Ufa… Depois de tantos posts sobre estádios e viagens, enfim um que dá sequência ao looooongo caminho rumo às mil camisas.
A 179ª camisa vem da Bahia, e é da Sociedade Desportiva Juazeirense!
O time foi fundado em 12 de dezembro de 2006 pelo, então deputado, Roberto Carlos, que perdeu a eleição para presidente do outro time da cidade, o Juazeiro Social Clube, seu maior rival desde então.
Dois anos após sua fundação, a Juazeirense estreiou no Campeonato Baiano da Segunda Divisão.
O acesso à primeira divisão veio em 2011, com o time abaixo:
O time é chamado de “Carrossel do sertão”.
Manda seus jogos no Estádio Adauto Moraes, o Adautão, com capacidade para 10 mil torcedores:
Em 2013, o time disputou a série D do Brasileiro:
23 de agosto de 2015, um domingo ensolarado.
Um ótimo dia para se ir a Santos curtir uma praia, tomar uma água de coco e …. finalmente conhecer o Estádio Espanha, onde o Jabaquara FC manda seus jogos pela série B do campeonato Paulista!!!
E dessa vez fomos “de turma” com os amigos Matheus Motta e Rafael Furlan!
O time foi fundado em 1914, no bairro do Jabaquara, em Santos, por um grupo de jornaleiros espanhóis. A princípio chamava-se Hespanha, depois atendendo às normas da língua tornou-se Espanha até chegar (na época da 2a guerra) ao nome Jabaquara.
O time fundador da Federação Paulista comemorou no ano passado seu centenário, sem perder as esperanças de voltar aos tempos de glória.
O Estádio Espanha, em Caneleira é a atual casa do “Jabuca”, mas o time já mandou seus jogos no bairro homônimo, depois no Macuco (daí o apelido Leão do Macuco) e até no Estádio Ulrico Mursa, da Portuguesa Santista.
Até 1953, o Jabuca ainda disputava a primeira divisão. Nessa época teve um camisa 7, que vive até hoje do futebol… José Maria Marins.
Outra figura conhecida e muito mais respeitada, que fez história no clube foi o goleiro Gylmar dos Santos Neves, que esteve no clube de 1945 a 1950, quando foi vendido ao Corinthians. Hoje ele é homenageado com uma estátua no estádio.
Aliás, vale dizer que chegar ao estádio não foi tão fácil… Pensávamos que ele ficava ali na beira da praia, mas na verdade, fica na região dos morros, e como já estávamos lá na praia, tivemos que subir o morro do Jabaquara
Conhecemos um pouco do lugar até chegar no estádio, como a Paróquia São João Batista.
Pudemos admirar algumas interferências artísticas bem diferentes, como esse dinossauro / camelo psicodélico.
E também o tradicional Ferro Velho Jabuca!
Enfim, chegamos ao estádio Espanha!
Um pouco a frente do estádio, localizamos esse marco de homenagem ao clube, na praça Júlio Dantas.
O estádio está localizado na avenida Francisco Ferreira Canto, 351 na Caneleira e destaque para os leões que ornamentam seus muros!
Enfim, vamos conhecer mais esse templo sagrado do futebol!
O Estádio Espanha tem lotação máxima de 8.031 pessoas.
O campo leva o nome oficial de Estádio Espanha (como homenagem pelo passado do clube), mas é também chamado de Caneleira, como o nome atual do bairro.
O Espanha foi inaugurado em 7 de setembro de 1971, e anos depois, em 1985 passou por uma reforma.
O jogo do dia marcava nossa primeira visita ao Espanha!
O Estádio tem as cores da bandeira espanhola (amarelo e vermelho) em todas suas arquibancadas.
E também nas camisas e bandeiras dos torcedores!
O gramado não está em seus melhores dias, mas não deve ser fácil cuidar dele com maresia, mudança de clima, e etc…
Fomos super bem recebidos pelos torcedores locais e aproveitamos para registrar algumas pessoas que seguem orgulhosas com o time do seu bairro! Pra quem acha que futebol é coisa só de homem…
E que tal ouvir um pouco da opinião dos torcedores locais sobre esse amor com o Jabuca?
