O Estádio Benito Agnelo Castellano, a casa do Velo Clube

Pois é, com o acesso do Velo Clube à primeira divisão depois de 46 anos, estamos vivendo uma verdadeira Velomania e já que o tema é inesgotável, vamos dar nossa contribuição registrando um rolê que fizemos para registrar o Estádio Benito Agnelo Castellano!

O Estádio Benito Agnelo Castellano, carinhosamente conhecido como o “Benitão” é a casa do lado rubro verde da cidade de Rio Claro: a Associação Esportiva Velo Clube Rioclarense.

Na parte interna do estádio, antes de se adentrar à arquibancadam existe uma série de fotos e registros sobre o passado do time junto do Bar “Toca Rubro Verde”.

Várias fotos relembrar os esquadrões que marcaram época defendendo a camisa do Velo Clube!

Por falar em imagens, taí a lenda responsável pelo canal @VeloemImagens!

Estivemos no estádio em um dia em que as categorias de base estavam disputando suas competições contra o XV de Piracicaba.

Assim, mesmo contando apenas com os familiares e aqueles que acompanham a base, pudemos viver uma tarde com o estádio vivo!

Vale lembrar como é a organização do estádio: são duas arquibancadas junto às laterais do campo sendo que no passado – e talvez isso volte no futuro- o estádio teve uma tubular atrás do gol. Desse lado em que estamos está a arquibancada coberta.

Do outro lado, uma arquibancada maior e descoberta. Ah, perceba que o campo está reduzido porque estamos falando do sub 9 e sub 11. E ali está o gol da direita:

E aqui, o gol da esquerda:

E aqui o meio campo:

Em 7 de setembro de 2022, o Estádio Benito Agnello Castellano completou 50 anos de inauguração, que se deu em 1972, na partida: Velo Clube 1 x 4 Palmeiras. Há uma placa registrando a data:

E é muito legal poder ver que tanto tempo depois, passando e vencendo tantas crises, o Benitão voltou a ser um local de felicidade!

Benito Agnello Castellano, que dá nome ao estádio, foi um esportista, dirigente, cronista esportivo (correspondente local da Gazeta Esportiva) e torcedor fanático do Velo Clube nascido na cidade em 1927. O J1 Diário publicou uma entrevista com o filho dele (na foto abaixo) no lançamento do seu livro “Benito e Velo” (veja aqui a entrevista).

O estádio nasceu como propriedade do Velo Clube, mas em 2008, a prefeitura de Rio Claro decidiu desapropriá-lo para inviabilizar seu leilão judicial, que ocorreria no mesmo ano como forma de pagamento das dívidas do clube.

O dinheiro será depositado em juízo para a quitação de dívidas trabalhistas e com Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) que o Velo tem com a Prefeitura desde 1988 e apenas em 2015, na última parcela, a prefeitura recebeu o título de posse do imóvel.

Dei uma pesquisada aqui para ler sobre quando estivemos lá em 2011 para acompanhar o acesso do time para a série A2, veja aqui como foi!

Mais recentemente estivemos no Benitão para acompanhar a partida contra o São José, válida pelas quartas de final da série A2 (veja aqui como foi)!

Curiosamente, o público recorde do Estádio é de uma partida contra o São José (vitória do Velo pro 1×0) com um total de 15.782 torcedores, em 1978.

Mais um post em homenagem ao Velo e sua torcida! Desejamos boa sorte na série A1 de 2025!

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Um role pela cidade e os estádios em Liubliana

Liubliana - Eslovênia

Você já teve algum momento na vida em que pensou: “Ah, que bom seria se o tempo parasse…”?
Pois é, descendo do ônibus da Flixbus , no dia 23 de dezembro de 2016, tive exatamente esta sensação…

Flixbus

O Santo André havia subido de divisão, eu estava de férias e como num sonho, acabava de descer em Liubliana, a capital da Eslovênia… Não tem aquele papo de “Eu era feliz e não sabia”, eu sabia que um rolê desses talvez não se repetisse tão cedo e eu tinha que aproveitar cada segundo!

Liubliana

A Eslovênia é um pequeno país do Leste Europeu, limitado a norte pela Áustria, a leste pela Hungria, a leste e a sul pela Croácia e a oeste pela Itália e pelo mar Adriático.
Durante o inverno chega a nevar, mas ainda que o tempo estivesse no nível “frio congelante”, passamos dias incríveis caminhando pelas ruas da cidade.

Frio em Liubliana

A cidade foi (e ainda é) muito influenciada pelo punk. Dos adesivos espalhados pela rua até os diversos Squats espalhados pela cidade.

rua liubliana

É mais uma dessas oportunidades de se conhecer um lugar em que passado e presente se misturam.

Liubliana - Eslovênia

Comemos tanta coisa gostosa e diferente que só de lembrar me dá água na boca! A começar por esse restaurante “Meditarea”.

Comida mediterrânea em Liubliana

E tinha uma doceria que ficava às margens do rio, que só de lembrar me dá vontade de voltar e gastar tudo o que tenho em tortas de amora…

Torta de blueberry

A língua é fácil. Parece muito com o português, só que não….

Doceria

Uma coisa que chama a atenção na cidade é o seu “mascote”, o dragão verde que, segundo a lenda aterrorizava a cidade, em 1144, cuspindo fogo em todos que se aproximavam dele. Tal comportamento o levou a uma vida de solidão, até que se apaixonou por uma dragão fêmea e desse amor nasceu um dragão que não queria mais atacar as pessoas e sim divertir o pessoal.
As outras as criaturas mágicas da cidade acharam aquilo tão lindo que o levaram para dormir no fundo do rio, onde ele descansa até os dias de hoje.

