Depois de fotografar os estádios de Pirassununga, Descalvado, Santa Rita do Passa Quatro, Tambaú, Santa Rosa de Viterbo e Santa Cruz das Palmeiras, Vargem Grande do Sul e São José do Rio Pardo chegamos à nona parte do nosso rolê, dedicada à cidade de Cajuru!
A cidade nasceu da doação de um terreno (feita por dona Maria Pires de Araújo) para a construção de uma capela, com o tempo, o povoado que surgiu em torno dela começou a ser chamado de São Bento do Cajuru (nome que os índios que habitavam o lugar o chamavam à época da chegada dos tropeiros: ka’îuru, que significa “boca do mato”).
18 de agosto de 1866 é considerada a data de fundação definitiva de Cajuru, onde encontram-se cachoeiras e quedas d’água, criando um amplo potencial turístico.
Mas… Cá estamos …. Para conhecer o Estádio Municipal Dr Guião.
O Estádio Municipal Dr Guião foi a casa do Clube Recreativo Cajuruense na disputa da terceira divisão em 1986, em sua única participação em campeonatos oficiais organizados pela Federação Paulista.
Oficialmente, o C.R. Cajuruense foi fundado em 1950, mas suas origens vem da década de 30.
O time já contou em sua linha com um jogador que ficaria famoso como diretor de um grande clube: trata-se de Juvenal Juvêncio!
Há poucas imagens do time, esta eu encontrei como sendo da década de 50 (www.historiadordofutebol.com.br):
Como não pudemos entrar em campo, resgatei algumas fotos das páginas da Prefeitura para conhecermos o interno do estádio.
Nós, infelizmente, nos limitamos a conhecer a fachada do bonito estádio!
Mari ainda conseguiu fazer sua tradicional foto em frente à bilheteria!
Dá uma olhada aí na entrada do estádio:
Bom dia! Aperte os cintos de segurança e vamos lá! A estrada nos leva à oitava parte do nosso rolê.
Depois de fotografar os estádios de Pirassununga, Descalvado, Santa Rita do Passa Quatro, Tambaú, Santa Rosa de Viterbo e Santa Cruz das Palmeiras e Vargem Grande do Sul é hora de falar sobre a cidade de São José do Rio Pardo e seus 2 estádios!
A cidade que no passado foi uma região das mais produtivas do café, com dezenas de fazendas faturando com a produção do chamado “ouro verde”, graças principalmente ao uso da mão de obra escrava no século XIX teve que se reinventar com o passar do tempo.
Primeiro substituindo os escravos (com o fim da escravidão no Brasil) pela mão de obra imigrante (principalmente italiana) e pela própria presença dos imigrantes como proprietários de novas terras. Aqui a cidade em 1910:
A religião se mostra presenta na cidade por meio de várias igrejas, conseguimos fotografar a Igreja Matriz de São Roque (estilo romano,segundo a Mari) e inaugurada em 1942. Atualmente abriga os monges da ordem Cistercienses e fica na praça Monsenhor Arnold:
Foi em São José do Rio Pardo que Euclides da Cunha escreveu “Os Sertões“, uma das obras mais importantes sobre a história do nosso país: a sangrenta e trágica Guerra dos Canudos. Mate sua saudade sobre a história de Antonio Conselheiro e seu povo autogerido:
A cidade foi servida por ferrovia entre 1884 e 1989, quando os trilhos foram retirados e no local foi construído uma avenida, fizemos uma foto de um local em que provavelmente serviu de estação:
Mas, nosso foco futeboleiro era conhecer as casas de dois times da cidade, comecemos pela Associação Atlética Riopardense!
A AA Rioperdense foi fundanda em 1 de janeiro de 1930, e a partir de 1948 passou a disputar as competições oficiais da Federação Paulista jogando a segunda divisão até 1951, quando se licenciou.
Aqui, o time de 1943:
Em 1982, o time voltou ao profissionalismo para uma única disputa da terceira divisão. Desde então, dedica-se ao futebol amador.
Muitas pessoas tratam o estádio apenas de “Estádio da AA Riopardense“.
Mesmo se você buscar pela Internet é difícil achar o nome verdadeiro do Estádio. Até porque como o estádio fica dentro do clube, as coisas se misturam.
Mas, logo dentro do clube, existe uma placa que esclarece os mistérios e mostra o real nome do local: Estádio Moacyr de Ávila Ribeiro.
O pessoal do clube foi bem bacana em permitir que a gente entrasse pra fazer umas fotos!
A essa altura do campeonato estávamos na estrada há várias horas e o calor era absurdo… Então imagina como ficamos ao ver esse visual…
Mas, há que se manter o foco. O nosso desafio era registrar o Estádio, que agora sabíamos, se chamar “Moacyr de Ávila Ribeiro“, e pra chegar lá, era necessário atravessar a quadra!
Atravessou? Então vamos lá! É hora de conhecer mais um campo histórico do futebol de São Paulo!
É impossível olhar para esse visual e não sentir uma mágica volta ao tempo… Olha que lindo essa arquibancada coberta!
