fusão. Além disso, já com a nova identidade, sagrou-se campeão na temporada 2022-23:
Esse é o time atualmente:
Assim, temos agora 3 torcidas juntas nas arquibancadas do EstádioRashid, que tem capacidade de cerca de 12.000 torcedores.
Desde a fusão, o Shabab Al-Ahli tem sido uma presença constante nas competições nacionais e asiáticas, com destaque para a UAE Pro League (Liga Profissional dos Emirados). E por isso, sua torcida agradece!
A 220ª camisa do site vem de Dubai, cidade mais populosa dos Emirados Árabes Unidos, onde a UAEFA (a Federação local) coordena ao futebol.
Agradeço ao meu amigão Caio Tambara porque essa foi mais um presente dele, mas será que o Caio e você se lembram onde ficam os Emirados Árabes Unidos
Primeiro lembre-se que a península árabe está a leste da África, separada pelo Mar Vermelho:
Os Emirados Árabes são uma Confederação de 7 emirados que se tornaram independentes da dominação inglesa em 1971, destes, o Emirado de Dubai é o maior.
E só pra lembrar que estamos falando de um país encravado no deserto e que tem desafiado a natureza na construção de uma sociedade nos moldes dos países ocidentais.
A camisa pertence ao Al Nasr Sports Club, um dos primeiros times dos Emirados Árabes, fundado em 1945, por um grupo de jovens visionários de Dubai.
Não confundir com o Al Nassr da vizinha Arábia Saudita onde joga atualmente Cristiano Ronaldo, que tem as cores amarelo e azul em sua identidade e o distintivo abaixo:
Em 2022, o Al NAsr mudou de distintivo, veja o novo segundo o blog Um Grande Escudeiro:
Com uma bola de futebol e muita vontade, o time foi fundado como: Al Ahli e apenas em 1960, após uma derrota no Catar, o clube decidiu mudar seu nome para Al Nasr, que significa “vitória”.
As primeiras reuniões eram em uma sede provisória num café ao lado do mercado de peixes – um cenário tão tradicional quanto curioso
Quando falamos sobre Dubai, devemos pensar em uma cidade com paisagens que vão do deserto ao luxo extremo, uma história de prosperidade bancada pelo petróleo. Mas, nos dias atuais, acho que todos os lugares acabam repetindo modelos e além do futebol, já existe até banda de rock por lá:
Aqui, uma foto do time em 1976:
O Al Nasr SC é tricampe˜ão nacional da chamada UAE Pro League, tendo seu primeiro título na temporada 1977-78, o segundo logo na sequência em 1978-79 e o terceiro em 1985-86.
Um grande momento ocorreu em 1973, quando o Santos foi até lá para um amistoso com o Al Nasr:
O Al Nasr também conquistou 4 Copa dos Emirados Árabes: 1984-85, 1985-86, 1988-89 e 2014-15. Manda seus jogos no Estádio Al-Maktoum que tem capacidade para 15.058 torcedores, inaugurado em 1981 e modernizado em 2018.
A beleza da arquibancada é que este é um dos espaços que vinham se mantendo minimamente democráticos até a chegada das arenas e a elitização do futebol com seus novos preços salgados…
Sente o clima de um jogo, graças aos vídeos do incrível Raw Football Feed:
Júnior Dutra (que passou pelo nosso Ramalhão) jogou por lá também!
Aqui, o time que disputa atualmente a Copa do Golfo:
A 216ª camisa de futebol do nosso site vem da Colômbia, um país incrível que eu gostaria muito de conhecer e foi presente do amigo Rafa, da Rivalo, patrocinador master! O time dono da camisa se tornou mais conhecido por nós brasileiros depois de pegar o Palmeiras nas quartas de final da libertadores de 2023, falamos do Corporación Social Deportiva y Cultural de Pereira, mais conhecido como Deportivo Pereira.
Embora pouco reconhecido aqui no Brasil, o Deportivo Pereira tem uma história bem legal e tradicional, tendo sido fundado em 12 de fevereiro de 1944.
O time defende as cores da cidade de Pereira, capital do Departamento de Risaralda, e que fica no sopé dos Andes, sendo reconhecida por sua importância na cultura cafeeira. Faz parte do Patrimônio Mundial da UNESCO como “Paisagem Cultural Café da Colômbia”. 735.769 pessoas vivem por lá.
