Hoje, são 30 anos dessa incrível conquista de um time que atualmente está licenciado, mas que ainda representa as cores e a memória da cidade de Paraguaçu. E o amigo Amarildo não deixou a data passar sem festa, por isso, torcedor Paraguaçuense, não esqueça nunca desse momento! Parabéns!!
5ª feira, 15 de junho de 2017. Com adição de informações em 20 de agosto de 2023. Com este post, começamos a dividir com vocês o nosso rolê de “Pré Inverno”, pelo interior paulista, dividido em 11 capítulos, um para cada cidade que visitamos, nos 4 dias de feriado prolongado.
A primeira parte da viagem foi até nossa “base” em Cosmópolis (terra da Funilense), de onde saímos na 5a feira bem cedinho, rumo à estância turística de Barra Bonita.
Saímos com um belo sol, mas… a estrada sempre guarda surpresas e na altura de Rio Claro, dá uma olhada na neblina que a gente pegou…
Mesmo assim, após duas horinhas de estrada, o sol voltou e enfim chegamos à Barra Bonita!
Muita gente acha que somos apenas fanáticos por futebol (ou idiotas por gastar dinheiro com gasolina e pedágio em busca de times e estádios), mas vale ressaltar que além do futebol, sempre procuramos entender e vivenciar um pouco dos lugares que visitamos.
E com Barra Bonita, não foi diferente! Principalmente pelo apelo turístico que a cidade possui naturalmente, graças ao rio Tietê.
Pra quem nunca esteve frente ao rio Tietê na sua fase “pós poluição” deve até ser estranho ver uma imagem tão bonita!
E, já que estávamos por lá, fomos fazer o passeio de barco, pelo rio, incluindo a visita pela Eclusa (o “elevador” aquático que liga dois pontos de diferentes níveis do Tietê).
O passeio é muito legal e bem barato! Vale a pena conhecer mais com o pessoal da “Navegação Fluvial do Tietê“. O preço varia entre R$ 30 e R$ 90 em passeio com ou sem almoço, e de 1h30 até 3 horas (estamos em junho/2017, não sei se quando você ler isto, sofreu algum aumento).
Fizemos o passeio menor (e depois percebemos que valeria a pena ter feito o maior), que nos levou até a eclusa, passando pela prainha que vive cheia no verão.
Eu e a Mari já conhecíamos o passeio, mas fazia tanto tempo que valeu a pena fazer de novo.
O passeio é gostoso, os barcos são super seguros e modernos e a paisagem é muito bonita!
A imagem da represa e da água caindo é algo marcante!
Dá uma olhada no vídeo que fizemos:
Em agosto de 2023 voltamos lá pra rever a cidade…
Mas, claro que aproveitamos nossa passagem pela cidade para conhecer um pouco dos dois times locais que já disputaram as competições oficiais da Federação Paulista de Futebol: o CA Botafogo e a AA Barra Bonita!
O Clube Atlético Botafogo foi fundado em 1968, por iniciativa de Benedito Alcindo Biazetti, ex treinador dos times do “Infantil” e do “Juvenil” da AA. Barra Bonita.
Seu campo sede atual fica na charmosa rua “Fiori Gigliotti”:
No começo o time chegou a jogar usando as camisas da Ponte Preta, com a denominação de “Juvenil Ponte Preta Junior”. Sua primeira partida oficial foi um amistoso disputado contra a Associação Atlética Sãomanuelense, no Estádio Vicentão. O resultado final foi um 3×2 para os visitantes.
O time passou vários anos disputando campeonatos amadores, até que em 1976, sagrou-se Campeão Amador do Interior do Estado de São Paulo, numa época em que esse campeonato era tão valioso ou até mais quanto as atuais divisões de acesso.
Segundo depoimentos de moradores locais (Benedito Alcindo Biazetti e José Antonio Molina), a comemoração ganhou as ruas da cidade, com o desfile dos campeões, bandeiras, carros, buzinas, instrumentos musicais, numa animação única que terminou em carnaval na Avenida Pedro Ometto.
Nos anos seguintes, o time virou febre na cidade, jogando sempre com casa cheia e tendo torcida inclusive nas partidas como visitante. Em 1977, o time venceu o o Campeonato Regional, mas na final Estadual acabou derrotado para o Rigesa de Valinhos.
Infelizmente, no dia em que visitamos o estádio, ele estava fechado, mas o amigo e também admirador do futebol do interior, Emerson Gomes, que é lá de Mauá, esteve no sábado e dividiu com a gente algumas imagens internas, pra matar a curiosidade:
O estádio tem uma pequena arquibancada junto a lateral e várias árvores ao seu redor.
Confesso que não tenho certeza se o Botafogo chegou a mandar seus jogos pela Federação Paulista nesse estádio, é mais provável que tenham jogado no estádio municipal, que é maior e tem uma estrutura mais profissional, mas o lugar é bem bacana!
O Emerson conseguiu ainda uma camisa atual do time:
Fica nosso registro da entrada do campo:
Em 20 de agosto de 2023, finalmente pudemos registrar por nós mesmos o interior do estádio e ainda pudemos encontrar o ex zagueiro do Ramalhão Luiz Antonio, que movimenta o futebol master lá da região:
Olha que bacana a camisa do Master do CA Botafogo!
Bacana ver que o estádio está tão bem cuidado, com a pintura novinha!
Então, seja bem vindo ao Estádio do CA Botafogo de Barra Bonita, o campo da Rua Fiori Giglioti!!!
O gramado está muito bem cuidado!
Aí estão as míticas arquibancadas do estádio!
Nosso tradicional registro do meio campo:
Gol do lado esquerdo:
Gol da direita:
Detalhe para as orquídeas plantadas por quase todo o local!
Antes de irmos embora deu até pra ver um pouco do jogo entre o Botafogo e o XV de Janeiro de Macatuba.
