CA Taquaritinga x Rio Branco EC (Segunda Divisão 2023)

Sábado, 2 de setembro de 2023.
Data pra ficar na memória da torcida e da cidade de Taquaritinga.
O jogo ainda não valeu o acesso, mas foi o último passo para o momento decisivo, e teve como palco o Estádio Municipal Dr Adail Nunes da Silva, o Taquarão:

As duas organizadas mostraram que a rivalidade só existe dentro do jogo, fora dele, respeito total. Rivais sempre, inimigos nunca!

Ingresso em mãos (R$ 30 a inteira e R$ 15 a meia), vamos conhecer finalmente a parte interna do Taquarão!

Se liga aí como estava o clima para entrar no estádio:

Estivemos por lá em 2015, pra lembrar esse rolê, clique aqui!

Só pra lembrar, de forma resumida, a história do Estádio: em 1982, o CAT conseguiu o acesso à “Primeira Divisão” do Campeonato Paulista do ano seguinte, entretanto o estádio não possuía as condições exigidas pela Federação Paulista para abrigar jogos deste campeonato.
Com medo de uma possível exclusão, a população se mobilizou, e em uma incrível prova de amor à cidade, ao clube e ao futebol, construiu em sistema de mutirão, um estádio para 35 mil pessoas em tempo recorde: três meses.
O resultado você vai ver neste post!

Fazia tempo que eu não via uma movimentação tão legal para um jogo da “Bezinha”…

É sempre um grande orgulho fazer parte de histórias como essa!

E lá vem os times!

Em campo, os dois tradicionais times do interior mediram forças após empate no primeiro jogo, ou seja, quem vencesse levava a vaga!

A torcida do Rio Branco EC também fez a sua parte e compareceu ao Estádio para deixar a festa ainda mais importante!

Eu considero a Malucos do Tigre uma das torcidas mais criativas e diferentes com faixas relacionando a paixão pelo time com outros amores como o rock, Raul Seixas, o Reggae entre outros temas!

Fico contente por já ter partilhado momentos importantes ao lado deles, em especial com o amigo, Rogérião, que já nos deixou, mas que estará sempre vivo na nossa memória… Taí o seu legado, meu irmão:

Mas, do lado local, também temos uma torcida que merece todo o respeito! A Jovem Garra do Tigre é atualmente a organizada responsável pela festa na bancada!

E no jogo de hoje, em especial, não seria diferente!

É bandeirão que você quer para a festa ficar mais colorida? Ta aí!

Mas, no caso de Taquaritinga, ainda existe um público bem representativo que são os torcedores comuns, autônomos, ou como chamamos na bancada “o povão”.

Mesmo povão que ajudou a levantar cada tijolo desse estádio que hoje recebe uma partida decisiva, mas que chegou a ficar sem futebol por alguns anos com o licenciamento do CAT.

O CAT chega ao ataque com alguns erros de pontaria…

E é bom que melhorem, porque hoje o povão está aí e quer que o CAT siga na luta pelo acesso!

O CAT tem como mascote o leão, devido à sua bravura, mas o leão que comparece nos jogos tem uma cara de gente boa…

É que ele tem outra importante missão: formar os futuros leõezinhos…

Confesso que a energia da arquibancada estava tão bacana que eu demorei uns 20 minutos pra me ater no jogo em si… Preferi ficar admirando o cenário tricolor que tomou conta do Estádio, a começar pelas bandeiras!

Me pergunto quando as autoridades responsáveis pelo futebol vão entender que essa festa só acontece por completo quando temos as bandeiras de mastro…

Mas outros detalhes dão um caráter todo único para os jogos do CAT. Os quase 40 graus precisaram de armas poderosas para se proteger do sol!

Po, e olha que lindo o boné que estava sendo vendido lá mesmo no Estádio.

O jogo em si não foi dos melhores. Ainda que muito disputado, ambos os ataques não conseguiam chegar a oferecer perigo real aos goleiros.

Como a festa na bancada estava muito mais linda, deixei os jogadores e o jogo em si para serem registrados por outros veículos e voltei meus olhos ao que cada um estava fazendo ali na bancada pra demonstrar o amor pelo time da cidade…

Então voltemos às lindas imagens da torcida!

Olha que momento incrível: a cena começa com as primeiras palavras pronunciadas pela torcedora mirim, passando pelo futebol da molecada ali ao lado do alambrado até chegar no jogo em si. Quando foi que o Allianz, Morumbi ou Maracanã vivenciaram uma cena dessas?

Enquanto isso, tudo o que a Jovem Garra pedia era… “Honrem essa camisa”… Será que esses jogadores tem ideia do valor do distintivo que eles carregavam no peito nessa tarde?

Já ia me esquecendo de fazer o nosso tradicional registro do campo, começando pela região central:

Aqui, o lado esquerdo, lá atrás daquele gol é onde estava se posicionando a torcida visitante:

E aqui, o lado direito, onde está o portão de entrada:

A torcida viu com certa preocupação o primeiro tempo se encerrar como começou: 0x0.

Do lado dos visitantes, o fim do primeiro tempo foi um alívio já que não havia uma única sombra e o sol estava escaldante!

E há que valorizar uma partida que tem como adversário um time capaz de trazer uma torcida que também se esgoelou os 90 minutos e fez uma linda festa com seus bandeirões.

Eu também dei uma arriada embaixo do calorão…

Mas deixemos pra descansar na estrada no caminho de volta…. Vamos registrar as faixas das torcidas e pra isso, fui até a entrada novamente:

O bar lotado garantiu importante renda extra… Po, e olha aí a camisa da outra organizada a Fúria do Leão!

O tempo corre demais… Começa o segundo tempo e a torcida local volta com a corda toda! Leão eô!

Raça, amor e tradição. Não uma tradição dessas que se preocupa em perpetuar os erros do passado, mas uma tradição em se valorizar o que é seu como cultura, que foi construído por essas pessoas, assim como esse estádio…

Talvez estivessem ali sentadas pessoas que participaram do mutirão em 1982 e que há algum tempo não se lembrava de como foi importante o seu trabalho para a perpetuação desse amor pelo time que leva adiante o nome da cidade, de pouco mais de 50 mil pessoas…

Ou talvez ali estejam seus filhos, seus netos, que contam com orgulho a façanha dos antepassados na loucura que deve ter sido construir um estádio que comporta 25% da população da cidade…

São momentos assim que me fazem valorizar o futebol não apenas como esporte e cultura mas como um verdadeiro manifesto, ou documento histórico.

E fico muito feliz em poder estar no meio dessa festa e fazer essas fotos e vídeos sem grandes técnicas, mas que eu espero poder alcançar hoje, e quem sabe no futuro, parte das pessoas que participaram disso tudo.

Opa, olha a falta perigosa pro CAT.

E também teve falta perigosa pro Rio Branco!

Pô, juizão, o professor (e o auxiliar) não tão te entendendo kkkkk.