E olha como tudo começou…
Naquela época, a entrada do estádio era pela rua Mossoró.
Ao fundo, o crescimento da cidade começa a aparecer, com direito até a arranha-céu…
Aqui o time rival da cidade, o Rio Pardo FC, em 1948, posando no campo da Associação:
Olha o “arquitetônico” banco de reservas.
O Estádio possui um sistema de iluminação que permite partidas noturnas (coisa que o meu Ramalhão até 2017 estava sem).
Detalhe para o setor das “cadeiras cobertas” no estádio, denominado “Camarote Tricolor”.
Mas o estádio tem também a ala do rock! Olha só essa parte atrás do gol com menções aos Stones, Marcelo D2, Pink Floyd e até uma foto/grafite do Chorão…
Dá vontade de não ir embora né? Mas a cidade é grande o suficiente para ter um segundo time, então é hora de nos despedimos do Estádio Moacyr de Ávila Ribeiro, a Associação Atlética Riopardense!
Assim, andamos um pouco e logo estávamos em frente ao Rio Pardo Futebol Clube!
O Rio Pardo Futebol Clube foi fundando em 2 de abril de 1909 e entrou pra história ao disputar quatro edições do campeonato paulista da segunda divisão (de 1948 a 51).
Aqui o time de 1951:
Pra quem gosta dessas fotos históricas, tem aí outras imagens de fases diferentes:
Mas o Rio Pardo FC também disputou três edições da quarta divisão (1963, 1964 e 1967) e mandavam seus jogos aqui! Na sede do clube:
Mas assim como no caso da Riopardense, as pessoas constumavam se referir a ele como o “Estádio do Rio Pardo FC”, mas… existe um nome! E ele é… Estádio Lupércio Torres.
No lugar em que esta placa está, parece que existia um tipo de pórtico de entrada:
E aí estamos nós!
Um pouco depois há um outro possível pórtico!
O clube é cercado por um muro e em várias partes dele existe o distintivo pintado na parede.
Aqui é a entrada do clube atualmente:
Vamos dar uma olhada na parte interna pra ficar triste?
É… Chegamos tarde…. As necessidades práticas do clube falaram mais alto que a memória histórica (e é claro que essa é uma decisão válida, uma vez que o clube segue vivo).
Pelo que entendi era aqui que ficava o campo:
Curiosamente, veja essa foto do time rival (Associação Atlética Riopardense) no próprio campo do Rio Pardo FC:
Bom, deu pra conhecer um pouco do estádio. Valeu a pena!
Assim como vale a pena ler a descrição encontrada no site www.cidadelivredoriopardo.com.br a descrição sobre o dia de um derbi:
“O campo da Associação está repleto. Arquibancadas e gerais são redutos discriminatórios. Dois grandes grupos antagônicos se formam. As torcidas não se misturam. Nas arquibancadas e gerais daquele lado espremem-se os apaixonados da Associação, os “estegomias”. Na metade oposta, nos barrancos e laterais, os “bexigas-pretas”, torcedores do Rio Pardo. Gritos ofensivos cruzam o campo vazio. Mulheres, com roupas de festa, são sopranos e contraltos dos coros gritantes das torcidas, com urras, piquepiques, quadrinhas, “slogans”, hinos dos clubes, insultos, vaias… Guarda-chuvas, sombrinhas e muitos eucaliptos sombreiam o contorno do campo.”
E por aí vai a história, leia lá no http://cidadelivredoriopardo.com.br.
Ah, antes de ir embora ainda deu pra cruzar com o Estádio do time local do Vasco da Gama (limitado ao futebol amador).
O time, embora se limite ao futebol amador, é bastante tradicional!
No caminho para a nossa próxima parada (a cidade de Cajuru) ainda pudemos pirar com o visual do Rio Pardo (eu nem sabia da existência da barragem lá…).
Olha que lindo vídeo da barragem:
A sétima parte do nosso rolê nos levou à bela cidade de Vargem Grande do Sul, terra do amigo Felipe Oliveira, que trabalha comigo na RINO COM.
Mas se você gostaria de saber como foi que chegamos até aqui, confira os demais posts em que registramos os estádios de Pirassununga, Descalvado, Santa Rita do Passa Quatro, Tambaú, Santa Rosa de Viterbo e Santa Cruz das Palmeiras.
Atualmente, cerca de 42 mil pessoas vivem em Vargem Grande do Sul, mas isso não significa que a população local tenha aberto mão de velhos hábitos como o dominó na rua…
E se o medo afugenta as pessoas da rua nas grandes cidades, em Vargem Grande do Sul as pessoas se sentem protegidas por saber que lá no alto da cidade, o tradicional “Cristo Redentor” tá de olho em tudo que acontece.
A cidade nasceu de um antigo povoado, surgido às margens da antiga estrada Boiadeira percorrida pelos Bandeirantes no século XVII, em busca das minas de ouro de Goiás.
No fim do século XIX e início do século XX começaram a chegar os imigrantes que iriam formar a sua população.
O nome de Vargem Grande do Sul foi dado ao município em 1944. “Vargem” é o nome português que se dá à várzea dos rios e a cidade é cortada pelos rios Jaguari Mirim, Fartura e Verde.