O outro time da cidade, a AA Barra Bonita, teve uma participação mais constante nas disputas da Federação Paulista, e mandou seus jogos no Estádio Municipal Vicente Zenaro Manin, o “Vicentão”.
Dê uma olhada no vídeo que fizemos:
O estádio fica num bairro tranquilo, em meio ao comércio local.
Segundo a placa local, o estádio foi construído no início da década de 60, e entregue em 1963.
Mais um registro de um estádio que ainda não conhecíamos!
Vamos dar uma olhada por dentro?
Possui uma bonita arquibancada coberta:
Além disso, possui um lance de arquibancadas descobertas atrás dos gols.
A Associação Atlética Barra Bonita foi fundada em 1923 e participou de oito edições do Campeonato Paulista de Futebol, entre a terceira e quarta divisão.
Essas arquibancadas já estiveram repletas de torcedores, principalmente em dia de jogo contra o rival Noroeste. E ainda hoje, a AABB mantém um clube social bem interessante (imagens de agosto de 2023):
Olha que fotos bacanas dos times do passado:
Esse foi o time que defendeu as cores da cidade em 1957:
Porém, o maior trunfo do alvinegro barra-bonitense é o título da terceira divisão de 1982. O campeonato veio após vitória sobre o José Bonifácio no último jogo do quadrangular final (em que participavam ainda a União Funilense de Cosmópolis e Palmeirinha de Porto Ferreira).
Infelizmente o clube se licenciaria da Federação 2 anos depois, para a tristeza da torcida, entre elas Paulo Roberto Siqueira, o “Paul Girls” que frequentava o campo com uma capa e chapéu preto, dizendo se uma espécie de talismã do time local!
O cenário típico do interior paulista, com o campo e a natureza ao fundo…
Enfim, mais uma missão cumprida em registrar um pedaço da história do futebol!
Ah, vale dizer que o amigo Emerson também conseguiu uma camisa da AA Barra Bonita:
Nós, que ainda estávamos iniciando o rolê, voltamos à estrada para a nossa segunda parada: a cidade de Bariri!
Cesário Lange é uma cidade que tem se destacado em relação ao turismo graças ao Castelo Park inaugurado em 2014, e que aos poucos vai se transformando em um passeio bem legal por estar próximo de importantes cidades como Sorocaba, Itu e mesmo do ABC e da capital.
Originalmente, era provável que povos kaingangs “coroados” vivessem ali, já que se espalhavam pelo oeste paulista até chegar ao atual Mato Grosso do Sul. Pela proximidade com a região da capital, talvez existissem também tupinikins e outros povos…
A partir do século XVII a região recebe a presença dos primeiros portugueses e nos séculos seguintes, por meio das bandeiras em busca de minérios e até mesmo de indígenas, essa presença passa a ser mais forte até que por volta de 1872, algumas famílias passam a ocupar as terras e iniciam um núcleo de povoamento, que seria conhecido como “Passa Três”.
Vale ler o incrível livro de Darci Ribeiro, pra se aprofundar mais sobre o tema!
Em 1880, surge uma capela em homenagem à Santa Cruz. Em 1908, são elevados a Distrito de Paz “Cesário Lange” e a município, em 1959.
E lá fomos nós conhecer a cidade, comer um hambúrguer vegetariano no Rota 79!
Também foi bacana acordar cedo pra ver o sol nascer e pintar de rosa o céu de Cesário Lange.
Por essas e outras, é fácil gostar da visita à cidade!
Pelo menos valeu pra comemorar o aniversário do Bia!
Mas, sendo um passeio de família, não podíamos deixar de visitar o… Estádio Municipal João Cassemiro de Campos!
O Estádio nunca recebeu nenhuma partida por competições oficiais, mas tem uma estrutura de fazer inveja a muitos times profissionais! Olha que arquibancada coberta mais bonita!
Pra quem quer conhecer o campo, veja o gol do lado direito:
O gol do lado esquerdo:
E o meio campo, com direito a um alô do seo Osvaldo ali:
Vamos dar aquele tradicional rolê pra você conhecer melhor mais um templo do futebol:
É estranho imaginar que o futebol profissional ainda não estreou esse lindo campo, fica a sensação de que ainda existe algo a ser feito…
Quem sabe algum dos times amadores não cheguem a esse feito…. Ou mesmo alguma empresa não queira apoiar uma iniciativa dessa?
Ou… E se o Departamento Municipal de Esportes não crie condições para ver a cidade no mínimo receber uma edição da Copa São Paulo?
É… Talvez a capacidade do Estádio precise ser um pouco aumentada…
Mas… Aí estamos! Em mais um campo que faz a diferença para a cidade e quem sabe o que pode. servir no futuro?
Aí está a estrela principal: o gol!
Gramado natural, aparentando muita vida, é a força da natureza!
Aparentemente, temo um sistema de iluminação que garante partidas noturnas!
E linda a arquibancada não?
O futebol local, mesmo que ainda limitado ao amadorismo, tem grande força junto aos cidadãos, tendo um dos seus representantes o Ipiranga FC, fundado em 1999 e que homenageia um antigo time homônimo da cidade.
Outro time que tem destaque em dias atuais é o Passa Três FC, que homenageia o antigo nome da cidade!
E por fim, dois times que tem feito sucesso nas competições atuais: a Associação Atlética Alvorada.
12 de fevereiro de 2023. Um domingo de verão chuvoso ajudou a esfriar a cabeça dos torcedores do Ramalhão que vinham de duas derrotas em casa. A Inter de Limeira que vem bem no campeonato seria o adversário da noite…
Pra dificultar ainda mais a vida do Ramalhão, o jogo seria em Limeira, no Major José Levy Sobrinho o tradicional Limeirão, lindo estádio inaugurado em 1977, com o jogo Inter 2×3 Corinthians para 44 mil torcedores.
