O futebol e os estádios de Indiana

No feriado de 15 de novembro de 2022, fizemos um incrível rolê até Bataguassu-MS. Veja os posts já feitos sobre essa viagem:
1) Estádio Municipal Tonico Lobeiro, na cidade de Óleo
2) Estádio Gilberto Moraes Lopes, em Piraju
3) Estádio Municipal Clube Ferroviário em Bernardino de Campos
4) Estádio Municipal Arnaldo Borba de Moraes, em Ipaussu
5) Estádio do Clube Atlético Ourinhense e o Estádio Djalma Baia, em Ourinhos
6) Estádio Romeirão, em Ribeirão do Sul
7) Estádio Manoel Leão Rego eEstádio Miguel Assad Taraia, em Palmital
8) Estádio Francisco Guímaro, “O Pirangueiro“, em Presidente Epitácio
9) Estádio Municipal “João Pereira de Souza”, em Bataguassu (MS
10) Estádio Municipal José Francisco Abegão (antigo Estádio Antônio J. Andrade), em Presidente Venceslau
11) Estádio Municipal José Spaus da Silva, em Santo Anastácio
12) Estádio Dr Arthur Ramos e Silva Jr, em Presidente Bernardes
13) Estádio do Paulista FC em Álvares Machado

Agora é a hora de conhecer um pouco da história do futebol em Indiana dos seus dois estádios: Estádio Municipal Amadeu Poleto e o Estádio Capitão Whitaker!

Até 1906, as bacias do Rio Feio, Rio do Peixe, Santo Anastácio e o baixo Paranapanema, apareciam nos mapas de São Paulo como “zona desconhecida” e o Governo definiu que era hora de habitar essas terras.

O território onde hoje está Indiana foi ocupado por muito tempo por indígenas (Kaingangues, Guaicurus e Xavantes, entre outros) em tamanha quantidade que acabou originando o nome da cidade. Mesmo lutando, por muito tempo, para manter suas terras, acabaram expulsos para o interior do país ou quase dizimados.

A construção de uma estrada que ligava São Paulo ao Mato Grosso do Sul foi essencial para esta ocupação e foi liderada pelo Capitão Francisco Whitaker (que dá nome a um dos estádios de Indiana), que é considerado um dos fundadores do Município junto do Coronel Arthur de Aguiar Diederichsen e Alonso Junqueira.

Indiana passou a Município em 24 de dezembro de 1948, e atualmente vivem ali quase 5 mil pessoas.

Uma imagem dos anos 20 da cidade:

Atualmente, a cidade cresceu mas mantém um ar bucólico…

Inicialmente achei que nossa missão se resumiria ao Estádio Municipal Amadeu Poleto e já me preocupei em vê-lo fechado…

Do alto do muro deu pra ver um pouco da parte interna do estádio:

Mas graças a uma obra que ocorria no campo, conseguimos entrar no estádio e registrar o campo!!

Olha aí a arquibancada rubro amarela!

Não era um cataclisma nuclear, era apenas o sol da manhã!

Agora um registro em vídeo da parte interna:

Mas… Se o Estádio Amadeu Poleto é de 1995… Onde então jogou o CAI, Clube Atlético Indiana e demais clubes da cidade nas décadas de 40, 50.. ??

Descobrimos pesquisando que nos anos 50, o point do futebol na cidade era o Estádio Capitão Whitaker!

Por sorte, antes de sair da cidade passamos pelo Estádio e ainda sem saber de sua história e importância, decidimos fazer alguns registros:

Aí está sua entrada na rua homônima:

Ali está o gol esquerdo, percebe-se que um alambrado simples protege o campo como um todo:

O meio campo revela um pedaço mal cuidado do gramado:

E o gol da direita, sem grandes detalhes.

Ao menos, a arquibancada coberta do Estádio Capitão Whitaker segue por lá…

O nome, como dito anteriormente, é uma homenagem ao Capitão Francisco Guilherme de Aguiar Whitaker, um dos responsáveis pela fundação da cidade.

O Estádio abrigava os jogos dos primeiros times da cidade: o Formiga Esporte Clube, fundado em 1938, e que passa a se chamar 9 de Julho Esporte Clube a partir de 1944.

Mas o mais conhecido time da cidade é o Clube Atlético Indianense, o CAI, fundado em 23 de setembro de 1947.

O time ainda disputa o futebol amador e usa uma versão mais moderna do distintivo:

Aqui, o time do CAI (Clube Atlético Indiana) de 1949, nesta época o time disputou o Campeonato do Interior.

Aqui, o time dos veteranos:

Partida contra a AA Bernadense em 1955:

Esse era o seu grupo no paulista amador de 1956:

Time do CAI de 1958:

O CAI acabou extinto na década de 70.

