214- Camisa do Ituano FC

A 214ª camisa de futebol do site foi presente da amiga Andrea Sanches e representa um time que tem crescido bastante no últimos anos mas que em 2024 passa por um ano difícil.
Falamos do Ituano FC.

Graças à rivalidade com o Santo André e à distância relativamente próxima, o Ituano é um dos times que mais assisti em campo.

Além dos vários duelos contra o Ramalhão, estive em Itu para acompanhar o acesso do Vasco no ano passado (veja aqui como foi).

Aproveitei esses rolês para escrever dois posts sobre o futebol local: Parte 1 (sobre o Estádio Novelli Júnior) e parte 2 (sobre o Estádio da Baixada, o Estádio Municipal Álvaro de Souza Lima).

O time foi fundado em 24 de maio de 1947, por trabalhadores da Estrada de Ferro Sorocabana, sob o nome de Associação Atlética Sorocabana.

Em 1956, a A.A. Sorocabana conquistou uma vaga na 3ª divisão do futebol paulista.

Em 1965, a Associação Atlética Sorocabana passa a se denominar Ferroviário Atlético Ituano.

Em 1977, esportistas da cidade se reuniram em torno do Ferroviário Atlético Ituano trazendo inclusive o apoio dos seguidores do Clube Atlético Ituano, fundado em 1953, sendo sucessor do Esporte Clube Oficinas Gazzola, tendo vencido a Terceira divisão de 1954 e 1955 e. que andava enterrado em dívidas.

Em 1989, o Ferroviário é Campeão do Campeonato Paulista da Segunda Divisão, mudando seu nome a partir daí para Ituano Futebol Clube.

Tem como maiores conquistas 2 títulos do Campeonato Paulista em 2002 e 2014.

O Ituano também possui 2 títulos do Campeonato Brasileiro da Série C, em 2003 e 2021.

Além disso o time ainda conquistou a Copa Paulista de 2002 e o Campeonato Paulista da segunda divisão de 1989.

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O futebol em Cotia-SP

Dessa vez, vamos falar de um rápido pitstop em Cotia, cidade vizinha da capital, para registramos o Estádio Euclides de Almeida, a casa do futebol local.

Cotia é uma das áreas que sintetiza a história do Brasil: repleta de povos indígenas, ocupando originalmente suas terras, a região viu os europeus chegarem e acabarem com toda a cultura e modo de vida até então, em busca de ouro e do aprisionamento e da escravização dos indígenas.
Ainda assim, atualmente alguns povos indígenas seguem vivendo na cidade.

Logo, a região passou a servir de ponto de abastecimento para as caravanas que por ali passavam, aproveitando as trilhas indígenas, em direção ao interior do Brasil ou até Sorocaba, um importante ponto para negociação de gado.
Um dos possíveis significados do nome da cidade seria devido a isso: Kutia significaria ponto de encontro.
Os jesuítas possuíam ali duas importantes áreas: Aldeia de Carapicuíba (a foto abaixo é do site do Iphan) e Aldeia de São João.

Em meados do século XVII, Fernão Dias Paes apoia os então moradores a construirem uma capela em louvor à Nossa Senhora do Monte Serrat, padroeira beneditina.
Em 1703, a capela de Nossa Senhora de Monte Serrat é transferida para o local onde encontra–se até hoje a Igreja Matriz (foto do site do Turismo de Cotia).

Assim, em 1723, surge Nossa Senhora do Monte Serrat de Cotia, elevado à categoria de vila em 1856 e à cidade em 1906.
E com o desenvolvimento econômico e social, logo o futebol chegou à cidade.
E o time que materializou essa paixão, levando a cidade até às disputas profissionais foi a Associação Atlética Cotia. A imagem abaixo é do Site Escudos Gino:

O time foi fundado em 15 de dezembro de 1980 e depois de muitas disputas amadoras, decidiu estrear no Campeonato Paulista, na Terceira Divisão de 1986, onde terminou em último lugar no Grupo Branco.