Em campo, duas equipes com campanhas muito próximas, ainda na busca dos pontos necessários para parar de se preocupar com rebaixamento e finalmente começar a sonhar com classificação.
Hoje, a capacidade de público do Limeirão é de 18 mil pessoas, mas talvez a chuva tenha dado uma desanimada no público que chegou a ocupar pouco mais de 10% do tamanho total (cerca de 2.242 torcedores)…
Sente aí o clima do pré jogo:
Vale reforçar que a Inter de Limeira possui várias organizadas, que tem apoiado o time dentro de fora de casa! É importante valorizar a presença do torcedor local. A cada dia é mais difícil times fora dos “óbvios” conquistarem os corações dos jovens, e mesmo assim, o time do interior tem conseguido se manter firme junto à população local.
A Inter começou no ataque, até por jogar em casa, mas logo o Santo André passou a responder não só nos contra-ataques mas também propondo alguns ataques!
Depois de muitos anos sem acompanhar a Inter no campo, os últimos anos trouxeram diversas oportunidades para ver o time de Limeira contra o Santo André, incluindo uma final de A2! E eu fico muito feliz de poder estar tantas vezes nesse estádio, que é de uma importância enorme para o futebol brasileiro.
A torcida da Inter de Limeira vem fazendo bonito nos jogos, e mesmo que neste jogo não estejam com tanta gente quanto o esperado, fizeram bastante barulho em apoio ao time local!
Mas nossa torcida também tem apoiado, mesmo fora de casa cantando sem parar!
Olha aí nosso banco de reservas:
No segundo tempo o Santo André voltou muito melhor. Arrisco dizer que foram os melhores 45 minutos do campeonato. De encher os olhos.
E depois de alguns dias de dor de cabeça, de críticas e medo, chegou a nossa hora de comemorar: Inter 0, Santo André 1!!!
Não há como negar… Estávamos preocupados com os resultados que não vinham, com o rebaixamento e mesmo com a atuação do time… Por isso o resultado foi ótimo!
A nossa turma que pegou uma baita chuva até chegar em Limeira voltou feliz pra casa!
Claro que eu fiquei hiper feliz! E agradeço aos amigos de viagem: Ovídio, Marques e Sandro Gaúcho!
Por fim, destaque pro Júlio Vitor, que entrou no segundo tempo e que fez a alegria da nossa torcida!
Todo respeito à Inter, sempre! Mas como foi bom poder celebrar uma vitória num momento t˜ão complicado!
A festa foi até o vestiário!!
E pra quem quer saber quanto o time está identificado com o projeto, se liga nos próprios jogadores cantando o hino do Ramalhão no vestiário
Acho que o torcedor em geral tem sofrido com certa falta de paciência independente da divisão do seu time. O Paulist˜ão é um campeonato cada vez mais competitivo e muitas vezes acabamos vendo nosso time não produzir o que esperamos. Será que nessas horas o nosso papel não deve ser de apoiar antes de tantas críticas?
Como é que algumas pessoas ainda não perceberam a grandeza e o barato que é apoiar os times da sua região no interior??
Como as marcas não percebem o potencial de patrocínio?? E como a própria mídia não enxerga a Copa Paulista como uma competição incrível para ser trabalhada??
Não sei responder… Mas no sábado, 15 de outubro de 2022 fui até Marília para registrar uma tarde de celebração do nosso futebol do interior.
Por ser uma final, existe todo um tempero extra, e grande presença de público garantida, mas sem dúvida, essa última partida da Copa Paulista 2022 trouxe de volta aquele sentimento do que foi o futebol até meados dos anos 80, quando quase toda cidade do estado tinha um time para apoiar (ok… um dia precisaremos falar sobre o lado político desta ação, mas por hora, celebremos essa final!).
Acompanhei o jogo pela torcida local, para matar a saudade de uma família muito ligada ao MAC, uma amizade que construímos há décadas.
O responsável por essa turma apaixonada por futebol é o Benê, ex atleta do Marília e da AE Cafeilandense. Em homenagem a ele, a família fez uma camisa retrô igual ao que ele usava quando jogou pelo MAC, nos anos 70.
Fomos cedo para o Estádio Bento de Abreu Sampaio Vidal, o “Abreuzão”, o que me permitiu acompanhar a festa da torcida na recepção do ônibus do time.
Mais de 2 horas antes do jogo, o lado de fora do Abreuzão já fervia!
Deu até pra pegar uma camisa do MAC pra em breve contarmos a história do clube com mais detalhes. Na foto abaixo, o amigo Amarildo, historiador do futebol de Paraguaçu Paulista e o Derly, ambos não deixam de acompanhar os times da região!
Nem bem os portões se abriram e a parte coberta do estádio estava repleta, afinal, mesmo sem um sol direto, o calor prometia ser forte nessa tarde.
E se a torcida chegou… A festa começou!
Ainda no momento do aquecimento dos atletas a torcida dava o seu recado: EU ACREDITO!
Em campo, o time se mostra unido!
E pra quem anda desanimado, vale registrar que uma nova geração de Maqueanos esteve presente na bancada nesta final!
Mas a turma das antigas também estava lá, vivendo um momento de glória para se somar aos tantos outros que viveram no passado!
E dá lhe festa na arquibancada colorida de azul e branco!!!
Os times entram em campo e realmente o clima é de final de campeonato. Emocionante!
O time do XV de Piracicaba fez questão de aplaudir as centenas de torcedores que esgotaram seus ingressos para acompanhar o jogo final.
O time do MAC também veio saudar sua torcida!
Bandeira de mastro? Tá liberada!
Pirotecnia? Hoje é final, vale tudo!!!!
E dá-lhe cantoria!!!
As bandeiras e faixas das torcidas estavam todas ali também!
E bexiga com o brasão do MAC? Olha ela aí!
E o mascote, você pode perguntar… Estava ali?? Sim!!!