Dragão de Liubliana

O rio que a lenda cita é o Liublianica que tem um visual lindo e divide a cidade!

rio Liublianica
rio Liublianica

De um lado da margem fica o Castelo de Liubliana, no estilo medieval e localizado no topo da colina, do outro lado está a parte comercial, as residências e a cidade em si. Aqui duas fotos feitas na gélida tarde em que subimos até o castelo:

Castelo de Liubliana

Aliás, pra quem nunca viajou pra lugares frios assim, vale frisar que, embora seja bonito, acaba estragando um pouco o passeio, já que escurece cedo e é sempre mais difícil lidar com tanto frio.

Castelo de Liubliana

Como disse, lá no início, Liubliana é uma cidade bem punk. Okupas, vários exemplos de coletivos e espaços autogeridos… Tudo isso faz parte da sua realidade, e pudemos comprovar visitando alguns locais como a antiga fábrica de bicicletas Rog, um Squat ocupado desde 2006. O prédio estava abandonado desde 1991.

Rog Tovarn

A fábrica de Rog foi inaugurada em 1953 e ocupava uma área de 7 mil metros quadrados, e agora dá lugar a vários coletivos e espaços relacionados à arte, skate, além de um centro para apoio aos refugiados, vários locais para shows e uma oficina de bicicletas.

Vale a pena conferir o documentário sobre a ROG:

ROG

A cidade guarda ainda uma mostra permanente sobre o início do movimento punk na Eslovênia, no Museu de Arte Contemporânea.

Museu da Arte Contemprânea - Liubliana
Museu do punk - Liubliana
Museu Punk Eslovênia

Mesmo com seu valor, o pessoal punk local reclama que a arte (principalmente a punk) não deveria estar “trancada”…

Museu de Arte Contemporânea
Museu de Arte Contemporânea

Pra fechar o lado punk da cidade, um rolê pelo Centro Cultural Autônomo da Cidade de Metelkova, bem no centro de Ljubljana, onde antes ficava o quartel-general militar do Exército Nacional Iugoslavo.

Metelkova - Liubliana - Eslovênia - punk

Todos os quartéis militares foram convertidos em pubs, estúdios de música ou tatuagem, tão logo os militares desocuparam a cidade, em 1991, com o fim da República Federal Socialista da Jugoslávia.

Metelkova - Liubliana - Eslovênia - Punk

Liubliana ainda não sabe bem como lidar com este espaço, e chegou a tentar demolí-lo para criação de uma área residencial, o que foi impedido pelos punks locais.

Metelkova - Liubliana - Eslovênia - Punk

E em Ljubliana, a cerveja que dá as cartas é a Laško!

Metelkova - Liubliana - Eslovênia - Punk

Hoje em dia, muitos artistas têm seus ateliês em Metelkova, assim como os escritórios de algumas ONGs e associações LGBT, e exposições de arte, performances, shows e atividades.
Graças a estas e outras iniciativas, em 1997, Ljubljana foi designada como Capital Europeia da Cultura.

Metelkova
Metelkova

No centro, a praça do poeta nacional, France Prešeren (1800-1849) estava decorada por conta do natal.

Ljubliana
Ljubliana
Ljubliana

Atualmente, em Liubliana vivem cerca de 270 mil pessoas. A história local não é tão simples e tranquila: o país fez parte de diversos impérios: Romano, Bizantino, República de Veneza, Ducado de Carantânia, Sacro Império Romano-Germânico, da Monarquia de Habsburgo, Império Austríaco, do Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos (depois Reino da Iugoslávia) e da República Socialista Federativa da Iugoslávia de 1945 a 1991, quando finalmente conquistaram sua independência, de maneira tranquila, sem guerras, diferente do que houve com outros países da Iugoslávia.

Tantas influências diferentes fazem a cultura local fervilhar, com livrarias oferecendo livros de diversos idiomas.

Ljubliana
Livraria

E um monte de lojas de disco vendendo os clássicos rocks da Yuguslávia e colares estranhos que a Mari adora!

Rock da Yuguslávia
punk yuguslavia

Falando um pouco do futebol na cidade, a época de natal deixou tudo mais desanimado, mas o time mais importante da cidade é o Olimpija Ljubljana.

Olimpija Ljubljana

O nome oficial do time é Nogometni Klub Olimpija Ljubljana e ele foi fundado em 2005 com o nome de NK Bežigrad.
O time acabou sendo “entendido” localmente como o sucessor do Olimpija Ljubljana, extinto em 2004, embora na realidade não o seja, apenas possuem o mesmo nome.

NK Olimpija

O NKOlimpija mandou seus jogos no ŽŠD Stadion até 2010, quando o estádio foi remodelado e entregue ao futebol local como Estádio Športni Park Stožice.

Estádio Športni Park Stožice
Estádio Športni Park Stožice

Demos um pulo pra ver como é a cara dele, pelo menos do lado de fora

Estádio Športni Park Stožice

O nome do estádio vem do local em que está localizado, mas eles estão em busca de um naming rights para o quanto antes.

Estádio Športni Park Stožice

Ele foi construído em 14 meses, inaugurado em 11 2010 no amistoso da Eslovênia com a Austrália (2×0), e tem capacidade para quase 17 mil torcedores.

Estádio Športni Park Stožice
Estádio Športni Park Stožice

Também fomos conhecer o incrível Bežigrad Stadium, o antigo estádio do NK Olimpija original.

Bežigrad Central Stadium - Liubliana

Também era chamado de Bežigrad Central Stadium e é o mais antigo de Ljubljana.

Bežigrad Central Stadium - Liubliana
Bežigrad Central Stadium - Liubliana

A construção do Estádio Bežigrad começou em 1925, tendo sido projetado pelo arquiteto Jože Plečnik.
Seu nome vem do distrito de Bežigrad, em Ljubljana, onde está localizado.

O Estádio Bežigrad era predominantemente usado para jogos locais e foi a casa do NK Olimpija Ljubljana até a dissolução do clube em 2005.
O então recém-criado, NK Bežigrad jogou no estádio entre 2005 e 2007.
Desde 2008 ele está fechado.

