Portuguesa Santista 1×2 XV de Piracicaba

Sábado, 18 de março de 2023. 11 horas de uma manhã de céu azul e sol brilhando forte.
Sendo assim, vamos à praia! Mais especificamente a Santos!
Mas ao invés de curtir o mar, fomos acompanhar a primeira partida das quartas de final da série A2 do Campeonato Paulista de 2023, entre a Portuguesa Santista e o XV de Piracicaba!

Contamos com a já tradicional companhia do amigo !

Pegamos um pouco de trânsito na Anchieta e chegamos com o jogo começando, mas sente a energia logo no primeiro lance que pudemos ver ao entrar:

Ficamos um pouco ali, atrás do gol defendido no primeiro tempo pelo goleiro do XV de Piracicaba

E dava pra ver que todos os setores do estádio estavam com boa lotação!

A torcida “Força Rubro Verde” estava na arquibancada atrás do outro gol.

Se liga na festa que os caras fizeram:

As arquibancadas cobertas pareciam repletas! E também havia um bom número de torcedores na lateral, acompanhando o jogo de pé, com o time!

A torcida do XV de Piracicaba também se fez presente, lotando o espaço destinado aos visitantes!

E a festa visitante aumentou quando aos 25, Lucas Xavier abriu o placar para o XV de Piracicaba!

E se a festa acontecia em Piracicaba, a turma local não ficou nada contente com o gol sofrido…

Mas a preocupação durou pouco, 3 minutos depois, Danilo Pereira deixou tudo igual e viu tremoços serem lançados aos céus!

Na sequência do jogo, a torcida da Briosa pediu penalti em um lance esquisito dentro da área, mas o árbitro Luiz Flávio de Oliveira nada marcou, causando a irritação do estádio…

Mas, quando parecia que o time local ia conseguir a virada, aos 32, Samuel Andrade, num bonito chute, fez 2×1 para o XV de Piracicaba, e incendiou a torcida visitante mais uma vez!

A bronca voltou a acompanhar a torcida local, afinal… Em 2 lances de ataque, o XV marcara seus dois gols… Era mesmo uma manhã inspirada dos visitantes…

Com pouco mais de 30 minutos, o jogo estava a 200 por hora, com as duas torcidas cantando sem parar!

E o jogo daquele jeito! Corrido e disputado a cada palmo!

Mas o Nhô Quim queria ir pro segundo tempo com o placar resolvido e após cruzamento chegou ao terceiro gol, com um forte cabeceio de Ian Carlos. Só que dessa vez, Luiz Flávio de Oliveira fez a alegria local ao anular o gol por impedimento.

Fomos dar um rolê pelo estádio e deu pra ver o quanto a torcida da Portuguesa Santista gosta do seu time!

Pudemos ver também as diversas iniciativas da diretoria para incentivar esse amor, a começar pela Cachopinha, a mascote da Briosa que acompanha o jogo da arquibancada com a torcida.

Durante o intervalo, os bares tornaram-se ponto de encontro de amigos e de diferentes gerações de torcedores da Briosa!

A pipoca da Eunice e os tremoços também fizeram a alegria do pessoal que já sentia a proximidade do almoço mexer com o estômago!

Fiquei triste ao constatar a falta de um personagem tradicional das bancadas da briosa, o Zé do Amendoim. Fui pesquisar e encontrei o vídeo abaixo que informou que ele faleceu em 2022… Que triste… Nossos sentimentos a essa figura tão conectada ao time da Portuguesa Santista.

E a loja do time (www.briosamania.com.br) também faturou com camisas, bonés e demais adereços…

Até um simpático cachorro apareceu nesse meio tempo…

Mas voltemos ao jogo!
Começa o segundo tempo e o XV parece determinado a terminar com o jogo! Anderson Cavalo faz o terceiro gol. Mas por que a torcida do XV está reclamando?
É que mais uma vez ele foi anulado…

E as torcidas fazem seu papel… Apoiam o tempo todo!

Deu pra registrar o bandeirão da Força Rubro Verde:

Quando nada mais parecia me surpreender percebo que à nossa frente está nada mais nada menos que Guilherme Garré, ex jogador do Ramalhão, muito querido entre nossa torcida.

Como ele foi apresentado essa semana, pensávamos que ele nem ia entrar, mas o técnico Sérgio Guedes colocou o eterno talismã do Ramalhão pra jogar e até que ele foi muito bem comandando o meio campo.