A torcida do XV de Piracicaba fez bonito também e coloriu de preto e branco a sua área do estádio!
Tudo pronto para o início da partida! O técnico Guilherme olha para seu relógio e prepara-se para os 90 minutos mais importantes dos últimos anos…
Como sempre, fico muito orgulhoso de participar desse dia tão importante!
Lá nas cabines da imprensa o amigo Mário também acompanha a partida, fico contente de ver que cada dia mais ele tem se tornado um jornalista importante para o futebol paulista!
Outra que esteve na arquibancada foi a amiga Fernanda, filha do Benê, que não só curte o time do MAC como sempre jogou futebol!
O jogo começa quente e a vibração da torcida parece contagiar o time em campo. O Marília Atlético Clube vai ao ataque com sede!
E se o estádio já era um caldeirão, aos 15 minutos do primeiro tempo, Heitor Roca joga gasolina no fogo e explode a torcida alviceleste… Marília 1×0 !
Acho que foram os 10 minutos de maior empolgação que o Abreuzão viu nos últimos anos… O título estava bem próximo do time e da torcida do MAC:
Mas o time do XV de Piracicaba não chegou à final por acaso. E começou a pressionar o time do Marília!
Mas, aos 24 minutos do primeiro tempo, Vinícius empatou o jogo.
Um verdadeiro balde de água fria na torcida local…
Aos 43 minutos do primeiro tempo, o árbitro foi chamado para conferir no VAR um lance que acontecera no lance anterior…
Penalty para o XV de Piracicaba e Vitor Braga vem para a cobrança para desempatar o jogo e colocar o XV de Piracicaba na frente: 2×1 contra o Marília.
Acabando o primeiro tempo, valeu uma olhada para entender o que estávamos vivendo… Esse é o lado esquerdo do campo:
O meio campo:
E o lado direito:
Em campo, o time conversava, tentava buscar ânimo para seguir a partida e realizar um milagre em campo!
Mais do que o resultado em si, agora era uma questão de honra para o time local ao menos buscar o empate e manter a série invicta dentro de casa.
O jogo estava insano… E se o XV teve um pênalti a seu favor, o MAC buscou o empate também em um gol de pênalti de Ariel Palácio.
O Marília ainda tentou, mas não conseguiu transformar as chances criadas em gol…
A tradicional turma dos quero-quero também tentou dar uma força pra apoiar os donos da casa, mas… não deu certo…
A torcida do XV de Piracicaba já tomava para si a festa que a torcida local planejara para si.
E ficou ainda mais feliz ao ver aos 33 do segundo tempo o gol que selou o placar e a vitória do XV por 3×2, marcado por Felipe Benedetti.
Era o fim para o Marília, mas … Ao mesmo tempo, um recomeço.
O time tem uma boa base para a série A3 de 2023, terá ainda uma partida pelo menos na Copa do Brasil e motivos de sobra para estarem esperançosos quanto ao futuro.
Algumas cenas do desenrolar da partida:
Olha que linda essa imagem, mostrando todos os setores completos no estádio!
Ao fim do jogo, claro que existia muita frustração no lado azul e branco da cidade, mas o que se viu foi uma grande integração entre torcida e time, como deveria ser sempre…
Mesmo com a derrota, a torcida Maqueana aplaudiu seu time após o final da partida!
O XV de Piracicaba sagrou-se campeão merecidamente! E a festa que tanto vimos no lado azul e branco da arquibancada, enfim se fez no lado alvinegro.
O amigo Mário mandou essa foto da comemoração dentro de campo:
E parabéns à amiga Monique que desde cedo estava ali no meio e que ficou mais do que feliz com a conquista!
Aliás, essa festa seguiu até Piracicaba, com o ápice no próprio Estádio Barão da Serra Negra.
As últimas cenas do dia… O incrível copo da final:
A 195ª camisa do blog representa as cores do Tupã Futebol Clube!
O time tem como mascote o Índio Guerreiro, que representa a ligação histórica com os indígenas que habitaram a região no passado.
Ah, e em agosto de 2022, o time apresentou como novidade sua nova identidade visual, baseado no escudo que foi usado entre os anos 30 e início da década de 40:
Com uma modernização do desenho original, o resultado foi esse (eu normalmente fico com um pé atrás, mas nesse caso achei a mudança positiva e bem conceituada):
Em 2018, acompanhamos uma partida contra o Osvaldo Cruz (veja aqui como foi)!
E ainda fizemos um post sobre o Estádio Municipal Alonso Carvalho Braga,veja aqui como foi!
O Tupã FC foi fundado em 8 de fevereiro de 1936, e tem uma história repleta de conquistas. Usando como base de pesquisa o livro “Os esquecidos“, a estreia do time nas competições oficiais da Federação Paulista se deu em 1944, no Campeonato Paulista do Interior disputando o grupo da 25ª região, que teve como campeão do grupo, o tradicional São Bento de Marília.
A próxima disputa registrada no livro é de 1947, quando outro time da cidade também participou da disputa: Ouro Branco FC e desse vez o Tupã sagrou-se campeão do Setor 29, indo para fase regionais onde enfrentou outros campeões setoriais: EC Noroeste, o campeão desse novo grupo, além do EC Municipal (Vera Cruz), Glória FC (Cafelandia) e o Bandeirante EC (Birigui).
A partir de 1947 é muito difícil ter a sequência de participações do Tupã FC no Campeonato do Interior, mas vale reforçar que nessa época o time obteve duas vitórias em amistosos contra o Santos, em 1948, e em 1950 e um outro contra o Vasco onde os cariocas venceram por 1×0.
Usei fotos das redes sociais do Tupã FC e do site Que fim levou, do Milton Neves para ilustrar este post com fotos dos esquadr˜ões antigos, ainda que nem todas estejam datadas, como esta abaixo dos anos 50:
Em 1949, estreou na Segunda Divisão, na época, só existiam 2 divisões e o campeão desse campeonato foi o Guarani.