Não pudemos entrar…

Mas conseguimos fazer algumas fotos pelas “entranhas” do muro:

Olha aí a bilheteria agora estilizada por algum artista de rua::

Bonito ver os detalhes arquitetônicos!

Aqui, um olhar pela parte de traz do estádio e láááá no fundo pode se ver a entrada do estádio.

Aqui, uma foto dessa entrada, da wikipedia (crédito na legenda):

SLOVENIJA, LJUBLJANA, 15.04.2008. LJUBLJANSKI STADION . FOTO:MAVRIC PIVK/DELO

E assim, depois dessa singela visita, seguimos para um rolê pelas ruas e pontes encantadas desta fria cidade!

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O futebol em Sorocaba – Parte 2

Este post é complementar ao primeiro que escrevemos sobre o futebol em Sorocaba (veja aqui como foi) quando falamos dos times e estádios do início do século XX:

Neste post vamos falar do Estádio Dr Rui Costa Rodrigues, casa do Estrada de Ferro Sorocabana FC e depois do Clube Atlético Sorocaba, do Estádio Severino Pereira da Silva, casa do Fortaleza Clube e do Estádio Euzébio Moreno, a casa do Clube Atlético Barcelona.

Mesmo visitando tantos estádios, confesso que alguns geram maior identificação e curiosidade, principalmente quando não consigo visitá-lo logo de cara e esse é o caso do Estádio Doutor Rui Costa Rodrigues.

O Estádio Doutor Rui Costa Rodrigues é a casa do Estrada de Ferro Sorocabana Futebol Clube.

Já estivemos em Sorocaba algumas vezes, e nunca havíamos conseguido entrar no Estádio…

Nunca até esse rolê… Até então, esse local era o máximo que eu já tinha conseguido ver do estádio, mesmo não conseguindo entrar, mas dali pra frente, seria tudo novidade…

E aí está nosso primeiro encontro…

Emocionante ver o distintivo do Estrada nas paredes do Estádio, mesmo que seja o que sobrou do time de Malha…

E a surpresa lá dentro foi total… Ainda que a arquibancada da lateral esteja praticamente destruída, o clima do estádio é incrível! Aqui, o gol da direita:

O meio campo, com a triste visão da arquibancada destruída:

Aqui, o gol da esquerda, com as arquibancadas aparentemente lavadas, como se tivesse sido recém construída.

Aqui, uma visão de como era a antiga marquise do estádio, creio que do lado da lateral…

Olhando de perto dá uma certa tristeza imaginar que esse Estádio não é mais utilizado pelos times profissionais.

Ouvi tantas histórias de jogos emblemáticos que aconteceram aqui que estar aqui, sozinho em meio a essa energia toda me deixou emocionado…

Claro… Dói ver esse lado abandonado e esquecido, mas também é compreensível ver os efeitos do tempo, afinal, o Estádio Dr Rui Costa Rodrigues foi fundado em 25 de novembro de 1930.

Olha como era a arquibancada há certo tempo atrás:

Pô, dá pra imaginar a emoção de estar nesse lugar?

O Estrada de Ferro Sorocabana FC foi fundado por ferroviários em 25 de novembro de 1930, com o nome de São Paulo FC, só adotando o nome “Estrada” em 1939 e depois de jogar muitos campeonatos e torneios amadores, estreou na Segunda Divisão do Campeonato Paulista em 1959, terminando em 4º na Série Vicente Feola.

Em 1960, o time lidera a primeira fase, na série Juscelino Kubitschek, e na fase final, termina em 4º lugar.

Olha aí que linda a camisa do time de 1960, posado no Estádio Dr Rui Costa Rodrigues (fonte na legenda da foto):

Em 1961, lidera a primeira etapa – Série Açúcareira:

Também lidera a segunda fase – Série Deputado João Mendonça Falcão:

Por fim, sagra-se campeão da Terceira Divisão ao bater a Usina São João na melhor de 3 partidas (6×2, 1×2 e 3×2), com esse time:

Em 1962, joga a segunda divisão terminando a primeira fase em 7º lugar.
Em 1963, classifica-se para a segunda fase terminando em 3º lugar na primeira fase.

Na fase final, acabou eliminado na 4ª posição:

Em 1964, termina a primeira fase em 3º lugar, classificando-se para a fase final.

Mas na fase final, acaba em 8º lugar…

Não se classifica para a fase final em 1965 (termina na 3ª colocação na primeira fase), nem em 1966 (quando termina em 9º) nem em 1967, quando faz sua última participação no Campeonato Paulista, terminando em 3º lugar no Grupo A.

Mas, as ferrovias começaram a perder o foco no Brasil e os times relacionados a elas sentiram o efeito, entre eles o Estrada FS que acabou abandonando as competições oficiais e dedicando-se apenas ao amadorismo.

O outro time importante a ser mencionado é o Fortaleza Clube, que surgiu em 24 de junho de 1903. O distintivo é do site Gino Escudos:

O Fortaleza Clube foi fundado por operários da Santa Rosália, uma indústria textil pela fusão de times da da fábrica (Sport Club Floresta, e o Fortaleza Foot-Ball Club) dando origem ao Sport Club Fortaleza. Time de 1921:

Em 1942 inaugurou o seu estádio próprio: Estádio Severino Pereira da Silva, primeiro estádio de Sorocaba a receber iluminação.

O Estádio existiu até 1971.

O time foi rival do Savóia de Votorantim, então bairro da cidade de Sorocaba. Um destaque interessante é que o Fortaleza venceu o Flamengo por 4 x 1 em 01 de março de 1947.
Além disso, foi campeão do Interior em 1948.
Em 1970, o clube extinguiu seu departamento de futebol e perdeu seu estádio para a especulação imobiliária.

Outro Estádio importante da cidade de Sorocaba é o Estádio Euzébio Moreno, a casa do Clube Atlético Barcelona.

O Clube Atlético Barcelona foi fundado em 15 de novembro de 1951 e mantém se na ativa até os dias de hoje em seu estádio.