Foi dos pés de Garré a melhor chance do time no segundo tempo, com um lançamento para a área que chegou aos pés do lateral Lucas que mandou rasteira para a área. O goleiro do XV não conseguiu afastar a bola que encontrou os pés do atacante, acho que foi o Caio Mancha, que acabou perdendo o gol…
Assim, o tempo passou rápido para a torcida local, mesmo com os mais de 3.500 torcedores da briosa fazendo das tripas coração para incentivar, apoiar e acreditar… Infelizmente o gol de empate não apareceu…

Já nos minutos finais, Matheus Melo do XV entrou por traz e levou cartão vermelho… Ainda havia esperança nas arquibancadas rubro verdes da briosa!

O jogo entra nos acréscimos, e mesmo os vários escanteios para a Portuguesa Santista não ajudam a mudar o placar para a decepção do torcedor…

Sempre gosto de reforçar a importância do futebol na memória coletiva das cidades, das pessoas e, claro, na minha também! Fico muito contente de ter presenciado e participado desse momento, por mais que não tenha sido o que a torcida local esperava…

O juiz apita o fim da partida para a imediata festa dos jogadores e torcedores visitantes…

Enfim, mais um dia pra ficar na memória… Um jogão, uma bela festa das torcidas, um estádio lindo com toda a emoção que se pode esperar de uma partida mata-mata!

Estádio Ulrico Mursa
Portuguesa Santista 1x2 XV de Piracicaba
Série A2 do Campeonato Paulista 2023
Torcida

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O futebol profissional em Salto – Parte 2

ESSE POST SE COMPLETA COM O POST 1 SOBRE SALTO, CONFIRA AQUI!

26 de setembro de 2020.

Quase 6 anos depois de termos visitado Salto pela primeira vez, quando conhecemos a cidade e registramos o Estádios da Associação Saltense, além do que restou do clube social do Guarani Saltense, do Estádio Municipal Amadeu Mosca e do campo do XV de Novembro, voltamos à cidade para completar nossa missão.

Salto

A cidade foi fundada por Antônio Vieira Tavares, sobrinho do bandeirante caçador de índios Antônio Raposo Tavares. Em 1698, ele ergueu uma capela em louvor a Nossa Senhora do Monte Serrat, dando origem ao que viria se tornar a cidade de Salto.Em 1936, a capela foi reformada dando origem à Igreja Matriz.

Salto

Atualmente existe um Monumento à Nossa Senhora do Monte Serrat, que permite uma linda vista da cidade.

Salto

Acreditando na promessa de despoluição do rio Tietê, a cidade tem investido no turismo ecológico, com parques e até mesmo uma linda ponte pênsil.

Ponte Pensil - Salto

Essa construção histórica não só foi preservada como atualmente é ocupado pelo Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP).

Salto

Nosso objetivo estava próximo, seguindo um pouco a frente contornando a igreja, chegamos num declive: a rua 24 de outubro, que vai até o rio Tietê!

Salto - Rio Tiete

Pra entender o lugar que fomos conhecer, vale olhar essa imagem do Google Maps e ver que se trata realmente de uma ilha em meio ao rio Tietê.

Estádio Luiz Milanez - Ilha Grande - Associação Atlética Avenida

O rio ainda não está limpo, mas já é bem diferente do que os paulistanos estão acostumados.

Estádio Luiz Milanez - Ilha Grande - Associação Atlética Avenida

Do outro lado (de onde ele vem), pode se ver ao fundo o prédio histórico que comentamos do CEUNSP.

Estádio Luiz Milanez - Ilha Grande - Associação Atlética Avenida

E ao passar a ponte, chegamos à Ilha Grande, para enfim conhecer o Estádio Luiz Milanez.

O portão de entrada dá acesso ao estádio já na ilha.

Estádio Luiz Milanez - Ilha Grande - Associação Atlética Avenida

Aqui, a visão logo após o portão:

Ali, os pássaros já começam a habitar o leito do rio, talvez também acreditando em sua futura despoluição.

Estádio Luiz Milanez - Ilha Grande - Associação Atlética Avenida

O Estádio Luiz Milanez é a casa da Associação Atlética Avenida.

A A.A. Avenida foi fundada em 1º de janeiro de 1945, com o nome em homenagem a uma antiga avenida que cruzava toda a cidade, e segundo a placa no campo, esta é a data considerada como a fundação do próprio Estádio Luiz Milanez.

Estádio Luiz Milanez - Ilha Grande - Associação Atlética Avenida

Olha que bacana o jogo de botão que um fã montou pra AA Avenida:

AA Avenida - futebol de botão

Antes do campo, você encontrará a sede social do Avenida.

Estádio Luiz Milanez - Ilha Grande - Associação Atlética Avenida
Estádio Luiz Milanez - Ilha Grande - Associação Atlética Avenida
Estádio Luiz Milanez - Ilha Grande - Associação Atlética Avenida

Mas, vamos enfim conhecer o campo e suas arquibancadas.