O Deportivo Pereira manda seus jogos no Estádio Hernán Villegas, com capacidade para 30 mil torcedores.
Desde 1949, disputa o Campeonato Colombiano e por onze vezes esteve na segunda divisão, mas nunca havia conquistado um título nacional da primeira divisão… Assim, o Deportivo Pereira entrou pra história sagrando-se campeão Colombiano em 2022, em um campeonato incrível e inesquecível para a torcida local!
Assim, o time se classificou para a Copa Libertadores de América. Até então só havia sido campeão da segunda divisão do Campeonato Colombiano, em 2000 e em 2019.
Na Libertadores de 2023, se classificou ao mata-mata na segunda colocação do Grupo F, terminando na frente do Colo-Colo e atrás do poderoso Boca Juniors (derrotado na Colômbia por 1×0).
Nas oitavas de final, o Deportivo Pereira eliminou o Independiente Del Valle e acabou eliminado pelo Palmeiras. O lado bom dessa partida é que consegui trombar a torcida do Deportivo Pereira nas ruas de São Paulo!
A 210ª camisa de futebol a aparecer aqui no site pertence ao Club Atlético Atlanta time argentino do bairro Villa Crespo, Buenos Aires.
O post de hoje é em homenagem ao amigo Lionel, hincha do CA Atlanta, ao meu lado, de blusa cor vinho na foto abaixo!
O CA Atlanta foi fundado em 12 de outubro de 1904 e seu nome é homenagem a um navio de guerra norte-americano que havia atracado no porto de Buenos Aires. O time sempre teve muitas ligações com a comunidade judaica que chegava em grande número no início do século XX e se concentrava em Villa Crespo. Em 1905, o Atlanta filiou-se à Argentine Association Football League, que organizava os torneios nacionais da época. Na época, o Atlanta utilizou o campo que pertencia ao Club Gath y Chaves, situado nas Províncias Unidas y Lacarra. Iniciou disputando a terceira divisão em 1905, e em 1906, inscreveu-se na Segunda Divisão, onde venceu o River Plate por 9×0!!
Em 1958, vence a Copa Suécia, uma competição não regular, mas organizada pela AFA durante o recesso da Primeira Divisão por conta da participação da Seleção Argentina na Copa Mundial do mesmo ano. Em 1983, novo título da Primera B Nacional (Foto do site do CA Atlanta):
O CA Atlanta disputou a primeira divisão em 1931, 47, 49, 52, 57, 79 e 84. O time é chamado de Los Bohemios, porque na sua origem, como não tinha estádio, jogava em qualquer campo. Vale a pena assistir esse documentário que já ficou até meio antigo… Quem diria que o tempo ia passar tão rápido!
O Atlanta possui uma imensa e histórica rivalidade com o Club Atlético Chacarita Juniors, também de Villa Crespo, aqui, uma imagem de dois jogadores em 1936:
Possui também grande rivalidade com o All Boys, Argentinos Juniors e com o Defensores de Belgrano. Na temporada 1994/95, foi novamente campeão da Primera B Metropolitana (foto do site Jose Carluccio):
Também o seria na temporada 2010-11:
Manda seus jogos no Estádio Don León Kolbovski. Estivemos lá alguns anos atrás (veja aqui como foi).
Para terminar, curta um pouco do clima de um clássico:
Agora em dezembro, o EC Santo André apresentou no Poliesportivo Jairo Livólis, seus uniformes para o ano de 2024 em um evento muito bacana contando como “modelos” das novas camisas, ídolos do passado, como o craque Arnaldinho:
O evento possibilitou também reencontrar me com o ex presidente do clube: Sidney Riquetto e com o nosso atual treinador e que deve ficar no comando do time na série A1 do Paulista e na série D do Brasileiro, Fernando Marchiori!
Outro que esteve presente foi o craque Fernandinho, que depois de fazer bonito dentro de campo, se torou professor de Educação Física e também fez história na cidade.
E teve ainda o gigante Bona, que também fez parte do time que acabaria conhecido como os “baixinhos frenéticos”, nos anos 80, que contava ainda com outros nomes como Cunha e Da Silva.
Vale a pena matar a saudades desses caras em campo:
Tentei fazer o Marchiori incluir no time atual essas feras, mas pelo futebol gigante deles, são jogadores muito caros para a nossa folha salarial atual…
Outro que esteve presente e fez parte da nossa história recente foi o meia Tiago Ulisses:
A apresentação ainda contou com o nosso ex zagueiro e atual treinador do time sub 20, Gabriel vestiu a camisa de goleiro, na cor laranja.