O Estádio Euzébio Moreno foi inaugurado em 15 de novembro de 1983.

Foto do site História Futebol do time 1977:

Em 1990, o Barcelona faturou o Varzeano pela primeira vez.

Em 1993, aventurou-se no futebol profissional, disputando a Segunda Divisão (o terceiro nível do Campeonato Paulista daquele ano) em parceria com o Atlético Sorocaba e conquistou o acesso à série A3 via repescagem.

Atualmente disputa apenas campeonatos amadores de futebol, veja o time nos dias atuais:

A partir de 1994, o Atlético Sorocaba, oficialmente fundado em 1991, deu sequência na disputa do Campeonato Paulista ocupando a vaga do Barcelona! Escudos do site Escudos Gino:

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O Atlético Sorocaba nasce com a fusão do seu time amador com o Clube Atlético Barcelona com o Estrada de Ferro Sorocabana.
A ideia era reformar o Estádio Euzébio Moreno, o campo do Barcelona, mas como não seria possível ampliar sua capacidade para atender às exigências da Federação Paulista, a decisão foi usar o Estádio Dr Rui Costa Rodrigues então com capacidade para 6 mil torcedores, sendo reinaugurado em um Atlético Sorocaba 4×1 contra o Garça.
Em 1994, foram construídas arquibancadas de concreto, ampliando a capacidade para 15 mil torcedores. Em campo, o time terminou na 4ª colocação, sem obter o acesso à A2.

Em 1995, fica em 11º, em 1996 em 7º, em 1997 em 6º no grupo 1, em 1998, em 5º, em 1999, fica em 6º do grupo 1, em 2000 em 3º do grupo 2 (eram 4 grupos neste ano), em 2001, a série A3 foi dominada pela cidade de Sorocaba, com os 2 times liderando a competição e subindo à série A2!

Em 2002 faz sua estreia na série A2 e termina na 12ª colocação.
Em 2003, liderou a primeira fase, eliminou o CA Taquaritinga na semifinal e perdeu a final para o Oeste, mas ainda assim, chega à primeira divisão do Paulista!

Em 2004 faz sua estreia na principal divisão do futebol paulista, terminando na 8ª colocação no seu grupo.

Em 2005, é rebaixado para a série A2.
Em 2006, termina em 6º do grupo 2. Em 2007, em 10º. Em 2008, classifica-se para a fase semi final, mas termina em 3º no seu grupo, permanecendo na série A2.
Mas neste ano vêm seu principal título: a Copa Paulista.

Em 2009 e em 2010, termina apenas em 15º.
Em 2011, classifica-se para a fase semifinal de grupos, mas termina em 3º.
Em 2012, lidera a primeira fase…

Termina a fase semifinal em 2º do seu grupo, voltando assim para a série A1 do Paulista.

Em 2013, termina a série A1 na 15ª colocação.
Em 2014, foi rebaixado à série A2 do Campeonato Paulista.
Em 2015, patina na A2, terminando na 15ª colocação.
Em 2016 foi rebaixado para a Série A3 do Campeonato Paulista e licenciou-se das competições profissionais.

Durante as competições mais importantes, mandou seus jogos no Estádio Centro de Integração Comunitário Walter Ribeiro mais conhecido como CIC ou Estádio Municipal Walter Ribeiro.

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211- Camisa do CA Nevense

A 211ª camisa de futebol do blog pertence ao Clube Atlético Nevense, time fundado em 30 de novembro de 1957.
Foi presente do amigo Rodrigo, o “Jacaré”, um grande entusiasta não só do time do Nevense, mas do futebol da região.


Os escudos abaixo foram disponibilizados pelo site Escudos Gino:

Já estivemos em Neves Paulista por algumas vezes seja pra curtir a cidade…

… ou registrando o Estádio Ignácio Vasques, casa do CA Nevense.
Veja aqui como foi um desses rolês:

Foi o Rodrigão que me arrumou essa camisa linda, então esse post é em homenagem a ele e a sua família, da qual nos sentimos parte também!

Neves Paulista fica na região de São José do Rio Preto em uma região que foi muito ocupada antes da chegada dos europeus. Ali viveram povos Tekohá, M’bya (ambos da família dos Guarani) e bem provavelmente Kaingangs.

O atual município homenageia o Capitão Neves, um dos que, em 1921, ergueram um cruzeiro entre os córregos da Água Limpa, o de Jacutingá e o Ribeirão do Jacaré, em homenagem a Nossa Senhora Aparecida.
A região foi crescendo e tornou-se uma vila.
As terras férteis trouxeram mais gente para inicialmente explorar suas madeiras e depois produzir café nas terras abertas e assim atraindo muitos imigrantes.
Em 1927, torna-se distrito de Monte Aprazível com o nome de Neves.
Em 1937, o distrito de Neves foi transferido para Mirassol e, em 30 de novembro de 1944, transformado em município com o nome de Iboti.
O nome atual foi adotado em 24 de dezembro de 1948 para diferenciar de cidades homônimas de outros estados.
Logo, surge o primeiro time de futebol da cidade: o São Paulo FC.
Mas em 1957 a cidade vê surgir o time que seria o mais representativo: Clube Atlético Nevense!

Já no primeiro ano em que o time se aventurou a disputar o profissional, 1958, foi campeão da Terceira Divisão, numa incrível final contra o Estrela de Piquete!

C.A. Nevense

Aqui, Antonio Romildo Rosa, que além de atleta seria prefeito da cidade:

E que linda a campanha, liderando a primeira fase… Repare nos demais times que participavam do grupo.

Na fase semifinal, o CA Nevense terminou empatado com o Glória e o Municipal e por isso teve que disputar um mini torneio desempate do qual saiu vencedor:

Na final, o Nevense teve que enfrentar o Estrela de Piquete e após um empate no primeiro jogo, uma goleada por 4×0 dá o título ao time de Neves Paulista!