Nosso objetivo nessa visita era registrar o Estádio Municipal Dr. Gabriel Mesquita.
O Estádio foi a casa da Associação Atlética Vargeana.
O time foi fundado em 26 de fevereiro de 1945.
Essa é a entrada do estádio.
Acho muito legal quando os estádios usam o portão pra valorizar o time, normalmente com as iniciais do time. No caso do EstádioDr. Gabriel Mesquita, acredito que as iniciais sejam referências a “Estádio Municipal”.
O Estádio está muito bem cuidado, mas infelizmente estava fechado… Mesmo assim, a salvadora escada que meu pai emprestou e colocou no porta malas do carro me permitiu fazer algumas fotos de dentro do campo.
Achei uma foto na Internet que mostra mais detalhes desse lado do gol:
Achei esse belo registro do time dos anos 40:
Depois de muito disputar os campeonatos amadores, a Vargeana decidiu encarar o profissional e em 1986 disputou sua única edição de um Campeonato Paulista jogando a terceira divisão daquele ano.
Esse é o time que disputou a terceirona de 86 (a foto foi gentilmente enviada pela Emily da Secreteria de Esportes de Vargem Grande do Sul):
Repare que no gol, temos a presença de um jovem que futuramente seria conhecido por outra profissão, falamos de Cléber Abade:
Ele parou em 2011, relembre como foi seu último jogo:
Recebemos da Emily uma outra foto, mas infelizmente a resolução está muito baixa:
Vamos conhecer o estádio por dentro? (ou melhor por cima…)
O estádio possui uma arquibancada coberta e uma descoberta na lateral do campo.
Aqui o gol da direita (pra quem olha de dentro da arquibancada coberta):
Olha que lindo o banco de reservas (dá pra ver como o gramado está bem cuidado):
Aqui uma visão do campo com a cidade ao fundo.
Esse é o time atual da AA Vargeana, que disputa os campeonatos amadores:
Assim, nos despedimos da cidade de Vargem Grande do Sul e voltamos à estrada para a próxima fase!
Caso você tenha interesse em ter uma camisa retrô, o site Só futebol oferece dois modelos das camisas da Vargeana. (clique aqui e confira).
Após registrarmos os estádios de Pirassununga, Descalvado, Santa Rita do Passa Quatro, Tambaú e Santa Rosa de Viterbo chegou a hora de conhecer a cidade de Santa Cruz das Palmeiras.
Lá vivem cerca de 33 mil pessoas.
E sim, a cidade tem esse nome porque a primeira capela erguida na região era cercada de frondosas palmeiras. E não é que elas ainda estão pela cidade?
Essa é a rodoviária, de imponente arquitetura!
A cidade prosperou graças às propriedades agrícolas que aproveitaram a terra roxa da região para o cultivo de cafezais, que chegaram a somar mais de quatro milhões de pés.
Para saber mais sobre a história da cidade, recomendo um romance policial interessante que se passa por lá e foi escrito baseado na vida (e morte) de Manezinho, filho de escravos que viveu por lá (compre aqui por menos de R$ 20):
Nossa visita à cidade se deu pelo desejo de conhecer o tal “Estádio do Coronel“, campo do Esporte Clube Palmeirense.
O EC Palmeirense é um dos clubes mais antigos do estado de São Paulo.
Foi fundado 7 de setembro de 1908, após uma partida entre os moradores locais contra o Pirassununguense (que jogou em comemoração ao seu primeiro ano de vida).
Esse é o time da época:
O clube é conhecido como “Leão da Coronel“, porque fica localizado na Rua Coronel Penteado e por isso seu estádio é chamado de “Estádio da Coronel“, ou simplesmente o “Campo do Palmeirense“.
Atualmente, embora não dispute as competições oficiais da Federação Paulista, o EC Palmeirense mantém um ótimo patrimônio: seu clube social.
Mas o EC Palmeirense fez história disputando torneios amadores organizados pela Federação Paulista de Futebol nos anos 1940, 1950 e 1960, recebendo também times de diversas cidades para amistosos. Olha o destaque no portão, que lindo!
Que tal um rolê por dentro do campo?
Como deu pra ver, também ia rolar um show no feriado de 7 de setembro (até porque é também o aniversário do clube). Quanto mais festa, mais alegria, menos ódio. Então, boa festa!
Bom, mas o Palmeirense não se contentou com o amadorismo e decidiu se profissionalizar para respirar ares ainda mais competitivos e assim, 1976 estreou pela terceira divisão, perdendo de virada, em casa para o Descalvadense, por 3×1, nesse mesmo chão que hoje, com todo o respeito, pisamos!
Mas a derrota na estreia não desanimou e o EC Palmeirense viria a disputar doze Campeonatos Paulistas, de 1976 a 1989, entre a terceira e a quarta divisão, fazendo a alegria das arquibancadas de seu singelo estádio!