O Estádio já teve arquibancadas de alvenaria, mas segundo o pessoal do Avenida, elas foram levadas em uma inundação causada pela cheia do Tietê, em 1983. Aliás, olhando o rio tranquilo como ele estava hoje (em época de extrema seca), é difícil acreditar no potencial destrutivo que ele possui, mas … vale ver as imagens abaixo…

Rio Tiete - Salto

Essa é de 1983, e existem muitas outras no blog: Históra Salto.

Rio Tietê - Salto - enchente 1983

E esse ano, já teve uma inundação que virou notícia:

Mas vamos deixar todo esse aguaçeiro pra lá e dar uma olhada no campo:

Estádio Luiz Milanez - Ilha Grande - Associação Atlética Avenida

Aqui, o gol da esquerda, visto da arquibancada:

Estádio Luiz Milanez - Ilha Grande - Associação Atlética Avenida

Aqui, o gol da direita:

Estádio Luiz Milanez - Ilha Grande - Associação Atlética Avenida

Aqui, a arquibancada em madeira, como tanto se via pelo interior de São Paulo:

Estádio Luiz Milanez - Ilha Grande - Associação Atlética Avenida
Estádio Luiz Milanez - Ilha Grande - Associação Atlética Avenida
Estádio Luiz Milanez - Ilha Grande - Associação Atlética Avenida

Aqui, olhando do fundo para a entreada do estádio e da sede social:

Estádio Luiz Milanez - Ilha Grande - Associação Atlética Avenida

E aqui, a vista pelo outro lado:

Estádio Luiz Milanez - Ilha Grande - Associação Atlética Avenida

Ao fundo do gol da esquerda, mais um pequeno lance de arquibancada, cuidada com todo esmero por aqueles que ainda amam o futebol local e a AA Avenida!

Estádio Luiz Milanez - Ilha Grande - Associação Atlética Avenida

Em 15 de maio de 1955, o time fez história ao se tornar o primeiro da cidade a disputar uma partida no Pacaembu contra o time de Cosmópolis (aliás, que time será esse? A Funilense??), e a equipe abaixo meteu logo uma goleada por 7×2:

AA Avenida no Pacaembú

Um registro histórico de um estádio que foi a casa da AA Avenida no Campeonato Paulista da série A3 em 1956, e a Série A2 de 1957 a 59.

Achei até o registro da Gazeta Esportiva de um amistoso contra o Corinthians de Santo André, disputado em 29 de abril de 1956:

AA Avenisa 5x1 Corinthians Santo André

Em 1956,jogou com a Portofelicense, o Guarani Saltense e a Ferroviária de Itú, ganhando 2 jogos, perdendo outros 2 e empatando 2, classificando para a fase seguinte, onde enfrentou a AA Saltense, o Elvira (Jacareí), o Aparecida, a Portofelicense e o Palmeiras de São João da Boa Vista, onde ganhou 3, empatou 6 e perdeu uma partida.

Em 1957, essa foi a tabela e a classificação da série A2:

Série A2 - 1957
Série A2 - 1957

Em 1957, ainda participou do Torneio Santos Dummont que tinha divulgação dos jogos na poderosa Gazeta Esportiva:

Torneio Santos Dummont

Aqui, a campanha da série A2, de 1958:

Série A2 de 1958
Série A2 de 1958

Esse é o time de 1958 (aliás, obrigado ao Valdir Líbero, por me passar essa e outras fotos, que ele pegou do livro História do Esporte Saltense, de autoria do jornalista Valter Lenzi:

AA Avenida - 1958

E em 1959 houve uma melhoria nos resultados, com destaque para duas goleadas seguidas contra a Mogiana (7×3!!!) e contra o Bandeirantes (5×1).

Série A2 - 1959
Série A2 - 1959

O time que fez essa campanha de 1959 é esse:

AA Avenida

Aqui, outra foto histórica do time também do final dos anos 50:

AA Avenida
AA Avenida

Voltando ao presente, as arquibancadas atuais não são as originais, porque segundo o pessoal que estava por lá, a enchente de 1983 levou as arquibancadas de alvenaria.

Estádio Luiz Milanez - Ilha Grande - Associação Atlética Avenida

E fica aqui, meu agradecimento mais uma vez ao Lúcio que foi o companheiro de viagem 🙂

Estádio Luiz Milanez - Ilha Grande - Associação Atlética Avenida

Um último olhar para o campo, sonhando com um improvável, mas nunca impossível retorno do futebol profissional à Ilha Grande…

Estádio Luiz Milanez - Ilha Grande - Associação Atlética Avenida
Estádio Luiz Milanez - Ilha Grande - Associação Atlética Avenida

As notícias recentes pelo menos mostram que existe uma esperança do retorno do futebol profissional a Salto (veja aqui, a notícia completa).

