Mais um número redondo, 15 anos depois da camisa #1, do EC Santo André! A camisa#200 também precisava ser especial e por isso escolhi a do Serrano Athlético Clube. Pros chatos de plantão, óbvio que não é uma camisa oficial, mas comemorativa, lançada pelo amigo Flávio Mendes de Oliveira em um projeto bem bacana.
Vale lembrar que estivemos por várias vezes no estádio do Serrano Athlético Clube, o “Estádio da Vila Inglesa“, lá em Paranapiacaba.
O Serrano Athlético Clube foi fundado em 3 de dezembro de 1903 por um grupo de ingleses trabalhadores da estrada de Ferro, a São Paulo Railway. Pode ser que Charles Miller tenha jogado em seu campo…
Logo o time começa a disputar amistosos e competições regionais.
Em 1930, segundo as pesquisas do amigo Julio Bovi Diogo, o time disputou o Campeonato Citadino de Santos:
Em 1936, o Serrano Athletico Clubse fundiu com o clube Recreativa Lyra da Serra (também de 1903). Surge então o União Lyra da Serra que teria longa vida social junto ao distrito e também no âmbito do futebol.
Domingo, 26 de março de 2023. Dia de final da Taça Independência, o torneio dedicado aos times que não chegaram à fase final do Campeonato Paulista. E com o ingresso em mãos (obrigado ao pessoal da Fúria do Leão), vamos nessa!
Em campo, duas equipes que tem crescido muito no cenário nacional, ambas com acessos conquistados no Campeonato brasileiro!
Aí estão os times perfilados:
A foto do time do Mirassol:
E vamos ao jogo! Sente o clima da torcida do Mirassol:
A torcida local também compareceu, ainda que a campanha do time justificasse um número maior de torcedores…
Aos poucos o lado visitante foi ganhando torcedores vindos da cidade de Mirassol e também moradores da região, mas oriundos da cidade do interior.
Como é que a gente deixou eles tirarem da gente as bandeiras de mastro por tanto tempo?
E a galera pareceu não ter sentido as horas de viagem até o ABC paulista… Cantaram sem parar os 90 minutos!
A torcida da casa também embalou o seu time!
Momento de confusão envolvendo o gandula! Ele não devolveu a bola no tempo correto evitando o contra ataque do Mirassol.
No gol do time visitantes está ninguém menos que o goleiro Muralha!
O jogo está tão quente que exigiu parada pra recompor… Mas na bancada, a festa continua!
E dá-lhe bateria!
E dá lhe bandeiras, com seus merecidos mastros!
Uma festa bem bacana, de uma torcida que merece muito respeito!
O jogo vai chegando ao fim do primeiro tempo em um 0x0 marcado mais pela correria e pelas disputas físicas do que por jogadas claras de gol.
Vem o segundo tempo e Muralha garante o 0x0!
E a torcida também fez sua parte!
A imprensa deu bastante atenção ao jogo, que além da transmissão pela SPORTV contou com a presença do Fernando do Jogos Perdidos!
Mais uma vez, fica o meu agradecimento por fazer parte desse rolê! (vale lembrar que no ano passado a gente esteve ao lado da torcida do Mirassol no jogo contra o Grêmio pela Copa do Brasil – confere aqui como foi!)
E com o 0x0, a decisão foi para os penaltys…
Com 2 cobranças perdidas pelo time visitantes, o São Bernardo tinha na sua 5a cobrança a chance de fechar a partida e garantir o título…. E foi o que aconteceu:
A torcida visitante soube valorizar a atuação do time mesmo não levando o título…
Parabéns ao time e torcida do São Bernardo FC pelo título e parabéns ao pessoal de Mirassol pela torcida!
Sábado, 18 de março de 2023. 11 horas de uma manhã de céu azul e sol brilhando forte. Sendo assim, vamos à praia! Mais especificamente a Santos! Mas ao invés de curtir o mar, fomos acompanhar a primeira partida das quartas de final da série A2 do Campeonato Paulista de 2023, entre a Portuguesa Santista e o XV de Piracicaba!
Contamos com a já tradicional companhia do amigo Gó!
Pegamos um pouco de trânsito na Anchieta e chegamos com o jogo começando, mas sente a energia logo no primeiro lance que pudemos ver ao entrar:
Ficamos um pouco ali, atrás do gol defendido no primeiro tempo pelo goleiro do XV de Piracicaba…
E dava pra ver que todos os setores do estádio estavam com boa lotação!
A torcida “Força Rubro Verde” estava na arquibancada atrás do outro gol.