Esse foi o time que disputou a Quarta Divisão em 1989, agradecemos ao Tostão (lá do Palmeirense mesmo) pela disponibilização da foto:
Aparentemente a foto é desta área do estádio:
Da história vão ficando as memórias e as pessoas, como um dos colaboradores do clube que cuida com o mesmo amor de sempre do campo, e mostra com orgulho sua medalha conquistada na São Silvestre de um passado inesquecível.
A verdade é que olhando assim, dá pra sonhar com uma partida pela série B do Paulista sendo jogada aí no Coronel, não dá?
Aqui o gol da direita…
O meio campo…
E o gol da esquerda…
Em 1978, o “Leão da Coronel” chegou à fase final da quarta divisão, mas acabou perdendo a chance de ser campeão ao ser derrotado pelo.
Nos anos 90, o time volta ao amadorismo, tendo seu estádio voltado aos torneios amadores e amistosos, além do uso pelos sócios do clube.
Mas segue na memória (e n
O campo possui uma série de árvores ao seu redor, dando um clima bem tranquilo.
E as palmeiras também!!
O placar segue 0x0…
As arquibancadas também estão ali na saudade de receber a torcida!
Os vestiários muito bem cuidados.
Bom, mais uma etapa completa e com louvor! O EC Palmeirense mostrou uma incrível estrutura, justificando a nossa visita, por hora… Voltemos à estrada! Pois ainda há muito a conhecer!
A 5a parte do nosso rolê em busca de estádios é sem dúvida um momento especial.
Após registrarmos os estádios de Pirassununga, Descalvado, Santa Rita do Passa Quatro e Tambaú, agora é a vez de falar sobre nossa passagem por Santa Rosa de Viterbo.
A região era habitada por tribos de índios caiapós, até se tornar “Capitania Hereditária de São Tomé” e a partir de 1883 começou a receber um maior volume de pessoas, com a chegada da estrada de ferro Mogiana e com a Capela de Rosa de Viterbo, que viria a dar nome à cidade.
Atualmente, sua população está em torno de 26 mil pessoas.
Nosso foco nessa visita era conhecer a Fazenda Amália, que surgiu quando Henrique Dumont (pai de Santos Dumont e um dos “reis do café”) comprou suas primeiras terras na região.
Nascia ali um grande complexo agroindustrial, batizado de Fazenda Amália em homenagem à sua esposa. Dizem que pagou barato por estas terras que no seu apogeu chegaram a possuir 96 km de ferrovias por onde passavam 7 locomotivas para escoar sua produção.
A fazenda Amália se transformaria em uma potência ainda maior, com su compra feita pela família Matarazzo. O conde Francisco Matarazzo Júnior reforçou a produção de cana-de-açúcar e também ampliou seu complexo industrial com uma grande fábrica de papel e ácido cítrico.
Santa Rosa de Viterbo acabou se desenvolvendo graças aos empregos gerados e serviços demandados pela Fazenda Amália.
Na década de 1940, seriam inaugurados o Hospital Santo André (o primeiro da cidade), o cinema Don Juanico (ainda está lá o salão),a Igreja São Francisco e o Estádio de Futebol Ermelino Matarazzo, foco da nossa visita à cidade.
Ah, aqui a foto de uma das estações de trem presentes na fazenda.
O “Grande Império Industrial” da Família Matarazzo duraria quatro década sendo durante muito tempo o maior complexo industrial da América Latina, porém… como já diria o SKA-P... Todo império cairá um dia!
Assim, no início dos anos 1980, o Império dos Matarazzo ruiu nas mão da filha do conde, Maria Pia Matarazzo com dívidas absurdas, levando a usina a ser arrendada. Após 113 anos em funcionamento, a Usina Amália parou diante um impasse no arrendamento entre família Matarazzo e Biagi.
Na nossa visita fomos informados que a parte onde fica o Estádio tornou-se um condomínio particular.
Enfim… É muita história. Vale a pena assistir o vídeo abaixo pra conhecer um pouco ou, ler o vasto material disponibilizado na Internet. Basta usar o Google como partida.
Voltemos então ao foco futebolistico de nossa viagem, o Estádio Ermelino Matarazzo, onde o time da fazenda, a Associação Amália de Desportos Atléticos (AADA) mandava seus jogos.
A AADA foi “oficialmente” fundada em 1o de janeiro de 1940, embora muitos colaboradores da Fazenda tenham confirmado que desde o início dos anos 30 já existia o time.
Era um jeito de reunir empregados e empregadores da Sociedade Agrícola Fazenda Amália, promovendo a prática esportiva, principalmente o futebol.
Aqui, o time nos anos 40:
O time era subordinado ao Departamento de Serviço Social da empresa.
Dá uma sensação curiosa ver o distintivo com um “A” em um círculo, parecendo muito um time de anarquistas hehehehe.
A AADA participou da quarta divisão em 1966 e da terceira em 1967 e 68.
O AADA ainda teve um segundo distintivo, aproximando-se da marca da Fazenda (retirado do Almanaque do Futebol Paulista):
Mas, voltemos a falar do Estádio Dr Ermelino Matarazzo.
Ele começou como um campo cercado de folhas de zinco e acabou reformado graças aos esforços de Ermelino Matarazzo, um apaixonado pelo futebol, que chegou a ser goleiro da AADA (e depois do Palmeiras e do Botafogo).