O presidente do Ramalhão, Celso Luiz de Almeida falou um pouco da expectativa para o ano de 2024, e prometeu ações para aproximar mais o clube da torcida, além de uma campanha de comunicação divulgando o time e os jogos do Campeonato Paulista!
Outra presença importante foi a do prefeito Paulinho Serra e sua esposa, Ana Carolina, deputada estadual, que garantiram que antes do Campeonato Paulista iniciar, o estádio passará por uma série de melhorias, incluindo a pintura da arquibancada.
Enfim, aí estão as camisas para 2024, caso tenha interesse, a loja oficial fica junto do clube, na rua dos Ramalhões, 126.
A 203ª camisa de futebol do site veio do interior paulista e foi adquirida no dia da final da Copa Paulista contra o XV de Piracicaba (confira aqui como foi!).
Naquela tarde, o sol radiante brilhava sobre o Estádio Bento de Abreu Sampaio Vidal, o “Abreuzão”. As arquibancadas foram ficando repletas de torcedores ansiosos, vestidos com as cores azul e branca do Marília Atlético Clube, aguardando o início da decisão e em companhia aos amigos da família Pavão, entrei na festa também! O Bene jogou no time do MAC e era (e ainda é) um craque!
O time foi fundado em 12 de abril de 1942, ainda como Esporte Clube Comercial.
Em 1943, o Comercial foi campeão da 25ª região do Campeonato Amador do Interior, mas perdeu no mata mata para o Noroeste, que seria campeão.
Em 1944, disputando um grupo com muito mais times, e a AA São Bento de Marília sagrou-se campeão da região.
Em 11 de julho de 1947, disputou seu último campeonato com o nome “EC Comercial” e perde o título do Setor para o EC Municipal, de Vera Cruz.
O time passa a se chamar Marília Atlético Clube e trilhou um longo caminho, com bons e maus momentos, escrevendo uma história incrível, que faz dele o xodó da cidade, até hoje!
Em 1953, o MAC decide se tornar profissional, porque o outro time da cidade, a Associação Atlética São Bento, fundada em 1926, acabou se licenciando.
O MAC até que fez uma boa estreia na Segunda Divisão, sendo vice campeão da série verde, na primeira fase e terminando em 5º lugar da classificação geral. Em 1955 liderou o seu setor e terminou em 3º lugar da classificação final.
Mas o futebol profissional não é fácil, e em 1957, após um mal campeonato, o Marília, se licenciou e voltou ao amadorismo. Este é o time de 1962:
Em 1965, o MAC volta ao profissionalismo, disputando a Terceira Divisão Profissional, que equivalia ao quarto nível do futebol paulista, mas termina a primeira fase em 2º e não avança para as finais. O time passa por outro afastamento do profissionalismo e só retorna em 1970, na Primeira Divisão Profissional, o segundo nível do Campeonato. Em 1971, o MAC sagra-se campeão da Primeira Divisão Profissional, terminando em 2º lugar na primeira fase (a série Arthur Friedenreich), também em 2º na segunda fase, mas termina a fase final como campeão, conquistando o acesso à elite do futebol paulista.
Em 1974, o MAC teve como presidente Pedro Pavão (cuja família é até hoje apaixonada por futebol e com quem eu fui assistir ao jogo citado lá em cima). Logo no primeiro ano, conquistou o Troféu José Ermírio de Moraes Filho, praticamente equivalente à atual Copa Paulista. Foto do Jornal da Manhã de Marília.
Ganhou também o “Paulistinha 74“, uma competição que classificava seis times para a disputa do Paulista. O Marília então vai disputar o Paulistão de 1975, com o time abaixo: (fonte: Site “História do Marília Atlético Clube”).
Olha o Bene agachado no time de 75 ainda!!
Aqui, o time de 1978 e olha a galera que acompanhava o time!
Em 1979, o MAC escreveu mais uma linda página em sua história, conquistando a Copa São Paulo de FutebolJúnior, vencendo o Fluminense por 2×1 na final. Fotos do site História do Marília AC.