As torcidas seguiam no apoio… Uma de cada lado!

Ao fundo a não menos heroica torcida Riobranquense se esforça para tentar apoiar o time em busca de um gol que traria a classificação para a decisão do acesso…

Olha aí o placar final…

E o jogo, que no fundo acabou sendo apenas um pano de fundo para tanto amor e tanta festa chega ao final… Vamos aos penaltys e infelizmente uma das torcidas sairá do Taquarão com a alma ferida…

Todos preparados? Acho que é melhor acompanhar a cobrança lá de perto… Assim eu posso passar pela arquibancada e mais uma vez registrar esse dia incrível!

A bancada principal está lotada …

Fiquei me perguntando o quanto seria difícil pra essas pessoas que praticamente se conhecem e convivem diariamente se olharem no dia seguinte, caso o Leão fosse eliminado…

Assim como pensei nos amigos da Malucos do Tigre e no sofrimento que já se perdura por tantos anos nessa 4ª divisão…

Momento único: o “narrador” do estádio pede uma homenagem aos torcedores que não tiveram como entrar e decidiram assistir ao jogo em cima das árvores do entorno:

Nas bancadas, nem todos sabiam que a decisão iria pra penalty, mas logo a informação circulou e todo mundo estava de novo focado no campo!

Jogadores prontos para a decisão por penaltys…

Torcida também!

Os penaltys são um momento difícil para ambas as torcidas. Mas, o CAT garantiu suas 3 primeiras cobranças e viu o Rio Branco perder 2 dos 3 penaltys, o que levou o time local à 4ª batida podendo encerrar a disputa. E foi o que aconteceu:

A partir daí o que se viu foi uma explosão coletiva de felicidade.

O presidente da Garra Junior expressou a importância dessa vitória:

E aí? Você quer que eu tente traduzir o que se passava na cabeça e nos corações de quem estava ali vivendo essa catarse?

Me arrepiei todo e quase chorei ao cruzar com um homem com os olhos mareados de emoção…

Importante reforçar a proximidade que o elenco tem (ou aparentou ter) com os torcedores, afinal, eles merecem. Os jogadores chegam e saem. Nós, torcedores, estaremos sempre na bancada! Respeita a gente!

Vale chorar, se abraçar e até mandar o recado pra quem está longe: “Estamos classificados!!!”

Aos amigos de Americana, compartilho da sua tristeza, o Rio Branco não merece estar onde está e assim como um dia acompanhei o título da A3 e a volta para a A2, não tenho dúvidas que um dia estaremos juntos celebrando o acesso do Tigre!

Ao povo heróico que um dia construiu um estádio em nome do próprio time, vocês tem a minha total admiração, meu mais profundo respeito. Que esse amor não termine nunca!

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CA Taquaritinga 0x0 Rio Branco (Teaser)

Pessoal, enquanto o post oficial do nosso rolê não fica pronto, segue um clip que resume a nossa tarde tão bacana por Taquaritinga, no segundo jogo das quartas de final da Segunda Divisão do Campeonato Paulista, onde o CAT bateu o Rio Branco nos penaltys:

Aliás, se você ainda não acompanha o nosso Canal no youtube, clique aqui e passe a seguir.

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Novo rolê por Americana – parte 2 de 2

Bom, essa é a parte 2 desse post que acabou ficando gigante graças a tanta história que Americana tem no futebol. Se você ainda não leu a parte um, que fala sobre a história dos times que defenderam a cidade, é só clicar aqui.

Esse post é dedicado ao registro atual dos clubes e estádios que receberam partidas profissionais e agradeço o amigo Gabriel Pitor Oliveira.

O Gabriel é autor do genial site do Vasquinho (clique aqui e conheça o lindo trabalho dele!), por toda a ajuda, dicas e respostas. O cara sabe tudo sobre o futebol de Americana.

Então, comecemos nosso rolê batendo na porta do pessoal do Flamengo Futebol Clube!

O time que disputou 2 edições da terceira divisão, chegou a construir um estádio em sua sede pensando em atender as exigências da Federação Paulista, mas infelizmente o estádio foi inaugurado quando o clube já havia desistido do profissionalismo.

Entretanto, os sócios ganharam um estádio lindo e que foi dividido em 4 campos de futebol, com iluminação e uma arquibancada capaz de abrigar 5 mil torcedores!

A arquibancada de cimento tem 20 degraus e acompanha toda a lateral dos campos.

Acho que aqui dá pra ver os dois campos lado-a-lado (e são mais dois à esquerda destes).

Aqui, o outro lado:

São 4 campos com um gramado impecável. E pensar que essa área era um brejo em Americana… Imagina o trabalho que tiveram para conseguir transformar em um gramado tão retinho…

E claro, não pode faltar o distintivo do clube estampado lá em cima na arquibancada!

Olhando da arquibancada, esse é o gol (ou no caso, os gols) do lado esquerdo:

Esse os do lado direito:

E aqui…. seria o meio campo do campo original…

Do lado oposto à arquibancada ainda existe um lance único de arquibancada

Como mostramos no post anterior, fui presenteado com um livro incrível que conta a história do Flamengo FC.

E no livro, muitas vezes falou-se do tal “Bar do Flamengo” e consegui dar um pulo até lá para conhecer o lugar.

Infelizmente o bar estava fechado.

Embora o estádio dentro do clube seja lindo, não foi lá que o Flamengo mandou seus jogos pelo Paulista da Terceira divisão de 67 e 68, e fomos até o Estádio Victório Scuro em busca de respostas. Estivemos lá há algum tempo (veja aqui como foi), mas é sempre bom rever as arquibancadas de um estádio clássico como o Victório Scuro, também conhecido como “Caldeirão do Dragão” ou “Vovô”.

O Victório Scuro foi a casa do EC Vasco da Gama em suas competições profissionais e amadoras. Mas vale lembrar que o Vaquinho chegou a ter um outro campo lá na Vila Galo, onde hoje é a Rua Dom Pedro II

O Estádio Victório Scuro foi construído em um terreno cedido pela prefeitura em 1959, por um comodato de 10 anos. O responsável pela construção do estádio foi Ítalo Scuro (o nome do estádio homenageia seu pai), dono de uma indústria têxtil e a inauguração ocorreu em abril de 1960 como celebração do aniversário de 10 anos do time. Na partida preliminar, o CRS Carioba venceu o Recreativo Sumaré por 3×2, mas a partida que fez a alegria da torcida local foi EC Vasco 3×0 XV da Lapa (SP). O Vasco mandou seus jogo aí até 1977, quando o Americana EC (antigo Vasco) acabou trocando o Victório Scuro pelo atual Estádio Décio Vitta.

O Victório Scuro ainda seria utilizado pelo Sete de Setembro, mas vale lembrar que em 1984, o próprio Rio Branco chegou a mandar jogos ali.