Suas arquibancadas eram na verdade a varanda do casarão que ficava ao lado do campo.
Vamos dar uma olhada?
O casarão ao lado abriga (ou abrigava) o Cinema Dom Juanico.
Infelizmente fomos super mal recebidos pelos seguranças locais, que a todo instante repetiam para irmos embora que aquela área era particular e que ninguém nos daria permissão para adentrar ao campo. (perceba que as fotos foram feitas do lado externo).
Pudemos assim fazer algumas fotos do campo por cima do muro:
Olha o casarão, que coisa linda!
Antes de disputar a terceira e a quarta divisão, a Associação teve o direito de disputar o Campeonato Amador do Interior, e assim o fez. Em 1957, a AADA venceu o Campeonato do Interior, garantindo uma vaga na Terceira Divisão.
O tempo passou. O império caiu. O ambiente é inóspito a visitantes. Mas o campo ainda está ali. Este é o gol da direita:
Aqui o gol da esquerda:
Até os bancos de reserva seguem ali!
Mas mesmo com o campo ainda existindo, sabemos que é praticamente impossível a volta de um time como a AADA… Vale o registro do outro time, que embora não tenha chegado ao profissional, defende as cores da cidade no futebol amador até os dias atuais: o Santa Rosa FC!
Enfim, longa vida ao futebol de Santa Rosa de Viterbo!
Hora de voltar à estrada e dar sequência à viagem e aos sonhos.
Seguindo o nosso rolê em busca de estádios, chegamos à cidade de Tambaú!
Antes de Tambaú, já havíamos passado por Pirassununga, Descalvado e Santa Rita do Passa Quatro para registrar seus estádios.
Mas agora é a vez de falar sobre a cidade cujo nome significa “rio das conchas”.
Tambaú foi fundada em 1886, ainda como um povoado.
Somente em 1898 seria levada à condição de município. Colaboraram para a formação da cidade diversos imigrantes italianos, portugueses, espanhóis e sírio-libaneses, ajudando a desenvolver a indústria da cerâmica na cidade.
A estação de trem de Tambaú foi aberta em 1887 e funcionou até 1959, quando a variante Lagoa-Tambaú ficou pronta. A nova estação foi construída fora da área urbana.
É impossível falar de Tambaú sem falar de um de seus personagens mais curiosos: o padre Donizete.
O padre ficou muito conhecido graças a diversos milagres de curas atribuídos a ele (até um jogador de futebol foi curado, segundo ouvi em um programa do Milton Neves, um domingo desses).
Donizetti era também advogado e ajudava os trabalhadores em processos contra os empresários e políticos que abusavam de seus poderes. Dizem que por essa intromissão, tentaram matá-lo por 2 vezes.
Em 1992, foi aberto o processo de beatificação de Padre Donizetti.
Mas, voltemos às ruas e praças de Tambaú nos dias atuais…
Na cidade, vivem mais de 23 mil pessoas, aproveitando-se de suas arborizadas ruas…
E durante nossa visita, ainda pudemos ver o lindo florescer dos ipês amarelos.
Mas, mais do que natureza, a cidade possui uma outra riqueza…:
E o futebol fez de Tambaú, a “Avellaneda” brasileira. Explico; é que na cidade convivem 2 times na mesma rua, mais ou menos como no bairro argentino onde Racing e Independiente possuem seus estádios há uma quadra, um do outro. Veja no mapa a proximidade dos dois estádios em Tambaú:
Vamos começar falando do Estádio Carlos de Almeida, a casa do Esporte Clube Operário.
O estádio tem um singelo apelido: “A jaula da Alfredo Guedes“. Alfredo Guedes é o nome da rua em que está não só o campo do Operário como do União, que veremos a seguir.
A sede do time fica ao lado do Estádio!
O Esporte Clube Operário foi fundado em 30 de junho de 1921 e entrou pra história disputando a Terceira e a Quarta divisão do Campeonato Paulista, entre 1986 e 1991.
Aqui, o time de 1989:
E lá vamos nós conhecer mais um estádio!
O time é conhecido como o “leão” de Tambaú. E é o leão que recebe os visitantes do estádio (pena que o vidro deu uma estragada na foto …).
Dizem que o Operário é o time com maior torcida da cidade, e por isso acabou recebendo o título de “O mais querido”.
Aqui é o time de 1966, quando disputou um amistoso contra a Ponte Preta:
Que tal dar uma olhada no estádio?
O Estádio Carlos de Almeida encontra-se em excelente estado!
Gramado bem cuidado, alambrados preparados e… as arquibancadas!
Tem até um espaço para a rádio local!
Vale uma olhada especial na arquibancada coberta! Simples, mas dá uma outra cara ao estádio!
Ao lado dela, uma arquibancada descoberta, que parecia ser apenas o início de um possível sonho de expansão do estádio!
Olhando da arquibancada coberta, esse é o lado direito:
O centro do campo:
E o lado esquerdo!
Antes de ir embora, uma foto olhando de traz do gol de entrada:
Grata surpresa, hein?