O Marília permaneceu na elite do Futebol Paulista com campanhas no máximo medianas, até que em 1985 acabou rebaixado para a Segunda Divisão. Nos anos seguintes, o time bateu na trave por várias vezes, até 1990, quando termina na 4ª colocação e retorna à elite. Foto do site Zé Duarte Futebol Antigo.
Mas os anos 90 seriam um tormento para a torcida do MAC, e em 1993, novo rebaixamento para A2, e em 1994, uma queda ainda pior, agora para a série A3. Em 1996, o impensável acontece: o Marília foi rebaixado para a Série B1-A (quarto nível do Futebol Paulista). Em 1999, retorna à Série A-3 com o vice-campeonato da Série B1-A. Chegamos a 2001, e o MAC termina em 5º lugar, mas o acesso que antes era somente para dois clubes, com a criação da Liga Rio-São Paulo, recebeu mais 3 vagas, garantindo o time na série A2. Em 2002, mais uma campanha histórica com o título da Série A2, tendo como técnico, Luiz Carlos Ferreira, o rei do acesso, que chegou para o último jogo da final. Mesmo tendo perdido o primeiro jogo por 2×0, venceu o segundo por 3×0 sagrando-se campeão!! Foto do site História do Marília Atlético Clube.
Em 2002, conquista o acesso à Série B do Campeonato Brasileiro, com o vice-campeonato da Série C. Em 2003, chega ao quadrangular final da série B. Em 2004, o time fez uma boa participação no Campeonato Paulista, terminando na 10ª posição. Aqui, o time de 2007 (Foto do site Ze Duarte Futebol Antigo):
Em 2008, acaba rebaixado na série B do Brasileiro e no ano seguinte, no Paulistão de 2009, foi rebaixado para a Série A2.
2011, mais um rebaixamento, desta vez da Série A2 do Paulistão para a Série A3. Na Série C de 2011 o time foi rebaixado para a Série D.
Em 2012 o MAC deu adeus às competições nacionais, ao empatar com o Cianorte e ser desclassificado da briga ao acesso à Série C.
A vida de torcedor do MAC não é fácil, mas a Série A3 de 2013 veio o tão sonhado acesso, após 2 anos na terceira divisão Paulista.
Mas a série A1 havia se tornado uma competição extremamente difícil e o MAC não conseguiu permanecer por lá um ano sequer, até porque naquele ano tivemos o descenso de 4 equipe. E como tudo nessa vida é um fluxo, assim como a ascensão ocorreu de maneira rápida, a queda também se deu assim e em 2016, o time volta para a série A3. Em 2018, o time volta à série B do Campeonato Paulista. Em 2019, volta para a série A3, com o vice campeonato (Paulista campeão). Desde então tem lutado para voltar à série A2, sendo que em 2022 e 2023 acabou desclassificado no quadrangular final.
25 de agosto de 2023. Uma sexta feira que em outros momentos, seria uma tarde de mobilização. Falamos de um dérbi cheio de rivalidade, há tantas partidas já… Mas a realidade de 2023, encontra nessa Copa Paulista os dois times em maus momentos. E por isso, a mobilização foi pequena…
Apenas cumprindo tabela nesta reta final de Copa Paulista, pelo Grupo 3, as bilheterias tiveram pouco trabalho…
Ingresso em mãos (R$ 10 a inteira e R$ 5, a meia), vamos a la cancha!
Times em campo, e aí, pra quem está na arquibancada a fase é deixada pra lá, a posição no campeonato é minimizada e tudo o que importa é… vencer o rival!
Muito triste ver a bancada do São Caetano assim vazia…
Do nosso lado, sendo visitantes, pelo menos tivemos o comparecimento das organizadas e de algumas dezenas de torcedores autônomos.
Sente a vibração:
Aqui, uma boa alma fez uma foto de dentro do campo da turma do Ramalhão!
Aí, o pessoal do São Caetano. Como sempre reforço, pra mim, o rolê é rivalidade sempre, inimigos, nunca!
O amigo Barata, da Comando Azul mandou uma foto pra mostrar a rivalidade do lado de lá com a faixa do Somália fazendo a dancinha em frente à torcida do Ramalhão, num 3×0 que o São Caetano fez em 2007.
Em campo, uma boa surpresa, o Santo André entrou voando! E logo aos 4 minutos Guilherme Matheus abriu o placar! Ramalhão 1×0!
Achei que essa partida era a oportunidade pro Santo André devolver os fatídicos 3×0 de 2007, mas infelizmente o time não conseguiu converter as chances criadas.