Atualmente o Estádio Victório Scuro é a sede de um projeto focado em crianças e adolescentes, gerido pelo Colorado, um tradicional time de futebol amador da cidade que parecia caminhar para o seu fim, mas que ganhou nova vida com essa molecada!


Quem coordena o projeto atualmente é Rogério Panhoca junto do “Zé Pulga”, uma figura super tradicional no futebol da região.

Aliás, foi ele quem resolveu a charada de onde o Flamengo mandou seus jogos na Terceira Divisão de 1968 e 69. Aliás, ele contou mais um monte de histórias, confere aí:

O papo foi ótimo, mas a missão em Americana ainda não tinha acabado. Era necessário registrar a Praça de Esportes Milton Fenley Azenha, também chamado de “Centro Cívico”.

O complexo é formado por uma série de equipamentos esportivos, e o Estádio de futebol recebeu diversos jogos das categorias de base do Rio Branco .

E no ia da nossa visita, conseguimos pegar as oitavas de final da Copa Inter de futebol amador de Americana.

Ainda que as nuvens estivessem no céu, estava quase 40 graus de calor em campo…

Em campo jogavam o Malucos da Praia e o Descubra (se me informaram correto, o placar final foi Descubra 4 x 0 M.D.P.).

Poucas pessoas acompanhavam a partida nas arquibancadas do Centro Cívico.

Mas olha que bela imagem do meio campo:

O gol da esquerda:

O gol da direita:

Vale até ver um gol:

Já cansou? Porque ainda faltam 2 estádios para fechar nossa missão. Um deles é o Estádio Eugenio Cia (ok, ok, a “praça de esportes” Eugenio Cia), inaugurado em 1979 e que fica localizado na Avenida Bandeirantes, 4100, na Vila Cordenonsi.

O Campo Municipal Eugênio Cia nasceu de uma escola de samba, a Sociedade Recreativa Folclórica Esportiva Unidos da Cordenonsi, cujos integrantes aproveitaram o antigo Ninho do Gavião, campo do Sete de Setembro e fizeram uma nova praça de futebol em mutirão.

Vamos conhecê-lo?

As bilheterias ainda estão por ali…

O campo fica numa região bastante arborizada, e muito bonita.

Estava rolando mais uma partida pelas oitavas de final da Copa Inter de futebol amador da cidade, e dessa vez, duas equipes tradicionais lotaram o Eugenio Cia: Cantareira x Cidade Jardim.

Tinha gente torcendo por todos os lados do campo…

Aliás, essa linda arquibancada veio do campo do SCR Carioba que havia sido desativada e foi desmontada e remontada degrau a degrau no campo da Cordenonsi.

Olha o detalhe de como são os degraus:

O gramado muito bem cuidado permitiu uma boa partida!

E a arquibancada coberta foi providencial pra dar uma fugida do sol e do calor.

Daqui aproveito pra registrar o gol esquerdo:

O meio campo:

E o gol da direita:

E dentro de campo, a bola seguia num jogo bem disputado, mas que parecia se resolver para o time do Cidade Jardim, que ia vencendo por 2×0.

Mais uma vez é muito bacana poder estar presente pra registrar não só o campo, mas a força do futebol amador, dessa vez, em Americana!

O banco preocupado porque o time do Cantareira fez seu gol. 2×1.

Olha que visual incrível. Espero que em 2047 alguém olhe essa foto e diga “olha como o mundo era louco naquele longínquo 2021″…

O jogo seguia para o fim, e as próximas duas equipes estavam prontas para entrar em campo (aliás, o jogo seguinte foi uma goleada do time que seria o campeão da Copa, o São Jerônimo/Bruxela por 9×0 contra Jardim América II

Fim de jogo, 3×1 para a festa do time do Cidade Jardim!

Hora de seguir para a última parte desse rolê pelos campos de Americana, o Estádio Parque Dona Albertina , o campo do Carioba!

Segundo os conselhos do amigo Gabriel, acessar o ainda existente campo do Carioba não seria missão fácil por estar dentro do terreno do DAE (Departamento de Águas e Esgotos de Americana), já no fim da vila Carioba. Mas, lá fomos nós na esperança de acessar o campo!

O rolê pela Vila Carioba é uma volta ao passado, com certa dor no coração pelas imagens do presente. Embora a natureza ainda seja exuberante, o que se vê das antigas indústrias têxteis e da arquitetura da época, mostra que em algum momento as coisas deram errado.

A indústria têxtil acabou prejudicando demais a vila… Em vários documentários (veja esse, ou este por exemplo) que contam sobre a vida na vila no início do século XX mostram que havia toda uma vida em colônia em torno das fábricas que sofreu com isso.

Mas o visual vale o rolê…

E ali ao fundo, após cruzar o rio (é o rio Piracicaba!! Ainda menorzinho…) chegamos ao antigo campo do SCR Carioba!

Logo em seguida, o rio se junta a outro afluente e recebe maior vazão de águas.

Na verdade, atualmente não se chega ao antigo Estádio Parque Dona Albertina mas sim ao DAE-Americana.

Realmente a entrada no campo não foi tarefa fácil. Foram necessárias diversas ligações do responsável pela segurança até obter uma autorização para nossa entrada (rápida) para realização do registro desse campo tão histórico! Pena que o antigo pórtico já não existe mais…

Então liguemos a nossa máquina do tempo para mais este registro incrível da história do fuebol de Americana…

Ainda há um lindo bosque acompanhando a lateral do campo, que já não tem mais um gramado impecável…

Ali, no gol dos “fundos” (já que entramos pelo lado do outro gol), existe uma construção que parece ser uma caixa d’água.

Ainda resiste um alambrado separando o espaço do campo do resto do terreno.

Ao lado do campo, uma área onde possivelmente ficava a antiga arquibancada de madeira.

Aqui, a alegria dos atletas… o equipamento que permite a alegria maior do esporte, o gol!

Encontrei essa estrutura em um dos vitrais da construção ao lado do campo. Tentei enxergar um possível distintivo desenhado ali ao meio, mas não se parece em nada com o distintivo conhecido do SCR Carioba.

Incrível como a combinação natureza + futebol parece combinar tão bem…

Quantas partidas, quantas histórias, quantas pessoas terão passado por aqui e marcado em sua memória a lembrança deste campo…

Com a sombra em meu rosto, um sentimento de orgulho e missão cumprida, ao mesmo tempo em que tantas lacunas, saudades e até um pouquinho de tristeza se misturam ao comparar o passado e o presente, pensando no futuro de campos como esse do Carioba, vendo a velocidade com que o progresso atropela toda a nossa história…

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Novo rolê por Americana – parte 1 de 2

ATENÇÃO! Dividimos esse post em 2 partes: uma teórica sobre a história dos times (este post) e outra prática sobre os estádios utilizados por estes times (clique aqui e veja cada fotona!!).