Hora de dizer adeus e atravessar a rua…
Do outro lado da rua, temos o não menos importante Estádio João Meirelles.
Trata-se da casa do Esporte Clube União.
Vale lembrar que o distintivo do EC União já teve outras versões, como essa:
O Esporte Clube União foi fundado em 25 de setembro de 1910 (faça as contas e verá que eles são 11 anos mais velhos que o Operário).
Contamos com a ajuda de um amigo local pra visitar o estádio!
Até lembra o Augusto, ex jogador que fez história na Caldense e também no futebol local de Tambaú!
O União teve 13 participações no Campeonato Paulista de Futebol entre a terceira (1976 e depois de 1980 a 88) e a quarta divisão (de 1977 a 1979).
O Estádio João Meirelles estampa em suas paredes as fotos e nomes de alguns de seus craques nesses anos todos. Homenagem mais que válida.
Aqui, é o time de 69, ainda disputando apenas o amador:
Mais algumas fotos que encontrei:
Aliás, que tal uma volta pra conhecer o campo?
A arquibancada coberta imponente é um destaque que chama a atenção no estádio.
O clube social fica nessa parte atrás do gol (olha a Mari ali!).
Uma coisa engraçada são os grafites desenhados nos muros ao redor do campo! Acaba dando um efeito de que sempre tem alguém torcendo.
O União é um dos mais antigos times do estado de São Paulo, mas segue fora do profissionalismo, para a tristeza das arquibancadas que seguem ali…
Pra nós, é um grande orgulho poder conhecer mais um monumento do futebol do interior paulista!
Vale relembrar um trecho de uma matéria da Placar de 1986 sobre a terceira divisão daquele ano:
Mais uma cidade visitada, mais dois estádios para nossa conta. Pena que foi tão rápido… Mas, é tempo de voltar à estrada!
Depois de termos conhecido os estádios de Pirassununga e Descalvado, a terceira etapa do nosso rolê nos leva à mágica cidade de Santa Rita do Passa Quatro, onde vivem cerca de 28 mil pessoas.
Todo curioso já se perguntou o porquê do “passa quatro” e a resposta vem da natureza: antigamente para se chegar à cidade era necessário se passar quatro vezes por um córrego (que nós nem conseguimos achar em nossa viagem).
Mas…. A cidade está lá! E também suas ruas de paralelepípedos, tão charmosas…
Tem praça com coreto também!
E tem a tradicional Igreja Santa Rita de Cássia.
Casas bonitas com leões de guarda na entrada? Tem lá também!
Se nosso amigo Rafael Furlan, o geógrafo, lesse esse post, ele ficaria contente em ver que notamos uma formação curiosa e que depois pesquisando descobrimos tratar-se do ponto mais alto da cuesta basáltica (uma espécie de montanha que tem um lado “normal” e o outro super íngreme) que cruza o estado de São Paulo.
Mas não fui atento o suficiente para fotografar…. Mas fiz mais fotos da rua, olha:
Bom, mas geografia a parte, estávamos visitando a cidade para conhecer o estádio que serviu de casa da Associação Atlética Santa Ritense nas 16 edições do Campeonato Paulista que disputou entre a terceira e a quinta divisão.
Sendo assim, bem vindo ao Estádio José Pereira da Silva, o “Pereirão“!
O estádio fica junto do clube social, então em todo lugar se vê o distintivo da Santa Ritense pelas paredes!
E como mostra o distintivo, a Santa Ritense foi fundada em 25 de janeiro de 1927 e de lá pra cá, muita história rolou com esse time. A partir de 1964 o time começou a disputar o profissionalismo, na quarta divisão. Jogaria ainda a 4a divisão em 1965, 1977, 2002, 2003 e 2004 e a quinta em 1999, 2000 e 2001.
Possui uma grande rivalidade local com a Sociedade Esportiva Cinelândia, com quem faz o Derby citadino.
A SE Cinelândia disputou a 5a divisão do Campeonato Paulista em 1997, 1999 e 2001 (aliás, obrigado ao amigo David Willian Severino Martins pelo lembrete!). E eles tem até seu próprio campo, o Estádio Dr. Alcides Ribeiro Meireles:
Até a Portuguesa Santista já esteve lá fazendo uma pré temporada!
No estádio cabem em torno de 3 mil torcedores.
Encontrei outras imagens do Estádio Dr. Alcides Ribeiro Meireles pelo site da Prefeitura falando do campeonato amador da cidade:
O time campeão foi o Disk Limp:
Mas, infelizmente nessa visita, registramos apenas o Estádio José Pereira da Silva, a começar pela tradicional foto na bilheteria.
Que tal uma olhada mais de perto? Sigam me os bons!
Tava até rolando uma pelada na hora em que estivemos por lá!
Aí está ela! A arquibancada coberta que já abrigou tantos torcedores do sol e da chuva (será?).
A arqui
bancada ainda segue para ambos os lados da cobertura.
Bancos de reserva bem colocados a espera dos suplentes!
Aí sim! Mais uma memória registrada de uma equipe super tradicional e que tem grandes chances de voltar ao profissionalismo, caso tenha esse desejo!