Em 1949, este foi o esquadrão que defendeu as cores da cidade:
O Tupã disputou a segunda divisão até 1954 (quando a Federação criou a 3a divisão), com resultados apenas medianos.
Após se ausentar por um ano, em 1956, voltou à segunda divisão até 1959, quando perdeu a classificação para a fase final por apenas um ponto!
Entre 1960 e 1974 o Tupã FC disputou horas o terceiro nível do futebol, a “segunda divisão profissional” (1960, 69. 71 a 74), horas a “principal divisão”, que equivalia ao segundo nível (entre 1961 e 67), ficando alguns anos de fora (como 1970).
Em 1974, terminou a 2a divisão em 1º na fase inicial….
Sendo eliminado na segunda fase.
Joga o 3º nível do futebol paulista em 1975, o 2º nível em 1976, novamente retorna para o 3º nível em 77, 78 (classificando-se para a segunda fase), 79 (mais uma vez chegando na segunda fase), 80 e 81, quando terminou em 4º, classificando-se para a segunda fase…
Na segunda fase, mais uma grande campanha levou o time à decisão do grupo contra o campeão do primeiro turno (o Penapolense) e a vitória o classificou à fase final.
Infelizmente a campanha na fase final foi bastante inferior.
Em 1982 e 83 o time disputou o segundo nível do futebol paulista (a Segunda Divisão), mas ao final do ano, se licenciou do futebol profissional, voltando à 3ª Divisão em 1985, sendo eliminado na fase final de grupos, após liderar os grupos das duas fases anteriores.
De 1986 até em 1993, o Tupã permaneceu na 3ª Divisão, sem grandes campanhas, mas classificando-se para a segunda fase com certa frequência.
Com a redefinição do futebol paulista, a partir de 1994, o time passa a disputar a 4ª Divisão. Em 2006 abandona a competição, mas retorna no ano seguinte. “Pula” o ano de 2008 e retorna em 2009.
Em 2013, ficou a 3 pontos da final, mas conquistou o acesso à série A3, jogando com esse uniforme bem bonito:
Em 2014 faz uma série A3 mediana, com 6 vitórias, 7 empates e 6 derrotas, mas em 2015, não resiste e acaba rebaixado à “Bezinha” de 2016, licenciando-se em 2017, retornando em 2018, e novamente abandonando o futebol profissional após o campeonato de 2020, quando jogou com o time abaixo:
Durante o ano de 2022, ouviram-se muitos rumores sobre a volta do time em 2023. Fiquemos no aguardo!
Que tempos estranhos esses em que uma forma de vida tão pequena consegue modificar tanto a realidade do planeta… 2020 foi um ano com menos viagens e jogos, mas… tomando todos os cuidados possíveis e imagináveis, marcamos o fim de ano com um rolê rápido e muito mais simples do que imaginávamos há um ano atrás. Visitamos estádios de 4 cidades: Capão Bonito, São Miguel Arcanjo, Avaré e Paranapanema. Comecemos por essa pequena cidade de nome comprido: Paranapanema.
A cidade é conhecida como “a Princesa do Vale” e está há 256 km de São Paulo sendo a casa de pouco mais de 20 mil pessoas. Logo na entrada da cidade, uma estátua relembra uma das armas contra a difusão do coronavirus: a máscara!
A cidade é pequena, mas muito charmosa e cheia de cuidados que surpreendem. Um exemplo é o Museu da Dona Guita, que guarda objetos, máquinas e lembranças relacionadas aos primeiros habitantes de Paranapanema, além de uma série de fotos antigas. O lugar é muito bonito e fica na rua Manoel Domingues Leite a uma quadra da Praça da Matriz.
A cidade é toda muito arborizada, e tem escolas lindas!
O centro é fácil de achar, tem até uma placa indicando que você chegou até lá…
Olha aí como é o clima de uma das principais avenidas da cidade:
Não podia faltar a igreja matriz da cidade.
Além disso, ela é banhada pela represa Jurumirim, a maior represa do Estado de São Paulo. Tem até uma praia de água doce: a ilha do Sol, situada a 7 km da sede do município, às margens da Represa Jurumirim. Veja mais sobre a cidade em seu site oficial (é só clicar aqui…).
A cidade nunca teve grande história no futebol, mas em 31/12/1999, no distrito de Holambra II foi fundado o Clube Atlético Montenegro, a “Águia do Vale“.
Pela primeira, vez o município de Paranapanema teve uma equipe profissional na cidade, mas… Não foi dessa vez que a cidade pode receber um jogo profissional, pois o Estádio Municipal Professor Pedro Sanches não apresentou as condições necessárias para sediar as partidas do time. Assim, a equipe alvinegra teve que buscar um outro local para mandar seus jogos na série B3 de 2001 (o equivalente ao sexto nível do futebol paulista) e o local escolhido foi o Estádio Dr. Paulo de Araújo Novaes, que pertence ao São Paulo FC de Avaré, e como estávamos perto da cidade fomos até lá, mas mais uma vez não consegui registrar a parte interna do Estádio… (já havíamos tentado registrá-lo em 2013 e em 2019).
Assim, o time jogou a série B3 em 2001, e terminou a primeira fase do campeonato em 3o lugar, no grupo B, garantindo sua classificação para a fase final e também o acesso à série B2, quando escrevi o post havia esta tabela na wikipedia:
Embora tenha sido eliminado nas quartas de final, o time acabou terminando em 4o lugar, e o Corinthians B seria o campeão. O leitor Júlio Cesar fez umas correções nos placares apresentados pela Wikipedia:
Com o acesso garantido, em 2002 o time fez sua estreia na Série B2 (o equivalente ao 5o nível do futebol paulista), mas por problemas administrativos acabou abandonando o torneio no fim do 1° turno, fazendo sua despedida contra o time da AD Guarujá, que venceu o esquadrão de Paranapanema por 2 x 1. Depois dessa derrota, o time nunca mais retornou ao futebol profissional e acabou sumindo até mesmo de qualquer disputa amadora. E não é que encontrei a imagem da camisa do time? O done delas é o amigo Frederico Carvalho Capacitor.