Já estivemos muitas vezes por Americana, a maior parte delas para ver o time do Rio Branco (veja aqui, o título de 2012 ou clique aqui e leia sobre um jogo decisivo pela Bezinha de 2019) mas também já viemos para conhecer o Estádio Victório Scuro (clique aqui e veja como foi).

E você pode perguntar… “Mas por quê tantas visitas???” É que o futebol profissional (e o amador também) é riquíssimo!!! Foram 7 times disputando os campeonatos das Federações (nesse caso é no plural porque o CA Paulistano disputou o campeonato da LAF, e os demais da FPF):

E isso porque eu não incluí na lista nem o Guaratinguetá, que em 2010 mudou de nome para Americana Futebol e disputou a série A1 de 2011 na cidade e nem o SC Atibaia que adotou a cidade como sede até 2021, quando mudou de sede e nome para Leme.

Diferente da maioria das cidades que visitamos, Americana não nasceu só da tradicional mistura dos moradores originais – os indígenas – com os europeus e africanos. Quer dizer, até rolou isso lá no século XVIII, com a ocupação das sesmarias doadas por Portugal, mas teve um outro capítulo no mínimo polêmico e que tem a ver com o nome da cidade: a imigração dos confederados, o povo que vivia no sul dos EUA, conhecidos por serem escravocratas a ponto de entrarem em guerra (a guerra civil americana) para defender a manutenção da escravidão. Por isso o nome do povoado se tornou “Villa dos americanos” e depois “Villa Americana”. Um triste começo para uma cidade que hoje é bastante acolhedora!
Vale ler a matéria: da Hypeness (clique aqui) sobre como a cidade vizinha – Santa Bárbara do Oeste – ainda não conseguiu se livrar desta história.

Outro fato fundamental para o surgimento da cidade foi a chegada da ferrovia em 1875 (foto do site Estações de Trem):

Graças à ferrovia, chegaram outras famílias para viver onde antes só haviam sitiantes americanos. Assim, aos poucos a região foi crescendo e chegaram as fábricas, principalmente ligadas aos tecidos.
Em torno delas surgiu uma outra Vila que leva o nome de uma das fábricas: a Villa operária de Carioba! (fotos do site da Associação dos Permissionários de Carioba)

Com o desenvolvimento, a Villa Americana passou a lutar pela emancipação e em 1924 foi criado o Município de Villa Americana (que reunia as vilas Americana e a Carioba). Em 1938, muda seu nome para apenas “Americana“.
Com tantas indústrias têxteis fica conhecida como a capital do tecido. Mas a crise do setor têxtil quebrou boa parte das indústrias locais, obrigando a cidade a diversificar sua economia para sobreviver até os dias atuais. (Foto do Blog do Chico Sardelli).

Enfim… esse é um super hiper resumo só pra contextualizar a cidade representada pelos 7 clubes apresentados acima. Vamos tentar falar deles em ordem cronológica, começando pelo time mais antigo e mais tradicional, o Rio Branco Esporte Clube.

O Rio Branco foi fundado em 4 de Agosto de 1913, sob o nome Sport Club Arromba. Em 1917, passou a levar o nome da cidade (na época “Villa Americana Foot Ball Club“), mas ainda no mesmo ano, definiu-se, o nome de Rio Branco Football Club.

Dizem que o Rio Branco foi o primeiro time a adotar um tigre como mascote!

Dentre suas conquistas iniciais, destacam-se os dois títulos do Campeonato do Interior em 1922 (Sanjoanense foi a vice) e 1923 ( Sorocabano foi o vice). Naquele tempo, o campeão do interior disputava a “Taça Competência” com o campeão da 1a divisão e assim tivemos um Corinthians 5×0, em 3/5/1923 e Corinthians 2×1 em 30/3/1924. Esse foi o time bicampeão:

No Campeonato do Interior de 1925, em 28 de junho tivemos o primeiro derbi oficial de Americana: Rio Branco 1×0 CRS Carioba, no 1o turno (no 2o turno nova vitória do Rio Branco: 1×0, jogando no campo do Carioba).

O Clube Recreativo e Sportivo Carioba foi fundado lá na fábrica que falamos no início do post, em 9 de julho de 1914, mas somente em 1925 estreou no Campeonato do Interior fazendo uma campanha interessante (o Rio Branco se classificou pra fase final e terminou em 4o lugar, o campeão foi o Velo Clube).

No Campeonato do Interior, em 1926, houve uma debandada dos times de Americana para a LAF (Liga dos Amadores de Futebol) e naquele mesmo ano o Carioba disputa a eliminatória para a primeira divisão da LAF e também o Campeonato do Interior da LAF.
Olha aí algumas fotos de times do Carioba do início do século XX:

O CRS Carioba disputaria várias edições do Campeonato do Interior, mas anos mais tarde arriscou um passo ainda mais ousado disputando o Campeonato Paulista da Terceira Divisão (o quarto nível do campeonato) de 1968, surpreendendo a todos com uma incrível campanha na primeira fase, pela 2a série!

Pena que na fase final, o Carioba não conseguiu repetir o bom desempenho…

Em 1969, infelizmente vários problemas atrapalharam o time que acabou desistindo do Campeonato ainda no primeiro turno:

Mas, voltemos a 1926 para registrar uma surpresa que alegrou ainda mais Americana, a cidade tinha um novo time participando do Campeonato do Interior da LAF, o Clube Atlético Paulistano!

O CA Paulistano foi fundado em 1925, teve essa única aventura no Campeonato Interior e depois sumiu, deixando o futebol na cidade com a dupla Carioba e Rio Branco. O Tigre chegou a disputar a segunda divisão de 1947 a 1949, quando decide abandonar o futebol profissional. Essa foi a classificação de 1949, quando ele terminou em 5o:

Já disputando apenas o amador, em 1961, o Rio Branco assume o nome que defende até hoje em dia: Rio Branco Esporte Clube.

Mas sua ausência no profissional, faz com que um outro time da cidade assuma o protagonismo: o Esporte Clube Vasco da Gama!

O EC Vasco da Gama, também conhecido como Vasquinho, foi fundado em 24 de abril de 1950 e se você quiser conhecer mais sobre o time, vale a pena conhecer o blog “O Vasquinho de Americana“, do Gabriel Pitor, de onde veio essa foto do time dos fundadores:

Em 1966, o Vasquinho decidiu se profissionalizar e disputar a Terceira Divisão (o quarto nível) do Campeonato Paulista. (foto do blog O Vasquinho de Americana).

Em 1968, o Vasquinho “ganhou um acesso” e disputou a chamada “Segunda Divisão” (que equivalia à Terceira Divisão) e começou bem, classificando-se em segundo na primeira fase:

Na segunda fase, terminou empatado com o Oeste, obrigando a realizarem um jogo desempate para ver quem iria à final. E após um 3×3 no tempo normal, o Vasco conseguiu segurar a prorrogação e o empate lhe deu a classificação.