Ao final do campeonato, os diretores perceberam que precisariam de um parceiro para continuar no profissionalismo.
Assim, a Central Brasileira, famoso entreposto da cidade, assumiu a equipe, fazendo com que passasse a se chamar Associação Atlética Central Brasileira, também conhecida por Central Brasileira de Cotia, agora rubro-negra. A imagem abaixo é do Site Escudos Gino:

Logo no primeiro ano de competição com o novo nome, em 1988 a AA Central Brasileira sagrou-se campeã da Quarta Divisão, classificando-se em primeiro no seu grupo da primeira fase:

Na segunda fase, mas uma vez o Central liderou seu grupo:

Na terceira fase, o time passou por um triangular e chegou a final!

Na final, enfrentou o Iracemapolense em duas partidas, vencendo a primeira em Iracemápolis por 2×0 e a segunda em Cotia por 1×0, sagrando-se assim campeão, com o time abaixo:

Em 1989, não se classifica para o triangular final, conquistando o acesso para a divisão de acesso (chamada de série A2, em 2024).

O time tinha na zaga ninguém menos que Luiz Pereira:

Em 1990, fez uma estreia bastante digna, terminando a primeira fase em 3º e caindo na segunda fase.

E o time também jogou a Copinha naquele ano, vencendo o Santos em sua estreia!

Em 1991, não passou da primeira fase, mas contou Wladimir (ex Corinthians e ex Santo André), aqui, já aposentado com a camisa da Central Brasileira de Cotia!

Po, e parece que o Rafael Cammarota tava ali no meio com um uniforme de linha…

Em 1992, fez uma primeira fase razoável, terminando em 4º lugar, mas apenas os 3 primeiros se classificaram para a fase seguinte.
Em 1993, liderou o seu grupo, classificando-se para a próxima fase, onde terminou em 2º, perdendo a chance de disputar o título:

Em 1994, já no formato pontos corridos, termina na 5ª colocação mas a parceira já não era suficiente para manter o time em Cotia e para não fechar o time, preferiram buscar um novo parceiro em uma nova cidade: Espírito Santo do Pinhal.
Assim, em 1995, disputa a Terceira Divisão (chamada de série A3, em 2024) como Central Brasileira de Pinhal terminando na última colocação e licenciando-se do futebol profissional.

E para registrar um pouco dessa história fomos conhecer o Estádio Euclides de Almeida, onde o clube mandou seus jogos:

Uma pena que fomos super mal recebidos por um caseiro que trabalha ou vive no Estádio e que tentou impedir até mesmo que fizéssemos fotos estando do lado de fora (pelos vãos do portão):

Olha o gol da esquerda e a arquibancada lá do outro lado:

Pelo que vi, o gol da direita está caído…

Até um vídeo por ali deu pra fazer:

Mas na hora de ir embora, parei na estrada e percebi que dali do alto dava pra ter uma bela vista do Estádio Euclides de Almeida

Depois até achei uma foto na fanpage do time que mostra uma versão antiga do estádio com as arquibancadas todas montadas:

Em 2011, o futebol profissional voltou a bater nas portas da cidade, com a criação do Cotia FC!

Naquele ano, o Cotia Futebol Clube, fundado em 13 de abril de 2000, na cidade de Campo Limpo, com o nome de Sport Club Campo Limpo Paulista, estreava na 4ª divisão de 2011.

Em 2012, avançou apenas até a Segunda Fase.

O time tinha até uma torcida: “Ultras”.

Em 2013, o Cotia FC, conquista o acesso para a série A3 do Campeonato Paulista, mesmo tendo problemas com o estádio Euclides de Almeida que acaba interditado obrigando o time a mandar seus jogos em outras cidades.

Em 2014, termina sua primeira A3 em 14º lugar.
Em 2015, acaba excluído da competição, se licenciando e novamente deixando a cidade órfã de futebol profissional, por isso…

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201- Camisa do CA Juventus

A 201ª camisa de futebol do nosso blog vêm de um time que já acompanhamos por várias vezes: o Clube Atlético Juventus.

Por favor, nunca cometa o erro de chamar “o” Juventus de “a” Juventus. “O” é da Mooca e “a” é de Turim.

O CA Juventus foi fundado em 20 de abril de 1924 por imigrantes italianos que trabalhavam na Cotonifício Rodolfo Crespi, uma fábrica de tecidos que viveu intensamente a greve geral de 1917, muito graças à Liga Operária da Mooca que difundiu a ideia da paralisação, concretizando o movimento.