Matéria da Gazeta Esportiva sobre partida contra o Municipal de Vera Cruz:

Interessante que naquele ano o time também disputou o Campeonato do Interior, no Setor 65:

Em 1959, disputou pela primeira e única vez uma edição da Segunda Divisão (que teria o Corinthians de Presidente Prudente como campeão), jogando a Série Geraldo Starling Soares acabando na penúltima colocação deste grupo (fonte: História da 2a divisão do Futebol Paulista – Julio Bovi Diogo e Rodolfo Pedro Stella Jr).

Série A2 1959

Assim, o Nevense volta ao terceiro nível do Campeonato Paulista, disputando as edições de 1960 e 61, terminando a 1ª fase em 4º lugar.
Encontrei o registro de um amistoso interestadual de 1960, contra o Bonsucesso:

Em 1962, é o campeão da Série Senador Lino de Mattos, a primeira fase do Campeonato:

Mas na segunda fase apenas o campeão classificava-se e o Nevense terminou em segundo!

De 1963 a 66, apenas campanhas medianas, e em 1967, se licenciou.

O Nevense retornou em 1969 no terceiro nível do futebol paulista, chamada, na época de “Segunda Divisão dos Profissionais”, terminando a primeira fase em penúltimo lugar. Aqui, outras fotos que não consegui identificar o ano, mas que são registros históricos:

Em 1970, termina em 3ª a primeira fase:

Em 1971, termina a 1ª fase na liderança:

E na fase final, um honroso 4º lugar:

Aqui, o time de 1971:

O Nevense faz campanhas medianas em 1972 (do time abaixo) e 73.

Mas em 1974, novamente liderou seu grupo na primeira fase:

Na segunda fase, foi eliminado terminando em 3º no seu grupo.

O Nevense faz uma campanha ruim em 1975, terminando a primeira fase em 8º (penúltimo) do seu grupo, no ano em que não houve campeão por irregularidades no campeonato.
Em 1976, termina em 4º na primeira fase.
Em 1977 a reorganização do futebol paulista leva o Nevense para o Quarto nível (chamado de Segunda Divisão Profissional) e o Nevense volta a terminar a primeira fase na liderança do seu grupo.

Na segunda fase, terminou em 4º:

Em 1978, termina em 8º, com o time abaixo:

Neste ano, iniciou-se a montagem das categorias de base do Nevense, que daria frutos anos depois… Esse é o time de juniores de 1978:

Legal ver que a população esteve envolvida até com a arrecadação dos uniformes!

Em 1979, o time termina a primeira fase em 9º. Veja algumas breves matérias sobre partidas deste ano:

Em 1980, mais uma reorganização do futebol e o Nevense volta ao Terceiro nível do Campeonato Paulista (chamado de Terceira Divisão), disputando o Grupo Azul na primeira fase e terminando na 11ª posição.
Em 1981, termina em 10º.
Em 1982, acaba em 5º, em um grupo de 8 times, mas a grande notícia deste ano é que o time sagrou-se campeão sub-20:

Em 1983, fica em 3º do seu grupo no turno e depois em 6º no returno, não se classificando para a segunda fase.
Foto do Jornal A Tribuna, gentilmente envida pelo amigo Rodrigo:

CA Nevense 1983

Em 1984, termina a primeira fase em 5º.
Em 1985, classifica-se para a segunda fase terminando o seu grupo em 4º, mas não chega às finais.

Entretanto, em 1985, o time sub 20 é vice campeão da Terceira Divisão!

Em 1986, o Nevense fica em 8º no Grupo Marrom, na primeira fase e não se classifica.
Em 1987, termina a primeira fase em 7º no Grupo D e novamente não se classifica.
Em 1988, volta a se classificar, mas termina a segunda fase em , sendo assim eliminado da competição.

Em 1989, termina a primeira fase em 4º e não se classifica.
Em 1990, tem sua última participação no Campeonato Paulista e acaba sofrendo uma punição pela Federação pela falta de segurança no estádio, o que acabou desanimando ainda mais os diretores e lavando-os a abandonar o futebol profissional… Ainda assim, mais uma vez classificou-se para a segunda fase.

A equipe ficou inativa entre 1990 e 2015.
Em 2016, o Lobo da Araraquarense foi reativado, quando se filiou à Liga de Futebol Paulista e disputou a 1ª Taça Paulista, com o time abaixo:

Na atualidade, os apaixonados por futebol, como o amigo Rodrigo, tem acompanhado os times da região (Mirassol, América, Rio Preto, Novorizontino), mas sem dúvida que a Prefeitura precisa dar uma força e trazer de volta o CA Nevense, patrimônio do futebol paulista!!!
Um último destaque para o livro “Neves Paulista e uma geração de meninos bons de bola“, de João Alfredo Cardoso Pinotti e Francisco Simão Rodrigues Filho:

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O futebol em São Roque – Parte 2: o Estádio Zito Godinho

Recentemente escrevemos sobre o Estádio Municipal Quintino de Lima, a casa do CA Paulistano e do futebol amador da cidade de São Roque, foi a parte 1 desse post (veja aqui)!

Hoje vamos falar sobre outro importante campo da cidade: o Estádio Benedito Godinho, vulgo “Zito Godinho“!

Confesso que encontrei o Estádio um pouco sem querer passando os olhos pelo mapa da cidade, e quando o encontrei, acabei bastante surpreso pela estrutura e importância do Estádio, que chegou a receber partidas oficiais da Federação Paulista em sua inauguração.

Olha aí a bilheteria do Estádio!

O Estádio Zito Godinho pertence ao Canguera Futebol Clube:

O Estádio Zito Godinho inaugurado em 21 de agosto de 1988, com a presença e apoio do Laudo Natel, presidente do São Paulo, na época.

No dia da estreia, o CA Paulistano (de São Roque) jogou pelo Campeonato Paulista e o São Paulo venceu o São Bento por 4×2 pelo Torneio Eduardo José Farah, Além dessas partidas, os veteranos do Canguera FC enfrentaram os Veteranos do Grêmio-RS.

