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26 de setembro de 2020.
Quase 6 anos depois de termos visitado Salto pela primeira vez, quando conhecemos a cidade e registramos o Estádios da Associação Saltense, além do que restou do clube social do Guarani Saltense, do Estádio Municipal Amadeu Mosca e do campo do XV de Novembro, voltamos à cidade para completar nossa missão.
A cidade foi fundada por Antônio Vieira Tavares, sobrinho do bandeirante caçador de índios Antônio Raposo Tavares. Em 1698, ele ergueu uma capela em louvor a Nossa Senhora do Monte Serrat, dando origem ao que viria se tornar a cidade de Salto.Em 1936, a capela foi reformada dando origem à Igreja Matriz.
Atualmente existe um Monumento à Nossa Senhora do Monte Serrat, que permite uma linda vista da cidade.
Acreditando na promessa de despoluição do rio Tietê, a cidade tem investido no turismo ecológico, com parques e até mesmo uma linda ponte pênsil.
Essa construção histórica não só foi preservada como atualmente é ocupado pelo Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP).
Nosso objetivo estava próximo, seguindo um pouco a frente contornando a igreja, chegamos num declive: a rua 24 de outubro, que vai até o rio Tietê!
Pra entender o lugar que fomos conhecer, vale olhar essa imagem do Google Maps e ver que se trata realmente de uma ilha em meio ao rio Tietê.
O rio ainda não está limpo, mas já é bem diferente do que os paulistanos estão acostumados.
Do outro lado (de onde ele vem), pode se ver ao fundo o prédio histórico que comentamos do CEUNSP.
E ao passar a ponte, chegamos à Ilha Grande, para enfim conhecer o Estádio Luiz Milanez.
O portão de entrada dá acesso ao estádio já na ilha.
Aqui, a visão logo após o portão:
Ali, os pássaros já começam a habitar o leito do rio, talvez também acreditando em sua futura despoluição.
O Estádio Luiz Milanez é a casa da Associação Atlética Avenida.
A A.A. Avenida foi fundada em 1º de janeiro de 1945, com o nome em homenagem a uma antiga avenida que cruzava toda a cidade, e segundo a placa no campo, esta é a data considerada como a fundação do próprio Estádio Luiz Milanez.
Olha que bacana o jogo de botão que um fã montou pra AA Avenida:
Antes do campo, você encontrará a sede social do Avenida.
Mas, vamos enfim conhecer o campo e suas arquibancadas.
O Estádio já teve arquibancadas de alvenaria, mas segundo o pessoal do Avenida, elas foram levadas em uma inundação causada pela cheia do Tietê, em 1983. Aliás, olhando o rio tranquilo como ele estava hoje (em época de extrema seca), é difícil acreditar no potencial destrutivo que ele possui, mas … vale ver as imagens abaixo…
Essa é de 1983, e existem muitas outras no blog: Históra Salto.
E esse ano, já teve uma inundação que virou notícia:
Mas vamos deixar todo esse aguaçeiro pra lá e dar uma olhada no campo:
Aqui, o gol da esquerda, visto da arquibancada:
Aqui, o gol da direita:
Aqui, a arquibancada em madeira, como tanto se via pelo interior de São Paulo:
Aqui, olhando do fundo para a entreada do estádio e da sede social:
E aqui, a vista pelo outro lado:
Ao fundo do gol da esquerda, mais um pequeno lance de arquibancada, cuidada com todo esmero por aqueles que ainda amam o futebol local e a AA Avenida!
Em 15 de maio de 1955, o time fez história ao se tornar o primeiro da cidade a disputar uma partida no Pacaembu contra o time de Cosmópolis (aliás, que time será esse? A Funilense??), e a equipe abaixo meteu logo uma goleada por 7×2:
Um registro histórico de um estádio que foi a casa da AA Avenida no Campeonato Paulista da série A3 em 1956, e a Série A2 de 1957 a 59.
Achei até o registro da Gazeta Esportiva de um amistoso contra o Corinthians de Santo André, disputado em 29 de abril de 1956:
Em 1956,jogou com a Portofelicense, o Guarani Saltense e a Ferroviária de Itú, ganhando 2 jogos, perdendo outros 2 e empatando 2, classificando para a fase seguinte, onde enfrentou a AA Saltense, o Elvira (Jacareí), o Aparecida, a Portofelicense e o Palmeiras de São João da Boa Vista, onde ganhou 3, empatou 6 e perdeu uma partida.
Em 1957, essa foi a tabela e a classificação da série A2:
Em 1957, ainda participou do Torneio Santos Dummont que tinha divulgação dos jogos na poderosa Gazeta Esportiva:
Aqui, a campanha da série A2, de 1958:
Esse é o time de 1958 (aliás, obrigado ao Valdir Líbero, por me passar essa e outras fotos, que ele pegou do livro História do Esporte Saltense, de autoria do jornalista Valter Lenzi:
E em 1959 houve uma melhoria nos resultados, com destaque para duas goleadas seguidas contra a Mogiana (7×3!!!) e contra o Bandeirantes (5×1).
O time que fez essa campanha de 1959 é esse:
Aqui, outra foto histórica do time também do final dos anos 50:
Voltando ao presente, as arquibancadas atuais não são as originais, porque segundo o pessoal que estava por lá, a enchente de 1983 levou as arquibancadas de alvenaria.
E fica aqui, meu agradecimento mais uma vez ao Lúcio que foi o companheiro de viagem 🙂
Um último olhar para o campo, sonhando com um improvável, mas nunca impossível retorno do futebol profissional à Ilha Grande…
As notícias recentes pelo menos mostram que existe uma esperança do retorno do futebol profissional a Salto (veja aqui, a notícia completa).
Ficamos por aqui. Até o próximo rolê!
Parabéns pela matéria!
Opa, obrigado, Ivan!
Poxa! Pra mim que sou ituano, esse estádio é icônico!
Tentei entrar lá há umas semanas atrás, mas os portões estavam fechados (e deu pra ver as marcas da última cheia do Tietê)
Parabéns pelo post maravilhoso!
Fala Bruno!!! Beleza? Cara, pelo que entendi, o pessoal está trabalhando lá direto, pra reformar os problemas casuados pela enchente. Se vc precisar, me chama no face ou no whats e passo o contato dos caras do clube. Abraços