A festa na bancada se animou!
O ritmo não diminuiu e Alexiel ampliou no final do primeiro tempo, aos 44 minutos: Santo André 2×0. Canta aê!!
Ah, sem dúvidas que o fato não esperado do jogo foi a presença do Cartolouco ! Não nego que eu achava o trabalho dele esquisito, principalmente na época do Cartola / Globo, mas hoje o cara tem feito um conteúdo bem interessante principalmente dando voz às torcidas e times fora dos grandes eixos, por isso, todo respeito a ele e ao mano que faz as fotos e vídeos junto.
O público final: 187 torcedores. Decepcionante. O horário atrapalha, as más fases dos times também, mas mesmo assim… É preciso repensar.
O São Caetano diminuiu com Douglas aos 46 do segundo tempo.
O Ramalhão foi a campo com: Marcelo; Córdoba, Henrique, Guilherme Matheus e Denilton; Ruan (Gabriel Paz), Nelsinho (Gabriel Gama), Matheus Neris (Davison) e Bruninho (Gabriel Ferreira); Alexiel (Will Viana) e Josiel. Técnico: Márcio Griggio. Fora de campo mais uma derbi pra nossa história!
Antes de ir embora, ainda pude ver o escritório da SAF do São Caetano. Acabei não a visitando porque em dia de derbi, eu considero respeitoso não estar em um espaço desses com a camisa do rival.
Sábado, 2 de setembro de 2023. Data pra ficar na memória da torcida e da cidade de Taquaritinga. O jogo ainda não valeu o acesso, mas foi o último passo para o momento decisivo, e teve como palco o Estádio Municipal Dr Adail Nunes da Silva, o Taquarão:
As duas organizadas mostraram que a rivalidade só existe dentro do jogo, fora dele, respeito total. Rivais sempre, inimigos nunca!
Ingresso em mãos (R$ 30 a inteira e R$ 15 a meia), vamos conhecer finalmente a parte interna do Taquarão!
Se liga aí como estava o clima para entrar no estádio:
Só pra lembrar, de forma resumida, a história do Estádio: em 1982, o CAT conseguiu o acesso à “Primeira Divisão” do Campeonato Paulista do ano seguinte, entretanto o estádio não possuía as condições exigidas pela Federação Paulista para abrigar jogos deste campeonato. Com medo de uma possível exclusão, a população se mobilizou, e em uma incrível prova de amor à cidade, ao clube e ao futebol, construiu em sistema de mutirão, um estádio para 35 mil pessoas em tempo recorde: três meses. O resultado você vai ver neste post!
Fazia tempo que eu não via uma movimentação tão legal para um jogo da “Bezinha”…
É sempre um grande orgulho fazer parte de histórias como essa!
E lá vem os times!
Em campo, os dois tradicionais times do interior mediram forças após empate no primeiro jogo, ou seja, quem vencesse levava a vaga!
A torcida do Rio Branco EC também fez a sua parte e compareceu ao Estádio para deixar a festa ainda mais importante!
Eu considero a Malucos do Tigre uma das torcidas mais criativas e diferentes com faixas relacionando a paixão pelo time com outros amores como o rock, Raul Seixas, o Reggae entre outros temas!
Fico contente por já ter partilhado momentos importantes ao lado deles, em especial com o amigo, Rogérião, que já nos deixou, mas que estará sempre vivo na nossa memória… Taí o seu legado, meu irmão:
Mas, do lado local, também temos uma torcida que merece todo o respeito! A Jovem Garra do Tigre é atualmente a organizada responsável pela festa na bancada!
E no jogo de hoje, em especial, não seria diferente!
É bandeirão que você quer para a festa ficar mais colorida? Ta aí!
Mas, no caso de Taquaritinga, ainda existe um público bem representativo que são os torcedores comuns, autônomos, ou como chamamos na bancada “o povão”.
Mesmo povão que ajudou a levantar cada tijolo desse estádio que hoje recebe uma partida decisiva, mas que chegou a ficar sem futebol por alguns anos com o licenciamento do CAT.
O CAT chega ao ataque com alguns erros de pontaria…
E é bom que melhorem, porque hoje o povão está aí e quer que o CAT siga na luta pelo acesso!