Venha conhecer mais um Estádio incrível desse interior de São Paulo tão rico em futebol!

E olha que visual linda tem o Estádio com a natureza como moldura. Aqui, o gol da direita:

Aqui, a arquibancada da esquerda:

Olha que arquibancada linda encravada no morro!!!

A estrutura do time local, com vestiários e área VIP:

Pode marcar mais um estádio pras contas do As Mil Camisas… Será que o site deveria ter outro nome? Tipo… “Os mil estádios”? kkk
Acredito que a ideia das diferentes camisas, escudos, times, torcidas e estádios seja no fundo parte de uma mesma multicultura envolvida com o futebol…

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Noroeste 1×1 São Bento (4ª de final da série A2)

Sábado, 23 de março de 2024.
O rolê de hoje é uma rodada dupla pelas quartas de final da série A2, e ela começa às 15hs, no histórico Estádio Alfredo de Castilho, onde o EC Noroeste recebeu o EC São Bento e continuou às 19h15 em Rio Claro no jogo Velo Clube 2×1 São José!

Ou seja… Lá vamos nós de volta para o Estádio Alfredo de Castilho, onde estivemos em 2014 (veja aqui como foi!).

Aliás, quando estivemos lá fomos recebidos pelo Pavanello, um dos fundadores da Sangue Rubro e se dessa vez acabamos esquecendo de fazer uma foto junto segue a foto que fizemos 10 anos atrás.

Por se tratarem de duas torcidas organizadas que tem um bom histórico de amizade, o clima lá fora estava bem bacana.

A sede da Sangue Rubro fica bem em frente o Estádio e fica bem cheia em jogos como esse!

A entrada estava tranquila, ainda que a expectativa de público fosse grande!

Então… aí estamos nós!

A placa de 1960 relembra o antigo Estádio…

O Noroeste tem a sua lojinha em um container e o movimento estava alto, ainda que na minha opinião os preços estivessem um pouco salgados…

E olha que lindo estava o Estádio, com as arquibancadas tão cheias que pareciam pintadas de vermelho!

Times em campo e é hora da festa na arquibancada começar!

Se liga no bandeirão da Sangue Rubro que recepcionou o time do Noroeste nas arquibancadas…

E é assim que começa a partida!

O jogo começou em alta velocidade!

A torcida local sabendo da importância de criar um clima, começou a cantar

E quem deu o ritmo na parte central da arquibancada foi a bateria da Sangue Rubro!

E foi mesmo uma festa incrível feita pela Sangue Rubro!

É muito legal ver as arquibancadas do interior paulista desse jeito e é uma grande emoção poder estar presente pra curtir parte desse verdadeiro show!

Além da Sangue Rubro, o time contou com o apoio da Falange Vermelha!

Venha dar um rolê pelo estádio e sentir a vibração positiva que parecia estar vindo de um show de rock, ou reggae!

Mas, mesmo começando melhor, o Noroeste levou um duro golpe aos 17 minutos quando Everton Sena fez 1×0 para o São Bento

Aliás, vale ressaltar a presença da torcida visitante:

Aliás, se a amizade se fez presente no pré jogo, as faixas colocadas lado a lado em frente `às duas torcidas deixa claro que rivalidade é algo que não precisa (nem nunca deveria) significar violência.

O apoio da torcida do Norusca seguiu pesado, principalmente por saber que a derrota por 1×0 seria um placar indigesto para levar para o 2º jogo em Sorocaba…

Assim, o que a torcida local queria, logo se tornou verdade: Carlão empatou o jogo em um verdadeiro gol de camisa 9!

E lá vem o bandeirão para comemorar!!!

O São Bento sentiu o gol e voltou a atacar e agora o apoio da torcida era pra ajudar na defesa…

Durante o intervalo pude conhecer um pouco da cultura boleira do Noroeste

Confesso que achei esquisito em pleno 2024 ver parte dos homens trocarem os banheiros pelo muro ou pelo matagal atrás da arquibancada…

Da série Culinária de Estádio, nota 10 para a paçoquinha vendido no Estádio!

O jogo voltou e o estádio continuava lindo!

Abraços ao amigo Gian!

É um verdadeiro mar vermelho na bancada do Alfredo de Castilho!

Se liga no clima na fase final do jogo, com a Sangue Rubro gritando em busca do gol da virada!!

Ao menos o bom goleiro do Noroeste, Reynaldo, manteve sua meta intacta.

Confesso que pelo clima da torcida local, achei que a virada fosse mesmo vir…

Mas o placar final ficou mesmo em 1×1…

O placar acabou deixando alguns torcedores preocupados…

Espero que no jogo de volta, a torcida do Noroeste possa também se fazer presente e quem sabe acompanhar o time em mais um passo na direção da 1ª divisão!

Que a torcida do Noroeste, seja organizada ou povão, siga nesse apoio pelo time de Bauru!

Que siga acreditando e passando esse amor de pai pra filho…

E continue sabendo se divertir em um jogo de futebol onde seus amigos e vizinhos estão presentes lado a lado…

E siga entendendo que esse amor pelo time da cidade é algo muito mais real e verdadeiro do que se pode imaginar…

E que os 3.765 pagantes multipliquem com seus amigos e familiares a experiência incrível que viveram na tarde de sábado e que o público futuro no Estádio Alfredo de Castilho possa ser ainda maior!

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O futebol em São Roque – Parte 1: o Estádio Municipal Quintino de Lima

Sempre que saímos ou voltamos pro ABC, passamos por cidades que já visitamos, e vários motivos, normalmente gastronômicos, acabam justificando novas paradas e esse foi o caso de São Roque!

A cidade está cada vez mais na mira de quem gosta de viagens curtas, próximas a capital e tem uma oferta cada dia melhor em vinhos e restaurantes!