Na final, em jogo único em Bauru, o Vasco venceu o Municipal de Paraguaçu Paulista por 2×0 e conseguiu o título e mais um acesso, jogando assim o segundo nível do Campeonato Paulista de 1969. Se você quiser ler mais sobre a história do título, leia aqui no incrível site feito pelo Gabriel Pitor!

Mas precisamos abrir mais um capítulo nessa história. É que no Campeonato da Terceira Divisão de 1967 (4º nível do futebol paulista), ocorreu um dos mais impensáveis dérbi do futebol paulista graças a uma nova equipe que passou a disputar o profissional:

Isso porque em 1943 surge um novo time na cidade: o Flamengo Futebol Clube mais conhecido como Flamengo de Americana (muitos consideram a sua data de fundação o dia 5 de janeiro de 1958, mas segundo o livro Flamengo Futebol Clube, de Santo Dean, o ano é mesmo 1943).

O time disputou muitas competições amadoras, entre elas o Campeonato Municipal e com os bons resultados decidiu arriscar-se no profissional, assim, em 1967 tivemos um “dérbi carioca” em Americana: Flamengo x Vasco! Assim terminou aquele campeonato:

Como o futebol profissional, já era caro mesmo naquela época, eles não conseguiram se manter e voltaram para o profissional ao fim de 1968, quando disputaram novamente a Terceira Divisão. E fizeram uma baita campanha, disputando um outro derbi pela cidade, dessa vez com o time que ficou com a vaga para a próxima fase: o CRS Carioba!

Fechemos este capítulo, e voltemos a falar do Vasco. Depois de conquistar a Segunda Divisão (o terceiro nível do futebol paulista) o time jogou a Primeira Divisão (que equivalia ao segundo nível) em 1969, 70 e 71, sem grandes campanhas, mas em 1972 o time chegou à segunda fase, como vice líder da Série Belford Duarte.

Mas faltou um pouquinho para chegar à final…

Em 1973, 74 e 75 novamente campanhas medianas. O time precisava de mais apoio e uma das ideias foi mudar o nome do time para Americana Esporte Clube.

Mas em campo essa mudança não gerou grandes novidades: as campanhas de 1976, 77 e 78 seguiram abaixo da média. Pra piorar, o Estádio Victório Scuro não atendia às demandas da Federação Paulista e assim, o Vasco vê como caminho, unir-se com o Rio Branco, e assim, o Tigre volta ao Campeonato Paulista profissional em 1979 e já no primeiro ano da fusão, classifica-se para a segunda fase, mas sem chegar a final.

Aproveitamos para abrir o nosso último capítulo e falar sobre o chamado Campeonato Paulista da Segunda Divisão Profissional de 1977 (esse era o nome do quarto nível do futebol paulista), que viu um novo clube de Americana adentrar ao profissionalismo: o Sete de Setembro Futebol Clube.

O Sete de Setembro Futebol Clube foi fundado em 1959. E depois de muitos anos no amador, estreou no profissional de 77 em uma campanha bem frágil, não passando da primeira fase:

Em 1978, mais uma campanha fraca, terminando na última colocação do seu grupo…

Em 1979, um pacto entre os atletas para um ano melhor, para resultados incríveis, vitórias conquistadas nem que fossem na raça e… Não deu… Mais uma vez terminou como último colocado do grupo não avançando para a próxima fase.

Mas, a recompensa por tanta persistência deu resultados… Em 1980, a Federação Paulista reduziu as então 5 divisões par apenas 3, e assim o Sete de Setembro subiu uma divisão passando a disputar a Terceira Divisão (que finalmente equivalia ao terceiro nível do futebol paulista). E não é que o time foi bem melhor? Confira a classificação:

O Sete de Setembro FC persistiu na Terceirona até 1982, quando não conseguiu dar sequência ao seu projeto no profissionalismo e abandonou o campeonato para a tristeza do seu torcedor. Assim, coube ao Rio Branco, se consolidar como o grande representante da cidade no futebol paulista, passando a disputar a divisão de acesso entre 1979 e 1990, quando termina como vice campeão da “divisão de acesso” (segundo nível do futebol paulista daquele ano).

Assim, em 1991 o Rio Branco leva Americana ao mais alto patamar do futebol paulista: a primeira divisão. Essa e várias fotos da história do time podem ser vistas no site oficial do Rio Branco.

Assim, o Rio Branco se classificou para a segunda fase, como líder do grupo.

Na segunda fase, mais uma vez uma campanha que garantiu a liderança do time, mesmo sofrendo 3 derrotas nos últimos 4 jogos.

A fase final foi um “hexagonal da morte” e embora o Rio Branco não tenha levado o título por um pontinho… Pelo menos conquistou o acesso!

Aí está o time que conquistou esse tão importante e inesquecível acesso!

E o Rio Branco parece ter gostado de estar entre os grandes, pois ficou na serie A1 até 2007, quando acabou rebaixado de volta para a A2.

E a partir daí começa uma terrível gangorra pro time de Americana: em 2009 o vice campeonato da A2, traz o retorno para a A1. Em 2010, é rebaixado para a A2. Em 2011, pela primeira vez na história cai para a A3. Em 2012, sagra-se campeão da A3 (lembra que a gente foi lá ver?) e volta para a A2. Em 2016 nova queda para a A3, até chegarmos ao momento mais baixo da história do futebol em Americana: em 2018, quando o Rio Branco acabou rebaixado da A3 para a série B, o quarto nível do futebol paulista, onde permanece até pelo menos 2022.

Um momento difícil para um futebol tão rico, com tanta história. Que o futuro seja generoso com o Rio Branco. E aqui terminamos essa primeira parte “teórica” sobre o futebol de Americana!

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Um fim de semana para a Copa Paulista 2019

Sexta feira 13 poderia ter sido realmente um dia de terror, caso o Santo André não vencesse a Inter de Limeira. Mesmo jogando como local, o Ramalhão teve que mandar seu jogo em Mauá, no o Estádio Municipal Pedro Benedetti. E lá fomos nós, em companhia do amigo Pozzi, lá de Sobradinho-DF. Estádio Municipal Pedro Benedetti - Mauá O jogo foi uma verdadeira decisão entre Santo André e Inter de Limeira, o time que perdesse ficaria longe da classificação. E mesmo sendo numa 6a feira, ta aí nossa rapaziada, ainda teve a companhia do nosso próprio lateral, Denis Germano! Santo André x Inter de Limeira A Inter começou acelerada, indo ao ataque, mas o Santo André mostrou mais uma vez seu lado copeiro e sofreu um penalty em um contra ataque. Matheus Santiago marcou o gol que desestabilizou o time de limeira.