O CAT tem como mascote o leão, devido à sua bravura, mas o leão que comparece nos jogos tem uma cara de gente boa…
É que ele tem outra importante missão: formar os futuros leõezinhos…
Confesso que a energia da arquibancada estava tão bacana que eu demorei uns 20 minutos pra me ater no jogo em si… Preferi ficar admirando o cenário tricolor que tomou conta do Estádio, a começar pelas bandeiras!
Me pergunto quando as autoridades responsáveis pelo futebol vão entender que essa festa só acontece por completo quando temos as bandeiras de mastro…
Mas outros detalhes dão um caráter todo único para os jogos do CAT. Os quase 40 graus precisaram de armas poderosas para se proteger do sol!
Po, e olha que lindo o boné que estava sendo vendido lá mesmo no Estádio.
O jogo em si não foi dos melhores. Ainda que muito disputado, ambos os ataques não conseguiam chegar a oferecer perigo real aos goleiros.
Como a festa na bancada estava muito mais linda, deixei os jogadores e o jogo em si para serem registrados por outros veículos e voltei meus olhos ao que cada um estava fazendo ali na bancada pra demonstrar o amor pelo time da cidade…
Então voltemos às lindas imagens da torcida!
Olha que momento incrível: a cena começa com as primeiras palavras pronunciadas pela torcedora mirim, passando pelo futebol da molecada ali ao lado do alambrado até chegar no jogo em si. Quando foi que o Allianz, Morumbi ou Maracanã vivenciaram uma cena dessas?
Enquanto isso, tudo o que a Jovem Garra pedia era… “Honrem essa camisa”… Será que esses jogadores tem ideia do valor do distintivo que eles carregavam no peito nessa tarde?
Já ia me esquecendo de fazer o nosso tradicional registro do campo, começando pela região central:
Aqui, o lado esquerdo, lá atrás daquele gol é onde estava se posicionando a torcida visitante:
E aqui, o lado direito, onde está o portão de entrada:
A torcida viu com certa preocupação o primeiro tempo se encerrar como começou: 0x0.
Do lado dos visitantes, o fim do primeiro tempo foi um alívio já que não havia uma única sombra e o sol estava escaldante!
E há que valorizar uma partida que tem como adversário um time capaz de trazer uma torcida que também se esgoelou os 90 minutos e fez uma linda festa com seus bandeirões.
Eu também dei uma arriada embaixo do calorão…
Mas deixemos pra descansar na estrada no caminho de volta…. Vamos registrar as faixas das torcidas e pra isso, fui até a entrada novamente:
O bar lotado garantiu importante renda extra… Po, e olha aí a camisa da outra organizada a Fúria do Leão!
O tempo corre demais… Começa o segundo tempo e a torcida local volta com a corda toda! Leão eô!
Raça, amor e tradição. Não uma tradição dessas que se preocupa em perpetuar os erros do passado, mas uma tradição em se valorizar o que é seu como cultura, que foi construído por essas pessoas, assim como esse estádio…
Talvez estivessem ali sentadas pessoas que participaram do mutirão em 1982 e que há algum tempo não se lembrava de como foi importante o seu trabalho para a perpetuação desse amor pelo time que leva adiante o nome da cidade, de pouco mais de 50 mil pessoas…
Ou talvez ali estejam seus filhos, seus netos, que contam com orgulho a façanha dos antepassados na loucura que deve ter sido construir um estádio que comporta 25% da população da cidade…
São momentos assim que me fazem valorizar o futebol não apenas como esporte e cultura mas como um verdadeiro manifesto, ou documento histórico.
E fico muito feliz em poder estar no meio dessa festa e fazer essas fotos e vídeos sem grandes técnicas, mas que eu espero poder alcançar hoje, e quem sabe no futuro, parte das pessoas que participaram disso tudo.
Opa, olha a falta perigosa pro CAT.…
E também teve falta perigosa pro Rio Branco!
Pô, juizão, o professor (e o auxiliar) não tão te entendendo kkkkk.
As torcidas seguiam no apoio… Uma de cada lado!
Ao fundo a não menos heroica torcida Riobranquense se esforça para tentar apoiar o time em busca de um gol que traria a classificação para a decisão do acesso…
Olha aí o placar final…
E o jogo, que no fundo acabou sendo apenas um pano de fundo para tanto amor e tanta festa chega ao final… Vamos aos penaltys e infelizmente uma das torcidas sairá do Taquarão com a alma ferida…
Todos preparados? Acho que é melhor acompanhar a cobrança lá de perto… Assim eu posso passar pela arquibancada e mais uma vez registrar esse dia incrível!