Salto volta ao futebol profissional

Ficamos por aqui. Até o próximo rolê!

Estádio Luiz Milanez - Ilha Grande - Associação Atlética Avenida

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112- Camisa do Paraguaçuense

A 112ª camisa de futebol vem mais uma vez do interior paulista, de uma cidade que eu aprendi a conhecer graças ao futebol. Trata-se de Paraguaçú Paulista.

Mesmo sendo próxima de Assis, onde meu pai e meus avós viveram por muitos anos, só fui conhecer a cidade graças a um jogo contra o Paulista de Jundiaí, no início da década de 90. O nome do time era diferente e nunca mais sairia da minha cabeça: E. C. Paraguaçuense.

O Esporte Clube Paraguaçuense foi fundado em 1965, por funcionários da prefeitura. Por isso, naquele momento, o time recebeu o nome de Esporte Clube Municipal. Foi com esse nome que jogou o primeiro campeonato profissional em 1966, pela Quarta Divisão. Em 1967, o “Municipal” venceu a Associação Esportiva Cobrapa, time patrocinado por uma usina da região de Xavantes, em campo neutro, no estádio da Ferroviária de Assis. Com a vitória por 2X1, o time sagrou-se vencedor da 1ª série, e juntou-se aos vencedores das outras três séries para a decisão do título paulista. Na fase final a equipe ficou com o vice campeonato, ficando o título com o Minister Clube da capital (contribuição do amigo Júlio Bovi). Assim, em 1968, 1969 e 1970, disputou a Terceira Divisão. O time abaixo, embora jogando com o uniforme do ABC (antigo time da cidade) era mesmo o time do Municipal, de 1968. De 1971 a 1974 o futebol da cidade não teve representantes no futebol profissional. Somente em 1975, o time voltou ao profissionalismo disputando a terceira divisão. Aqui, o time de 1980: Paraguaçuense 1980 Em 1981, uma novidade. Nasce a nova denominação do time: Esporte Clube Paraguaçuense. Assim, já com o novo nome, veio também um maior apoio da prefeitura e até 1992, o “Azulão” disputou a terceira divisão. Em 1993, disputa pela primeira vez a série A2, e conquista o título de campeão. Entretanto, neste ano a Federação reestruturou as divisões e o acesso do Paraguaçuense “não valeu”. O que aconteceu foi que os dois grupos da primeira divisão (cada um com 16 equipes) se transformaram em duas divisões, a A1 e a A2. Assim, a segunda divis~´ao, disputada até então acabou concedendo acesso a série A2. O time que conquistou o título é o da foto abaixo, com os seguintes jogadores: Carlos Alberto, Carlão, Mozer, Paulo César, Haroldo e Silvio, agaixados estão: Cássio, Alexandre Lopes, Carlinhos Preta, Delém e Toti.

Assim, em 1994, o time disputa a série A2, terminando o campeonato no meio da tabela (décima primeia colocação) sem ser rebaixado e sem o acesso, mas com nomes no elenco como Narcísio e Marcelinho Paraíba.

O time conseguiu se segurar na forte série A2 até 2002, quando foi rebaixado para a terceira divisão. E em 2003, na sua reestreia na terceira divisão o time acabou rebaixado, junto da Ferroviária para a temida 4ª divisão. Em 2007, disputando a 4ª divisão, o Paraguaçuense fez sua última aprição pelo profissionalismo. O time chegou a perder por W.O. A equipe que disputou o último campeonato oficial foi a da foto abaixo (foto feita pelo pessoal do “Jogos Perdidos” veja mais em: http://jogosperdidos.zip.net/arch2007-06-16_2007-06-30.html):

O mascote do Esporte Clube Paraguaçuense é o pássaro Azulão, apelido do clube devido a cor de seu uniforme.

 Encontrei um belo vídeo no youtue com a história e as formações clássicas do time, confira!

Aqui, pode se ouvir o hino (não que o áudio esteja mil maravilhas…):

O Paraguaçuense mandava seus jogos no Estádio Carlos Affini com capacidade para 15 mil pessoas.

Fizemos o vídeo abaixo, na época de nossa visita ao estádio, que pode ser conferida aqui:

Infelizmente o estádio está um pouco abandonado. Só o pessoal do futebol amador ainda o utiliza e a prefeitura parece ter esquecido a antiga casa do Azulão…

Ficamos torcendo para um possível retorno da equipe ao profissionalismo!

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