Mas, se você pensa que a partir daí as coisas ficaram mais fáceis, a cara de preocupação da torcida ramalhina mostra que os fatos seguintes só complicaram o jogo. O mesmo Matheus Santiago que foi aos céus com ceu gol, foi expulso, deixando o Santo André com um a menos ainda no primeiro tempo. Torcida Santo André Mas, se o lance do primeiro gol já mostrara o quão eficiente o time do técnico Palhavan é nos contra-ataques, Vitor Sapo mostrou que o Santo André pode mesmo surpreender e em uma jogada de pivô, fez 2×0, praticamente matando o jogo. Estádio Pedro Benedetti - Santo André x Inter de Limeira No segundo  tempo até o presidente do clube apareceu na arquibancada para acompanhar o jogo em meio à torcida e nos ajudar a segurar a vitória! Estádio Pedro Benedetti - Santo André x Inter de Limeira E o jogo acabou com a nossa torcida meio fora de controle …

No dia seguinte…

as mil camisas - Copa Paulista 2019 Sábado, 14 de setembro de 2019, mais uma vez na estrada para acompanhar dois times e suas torcidas, na Copa Paulista: SC Atibaia x EC São Bernardo. Sport Clube Atibaia 2019 - Copa Paulista Assim como o Santo André não pôde mandar seu jogo no Estádio Bruno José Daniel, o time do Atibaia também tem que mandar seus jogos em outra cidade, no caso, em Americana. Estádio Municipal décio Vitta - SC Atibaia x EC São Bernardo - Copa Paulista 2019 O time do Atibaia tem feito uma campanha irregular nessa segunda fase, o que somado ao fato de jogar em outra cidade, reflete-se em um público abaixo de 100 pessoas acompanhando o time… Estádio Municipal décio Vitta - SC Atibaia x EC São Bernardo - Copa Paulista 2019 Mesmo assim, o time acreditava na vitória para manter as chances de classificação e a alegria da sua torcida.

Esse pessoal é a organizada “Guerreiros do Falcão“, que já acompanhamos em outras partidas.

Estádio Municipal décio Vitta - SC Atibaia x EC São Bernardo - Copa Paulista 2019 Mesmo assim, o ataque do Atibaia não conseguia transformar pressão em gol… Estádio Municipal décio Vitta - SC Atibaia x EC São Bernardo - Copa Paulista 2019 A pressão vinha do calor, o que fez o árbitro exigir uma parada para água… Estádio Municipal décio Vitta - SC Atibaia x EC São Bernardo - Copa Paulista 2019 Estádio Municipal décio Vitta - SC Atibaia x EC São Bernardo - Copa Paulista 2019 A torcida do Atibaia seguiu apoiando, até que o árbitro encerrou o primeiro tempo. Estádio Municipal décio Vitta - SC Atibaia x EC São Bernardo - Copa Paulista 2019 No intervalo, deu pra trocar uma ideia com o amigo e ex jogador do Santo André, Adauto. Além de jogador e porta voz da campanha contra o racismo quando jogou na República Tcheca, atualmente ele trabalha no EC São Bernardo, e tem feito um bom trabalho. Estádio Municipal décio Vitta - SC Atibaia x EC São Bernardo - Copa Paulista 2019 O segundo tempo começou e para a tristeza do Adauto, e alegria do pessoal da Guerreiros do Falcão, o SC Atibaia fez 1×0, com Patrick. Estádio Municipal décio Vitta - SC Atibaia x EC São Bernardo - Copa Paulista 2019 Estádio Municipal décio Vitta - SC Atibaia x EC São Bernardo - Copa Paulista 2019 O Atibaia parecia perto de fazer seu segundo gol e matar o jogo… Estádio Municipal décio Vitta - SC Atibaia x EC São Bernardo - Copa Paulista 2019 O pessoal da Guerreiros do Falcão parecia não acreditar nas chances perdidas… Torcida Guerreiros do Faclão - Estádio Municipal décio Vitta - SC Atibaia x EC São Bernardo - Copa Paulista 2019 E dá lhe cantos em prol do SC Atibaia.

Torcer para um time que não faz parte das grandes equipes é algo que poucas pessoas podem entender.

Torcida Guerreiros do Faclão - Estádio Municipal décio Vitta - SC Atibaia x EC São Bernardo - Copa Paulista 2019 Torcida Guerreiros do Faclão - Estádio Municipal décio Vitta - SC Atibaia x EC São Bernardo - Copa Paulista 2019 A partir dos 30 minutos, o jogo entrou numa fase mais chata, com o Atibaia prendendo a bola e segurando o jogo pra garantir os 3 pontos. Treinador Porém, num lance completamente esquisito, o goleiro do Atibaia saiu pra cortar um cruzamento e encaixou a bola, abrindo os cotovelos como se fosse para se proteger. Porém, houve algum tipo de contato com o atacante do EC São Bernardo e o árbitro deu penalty, pro desespero do time e da torcida local.

O gol caiu como uma balde de água quente (água fria seria um alívio aquela altura…). E a partir daí, o árbitro passou a ser perseguido com gritos e xingamentos…

Torcida Guerreiros do Faclão - Estádio Municipal décio Vitta - SC Atibaia x EC São Bernardo - Copa Paulista 2019 Quando o pessoal se preparava pra reclamar do empate… aos 50 minutos do sgeundo tempo, o São Bernardo puxou um contra-ataque e num cruzamento pra dentro da área, o zagueiro Igor tentou cortar e …. fez contra, o segundo gol do time do ABC… Torcida Guerreiros do Faclão - Estádio Municipal décio Vitta - SC Atibaia x EC São Bernardo - Copa Paulista 2019 Nem bem o Atibaia deu a saída e o juíz encerrou o jogo… Imagina o que ele ouviu ao sair do campo: Torcida Guerreiros do Faclão - Estádio Municipal décio Vitta - SC Atibaia x EC São Bernardo - Copa Paulista 2019 Claro, respeitando e entendendo a tristeza da torcida local, gerada pelo placar, ficamos contentes de poder mais uma vez registrar para o futuro imagens do time e da torcida do SC Atibaia, que vêm numa crescente, quem sabe logo voltando a jogar em sua cidade natal. Torcida Guerreiros do Faclão - Estádio Municipal décio Vitta - SC Atibaia x EC São Bernardo - Copa Paulista 2019

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Bezinha 2019 – Decisão e emoção para o Rio Branco, em Americana

“Se o mundo é mesmo parecido com o que eu vejo, prefiro acreditar no mundo do meu jeito.” Então, nesse 11 de agosto de 2019, a estrada logo cedo nos levou a um estádio que ocupa lugar especial no meu coração: Décio Vitta, em Americana, a casa do Rio Branco, o tigre da paulista! Rio Branco - Tigre da Paulista Como sempre, tá aí a nossa parte pra apoiar o futebol local! ingresso Rio Branco x Guarulhos O Décio Vitta é um estádio muito bacana e só depois de passar a catraca e “descer o morro” é que se chega às arquibancadas. Estádio Municipal Décio Vitta - Rio Branco - Americana E se não bastasse toda história, estrutura e tradição… Ta aí o bar, com seus quitutes mais que especiais! Bar do Estádio Municipal Décio Vitta - Rio Branco - Americana Outro diferencial é a loja do Tigre, dentro do estádio e vendendo não só a camisa oficial mas uma série de outros ítens, como esse moleton muito louco! Loja - Estádio Municipal Décio Vitta - Rio Branco - Americana Embora o jogo fosse decisivo pra equipe local, a cidade estava recebendo vários eventos (de encontro de carros antigos a passeio ciclístico) e o público ficou um pouco abaixo do que o de costume para uma equipe de tanta tradição, como o Rio Branco EC. Estádio Municipal Décio Vitta - Rio Branco - Americana Vamos dar uma olhada geral no estádio!