Até pouco tempo, o prédio abrigava um supermercado Extra, mas a rede acabou fechando suas portas no Brasil e agora é um mercado Assaí.

O time nasceu sob o nome de Cotonifício Rodolfo Crespi Futebol Clube com jogadores dos times Extra São Paulo FC e Cavalheiro Crespi FC formados na mesma fábrica.
Distintivos vindos direto do site Escudos Gino:

O CR Crespi FC disputou as divisões intermediárias da APEA e em 1929, conquistou o campeonato da Primeira Divisão, equivalente ao segundo nível do campeonato. A matéria abaixo foi encontrada pelo Hamílton do site Manto Juventino.

Em 19 de fevereiro de 1930, o time adota uma sugestão do Conde Crespi e passa a se chamar “Clube Atlético Juventus“.

Teve uma estreia interessante na Divisão Principal da APEA em 1930, terminando na 10ª colocação, ganhando seu apelido (Moleque Travesso) ao vencer o Corinthians fora de casa por 2×1.

Destaque também para o Campeonato da APEA de 1932, onde conquistou a 3ª colocação.

Em 1933, o Juventus se licencia da APEA e passa a disputar o campeonato da Federação Paulista de Futebol com o nome de Clube Atlético Fiorentino, .

E não é que o time acaba campeão paulista pela Federação Paulista de Futebol em 1934?

O CA Fiorentino ainda bateu a Ferroviária de Pindamonhangaba, campeã amadora do interior, e se tornou campeão amador unificado da FPF.

O time volta a jogar como Juventus e nos anos 40, destaque para o campeonato de 1943, quando terminou em quarto lugar.

Em 1949, Crespi afastou-se da diretoria do Juventus, colocando fim a duas décadas da sua família no comando do clube.

Em 1953, o clube conquistou o Torneio Interestadual Jânio Quadros, competição que também reuniu Bonsucesso, Portuguesa Santista e Ypiranga e ainda realizou uma excursão à Europa jogando na, então, Iugoslávia, Espanha, Suiça, Itália, Suécia, Alemanha, entre outros.

Em 1954, o clube foi rebaixado pela primeira vez, mas uma manobra da FPF, fez o clube ser promovido através de convite da federação à divisão principal em 1956.

Em 1963, terminou na quinta colocação.

Em 1982, fez um ótimo campeonato paulista, terminando a 1ª fase em 4º lugar.

No segundo turno, o Juventus termina em 7º:

A campanha no Paulista garantiu uma vaga na elite do Campeonato Brasileiro de 1983, da qual acabou eliminado ainda na primeira fase.
Mas o regulamento daquele ano levou o time às oitavas de final da Taça de Prata.
Assim, o Juventus eliminou Itumbiara, Galícia e Joinville, chegando à final contra o CSA, perdendo por 3×1, em Alagoas, ganhando de 3×0 na Fazendinha (campo do Corinthians) e 1×0 no jogo desempate também no estádio corintiano.
O Juventus era campeão brasileiro da segunda divisão!

Em 1986, nova campanha de destaque no Campeonato Paulista: 5ª colocação!

Nos anos seguintes, o Juventus teve campanhas fracas, até que em 1993 acabou rebaixado para a Série A2.
A volta para a série A1 se deu no ano seguinte, sendo vice campeão da A2-1994.

De volta à série A1, foram mais três campanhas fracas, mas em 1997 conquistou o vice-campeonato da Série C, subindo para à Série B de 1998. Infelizmente em 98 foi rebaixado na série B do Brasileiro e no Paulista da série A1.

O time voltaria ao Paulistão em 2002, graças a uma mudança na disputa (os grandes disputaram o Rio-SP e abriram novas vagas para o campeonato) e terminou em 4º lugar.
Em 2004, o clube foi novamente rebaixado para a Série A2.
Em 2005, a torcida grená teve um motivo para festejar, após o clube se sagrar campeão da Série A2 na final contra o Noroeste, retornando à elite do futebol paulista.