Se liga na festa que os caras fizeram:
As arquibancadas cobertas pareciam repletas! E também havia um bom número de torcedores na lateral, acompanhando o jogo de pé, com o time!
A torcida do XV de Piracicaba também se fez presente, lotando o espaço destinado aos visitantes!
E a festa visitante aumentou quando aos 25, Lucas Xavier abriu o placar para o XV de Piracicaba!
E se a festa acontecia em Piracicaba, a turma local não ficou nada contente com o gol sofrido…
Mas a preocupação durou pouco, 3 minutos depois, Danilo Pereira deixou tudo igual e viu tremoços serem lançados aos céus!
Na sequência do jogo, a torcida da Briosa pediu penalti em um lance esquisito dentro da área, mas o árbitro Luiz Flávio de Oliveira nada marcou, causando a irritação do estádio…
Mas, quando parecia que o time local ia conseguir a virada, aos 32, Samuel Andrade, num bonito chute, fez 2×1 para o XV de Piracicaba, e incendiou a torcida visitante mais uma vez!
A bronca voltou a acompanhar a torcida local, afinal… Em 2 lances de ataque, o XV marcara seus dois gols… Era mesmo uma manhã inspirada dos visitantes…
Com pouco mais de 30 minutos, o jogo estava a 200 por hora, com as duas torcidas cantando sem parar!
E o jogo daquele jeito! Corrido e disputado a cada palmo!
Mas o Nhô Quim queria ir pro segundo tempo com o placar resolvido e após cruzamento chegou ao terceiro gol, com um forte cabeceio de Ian Carlos. Só que dessa vez, Luiz Flávio de Oliveira fez a alegria local ao anular o gol por impedimento.
Fomos dar um rolê pelo estádio e deu pra ver o quanto a torcida da Portuguesa Santista gosta do seu time!
Pudemos ver também as diversas iniciativas da diretoria para incentivar esse amor, a começar pela Cachopinha, a mascote da Briosa que acompanha o jogo da arquibancada com a torcida.
Durante o intervalo, os bares tornaram-se ponto de encontro de amigos e de diferentes gerações de torcedores da Briosa!
A pipoca da Eunice e os tremoços também fizeram a alegria do pessoal que já sentia a proximidade do almoço mexer com o estômago!
Fiquei triste ao constatar a falta de um personagem tradicional das bancadas da briosa, o Zé do Amendoim. Fui pesquisar e encontrei o vídeo abaixo que informou que ele faleceu em 2022… Que triste… Nossos sentimentos a essa figura tão conectada ao time da Portuguesa Santista.
E a loja do time (www.briosamania.com.br) também faturou com camisas, bonés e demais adereços…
Até um simpático cachorro apareceu nesse meio tempo…
Mas voltemos ao jogo! Começa o segundo tempo e o XV parece determinado a terminar com o jogo! Anderson Cavalo faz o terceiro gol. Mas por que a torcida do XV está reclamando? É que mais uma vez ele foi anulado…
E as torcidas fazem seu papel… Apoiam o tempo todo!
Deu pra registrar o bandeirão da Força Rubro Verde:
Quando nada mais parecia me surpreender percebo que à nossa frente está nada mais nada menos que Guilherme Garré, ex jogador do Ramalhão, muito querido entre nossa torcida.
Como ele foi apresentado essa semana, pensávamos que ele nem ia entrar, mas o técnico Sérgio Guedes colocou o eterno talismã do Ramalhão pra jogar e até que ele foi muito bem comandando o meio campo.
Foi dos pés de Garré a melhor chance do time no segundo tempo, com um lançamento para a área que chegou aos pés do lateral Lucas que mandou rasteira para a área. O goleiro do XV não conseguiu afastar a bola que encontrou os pés do atacante, acho que foi o Caio Mancha, que acabou perdendo o gol… Assim, o tempo passou rápido para a torcida local, mesmo com os mais de 3.500 torcedores da briosa fazendo das tripas coração para incentivar, apoiar e acreditar… Infelizmente o gol de empate não apareceu…
Já nos minutos finais, Matheus Melo do XV entrou por traz e levou cartão vermelho… Ainda havia esperança nas arquibancadas rubro verdes da briosa!