Reforço o carinho que será eterno por esse amigo que nos deixou tão cedo e que era tão querido por todo mundo. Valeu Rogérião!

Rogérião - Malucos do Tigre - Estádio Municipal Décio Vitta - Rio Branco - Americana Mas, mesmo sem seu eterno presidente e amigo, a Malucos do Tigre segue apoiando o Rio Branco, mesmo nesta tão dolorosa 4a divisão estadual. Malucos do Tigre - Estádio Municipal Décio Vitta - Rio Branco - Americana Malucos do Tigre - Rio Branco de Americana Fica um alô especial para os amigos de bancada e de som! Malucos do Tigre - Estádio Municipal Décio Vitta - Rio Branco - Americana Vale lembrar que a Malucos tem esse nome em referência a Raul Seixas e é uma das poucas torcidas que nasceu focada muito mais no rock do que em outros ritmos. Torcida Malucos do Tigre - Rio Branco de Americana Começo de jogo com todo cerimonial exigido pela Federação, da entrada dos times ao hino nacional. Malucos do Tigre - Estádio Municipal Décio Vitta - Rio Branco - Americana O jogo começa quente e muito corrido, como acontece em quase todos os jogos da série B do Paulista, que é na verdade, uma competição sub-23. Rio Branco x AD Guarulhos - Estádio Décio Vitta - Americana Se não dá pra entrar em campo, na bancada, embaixo de sol, a Malucos faz sua parte e canta o tempo todo, sonhando com dias melhores, em outra divisão. Torcida Malucos do Tigre - Rio Branco de Americana Do outro lado, a valente Torcida Força Jovem do AD Guarulhos esteve presente com suas faixas e apoio ao time da grande São Paulo. Forte abraço ao Rapha “Cabelo” e demais amigos que compareceram. Futebol sem torcida visitante não tem graça. Torcida Força Jovem AD Guarulhos Torcida Força Jovem AD Guarulhos Rio Branco x AD Guarulhos - Estádio Décio Vitta - Americana E se o jogo estava quente, pegou fogo, ainda no primeiro tempo quando o Rio Branco começou a garantir sua presença na terceira fase com o gol de Thiago, numa cabeçada que matou o goleiro visitante, ainda na metade do primeiro tempo.

Festa em Americana nas cobertas e nas numeradas, que também receberam um bom público para os padrões da série B, mas ainda abaixo do potencial da torcida do Rio Branco.

Estádio Décio Vitta - Rio Branco de Americana Estádio Décio Vitta - Rio Branco de Americana Rio Branco x AD Guarulhos - Estádio Décio Vitta - Americana O segundo tempo apresentou oportunidades para os dois lados, mas sabendo da sua condição de classificação como um dos 4 melhores terceiros, o AD Guarulhos não demonstrou muita preocupação em buscar o empate, o que não significa que não criou chances para isso. Rio Branco x AD Guarulhos - Estádio Décio Vitta - Americana Assim, o jogo foi se encaminhando para o seu final, com a vitória magra, mas suficiente por 1×0 e só nos restava registrar a nossa presença mais uma vez neste templo do futebol do interior paulista que é o Estádio Décio Vitta. As mil Camisas - Rio Branco x AD Guarulhos - Estádio Décio Vitta - Americana Finalmente o técnico Marcos Campangnollo conseguiu ter um pouco de sossego e agora terá 6 jogos para decidir o futuro do Rio Branco. Treinador do AD Guarulhos - Rio Branco x AD Guarulhos - Estádio Décio Vitta - Americana Apita o árbitro…

Antes de ir, um último olhar para a faixa da Malucos, e a certeza de que nessa vida, tudo o que vale são as amizades e aquilo que construímos com nossas atitudes. Rio Branco x AD Guarulhos - Estádio Décio Vitta - Americana Lembrei de 2012, quando estivemos aqui celebrando o título e que emocionado, registrei o Rogérião falando sobre o título.

Boas lembranças para nos motivar a seguir nessa caminhada de cada um, enfrentando nossos desafios. Pra torcida do Rio Branco, vitória garantida, hora de ir pra casa e comemorar o dia dos pais, já sonhando com a próxima fase, que contará com adversários cada vez mais complicados. A mesma coisa serve para os meninos do AD Guarulhos. Rio Branco x AD Guarulhos - Estádio Décio Vitta - Americana Mais uma vez, obrigado ao pessoal da Malucos do Tigre por nos receber tão bem! Abraços e vida longa à torcida! Rio Branco x AD Guarulhos - Estádio Décio Vitta - Americana

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Em busca do Estádio Perdido – Campo do Vasquinho de Americana

Estádio Victório Scuro, campo do Vasquinho (adversário tão tradicional do Santo André FC dos anos 60 e 70). Distintivo do Vasquinho de AmericanaO time foi fundado em 24 de abril de 1950 como Esporte Clube Vasco da Gama, em homenagem ao Clube de Regatas Vasco da Gama do Rio de Janeiro e já em 1966 passou a disputar o futebol profissional. O Vasquinnho conquistou, o título da terceira divisão estadual de 1968. E esse era o time (fotos do pesquisador Gabriel Pitor): Vasquinho 1969 - campeão da terceira divisão Jogou a final contra o Municipal de Paraguaçú Paulista (o embrião do Paraguaçuense), vencendo por 2×0. Vasquinho Americana Aqui, o momento do gol de penalty: Vasquinho - Americana O Vasquinho mandava seus jogos no Estádio Municipal Victório Scuro, que fica entre os bairros da Conserva e Vila Rasmussen.

Infelizmente o Estádio não é muito sinalizado do lado de fora… A única “fachada” que eu encontrei pra fotografar foi essa, indicando que o estádio é hoje o Centro de Treinamento do E.C. Colorado.

O time passou a se chamar Americana Esporte Clube, em 1976.

Mas seguiu utilizando o Victório Scuro como casa.

A partir de 1979, foi incorporado pelo Rio Branco Futebol Clube, tornando-se o atual Rio Branco Esporte Clube .

Enquanto isso, vamos dando uma olhada no Victório Scuro, eterno “Campo do Vasquinho“.

Aqui, a entrada dos visitantes.

Ainda estão lá as mesmas arquibancadas onde décadas atrás a torcida da cidade estava em massa!