Mas se você quer matar a saudade do time jogando pra valer, seguem dois vídeos pra vc relembrar:
Uma olhada no campo, dos dois lados e do centro:
A arquibancada de cimento promete aguardar o tempo necessário para novamente receber torcedores!
Um último olhar pelo lado de fora… E é hora de irmos…
Mas… Não podemos ir embora sem falar do terceiro time da cidade, que já não existe nem como time amador e nem como sede social.
Trata-se do Córrego Rico Futebol Clube.
O time foi fundado em 1953, na Usina Santa Rita e em 1965 chegou a disputar a quarta divisão do Campeonato Paulista, mandando seus jogos no Estádio da Usina.
Se alguém quiser “vestir” a lembrança, o site Só futebol comercializa réplicas das camisas do Córrego Rico FC (clique aqui pra ver).
Bom… Hora de voltar à estrada!
Dando sequência ao nosso rolê, após termos registrado os estádios de Pirassununga, chegou a hora de conhecermos a cidade de Descalvado, onde meu avô Antonio Gimenez Penessor nasceu.
Descalvado possui uma população de cerca de 32 mil pessoas. É uma região que tem integrado às atividades agrícolas as indústrias (principalmente aquelas focadas na produção de produtos “Pet”).
A história de Descalvado também tem a ver com a passagem dos bandeirantes que abriam caminho para fazendeiros se estabelecerem para plantar café num primeiro momento. Assim como a maior parte do Brasil, os escravos também foram usados nesses primeiros momentos. Em tempos atuais parece que as pessoas querem esquecer esse fato e acho essencial relembrar sempre que o Brasil teve (ou tem?) o trabalho escravo levantando as bases do país.
Logo, Descalvado recebeu os trilhos da Companhia Paulista de Estradas de Ferro o que colaborou para o desenvolvimento da região (a foto abaixo é do site www.estacoesferroviarias.com.br que reúne fotos históricas de estações de trem).
Pra quem lê isso hoje, talvez não entenda, mas costumo dizer que a chegada da estação de trem era como a chegada da Internet. Ela abria possibilidades, trazia produtos, permitia interação entre pessoas etc.
Provavelmente, foi o trem quem trouxe as primeiras bolas de futebol para a cidade.
E daí, surge nosso interesse: conhecer o Estádio Felisberto Bortoletto casa do CERD (Clube Esportivo e Recreativo Descalvadense).
O time foi fundado em 03 de dezembro de 1940 e começou jogando as competições amadoras. Esse é o time dos anos 60:
Em 1975, o time passou a disputar as competições profissionais da Federação Paulista de Futebol.
Foram 6 passagens pelo campeonato da 3ª Divisão (1975, 1976, 1981, 1982, 1985 e 1986).
E o grande momento do CERD foi o título da terceira divisão em 1986, deixando pra traz várias equipes tradicionais, com o time abaixo:
Porém, o título acabou se transformando em problema, uma vez que por falta de um estádio com capacidade mínima exigida pela Federação Paulista de Futebol, acabou tirando o Descalvadense da A-2 de 1987 e dessa forma fez com que desistisse para sempre do profissionalismo.
Mas, enfim… Senhoras e senhores, bem vindos ao Felisberto Bortoletto!
É sempre emocionante poder se ver em um lugar que marcou a história no futebol de tantas pessoas que vivem em Descalvado…
Tempo para nossa tradicional foto na bilheteria que 30 ano atrás recebia filas e mais filas para ver a final da terceirona!
Atualmente, o CERD possui um fantástico clube social recreativo!
O distintivo está espalhado pelo clube…
Mas manteve lá, o campo de futebol que assistiu a tantas glórias e conquistas!
Que tal uma olhada lá dentro?
Pois é…. Dessa vez quase não dá pra ver o campo direito, com tantos aparelhos sendo preparados para o show do Raimundos!
Quer dar uma volta pelo campo? Gire com a Mari!
O gramado está muito bonito!
Fico me perguntando há quanto tempo aquelas árvores estejam ali… Acompanhando o andamento de cada momento do clube…
Quantas histórias e lembranças devem estar guardados em cada degrau, cada lugar dessa arquibancada…
Quem sabe um dia acordaremos com a notícia da volta do CERD ao profissionalismo?
Por hora, dá tempo de um último olhar, antes de seguirmos viagem…
Nosso rolê desta vez, começa pela cidade de Pirassununga, uma cidade cheia de estórias e história. Mais de 70 mil pessoas vivem na cidade que serve de sede para a Academia da Força Aérea, o Forte Anhanguera, que abriga o 13º Regimento de Cavalaria Mecanizado do Exército Brasileiro.
E vale lembrar que era 7 de setembro, uma data muito festejada na cidade, principalmente devido a essa presença militar na cidade.
Mas muito antes de tanta presença militar, ali viveram índios tupi que deram o nome ao local de “peixes barulhentos” (Pirá – sunung) graças ao barulho feito pelos peixes durante a piracema (quando eles sobem o rio Mojiguaçú para a desova). Aliás, as águas da cidade são um convite à visitação, com destaque para a cachoeira das Emas.