Mas… e quanto aos estádios de Paranapanema? Seguem por lá… E olha que não são poucos. Até estranhei ver uma placa que dizia “Estádios” (com “s” mesmo). Começamos registrando o Estádio Municipal Edivaldo Rodrigues de Arruda (sim, mais um estádio com o sobrenome da Mari…por isso a primeira foto é dela!):
Pra você que quer usar a foto sem ninguém, aí está:
Ele fica logo na entrada da cidade, mas pelo visto, já foi deixado de lado há algum tempo. Estava lá… aberto…
Se está aberto… Vamos conhecer o que um dia foi o Estádio Municipal Edivaldo Rodrigues de Arruda.
Já na bilheteria uma certa esquizofrenia… uma suástica mal desenhada ao lado de um A de Anarquia…
Lá dentro… Uma triste visão…
É… O campo virou pasto…
Restos de obras amontoados no que um dia foi a lateral do campo.
O sistema de iluminação também segue por ali, como uma recordação de tempos passados.
Ali, onde ficava um dos gols, com a cidade ao fundo.
O que sobrou dos vestiários:
A arquibancada ainda segue por lá.
Agora, com os cupinzeiros, além do gado, também se pode ver muitos pássaros pelo campo.
Mesmo não tendo recebido nenhum jogo oficial pelas competições da Federação Paulista, o Estádio fez a alegria da população local.
E ainda faz a alegria desses aí, que estão se deliciando com uma grama verdinha!
Aqui, um olhar de traz do que eram os vestiários.
Mas… Como eu disse, a cidade manteve o futebol vivo com outros estádios. Aqui na foto do próprio site da Prefeitura vc pode ver que não faltam campos!
E assim, chegamos ao atual Estádio Municipal de Paranapiacaba, o Estádio Municipal Professor Pedro Sanchez que deveria ter recebido os jogos do CA Montenegro.
Aqui, pra quem quer uma foto do estádio sem a minha incomoda presença:
Infelizmente esse estava fechado 🙁
Mas deu pra fazer umas fotos da parte interna e conferir as belas e verdejantes arquibancadas locais!
Uma pena o Estádio não estar apto na época pra receber os jogos do profissional, porque atualmente ele parece muito acertadinho.
E assim, nos despedimos de mais uma aventura “interior afora”. Valeu, Paranapanema!
Cruzeiro fica estrategicamente localizada entre as capitais de São Paulo e Rio de Janeiro, porém, não está às margens da Dutra, como outros municípios vizinhos.
A cidade está situada aos pés da Serra da Mantiqueira, próxima da divisa com o estado de Minas Gerais.
Cerca de 75 mil pessoas vivem atualmente em Cruzeiro. A história da origem da cidade está ligada à Estrada de Ferro D. Pedro II e por estar na rota do café e do ouro, entre Minas, Rio e São Paulo.
Demos o nosso tradicional rolê pela cidade e ainda almoçamos por lá, no Restaurante “Menina Gerais”.
Na hora de pagar a conta, encontramos o ex-árbitro Paulo César de Oliveira (logo de cara disse que eu torcia pro Ramalhão, relembrando que na primeira final do paulista de 2010 ele deu uma “forcinha” pro Santos).
Um dos pontos “sinistros” da cidade é o Frigorífico Cruzeiro, que teve importância histórica para a cidade e que atualmente é apenas uma estrutura abandonada.
Tentamos um olhar por dentro, mas a entrada está completamente lacrada…
Mas há no Youtube, um vídeo feito por meio de um Drone:
Em sua época áurea, o Frigorífico chegou a ter um time de futebol, o Frigorífico Atlético Clube.
O Frigorífico Atlético Clube foi fundado em abril de 1935, e após anos no futebol amador aventurou-se no profissionalismo disputando a série A3 do Campeonato Paulista em 1957 e 1958.
Esse prédio que se vê ao fundo, atualmente é essa ruína:
Aqui, duas imagens dos times do Frigorífico AC, na época do amadorismo:
Além do Frigorífico Atlético Clube, a cidade contou ainda com 3 times: O Cruzeiro FC, o Expulancex e o União Cruzeirense de Esportes.
O Cruzeiro Futebol Clube, também chamado de “Papagaio do Vale” foi fundado em setembro de 1914. O time passou por várias alterações em seu distintivo:
O Cruzeiro FC teve um primeiro período todo dedicado às competições amadoras, aqui, o time de 1939:
Aqui o time da década de 40:
E aqui, o quadro de 1950:
Aqui, o time de 1957:
Somente em 1977, o clube se filiou à Federação Paulista de Futebol e estreou no Campeonato Paulista da Quinta divisão (na época chamada de “Terceira divisão”). Em sua segunda participação (em 1978), o time sagrou-se campeão.
Assim, em 1979, o Cruzeiro disputou a Quarta Divisão (chamada na época de “segunda divisão”) e fez ótima campanha, terminando em 3º lugar, atrás do Fernandópolis e do Jaboticabal.
Em 1981, o “Papagaio do Vale” conquistou mais um título, considerado por muitos o bicampeonato da TerceiraDivisão, mas vale reforçar que só a partir de 1980 a terceira divisão passou a valer como o “terceiro nível”.
Desde então, jogou a série A2 até a edição de 1987.
O time chegou a ter até torcidas organizadas, como a Geração Alviverde:
No ano seguinte, a diretoria do Cruzeiro Futebol Clube decidiu mudar o foco do clube para as atividades sociais, e assim, permanece até hoje. Demos um pulo nasede social pra conhecer o local.
A estrutura que eles possuem é de dar inveja a muitos clubes grandes.