Assim, quando estamos de volta a estas cidades nem sempre nos preocupamos em rever os Estádios já visitados, mas o fato de estar rolando o Campeonato Amador local, nos fez querer voltar ao Estádio Municipal Quintino de Lima, em 2023.
Estivemos lá alguns anos atrás e foi um rolê bem legal. Veja aqui como foi.

Na ocasião também passamos na sede do CA Paulistano, que defendeu as cores da cidade nas disputas da Federação Paulista.

E assim, cá estávamos de novo!

No post original, de 10 anos atrás, não ressaltamos os povos originais que ocupavam a região antes da chegada dos europeus.
E tenho considerado isso bastante importante pra ressaltar que toda essa sociedade atual que vivemos é bastante recente se considerarmos o que já existia aqui há milhares de anos.
Segundo o site Native Land, quem vivia ali eram os M’byá, ou Guarani M’bya, uma derivação do povo guarani. Vale um pulo na fanpage da campanha “Terra para família Mbya Guarani que fala de uma campanha em prol da terra para os M’bya atuais.

Já a atual cidade de São Roque representa o fim dessa antiga sociedade…
Em 1657, o bandeirante escravizador Pedro Vaz de Barros batiza com o nome do santo de devoção algumas terras que passa a ocupar e a negociar com fazendeiros que passaram a escravizar indígenas para usar como mão de obra.
Ergue-se uma capela em nome de São Roque e o local passa a servir de pousada aos que por ali passavam.
Vendo o que ocorria, os indígenas se afastaram o quanto puderam e muitos morreram, fazendo com que os fazendeiros recorressem à importação de escravizados africanos para trabalhar na terra.
Em 1768, o povoado de São Roque foi elevado à freguesia do município de Santana de Parnaíba, passando à categoria de vila em 1832 e à cidade em 22 de abril de 1864.
A inauguração da Estrada de Ferro Sorocabana se deu em 1875 e atualmente abriga o canil municipal. A segunda e principal estação foi inaugurada em 1928, junto da agência de telégrafos. Atualmente existem duas locomotivas e vagões para a futura implantação do “Projeto do Trem Turístico”.

No século XIX houve uma nova chegada de imigrantes, principalmente italianos e voltam-se aos vinhedos, instalando suas adegas o que transformou São Roque na “Terra do Vinho“.

Mas ainda resta a esperança de um novo jeito de viver mais plural, e uma aldeia Guarani persiste na cidade atualmente:

Assim, estamos de volta ao Estádio Municipal Quintino de Lima!

No dia, jogavam duas equipes locais, e a torcida do Vila Nova fazia a festa.

As arquibancadas não estavam cheias, mas pelo menos estavam vivas!

O campo está em ótimas condições, olha aí o meio campo:

Até os bancos de reservas estão em dia!

O gol da esquerda:

O gol da direita:

Que linda área verde atrás deste gol da direita, não?

A arquibancada do Estádio “Quintinão” são bem interessantes, até que bem altas!

E com faixas e bandeiras, fica ainda mais bonita!

Em campo, jogo pegado! O futebol amador é assim em todo lugar!

Quem sabe seja um começo para o retorno do futebol profissional à São Roque…

Vale lembrar que dois times disputaram competições oficiais pela cidade, o AméricA FC, fundado em 4 de outubro de 1914:

Olha que linda foto do site História do Futebol:

E o segundo time, o Clube Atlético Paulistano, fundado em 28 de novembro de 1950. Imagem do site Gino Escudos:

Após anos disputando os campeonato amadores, construindo um legado de glórias como o time de 1958:

Olha o time nos anos 70:

Aqui, em 79

O CA Paulistano estreou no profissional em 1986 na 3ª divisão e começou apavorando! Líder da primeira fase:

E da segunda fase!

Só acabou caindo nos penaltys na semifinal frente o Descalvadense

Eis o time que disputou a 3ª divisão em 1986:

Em 1987, não se classifica para a 2ª fase temrinando em 4º do seu grupo (somente o líder do grupo se classificava).
Em 1988, acaba indo jogar a 4ª Divisão, e se classifica para a segunda fase na 2ª colocação, e terminando a segunda fase em 2º, quando só o líder iria pra fase final…

Em 1989, mais uma vez o time se classificou para a segunda fase e terminou ali sua jornada.

Em 1990, mantém a sina de não passar da segunda fase.
Em 1991 volta à 3ª divisão e novamente faz uma boa campanha, por pouco não chegando à fase final…

Joga a 3ª divisão novamente em 1992 e 1993, fazendo campanhas ruins levando o time para a série B2 (a 6ª divisão) de 1994, na qual ficou em último lugar.
Na edição de 1995 fez uma campanha melhor se classificando para a fase seguinte…

Na fase final, acabou em 5º.

Em 1996 e 97 se licencia e volta em 1998 na 5ª divisão, quando fica em 4º lugar e não se classificando para a fase final.
Licencia-se novamente em 1999 e 2000 e retorna para jogar a Série B3 (6ª divisão) em 2001, ficando em 10º lugar na primeira fase.
Em 2002, outra má campanha, terminando em 9º lugar na primeira fase.
Licencia-se mais uma vez de 2003 a 2007 e volta em 2008 para sua última participação, até o momento, na 4ª divisão…

Dá ou não pra sonhar com a volta do time?

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As Mil Camisas no Estádio Kleber Andrade

Todo carnaval tem seu fim… Mas o carnaval de 2021 ainda não tinha terminado, já que até hoje eu não havia postado as fotos sobre esse rolê até o Estádio Kleber Andrade, em Vitória-ES!

Como sempre, o carnaval foi mais regado à praia do que à samba…

E salve o bloco dos lagartos!

Pra quem não conhece Vitória, Vila Velha e a região metropolitana, não sabe o que está perdendo. É um rolê barato e muito legal!