E não dá pra falar em amor ao time sem mencionar as torcidas organizadas. Pelo lado do Jabaquara, lá estava a Fúria Rubro Amarela:
E a galera cantou o jogo todo, apoiando o Jabuca, que insistia em não sair do 0x0…
Aliás, fica nosso abraço ao pessoal local, que nos recebeu muito bem!
E do lado visitante, a Super Raça também compareceu.
O jogo contou até com a presença de um ilustre mascote hehehe…
E por mais que os times tentassem, o placar final da partida acabou sendo um 0x0 mesmo…
Da nossa parte ficou a alegria de finalmente conhecer o Espanha!
E de ter conhecido a torcida local!
O vendedor de amendoim pelo menos fez uma graninha….
Hora de ir embora, pegar uma prainha e subir a serra!
O Furlan ainda mandou ver num espetinho!
Enquanto isso, no riozinho defronte o estádio, a Garça passou 90 minutos esperando seu almoço, que até o fim do jogo não tinha chegado…
Lá do alto do morro pudemos dar uma última olhada no estádio…
No segundo dia do mês de agosto de 2015, fomos até a rua Javari para mais uma edição do clássico paulistano Juvenal!
Pra quem não sabe, o Juventus caiu no gosto popular e desde o ano passado, assistir a um jogo no Estádio Conde Rodolfo Crespi tornou-se um programa disputado e as bancadas grenás estão sempre cheias!
Mesmo sem marcar, tive a honra de trombar dois amigos, um deles, o Laércio, torcedor do Auto Esporte, veio lá da Paraíba para um passeio em terras (e estádios) paulistas!
Outro, é o Sérgio, grande figura da cena punk/hc lá do Guarujá, e que atualmente está morando em São Paulo. Grande prazer em revê-lo!
Por fim, e não menos importante, nosso amigo que esteve por tanto tempo morando em terras portenhas e agora de volta à sua Mooca querida, Traffani acompanhado na foto pelo Gui, que foi conosco ao jogo!
Do lado feminino, a Mari praticamente organizou uma seção só de pessoas chamadas Mariana…
Vamos sentir um pouco o clima do estádio:
O primeiro clássico Juvenal aconteceu em 27/9/1936 e acabou com vitória grená por 3×1. Quase 80 anos depois, os times voltaram a se enfrentar na primeira fase da Copa Paulista, onde os jogos ainda não tem muita emoção… E diga-se a verdade, o Juventus entrou em campo ainda “sonolento”…
Do lado de fora do campo, as arquibancadas, essas sim estavam mais que acordadas e acesas!
Até os reservas pareciam estar mais atentos do que os titulares.
Pra quem não tem ido à Javari ultimamente, as imagens parecem ser de décadas atrás, quando o futebol do time mooquense atraia multidões de fãs do bairro.
Do outro lado, estavam os ferroviários de azul: a torcida do Nacional! Aliás, vale lembrar que ambos os times são sócios-fundadores da Federação Paulista de Futebol.
A setor 2 puxa a festa de um lado do estádio, a Torcida Jovem, do outro. No meio dessa cantoria toda, o time grená tentava encurralar seu adversário, mas, sem sucesso.
Para desespero da torcida local, o Nacional fez 1×0.
A Mooca está mudando. Verticalizando cada dia mais.
O público do estádio começa a mudar também. É curioso, mas não me sinto a vontade para descrever, caso algum juventino queira se colocar, faça o nos comentários ou no nosso grupo do Facebook.
Mas, por mais que tudo venha mudando, confesso que ainda me sinto bem vendo pequenos sinais do futebol de outrora, sonhar com a nostalgia de outrora ainda nos é permitido…
E parabéns à torcida nacionalista que creditou no time e compareceu ao jogo e no final, saiu comemorando a boa vitória de 1×0.