Em 2007, o time daria um título incrível à sua torcida: campeão da Copa Paulista. Relembre com a incrível Rede Vida como foi:

Em 2008, o time volta à série A2 e em 2009…. o pior momento do time: a queda para a série A3
Teve que disputar as edições de 2010 a 2012 para voltar à A2.

Desde então, o time vem passando por altos e baixos: voltou pra A3 ao terminar a A2 de 2013 em último lugar. A volta à A2 se deu apenas no Campeonato de 2016, onde se mantém até 2023.

Antes de terminar, vale relembrar a história do seu incrível estádio: o campo da Rua Javari, ou oficialmente o Estádio Conde Rodolfo Crespi.

Sua inauguração ocorreu em 10 de novembro de 1929 com um amistoso contra a Roma, vencida por 2×1 pelos italianos.

Em 1941, um amistoso contra o Corinthians levou nada menos que 15 mil torcedores à Javari!! (vitória dos visitantes por 3×1.

Já estivemos lá por várias vezes acompanhando o Juventus, relembre o que você preferir, seja em 2009, contra a Portuguesa Santista pela Copa Paulista, em 2010, no duelo futebol tradicional x moderno (Juventus x RedBull), ou na incrível goleada contra o Palmeiras B, ou quem sabe em 2015 no clássico JuveNal?

Última, mas importante citação, é em relação às duas torcidas do time: a Ju Jovem, fundada em 1981, e que tinha como representante, o inesquecível Sérgio Mangiullo (foto do museu do futebol), que faleceu em 2013 (10 anos já…).

A outra torcida do Juventus é a Setor 2, uma Barra que há anos vem fazendo a festa atrás do gol da rua Javari, cola lá pra conferir!

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195 – Camisa do Tupã FC

A 195ª camisa do blog representa as cores do Tupã Futebol Clube!

O time tem como mascote o Índio Guerreiro, que representa a ligação histórica com os indígenas que habitaram a região no passado.

Ah, e em agosto de 2022, o time apresentou como novidade sua nova identidade visual, baseado no escudo que foi usado entre os anos 30 e início da década de 40:

Com uma modernização do desenho original, o resultado foi esse (eu normalmente fico com um pé atrás, mas nesse caso achei a mudança positiva e bem conceituada):

Em 2018, acompanhamos uma partida contra o Osvaldo Cruz (veja aqui como foi)!

E ainda fizemos um post sobre o Estádio Municipal Alonso Carvalho Braga, veja aqui como foi!

O Tupã FC foi fundado em 8 de fevereiro de 1936, e tem uma história repleta de conquistas. Usando como base de pesquisa o livro “Os esquecidos“, a estreia do time nas competições oficiais da Federação Paulista se deu em 1944, no Campeonato Paulista do Interior disputando o grupo da 25ª região, que teve como campeão do grupo, o tradicional São Bento de Marília.

A próxima disputa registrada no livro é de 1947, quando outro time da cidade também participou da disputa: Ouro Branco FC e desse vez o Tupã sagrou-se campeão do Setor 29, indo para fase regionais onde enfrentou outros campeões setoriais: EC Noroeste, o campeão desse novo grupo, além do EC Municipal (Vera Cruz), Glória FC (Cafelandia) e o Bandeirante EC (Birigui).

A partir de 1947 é muito difícil ter a sequência de participações do Tupã FC no Campeonato do Interior, mas vale reforçar que nessa época o time obteve duas vitórias em amistosos contra o Santos, em 1948, e em 1950 e um outro contra o Vasco onde os cariocas venceram por 1×0.

Usei fotos das redes sociais do Tupã FC e do site Que fim levou, do Milton Neves para ilustrar este post com fotos dos esquadr˜ões antigos, ainda que nem todas estejam datadas, como esta abaixo dos anos 50:

Em 1949, estreou na Segunda Divisão, na época, só existiam 2 divisões e o campeão desse campeonato foi o Guarani.

Em 1949, este foi o esquadrão que defendeu as cores da cidade:

O Tupã disputou a segunda divisão até 1954 (quando a Federação criou a 3a divisão), com resultados apenas medianos.

Após se ausentar por um ano, em 1956, voltou à segunda divisão até 1959, quando perdeu a classificação para a fase final por apenas um ponto!