A cidade recebeu ainda a presença de bandeirantes desde o século XVI. E como um microcosmo do nosso país chegou a ter escravos vivendo em senzalas que ficavam nas fazendas da cidade.
Recebeu a ferrovia em 1880 por um ramal de linhas férreas que ligaria Mojimirim a Descalvado.
Bom, dá pra falar muito sobre a cidade, mas nosso objetivo era completar um trabalho que havíamos iniciado quase 8 anos antes quando visitamos o Estádio Bellarmino Del Nero para acompanhar a volta do Clube Atlético Pirassununguense ao futebol profissional. (veja aqui como foi).
Também já falamos sobre a camisa e a história do CA Pirassununguense. A camisa foi presente do amigo José Antonio Martineli, um cara sensacional e super envolvido com o futebol local!
Como estávamos na cidade, claro que demos uma passada no Bellarmino pra ver como anda o estádio! Afinal 7 de setembro também é aniversário do CAP!
Como é bacana ver as fotos que eles tem expostas ali na entrada do estádio. Elas registram vários períodos do time e do futebol na cidade.
Mas a melhor notícia foi a que ouvimos do pessoal que estava trabalhando no estádio que o “Gigante do Vale” parece estar pronto para voltar ao futebol profissional, se não em 2019, em 2020.
O campo está prontinho para esse retorno!
Suas arquibancadas tem capacidade para quase 6 mil torcedores.
Ficamos muito animados com a notícia e espero podermos voltar ao BDN (Bellarmino del Nero) para acompanhar mais um jogo.
Mas…
Pirassununga não se limitou ao CAP dentro do futebol profissional e por isso estávamos de volta à cidade.
Para registrar um pouco da história do segundo time da cidade: o Independente Futebol Clube.
O Independente Futebol Clube tem uma característica curiosa pra mim… Ele “faz aniversário” no mesmo dia que eu. Foi fundado no dia 1º de Novembro de 1938 (ele é um pouco mais velho hehehe) por ex atletas que teriam sido punidos por um quebra pau e revoltados com a punição formaram o time.
A sua Sede fica localizada na Avenida Joaquim Cristóvão, 245, na Vila Santa Terezinha e fomos até lá pra conhecer um pouco mais sobre o time e sobre seu campo, o Estádio Armando Boito.
Infelizmente pintaram a frente do estádio (eu adoro quando tem o nome dele em letras garrafais na entrada), veja como era:
Ah, e lembram do Zé Antonio? Aquele que me deu a camisa do Pirassununguense? Olha ele aí! E veja o que ele arrumou pro blog:
Pois é… Em breve teremos mais um post pra mostrar a camisa do Independente FC!
Por hora, espero que você se divirta com um olhar dentro do Estádio Armando Boito!
Até porque não foi fácil fazer as imagens, já que por se tratar de um feriado o campo estava fechado. Mas… damos um jeito!
O estádio está muito bem cuidado, ainda que atualmente o Independente só dispute as competições amadoras.
Foi aí que o Independente mandou seus jogos na 4a divisão do Campeonato Paulista de 1977.
Mas como estávamos pela cidade, decidimos registrar outros dois estádios bem cuidados que servem de equipamento para o futebol amador.
Um deles é o Estádio Municipal “José Maldonado” também conhecido como CEFE “Presidente Médici”.
O outro, é o campo do tradicionalíssimo Esporte Clube União.
Sem dúvidas, Pirassununga é uma das cidades que mais levam o futebol amador a sério!
E ficamos ainda na torcida de que nos próximos anos o futebol profissional volte à cidade!
Eae pessoal!
Aproveitamos o feriado de 7 de setembro de 2018 para realizar mais um rolê em busca de estádios.
Foram mais de 1.540km, cruzando o estado de SP rumo à cidade de Uberaba em Minas Gerais.
Dá pra se ter uma ideia do roteiro no mapa abaixo:
Conseguimos conhecer e registrar 28 estádios em 21 cidades, tendo a estrada como verdadeira terapia para dias cada vez mais difíceis em um país que tenta se levantar.
Saímos de Santo André na quinta feira, 6/9 à noite e fomos ate Cosmópolis, onde passamos a noite.
Na sexta 7/9, saímos as 7 hs e fomos visitar 4 estádios em Pirassununga, depois passamos por Descalvado, Santa Rita do Passa Quatro, Tambaú, Santa Rosa de Viterbo, Santa Cruz das Palmeiras, Vargem Grande do Sul, São José do Rio Pardo, Cajuru, até chegarmos em Batatais, onde fizemos a parada pra dormir.
No sábado saímos cedo e passamos por Orlândia (onde a área do estádio local foi comprada e em breve será demolido), São Joaquim da Barra e Igarapava até chegarmos em Uberaba-MG. Aí começamos a voltar, passando por Guaíra, Miguelópolis e Ituverava, até chegarmos em Franca, onde dormimos.
No nosso último dia, saímos de Franca, passamos por São Simão, Altinópolis e Casa Branca, antes de voltar à Santo André.
Em breve começaremos a postar sobre cada cidade.