Ao fundo, a cidade que cresce sem parar, e infelizmente esquece dos antigos sonhos locais…

Segue um pequeno vídeo para apreciação.

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Rio Branco campeão da A3-2012!!!

Domingo de sol pelo interior. 20 de maio de 2012. Dia pra entrar pra história do torcedor do Rio Branco, de Americana.

Final da série A3, do Campeonato Paulista, chance de finalmente gritar “É campeão”. Teve até trânsito no entorno do estádio.

E se lá fora tinha muita gente, ao entrar, já deu pra ver que o coração da população de Americana tem dono: o Rio Branco!

Com poucos lugares vagos pelo estádio, a torcida local fez sua parte e compareceu em massa ao Estádio Décio Vitta.

Mais do que o acesso, o jogo valia título. E ainda mais que o título, o jogo servia pra lavar a alma do torcedor do Rio Branco que passou por tantos sofrimentos nos últimos anos.

Dos seguidos rebaixamentos no Campeonato Paulista até o surgimento do “Americana” que tentou comprar o amor da população, os apaixonados pelo Rio Branco tiveram que suar para conseguir expulsar os interesseiros da cidade e recolocar o time no lugar em que merece.

E nesse processo merece destaque a galera da Malucos do Tigre, que fez o possível e o impossível para fazer o verdadeiro time da cidade chegar onde chegou. Não só dentro de campo, mas nas arquibancadas. Olha a festa que os caras fizeram.

Deu pra ouvir um dos representantes da torcida, nosso amigo Rogério, e confesso que foi difícil não se emocionar junto.

Ah, e que fique registrada a presença da torcida do Grêmio Osasco ao Estádio Décio Vitta, onde ao menos até onde pude perceber foram muito bem tratados.

Lembro de ter encontrado o pessoal num jogo da série B do Paulista, em 2009, contra o Paulínia. É bom ver que o time cresceu e chegou à série A2 de 2013.

Passei por Osasco, semanas atrás e me surpreendi com a quantidade de outdoors na Castelo Branco em apoio ao time… Tomara que este projeto siga nos próximos anos!

O jogo em si não teve tanta graça. O Rio Branco jogava por um empate, mas fez valer sua condição de mandante e mandou logo 2×0, ainda no primeiro tempo.

Com o placar resolvido, o negócio foi curtir a festa com a galera. Teve até “ola”.

E pra ficar ainda mais registrado na memória, teve até faixa de campeão sendo vendida no estádio. Conversamos com outros torcedores que expressaram sua felicidade em poder ver o time de sua cidade numa situação tão positiva. O áudio do vídeo está ruim, prejudicado pelo vento. Espero que não seja hora de comprar uma câmera nova…

Pra nós, mais um momento especial, guardado eternamente na memória! Fim de primeiro tempo e é hora de curtir os detalhes da festa, a começar pela foto com o mascote do time:

Do capítulo “Culinária de estádio”, o destaque vai para o suco de laranja, produto típico da região e opção muito mais saborosa e saudável do que os tradicionais refrigerantes.

O segundo tempo começou e a empolgação continuava. O Estádio cheio começava a soltar os gritos de “É campeão”.

O Grêmio Osasco até tentou algumas decidas, mas não conseguiu diminuir o placar.

E dentro de campo o jogo ficou pegado, teve até expulsão pro time do Osasco. E muitas faltas…

Ah, a polícia militar teve uma atuação bastante tranquila. Sem reclamações.

Olha aí o presente que ganhamos do Rogérião e vai pra nossa coleção! Bonita bandeira, que prometo levar em algum jogo do Ramalhão pra celebrar a boa relação das duas torcidas.

O jogo caminhava para o fim e as atenções começavam a ser direcionadas para um lugar especial do campo…

Mas mesmo assim, de olho no troféu, a festa não parava. A Malucos do Tigre contagiava o estádio! Era como uma contagem regressiva até o momento mais especial! Ao fundo, as bandeiras da cidade e do time eram motivo de orgulho! O placar seguia 2×0, quando o juiz apitou o fim de jogo. Rio Branco campeão. Um time com tantos anos de vida, enfim pode ouvir sua torcida gritar “É campeão!”. Logo após o apito final, os atletas vibraram e se abraçaram, comemorando a conquista. Enquanto os atletas do Rio Branco rezavam no meio do campo, o time do Grêmio Osasco recebia as medalhas de vice campeão. Mais uma foto histórica da gente enquanto time e torcida do Rio Branco comemoravam o título!

O time do Grêmio Osasco deixou o campo sob aplausos da torcida do Rio Branco. Linda mostra de respeito! Hora do time da casa receber suas medalhas… Momento emocionante… Parabéns os torcedores do Rio Branco. Pelo título, pelo exemplo, pela superação.

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Em busca do Estádio perdido em Americana…

Estádio Décio Vitta está longe de ser desconhecido pelo público apaixonado pelo futebol, mas a idéia da seção “Em busca do Estádio perdido…” é valorizar cada vez mais os estádios esquecidos pela grande mídia. E por isso, ainda no ano passado, eu, a Mari, Mathias e Lívia (primos da Mari) fomos até Americana para fotografar o Estádio do Rio Branco. Aproveitamos o rolê para ir conhecer o parque municipal, e logo na sequência fomos ao estádio para assistir Rio Branco x Paulista de Jundiaí, pela Copa Paulista (coincidentemente, eu iria ver o mesmo Paulista na final dessa Copa, contra o Votoraty). Graças ao blog, ou ao porteiro que não sabe o que é um blog, entramos de carro pela área da Imprensa. rio branco1 O campo estava vazio. O público paulista ainda não entendeu a importância da Copa Estado de São Paulo. rio branco2 O Estádio Décio Vitta fica numa parte altada cidade, que permite uma bela vista no horiozonte. rio branco3 O Estádio Décio Vitta, também conhecido como Riobrancão, foi inaugurado em 1977. Sua capacidade é de 12.765 espectadores. O jogo inaugural foi disputado nesse dia, quando o Americana E.C. bateu o Taubaté por 2 a 1. Em 1981, o então presidente do Rio Branco, Délcio Dollo, propôs rebatizar o o estádio a ser chamado Décio Vitta, entretanto, isto aconteceu somente em 1986. rio branco4 Como sempre, imortalizamos nossa presença em mais um campo sagrado desse esporte que a cada dia me faz mais apaixonado! rio branco5 O céu é outro espetáculo que eu cismo a fotografar,mesmo sabendo que nunca sai do mesmo jeito que eu estou vendo ao vivo… rio branco6 O maior público já registrado no estádio foi no dia 9 de março de 1993, quando 19.173 pessoas assitiram a vitória do Rio Branco sobre o São Paulo por 1 a 0. rio branco7 Encontramos uma pequena homenagem ao acesso do Rio Branco de 1992. rio branco9 Futebol é cultura. Seguimos rodando o mundo em busca de novos Estádios e times que representem suas cidades, seus bairros, sua gente!

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