O jogo entra nos acréscimos, e mesmo os vários escanteios para a Portuguesa Santista não ajudam a mudar o placar para a decepção do torcedor…
Sempre gosto de reforçar a importância do futebol na memória coletiva das cidades, das pessoas e, claro, na minha também! Fico muito contente de ter presenciado e participado desse momento, por mais que não tenha sido o que a torcida local esperava…
O juiz apita o fim da partida para a imediata festa dos jogadores e torcedores visitantes…
Enfim, mais um dia pra ficar na memória… Um jogão, uma bela festa das torcidas, um estádio lindo com toda a emoção que se pode esperar de uma partida mata-mata!
Vinhedo é mais um exemplo de cidade que nós já passamos várias vezes mas que nunca teve seu futebol registrado pro As Mil Camisas. A cidade ainda abriga a Associação Rocinhense de Futebol.
A região onde hoje se situa Vinhedo era ocupada, há milhares de anos, por tribos indígenas dos grupos Tupy, Jê, Macro-Jê e Kaingang (informações do site da prefeitura) até a chegada dos bandeirantes e tropeiros, no século XVI. Para maiores informações da cidade, vale a pena ler o livro Vinhedo – das aldeias indígenas aos condomínios fechados (compre aqui):
O primeiro núcleo populacional, reflexo das paragens dos boiadeiros pelo antigo caminho indígena, era conhecido como “Rocinha” (daí o nome do time da região: Associação Rocinhense de Futebol).
No século XIX, surgem os engenhos de açúcar, usando mão de obra escrava (indígena e africana), que, no futuro, daria origem ao Quilombo de Rocinha. Mas com o passar do tempo, os cafezais deram lugar para as videiras, as indústrias começaram a dar as caras e cidade seguiu crescendo, até que em 1948, um plebiscito oficializou a emancipação de Rocinha. Em 1949, o território tornou-se município, recebendo o nome de Vinhedo.
Como dito anteriormente, o time que representou a cidade no futebol profissional foi a Associação Rocinhense de Futebol.
A Associação Rocinhense de Futebol foi fundada em 20 de janeiro de 1909 e embora não dispute mais o profissionalismo, mantém uma linda sede social na cidade.
Esse é o muro de entrada:
O mascote do time é o galo da Rocinha!
Olha que bacana a camisa que um de seus colaboradores estava usando:
Aqui, uma incrível imagem da categoria de base do time.
Aqui, uma imagem de um dos times do início do século XX:
Aqui, o time de 1955:
Time de 1959:
Aqui, o time de 1975:
Vamos dar uma volta para conhecer o seu campo, dentro do clube:
Em 1966, o time disputou a 4a divisão fazendo uma campanha incrível, liderando a primeira fase:
Lidera também a segunda fase:
E só na fase final acaba deixando a desejar e termina na quarta colocação, do campeonato que teve o Ferroviário de Araçatuba como campeão…
Em 1967, o time ia disputar novamente a 4a divisão mas decide abandonar o campeonato antes de seu início.
Esse era o time de 1967, super campeão da cidade:
Estando ali, fica claro que o Rocinhense tornou-se é muito mais do que um time de futebol. Ele se tornou parte da cidade, reunindo as pessoas em torno do esporte, reverenciando as memórias de uma época que provavelmente não voltará mais…
Vamos registrar o campo, começando pela visão da meia cancha:
Aqui, o lado esquerdo:
E o lado direito:
Atual banco de reservas:
Sistema de iluminação:
O entorno do campo é todo protegido por grades:
E ali na lateral, o distintivo do clube:
Aí está o gol:
A quadra do clube ainda reforça a lembrança do mascote e do distintivo comemorativo aos 100 anos.
Antes, o campo era na perpendicular, então o gol ficava lá no fundo:
Atualmente o clube tem uma área bacana com piscinas e mesas:
E aqui um pouco da sua memória e de seus troféus:
Entre várias taças, algumas com quase 100 anos, como essa “Taça Amizade”, de 1928:
Olha as bolas de bocha de antigamente:
Depois do estádio, como nem tudo é futebol na vida, fomos conhecer a Cantina Zinhani e suas deliciosas massas! Vale a pena!
Sábado, 11 de março de 2023, uma tarde de chuva ininterrupta marcou a despedida do Ramalhão do Campeonato Paulista 2023. Até a Bia, minha sobrinha compareceu!
Mas além da Bia e do meu pai, apenas um pequeno número de torcedores (cerca de 950) toparam passar 90 minutos embaixo de tanta água e assistir a despedida do Ramalhão. Mas vamos lá! Somos poucos, mas loucos!
Aí, a Fúria Andreense, que faça chuva ou faça sol, acompanha o time cantando 90 minutos!
E a Esquadrão também estava lá!
O lado roqueiro da nossa torcida estava representado pelo amigo André, que curtiu a chuva!!