E ele fica na parte alta da cidade, com uma vista linda:
E ainda guardam alguns tesouros nas paredes, cartazes que anunciavam os jogos do time:
Destaque para um que anuncia o derbi:
E também alguns quadros do time:
Com a saída do Cruzeiro FC, o futebol da cidade passou a ser representado pelo União Cruzeirense de Esportes.
O União Cruzeirense foi fundado em fevereiro de 1989 e logo em 1990 passou a disputar o profissional, jogando o Campeonato Paulista da Quarta divisão. Jogou ainda três edições do Campeonato Paulista da série A3 (de 1991 a 1993) e três edições da já extinta quinta divisão (1994, 1995 e 1997).
O time de 91 chegou até a virar time de botão nas mãos de um fã:
Aqui, o time de 1993:
Por fim, a cidade de Cruzeiro ainda viu o Expulancex Futebol Clube representá-la nos campos profissionais.
O Expulancex foi fundado em 1961 por trabalhadores da Fábrica Expulancex, que ficava em Cruzeiro e que produzia acessórios para a industria têxtil.
Embora tenha nascido como um momento de lazer para os funcionários, o time acabou se aventurando no profissionalismo e jogou a quarta divisão do Campeonato Paulista em 1964.
A Só Futebol lançou uma camisa comemorativa ao time, quem quiser comprar, basta acessar o link clicando aqui:
Conhecendo os times, passamos a pesquisar onde eles mandaram seus jogos.
Descobrimos que o primeiro Estádio da cidade era simplesmente chamado de “Ground do Cruzeiro” e foi utilizado a partir de 1915, até o dia em que os donos da área em que ele ficava a pediram de volta.
Para dar sequência ao futebol na cidade, um novo terreno foi adquirido, com a ajuda do Professor Virgílio Antunes de Oliveira e em outubro de 1920 foi inaugurado o Estádio Rosalina Novaes dos Santos (localizado na Av. Major Novaes).
É duro imaginar que lá no passado, a cidade de Cruzeiro possuia um estádio tão lindo quanto esse.
Era no Estádio Rosalina Novaes dos Santos que aconteciam os jogos dos times da cidade, entre eles o Cruzeiro FC.
Uma arquibancada que mais parecia uma casa…
O Estádio Rosalina Novaes dos Santos manteve-se de pé até 1955 quando desentendimentos entre a diretoria do clube e do poder público, ela acabou sendo desapropriada.
No lugar, atualmente existe uma praça, conhecida como a “praça nova”, mas com o nome oficial de Dr. Antero Neves Arantes.
Com o fim do Estádio Rosalina Novaes, os times profissionais da cidade passaram a utilizar o Estádio Professor Virgílio Antunes de Oliveira e fomos até lá para conhecê-lo.
O Estádio fica localizado na R. Dr. José Rodrigues Alves Sobrinho.
Aqui, uma vista aérea mais antiga do Estádio Professor Virgílio Antunes de Oliveira:
Vamos dar uma olhada na parte interna!
Diferente do antigo estádio Rosalina, o Virgílio Antunes tem uma capacidade maior, para mais de 4 mil torcedores, distribuidos em seus vários lances de arquibancadas.
O entorno do campo ainda é composto por casas, perceba que ainda não existe nenhum prédio sujando o horizonte.
Ali atrás das arquibancadas fica localizada a Escola Superior de Educação Física de Cruzeiro.
Opa…. olha ali o primeiro prédio, só pra desmentir nossa afirmação anterior. O gramado está acima da média se considerarmos que atualmente o estádio serve apenas os jogos amadores.
O banco de reservas feito de alvenaria, pronto para receber os times.
A arquibancada coberta também mostra-se muito bem cuidada.
Uma vista do meio campo:
Aqui, uma visão do gol esquerdo:
E aqui o gol direito:
A tribuna de imprensa presta homenagem ao radialista Bechara Boueri, que sempre esteve a frente da Rádio Mantiqueira de Cruzeiro.
O estádio ocupa uma área tão grande que atualmente até de estacionamento ele serve.
A arquibancada de cimento também mostra-se resistente ao tempo.
Enfim, embora o Estádio Professor Virgílio Antunes de Oliveira siga ali, a ausência de times profissionais dá um certo ar bucólico ao local. Consegui conversar com um senhor que estava sentado na arquibancada olhando para o campo e embora ele não tenha permitido um registro oficial ele se mostrou bastante descontente com o rumo que o futebol teve em sua cidade…
Hora de ir embora, identificando-se com o porteiro…
E sonhando com dias melhores para o futebol de Cruzeiro.
Igarapava significa “Porto de canoas”, e era um dos locais onde os bandeirantes faziam suas paradas rumo às minas dos índios goiazes.
Atualmente, cerca de 32 mil pessoas vivem nestas terras, onde outrora viveram os bandeirantes Bartolomeu Bueno da Silva (o Anhanguera), João Leite da Silva Ortiz e o capitão Anselmo Ferreira de Barcelos, entre outras figuras da sangrenta história paulista.
Outrora chamada de Comarca de Santa Rita do Paraíso, em 1906, foi elevada à categoria de município e em 1907 teve seu nome mudado para Igarapava.
A cidade tem o orgulho de possuir a Usina Hidrelétrica de Igarapava, no Rio Grande, na divisa entre SP e MG.
Olha ali onde ficam a cidade e a própria usina:
Fomos até Igarapava conhecer o Estádio Garibaldi Pereira, casa do Igarapava EC!
A fachada do estádio não possui mais nenhuma identificação 🙁
Uma pena… A casa do alvi rubro Igarapava Esporte Clube merecia maior reconhecimento já que recebeu vários times do estado de São Paulo, desde a fundação do time em 21 de agosto de 1919.
Assim como muitos times do interior, o IgarapavaEC encontra-se afastado das competições oficiais.