Entre 1960 e 1974 o Tupã FC disputou horas o terceiro nível do futebol, a “segunda divisão profissional” (1960, 69. 71 a 74), horas a “principal divisão”, que equivalia ao segundo nível (entre 1961 e 67), ficando alguns anos de fora (como 1970).

Em 1974, terminou a 2a divisão em 1º na fase inicial….


Sendo eliminado na segunda fase.

Joga o 3º nível do futebol paulista em 1975, o 2º nível em 1976, novamente retorna para o 3º nível em 77, 78 (classificando-se para a segunda fase), 79 (mais uma vez chegando na segunda fase), 80 e 81, quando terminou em 4º, classificando-se para a segunda fase…

Na segunda fase, mais uma grande campanha levou o time à decisão do grupo contra o campeão do primeiro turno (o Penapolense) e a vitória o classificou à fase final.

Infelizmente a campanha na fase final foi bastante inferior.

Em 1982 e 83 o time disputou o segundo nível do futebol paulista (a Segunda Divisão), mas ao final do ano, se licenciou do futebol profissional, voltando à 3ª Divisão em 1985, sendo eliminado na fase final de grupos, após liderar os grupos das duas fases anteriores.

De 1986 até em 1993, o Tupã permaneceu na 3ª Divisão, sem grandes campanhas, mas classificando-se para a segunda fase com certa frequência.

Com a redefinição do futebol paulista, a partir de 1994, o time passa a disputar a 4ª Divisão. Em 2006 abandona a competição, mas retorna no ano seguinte. “Pula” o ano de 2008 e retorna em 2009.

Em 2013, ficou a 3 pontos da final, mas conquistou o acesso à série A3, jogando com esse uniforme bem bonito:

Em 2014 faz uma série A3 mediana, com 6 vitórias, 7 empates e 6 derrotas, mas em 2015, não resiste e acaba rebaixado à “Bezinha” de 2016, licenciando-se em 2017, retornando em 2018, e novamente abandonando o futebol profissional após o campeonato de 2020, quando jogou com o time abaixo:

Durante o ano de 2022, ouviram-se muitos rumores sobre a volta do time em 2023. Fiquemos no aguardo!

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Rolê Independência & Bola! Estádios em Pirassununga (Parte 1 de 21)

Nosso rolê desta vez, começa pela cidade de Pirassununga, uma cidade cheia de estórias e história. Mais de 70 mil pessoas vivem na cidade que serve de sede para a Academia da Força Aérea, o Forte Anhanguera, que abriga o 13º Regimento de Cavalaria Mecanizado do Exército Brasileiro.

Pirassununga - SP

E vale lembrar que era 7 de setembro, uma data muito festejada na cidade, principalmente devido a essa presença militar na cidade.

desfile 7 de setembro

Mas muito antes de tanta presença militar, ali viveram índios tupi que deram o nome ao local de “peixes barulhentos” (Pirá – sunung) graças ao barulho feito pelos peixes durante a piracema (quando eles sobem o rio Mojiguaçú para a desova). Aliás, as águas da cidade são um convite à visitação, com destaque para a cachoeira das Emas.

cachoeira das emas

A cidade recebeu ainda a presença de bandeirantes desde o século XVI. E como um microcosmo do nosso país chegou a ter escravos vivendo em senzalas que ficavam nas fazendas da cidade.
Recebeu a ferrovia em 1880 por um ramal de linhas férreas que ligaria “Mojimirim” a Descalvado.

estação trem pirassununga

Bom, dá pra falar muito sobre a cidade, mas nosso objetivo era completar um trabalho que havíamos iniciado quase 8 anos antes quando visitamos o Estádio Bellarmino Del Nero para acompanhar a volta do Clube Atlético Pirassununguense ao futebol profissional. (veja aqui como foi).

jogo pirassununguense
torcida pirassununguense

Também já falamos sobre a camisa e a história do CA Pirassununguense. A camisa foi presente do amigo José Antonio Martineli, um cara sensacional e super envolvido com o futebol local!