No intervalo deu pra ver que tinha uma galera assistindo o jogo ali da parte coberta.
Quem sabe a Prefeitura compra a ideia de descer uma parte desta cobertura pra melhorar a qualidade de quem quer ver futebol independente do humor da natureza?
E aí o amigo e atual baterista da banda Visitantes: “Gó” !
E falando em rock, um abraço ao pessoal da Inter Metal que levou uma faixa em homenagem à banda DRI ! Já trombamos com eles em um jogo da Copinha e os caras são gente boa! E parabéns ao pessoal de Limeira que colou como visitante!
Sente o clima (frio e chuvoso) do jogo:
Mas se hoje não tem rock, foi a batida da Fúria que espantou o frio e fez a gente aguentar tanta chuva até o fim do jogo em um triste 0x0, graças a um gol impedido pelo bandeira 🙁
A decisão por penaltys teve duas cobranças desperdiçadas pelo Ramalhão, culminando na classificação do time de Limeira, por 4×2. Parabéns ao pessoal do interior.
Sábado, 4 de março, 18h30, esqueça o aquecimento da sua balada da noite, e vamos até a Arena de Itaquera, a casa do Corinthians para acompanhar a última partida do Ramalhão pela primeira fase do Paulistão 2023!
Não há como negar o clima da Arena do Corinthians, pela arquitetura em si e principalmente pela presença da torcida, em especial as organizadas!
O placar não só mostra o resultado como exibe a partida e demais informações.
Mas nossa torcida também é especial e estava pronta para mais uma noite de emoções!
O Santo André, ainda que inferior tecnicamente, prometia entrar em campo com muita determinação e vontade de vencer e por isso, mais uma vez, lá estávamos nós!
O jogo começa e o Ramalhão mostrou que não estava para brincadeira e embora pressionado, impediu o Corinthians de produzir jogadas mais perigosas.
Com muita raça em campo e uma torcida empolgada que não parava um só minuto na arquibancada, o Santo André soube segurar as oportunidades de gol do Corinthians, que não conseguia acertar seus passes.
Mas, mesmo assim, o Corinthians conseguiu em uma falha da zaga do Santo André abrir o placar, mas o VAR anulou o gol para a felicidade dos visitantes! E na sequência, como num sonho, o Ramalhão aproveitou um contra ataque e Zé Hugo fez um a zero!
O jogo já surpreendia a todos e ainda que em pequeno número a torcida do Santo André ocupava seu espaço com a dignidade que nos é peculiar!
O que dizer de uma experiência como essa? Eu só tenho a agradecer!
O Santo André seguiu criando outras oportunidades para a alegria de sua torcida, mas não resistiu à força do time local e acabou levando o empate ainda no primeiro tempo…
E no segundo tempo, veio a virada até chegar no placar final, sendo derrotado por 3×1…
Mas a torcida Ramalhina segue em seu amor incondicional ao time!
Acho que o vídeo abaixo resume nossa ideia de torcer pelo Ramalhão: quase 40 do segundo tempo, o time perdendo de 3×1, a torcida corinthiana tranquila e a gente loucooooooo!!!
Ainda nos últimos dias de 2022, mesmo com várias praias lindas ao nosso alcance, arrumamos um tempinho para conhecer mais um estádio de Fortaleza: o Presidente Vargas, o tradicional “PV“.
O Estádio ocupa quase todo o bairro em uma região importante.
Achei curiosa a “decoração” da praça a frente, bem fantasmagórica…
Antes conhecido como “Estádio Municipal” (levou esse nome até 1950), foi construído em 1941 e teve como inauguração a partida Ferroviário 1 x 0 Tramways-PE.
Mais uma bilheteria para a nossa coleção mental de experiências.
Na parte de traz do estádio está a Federação Cearense de futebol.
O PV original era murado, com arquibancadas e cerca feitas de madeira e passou por uma série de transformações até chegar ao modelo atual.
Os maiores públicos no estádio foram 38.515 pagantes, no jogo Ferroviário 1 x 1 Ceará, em 1989, e um registro “não oficial” de 42.000 pagantes no jogo Ceará 0 x 1 Corinthians, pelo Brasileiro de 1971.
Após a última reforma, o maior público registrado foi de 20.062 pessoas, no jogo Fortaleza 1 x 3 Oeste, na série B de 2012.
O PV foi o principal estádio do futebol cearense até a reabertura do Castelão, em 2013 e segue importantíssimo nos jogos dos times da cidade de Fortaleza.