Mas recentemente voltou a existir nas disputas amadoras:

Olha aí o novo uniforme do veteranos:

Além disso, houve um time fundado pelos ferroviários da cidade em 1948: a Ferroviária, e no ano seguinte, no distrito rural de Sete Copas, surgiu em 1949 o Sete Copas Futebol Clube, que segue ativo no amadorismo.

Nos anos 90, o 7 copas teve um time feminino!

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Rolê em Buenos Aires parte 3 – Visitando Avellaneda

Assim como o bairro “La Boca” deu nascimento aos dois “gigantes” de Buenos Aires (Boca e River – lembrando que o River mudou de bairro, anos depois), o bairro de Avellaneda abriga outras duas grandes forças do futebol argentino, Racing e Independiente. Nessa viagem, além de assistir a um jogo de cada time, passeamos pelo bairro e visitamos os dois estádio, a começar pelo Estádio “Libertadores de América”, de los rojos (Independiente):

O Estádio ainda está passando por uma grande reforma e por isso tem uma cara meio sinistra. Como não era dia de jogo, também estava tudo meio parado por lá.

O Estádio era chamado de “La Doble Visera” (pelo seu formato), e foi inaugurado em 4 de março de 1928.

Em outubro de 2009, foi reinugurado, após a primeira série de obras, num jogo contra o Colón de Santa Fé, vencido pelos “Diablos Rojos” por 3×2.

[caption id="attachment_4503" align="aligncenter" width="450"] Foto no dia do jogo (2009)[/caption]

Devido às obras, não conseguimos autorização para entrar no estádio, então tivemos que nos contentar com fotos externas.

Fica registrado mais um estádio na nossa coleção!

Dias depois iríamos assistir a uma partida de los Diablos, fora de casa, contra o Velez.

Ficamos um pouco tristes por não poder adentrar ao estádio num dia de jogo ou mesmo treinamento, mas ao menos já deu pra sentir um pouco da casa do Independiente.

É engraçado visitar o Estádio em dias assim, nem parece que tem jogo mesmo…

Tava uma tarde meio sem graça, de garoa cair na vidraça, céu branco…. Faltavam cores, torcedores, mas já deu certa  alegria de poder ver, ali ao fundo, as arquibancadas.

Enfim, ficamos um pouco desanimados por não entrar, mas já nos animamos ao perceber que o Estádio do RacingPresidente Juan Domingo Perón“, ou “El Cilindro” ficava a poucas quadras dali.

Caminhamos um pouco e chegamos na entrada do estacionamento do Estádio.

Logo de cara já veio a decepção de novo, o cara disse que dificilmente conseguiríamos entrar no estádio…

O negócio então foi aproveitar e fotografar o lado e fora do Estádio, de todos os ângulos possíveis.

Claro, e registrar nossa passagem por mais um estádio!

O Racing parecia ter um cuidado maior com a imagem do Estádio (talvez por não estar em reformas).

O estádio lembra um pouco o Olímpico, do Grêmio.

Mas o mais legal dos dois estádios dá pra ver dessa foto, olha como são literalmente colados os estádios do dois maiores rivais Racing e Independiente:

Já tinha valido a pena, fizemos umas fotos legais, andamos pelo entorno, estivemos ali pertinho…

Mas quando preparávamos para ir embora, “El pibe” Gui, conseguiu falar com um pessoal que havia contatado daqui do Brasil. E aí…

Uma vez lá dentro, pudemos tirar mais fotos e aproveitar aquele local sagrado só para a gente…

Vale fazer pose…

E mais pose…

E posar de gangue…

O rolê era esse mesmo… Andar, olhar, fotografar, respirar o ar del Cilindro…

Olhando pelo chão, encontrei um panfleto de uma campanha para escolher o que iria escrito na camisa do Racing este ano, a frase escolhida foi “Racing, dueño de una passion” (mais informações sobre a promoção em: http://corazonacademico.com.ar/index.php?pagina=1 )

E olhando pela net achei essa foto, que mostra uma visão aérea de la cancha…

O Estádio é bem grande…

E dá praver que também é bem próximo do campo, né? O mais loco é que é quase na mesma altura…

Vamos adentrar e bater uma bola???

O Gui fez uma reportagem com o pessoal que cuida do departamento de torcedores.

Ah, veja como ficou o vídeo do Gui, ao som do Ataque 77:

Pra nós, esse rolê foi muito mais que uma viagem, foi uma vivência próxima entre 4 apaixonados pelo futebol e uma overdose de partidas, estádios, novos amigos…

Futebol pra nós é isso… É abrir as mentes, romper as amarras, e os arames farpados (vale??)…

Finalizamos com a Mari levantando a camisa do Cosmopolitano em plena cancha de Racing:

Assim deixamos Avellaneda e nos preparamos para mais uma aventura, publicada a seguir…

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