Camisa do CA Pirassununguense

Como estávamos na cidade, claro que demos uma passada no Bellarmino pra ver como anda o estádio! Afinal 7 de setembro também é aniversário do CAP!

Distintivo CA Pirassununguense
Estádio Bellarmino Del Nero - Pirassununga

Como é bacana ver as fotos que eles tem expostas ali na entrada do estádio. Elas registram vários períodos do time e do futebol na cidade.

Estádio Bellarmino Del Nero - Pirassununga
Estádio Bellarmino Del Nero - Pirassununga
Estádio Bellarmino Del Nero - Pirassununga

Mas a melhor notícia foi a que ouvimos do pessoal que estava trabalhando no estádio que o “Gigante do Vale” parece estar pronto para voltar ao futebol profissional, se não em 2019, em 2020.

CA Pirassununga

O campo está prontinho para esse retorno!

Estádio Bellarmino Del Nero - Pirassununga
Estádio Bellarmino Del Nero - Pirassununga
Estádio Bellarmino Del Nero - Pirassununga

Suas arquibancadas tem capacidade para quase 6 mil torcedores.

Estádio Bellarmino Del Nero - Pirassununga
Estádio Bellarmino del Nero - Pirassununga

Ficamos muito animados com a notícia e espero podermos voltar ao BDN (Bellarmino del Nero) para acompanhar mais um jogo.
Mas…
Pirassununga não se limitou ao CAP dentro do futebol profissional e por isso estávamos de volta à cidade.
Para registrar um pouco da história do segundo time da cidade: o Independente Futebol Clube.

O Independente Futebol Clube tem uma característica curiosa pra mim… Ele “faz aniversário” no mesmo dia que eu. Foi fundado no dia 1º de Novembro de 1938 (ele é um pouco mais velho hehehe) por ex atletas que teriam sido punidos por um quebra pau e revoltados com a punição formaram o time.

A sua Sede fica localizada na Avenida Joaquim Cristóvão, 245, na Vila Santa Terezinha e fomos até lá pra conhecer um pouco mais sobre o time e sobre seu campo, o Estádio Armando Boito.

Estádio Armando Boito - Independente de Pirassununga

Infelizmente pintaram a frente do estádio (eu adoro quando tem o nome dele em letras garrafais na entrada), veja como era:

Estádio Armando Boito - Independente de Pirassununga

Ah, e lembram do Zé Antonio? Aquele que me deu a camisa do Pirassununguense? Olha ele aí! E veja o que ele arrumou pro blog:

Estádio Armando Boito - Independente de Pirassununga

Pois é… Em breve teremos mais um post pra mostrar a camisa do Independente FC!

Por hora, espero que você se divirta com um olhar dentro do Estádio Armando Boito!

Até porque não foi fácil fazer as imagens, já que por se tratar de um feriado o campo estava fechado. Mas… damos um jeito!

Estádio Armando Boito - Independente FC de Pirassununga

O estádio está muito bem cuidado, ainda que atualmente o Independente só dispute as competições amadoras.

Estádio Armando Boito - Independente FC de Pirassununga

Foi aí que o Independente mandou seus jogos na 4a divisão do Campeonato Paulista de 1977.

Estádio Armando Boito - Independente FC de Pirassununga
Estádio Armando Boito - Independente FC de Pirassununga

Mas como estávamos pela cidade, decidimos registrar outros dois estádios bem cuidados que servem de equipamento para o futebol amador.
Um deles é o Estádio Municipal “José Maldonado” também conhecido como CEFE “Presidente Médici”.

Estádio Municipal “José Maldonado”
Estádio Municipal “José Maldonado”
Estádio Municipal “José Maldonado”
Estádio Municipal “José Maldonado”

O outro, é o campo do tradicionalíssimo Esporte Clube União.

Estádio do EC União - Pirassununga
Estádio do EC União - Pirassununga

Sem dúvidas, Pirassununga é uma das cidades que mais levam o futebol amador a sério!

Estádio do EC União - Pirassununga
Estádio do EC União - Pirassununga

E ficamos ainda na torcida de que nos próximos anos o futebol profissional volte à cidade!