Como todo time do futebol paulista, o Igarapava EC começou no amador, principalmente no Campeonato do Interior. Aqui, matéria de 1948:
Mas sua história é muito rica; participou em 11 edições das divisões de acesso do Campeonato Paulista, pela 3ª divisão (de 1961 a 1964, 1976, 1980 e 1986), pela 4ª divisão (de 1977 a 1979) e pela 5ª divisão em 1994.
Aqui, o Diário da Noite de 1962, declarava que o Igarapava EC faria parte da Segunda Divisão, o terceiro nível do futebol àquela época:
Este era o time de 1962:
Olha aí o esquadrão já nos anos 90:
E cá estamos nós, rodeando o estádio em busca de um lugar para fotografá-lo, mas os muros parecem inimigos…
A menos que… Sim, a famosa escada do seo Osvaldo nos salvou mais uma vez e garantiu o nosso registro!
O Estádio Garibaldi Pereira perdeu mais do que a presença dos torcedores em disputas profissionais… Sua arquibancada coberta já não está assim tãããão coberta…
A arquibancada ao fundo do gol de entrada lembra um pouco o eco estádio em Curitiba.
Mas o campo está bem cuidado, mesmo enfrentando um longo período sem chuvas.
A arquibancada lateral é o bom e velho cimentão, dando ao estádio a capacidade para 4 mil torcedores.
Aqui, o outro gol, ao fundo, onde não há arquibancada.
Enfim, mais uma missão cumprida!
Hora de voltar para a estrada, mas antes, um rápido passeio por dentro da cidade…
Nosso rolê desta vez, começa pela cidade de Pirassununga, uma cidade cheia de estórias e história. Mais de 70 mil pessoas vivem na cidade que serve de sede para a Academia da Força Aérea, o Forte Anhanguera, que abriga o 13º Regimento de Cavalaria Mecanizado do Exército Brasileiro.
E vale lembrar que era 7 de setembro, uma data muito festejada na cidade, principalmente devido a essa presença militar na cidade.
Mas muito antes de tanta presença militar, ali viveram índios tupi que deram o nome ao local de “peixes barulhentos” (Pirá – sunung) graças ao barulho feito pelos peixes durante a piracema (quando eles sobem o rio Mojiguaçú para a desova). Aliás, as águas da cidade são um convite à visitação, com destaque para a cachoeira das Emas.
A cidade recebeu ainda a presença de bandeirantes desde o século XVI. E como um microcosmo do nosso país chegou a ter escravos vivendo em senzalas que ficavam nas fazendas da cidade. Recebeu a ferrovia em 1880 por um ramal de linhas férreas que ligaria “Mojimirim” a Descalvado.
Bom, dá pra falar muito sobre a cidade, mas nosso objetivo era completar um trabalho que havíamos iniciado quase 8 anos antes quando visitamos o Estádio Bellarmino Del Nero para acompanhar a volta do Clube Atlético Pirassununguense ao futebol profissional. (veja aqui como foi).
Também já falamos sobre a camisa e a história do CA Pirassununguense. A camisa foi presente do amigo José Antonio Martineli, um cara sensacional e super envolvido com o futebol local!
Como estávamos na cidade, claro que demos uma passada no Bellarmino pra ver como anda o estádio! Afinal 7 de setembro também é aniversário do CAP!
Como é bacana ver as fotos que eles tem expostas ali na entrada do estádio. Elas registram vários períodos do time e do futebol na cidade.
Mas a melhor notícia foi a que ouvimos do pessoal que estava trabalhando no estádio que o “Gigante do Vale” parece estar pronto para voltar ao futebol profissional, se não em 2019, em 2020.
O campo está prontinho para esse retorno!
Suas arquibancadas tem capacidade para quase 6 mil torcedores.
Ficamos muito animados com a notícia e espero podermos voltar ao BDN (Bellarmino del Nero) para acompanhar mais um jogo. Mas… Pirassununga não se limitou ao CAP dentro do futebol profissional e por isso estávamos de volta à cidade. Para registrar um pouco da história do segundo time da cidade: o Independente Futebol Clube.
O Independente Futebol Clube tem uma característica curiosa pra mim… Ele “faz aniversário” no mesmo dia que eu. Foi fundado no dia 1º de Novembro de 1938 (ele é um pouco mais velho hehehe) por ex atletas que teriam sido punidos por um quebra pau e revoltados com a punição formaram o time.
A sua Sede fica localizada na Avenida Joaquim Cristóvão, 245, na Vila Santa Terezinha e fomos até lá pra conhecer um pouco mais sobre o time e sobre seu campo, o Estádio Armando Boito.
Infelizmente pintaram a frente do estádio (eu adoro quando tem o nome dele em letras garrafais na entrada), veja como era:
Ah, e lembram do Zé Antonio? Aquele que me deu a camisa do Pirassununguense? Olha ele aí! E veja o que ele arrumou pro blog:
Pois é… Em breve teremos mais um post pra mostrar a camisa do Independente FC!
Por hora, espero que você se divirta com um olhar dentro do Estádio Armando Boito!
Até porque não foi fácil fazer as imagens, já que por se tratar de um feriado o campo estava fechado. Mas… damos um jeito!
O estádio está muito bem cuidado, ainda que atualmente o Independente só dispute as competições amadoras.
Foi aí que o Independente mandou seus jogos na 4a divisão do Campeonato Paulista de 1977.
Mas como estávamos pela cidade, decidimos registrar outros dois estádios bem cuidados que servem de equipamento para o futebol amador. Um deles é o Estádio Municipal “José Maldonado” também conhecido como CEFE “Presidente Médici”.
O outro, é o campo do tradicionalíssimo Esporte Clube União.
Sem dúvidas, Pirassununga é uma das cidades que mais levam o futebol amador a sério!
E ficamos ainda na torcida de que nos próximos anos o futebol profissional volte à cidade!