A bancada principal está lotada …
Fiquei me perguntando o quanto seria difícil pra essas pessoas que praticamente se conhecem e convivem diariamente se olharem no dia seguinte, caso o Leão fosse eliminado…
Assim como pensei nos amigos da Malucos do Tigre e no sofrimento que já se perdura por tantos anos nessa 4ª divisão…
Momento único: o “narrador” do estádio pede uma homenagem aos torcedores que não tiveram como entrar e decidiram assistir ao jogo em cima das árvores do entorno:
Nas bancadas, nem todos sabiam que a decisão iria pra penalty, mas logo a informação circulou e todo mundo estava de novo focado no campo!
Jogadores prontos para a decisão por penaltys…
Torcida também!
Os penaltys são um momento difícil para ambas as torcidas. Mas, o CAT garantiu suas 3 primeiras cobranças e viu o Rio Branco perder 2 dos 3 penaltys, o que levou o time local à 4ª batida podendo encerrar a disputa. E foi o que aconteceu:
A partir daí o que se viu foi uma explosão coletiva de felicidade.
O presidente da Garra Junior expressou a importância dessa vitória:
E aí? Você quer que eu tente traduzir o que se passava na cabeça e nos corações de quem estava ali vivendo essa catarse?
Me arrepiei todo e quase chorei ao cruzar com um homem com os olhos mareados de emoção…
Importante reforçar a proximidade que o elenco tem (ou aparentou ter) com os torcedores, afinal, eles merecem. Os jogadores chegam e saem. Nós, torcedores, estaremos sempre na bancada! Respeita a gente!
Vale chorar, se abraçar e até mandar o recado pra quem está longe: “Estamos classificados!!!”
Aos amigos de Americana, compartilho da sua tristeza, o Rio Branco não merece estar onde está e assim como um dia acompanhei o título da A3 e a volta para a A2, não tenho dúvidas que um dia estaremos juntos celebrando o acesso do Tigre!
Ao povo heróico que um dia construiu um estádio em nome do próprio time, vocês tem a minha total admiração, meu mais profundo respeito. Que esse amor não termine nunca!
Pessoal, enquanto o post oficial do nosso rolê não fica pronto, segue um clip que resume a nossa tarde tão bacana por Taquaritinga, no segundo jogo das quartas de final da Segunda Divisão do Campeonato Paulista, onde o CAT bateu o Rio Branco nos penaltys:
A 199ª camisa do nosso site traz a história de um time mineiro de nome complicado: Sociedade Desportiva Yuracan Futebol Clube!
O time foi fundado em 3 de maio de 1934 na linda cidade de Itajubá (Ita é pedra em tupi e Jubá, ou Djubá, significa amarelo, por conta do ouro). Estivemos lá há a (veja aqui como foi):
Claro que aproveitamos para conhecer a casa do Yuracan, o Estádio Coronel Belo Lisboa:
Vale a pena lembrar que Dondinho, pai de Pelé, também atuyou pelo no time do Yuracan. Em 1939, ele fez cinco gols de cabeça na vitória por 6 a 2 no clássico contra o Smart.
Em 1943 o Yuracan foi até a cidade de São Lourenço enfrentar a equipe do América/RJ em partida amistosa, no Estádio Jayme Sotto Major, empatando o jogo.
Em 1947, disputou um amistoso com o São Cristóvão/RJ vencendo por 3×2.
Nessa época, o principal campeonato era o amador municipal e o Yuracan conquistou muitos títulos!
O Yuracan FC disputou diversas competições amadoras, mas em 1969 estreou no profissional, jogando pelo acesso! Esse era o time:
Tinha até torcida feminina!
Mas o Yuracan já tinha uma equipe feminina desde 1958!
Disputou ainda os campeonato de 1982, 1983, 1984, 1985 e 1990, além da Copa de Minas Gerais em 2004 e a Taça Minas Gerais em 2005. Esse é o time de 1980:
Esse é o time de 1984:
E este, o de 1985:
E se tinha jogo do Yuracan, lá estava sua torcida!!!
Em janeiro de 1995 o Yuracan fez um amistoso oficial contra a equipe do Flamengo-RJ para mais de 6.500 torcedores presentes no Estádio Coronel Belo Lisboa!