Pirassununga

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Rolê 2018 pelo interior paulista: Lençóis Paulista (parte 1 de 27)

Após termos relatados os dois jogos que assistimos durante nossa tour (Andradina x Talentos 10 e Tupã x Osvaldo Cruz) vamos finalmente começar a dividir o que foi nossa viagem.

Começamos pela cidade dos livros, Lençóis Paulista (a biblioteca municipal possui mais livros que o número de habitantes da cidade, que é estimado em 66.664 pessoas). E aproveitamos para conhecer 3 livros que contam a história da cidade:

Só de dar uma olhada nos livros, já comecei a me empolgar, pois encontrei várias fotos do time local, que até então eu não conhecia:

Nos anos 50, o time era chamado de “Demolidor da Sorocabana”, e olha aí um registro da época:

Nos anos 80, o time teve três grandes momentos. Em 1983, conquistou a terceira divisão paulista de forma invicta!

Outro bom momento foi em 87, quando realiza na segunda divisão a melhor campanha da primeira fase, dentre os 52 times participantes de todo o Estado. Por fim, em 1988, quando disputou a intermediária e ficou muito próximo de chegar à primeira divisão.
Em 1999, o CA Lençoense ainda chegou a final da Série B2, perdendo o título para o Flamengo de Guarulhos. Enfim…
Chegamos na cidade na noite de 4a feira, 30 de maio de 2018, e após passarmos a noite num hotel local, fomos finalmente conhecer o Estádio Municipal Archangelo Brega, localizado na região central da cidade.

O estádio era a casa das equipes locais nas disputas profissionais da Federação Paulista. E foram duas equipes que realizaram essa façanha: o Clube Atlético Lençoense, fundado em 1949.

E o tradicional time da Usina local, a Associação Atlética Barra Grande:

A AA Barra Grande também chegou a mandar jogos amadores em seu campo dentro da própria Usina, por isso fizemos questão de ir até lá ao menos pra conhecer o lugar atualmente.

Mas nosso objetivo maior era mesmo registrar o Bregão, e suas arquibancadas com capacidade para mais de 5 mil torcedores, a começar pela antiga bilheteria.

E vamos dar uma olhada por dentro do estádio:

Atualmente, o estádio está interditado para jogos, mas pelo que ouvimos dos moradores locais, tudo está sendo feito para que as competições amadoras da cidade voltem o quanto antes a serem disputadas ali.

O estádio possui vários lances de arquibancada ao redor do campo e ainda uma parte coberta, charmosa demais!

Atrás do estádio tem uma fábrica de macarrão (da marca Orsi) e por isso tem essas estrutura industriais meio caóticas, que também ajudam a dar um toque único ao Bregão.

Olha os bancos de reservas:

Como em boa parte dos estádios, o Bregão possui um responsável (um zelador mesmo) que mora lá mesmo, em uma construção junto às arquibancadas e ele foi muito simpático em esclarecer algumas dúvidas que tínhamos, por exemplo, confirmando que o time da Usina mandou no Bregão mesmo os jogos do campeonato Paulista.

Atualmente, o estádio tem um espaço reservado à Liga Lençoense de Futebol Amador, uma sala cheia de troféus e muitas histórias.

Enquanto o Bregão segue interditado, o futebol amador local tem mandado seus jogos no Estádio Eugenio Paccola. E também demos um pulo lá pra conferir!

Deu até pra dar uma passadinha e conhecer o enorme complexo esportivo do CE Marimbondo!

Como era o feriado de corpus christie, a cidade estava tomada pelos tradicionais tapetes típicos.

Conseguimos abastecer o carro, o que significava… hora de por o pé na estrada!

Apenas um último olhar na cidade…

Próxima parada: Gália! (Pepare-se Asterix!!!)

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Em busca do Estádio Perdido – Campo do Vasquinho de Americana

Estádio Victório Scuro, campo do Vasquinho (adversário tão tradicional do Santo André FC dos anos 60 e 70). Distintivo do Vasquinho de AmericanaO time foi fundado em 24 de abril de 1950 como Esporte Clube Vasco da Gama, em homenagem ao Clube de Regatas Vasco da Gama do Rio de Janeiro e já em 1966 passou a disputar o futebol profissional. O Vasquinnho conquistou, o título da terceira divisão estadual de 1968. E esse era o time (fotos do pesquisador Gabriel Pitor): Vasquinho 1969 - campeão da terceira divisão Jogou a final contra o Municipal de Paraguaçú Paulista (o embrião do Paraguaçuense), vencendo por 2×0. Vasquinho Americana Aqui, o momento do gol de penalty: Vasquinho - Americana O Vasquinho mandava seus jogos no Estádio Municipal Victório Scuro, que fica entre os bairros da Conserva e Vila Rasmussen.

Infelizmente o Estádio não é muito sinalizado do lado de fora… A única “fachada” que eu encontrei pra fotografar foi essa, indicando que o estádio é hoje o Centro de Treinamento do E.C. Colorado.

O time passou a se chamar Americana Esporte Clube, em 1976.

Mas seguiu utilizando o Victório Scuro como casa.

A partir de 1979, foi incorporado pelo Rio Branco Futebol Clube, tornando-se o atual Rio Branco Esporte Clube .

Enquanto isso, vamos dando uma olhada no Victório Scuro, eterno “Campo do Vasquinho“.

Aqui, a entrada dos visitantes.

Ainda estão lá as mesmas arquibancadas onde décadas atrás a torcida da cidade estava em massa!

Ao fundo, a cidade que cresce sem parar, e infelizmente esquece dos antigos sonhos locais…

Segue um pequeno vídeo para apreciação.

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Estádios do Oeste Paulista: 18- Avaré

Estádio Dr. Paulo de Araújo Novaes, a casa do São Paulo de Avaré. Direto do futuro eu posso dizer que nós voltamos ao Estádio do São Paulo de Avaré e além das fotos abaixo, fizemos novas fotos dentro do campo, veja aqui como foi! Mesmo não dando pra ver muita coisa, paramos no Estádio do São Paulo de Avaré para dar uma olhada e registrar o 18o estádio da nossa viagem.

O Estádio fica numa região bem central da cidade, tomando conta de quase todo o quarteirão.

Aparentemente, o estádio estava fechado, mais uma vez é hora de escalar o muro…

O Estádio tem capacidade para cerca de 1.000 torcedores segundo as informações oficiais.

É aí que o São Paulo de Avaré mandava seus jogos. O São Paulo foi fundado em março de 1946.

Mais uma bilheteria para a nossa coleção!

O Estádio, embora não receba mais partidas oficiais, está muito bem cuidado.

Nossa viagem caminhava para a última cidade e o último estádio, por isso, ir embora de Avaré, nos deixou bastante pensativos, sobre tudo o que vivemos e todas as pessoas e locais que conhecemos. Obrigado, futebol.

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Estádios Oeste Paulista: 13 – Regente Feijó

Seguindo na estrada, chegamos à cidade de Regente Feijó!

Nossa primeira parada foi em um restaurante em um posto de gasolina, pra almoçar!

Falando um pouco sobre a história da cidade, o surgimento de Regente Feijó teve como principal propulsor a Estrada de Ferro Sorocabana, que inaugurou sua estação em “Memória” (como o local era conhecido), em alusão ao ribeirão Memória, em 1919.

A fundação do município ocorreu em 1922, mas ainda é possível encontrar casas do começo do século passado.

Mas, o nosso objetivo era conhecer o Estádio Municipal Dr. Mário dos Reis e lá fomos nós…

Pode marcar aí, mais uma foto de bilheteria pra nossa coleção.

É ali que o Esporte Clube Regente Feijó, fundado na década de 40, mandava seus jogos.

Que tal uma olhada por dentro do estádio?

Vale citar que outros times chegaram a jogar ali, como o São Bento, formado por trabalhadores da Serraria São Bento, em sua maioria negros, numa época em que o racismo era ainda mais forte.

O Esporte Clube Regente Feijó participou duas vezes da Terceira Divisão, na década de 50, terminando em quarto e quinto lugares.

O Estádio tem capacidade para 1.500 lugares, e embora o time não dispute mais os campeonatos profissionais, o estádio está muito bem cuidado.

O gramado do campo e até o do entorno estão aparados e com ótima aparência.

Para quem apostava que estaria frio, olha só que belo dia pegamos por lá!

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