Ok… Rolou um sambinha na avenida sim kkk

Mas nosso foco também era conhecer outros estádios capixabas, e hoje vamos falar do nosso rolê até o Estádio Estadual Kleber José de Andrade, ou simplesmente Kleber Andrade, localizado no bairro Rio Branco, em Cariacica, na Região Metropolitana da Grande Vitória. O nosso guia local foi o amigão Thiago!!!

Inaugurado em 1983, o Estádio era a casa do Rio Branco Atlético Clube.

Em 1972, o Rio Branco vendeu o seu estádio original (o Estádio Governador Bley), onde seria construída a Escola Técnica Federal do Espírito Santo (atual Instituto Federal do Espírito Santo). Foto abaixo do site GE da Globo:

Assim era necessário um novo campo e pra isso, o Rio Branco adquiriu um terreno no bairro de Campo Grande em Cariacica.
O nome é uma homenagem ao ex-presidente Kleber José de Andrade.
A inauguração parcial do Estádio foi no ano de 1983, em um amistoso entre Rio Branco e Guarapari. Foto da A Gazeta:

O maior público registrado foi em uma partida entre o Rio Branco e o Vasco da Gama-RJ, válida pelo Campeonato Brasileiro da Série A de 1986 e vencida pelo time capixaba por 1 a 0, com 32.328 pagantes e público presente estimado extraoficialmente em mais de 50 mil pessoas. Foto do site A Gazeta:

Foi campo de treinamento para a seleção de Camarões durante a Copa do Mundo, o que permitiu uma ampliação de sua capacidade para 21 mil torcedores.

As arquibancadas do estádio foram inspiradas em obras de Piet Mondrian, como Composition II in Red, Blue, and Yellow. Chique né?

Mas ficou mesmo bem diferenciado o visual, né?

Me lembrou o Estádio do Leiria em Portugal (Lembra? Estivemos lá e dividimos aqui com você…):

Em 2008, o estádio foi vendido por aproximadamente 7 milhões de reais para o governo do Estado do Espírito Santo, devido às dívidas do Rio Branco.
Assim, o Governo realizou uma série de reformas e pensando na Copa, foi reinaugurado em 3 de junho de 2014.

Aqui, uma foto da partida entre os Estados Unidos e Senegal durante a Copa do Mundo FIFA Sub-17 de 2019.

A nós, cabe apenas um último olhar e um… “até logo”… Quem sabe?

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O Estádio da ASPMSA (Santo André)

Antes de mais nada… ASPMSA é a sigla para Associação dos Servidores Públicos Municipais de Santo André, um clube fundado em 24 de maio de 1958, declarado de utilidade pública pela Lei municipal nº 6.412 de 08/06/1988.
Nesse mesmo ano de 1988, foi inaugurado o campo de futebol da Associação e é dele que vamos falar hoje.

Atualmente, o campo é um dedicado ao uso dos sócios da Associação, e tem uma estrutura simples, mas muito bem cuidada, com gramado em ótimo estado e até uma arquibancada coberta.

Até os bancos de reserva estão bem cuidados!

A vista da arquibancada em foto feita lá do outro lado:

Veja aqui o gol da direita (atrás dele estão as estruturas do clube, quaadras, campo de soçaite, academia e etc):

Aqui, o gol da esquerda, atrás dele, do outro lado da rua, fica o campo do EC Sete de Setembro:

Aqui o meio campo. Interessante observar que atrás daquele muro fica a divisa entre Santo André e São Bernardo e do lado da outra cidade está o campo do Nacional da Vila Vivaldi (estivemos lá para acompanhar a final do Amador do Estado, veja aqui como foi).

Aqui dá pra ter ideia de como os 3 campos ficam próximos:

Hora de mostrar em vídeo como é o campo da ASPMSA:

Mas, existe um fato esquecido referente a este campo que me chamou mais a atenção do que as árvores ao redor do campo…

Quem me chamou a atenção sobre esse fato foi o Fernando do site Jogos Perdidos, em sua pesquisa sobre a Copa São Paulo de Futebol Júnior.

Ele me disse que o campo que atualmente serve aos sócios da ASPMSA, já foi utilizado oficialmente em uma partida válida pela Copinha de 1990!

Aproveitei a dica para pesquisar nas bibliotecas da região os jornais da época, e localizei matéria do dia 9 de janeiro de 1990 que registra que o GE Tiradentes (de Brasília) enfrentou o poderoso Grêmio de Porto Alegre ali!

Aqui, recorte da notícia do Diário do Grande ABC:

Também encontrei um registro que prova que o Náutico Capibaribe enfrentou o mesmo GE Tirandentes, no dia 11 de janeiro de 1990.

Aqui, a matéria do Diário daquele dia:

Enfim… O futebol em Santo André tem muito mais história do que apenas o Estádio Municipal Bruno José Daniel!

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O rebaixamento do Ramalhão

Domingo, 10 de março de 2024.
Última rodada da primeira fase do Campeonato Paulista da série A1, em campo Santo André x Ponte Preta.

Cada time entrou em campo com um sonho: a Ponte Preta queria a classificação, enquanto o Ramalhão lutava pela manutenção na primeira divisão.

Mesmo sendo o último jogo, tivemos novidades: o novo formato da loja em dias de jogo:

A torcida da Ponte Preta compareceu em peso!

O lado do Santo André também estava cheio, com as organizadas cumprindo um papel importante na bancada, começando pela Fúria que levou seus lindos bandeirões!

Olha o aí com as nossas tradicionais bandeiras.

Aí está o pessoal da Esquadrão!

A TUDA também esteve lá, como o faz há mais de 40 anos!

Também tivemos boa presença do torcedor comum

Só pra sentir o clima, aqui o meio campo:

Gol da esquerda:

E o gol da direita:

A nossa turma também sofreu junto mais uma vez…

O Esquerdinha realizou um protesto materializando em sua fantasia como se sentiu como torcedor com essa queda para a A2.

Mas o fato especial deste jogo, encabeçado pelo Doug, foi a presença da faixa homenageando duas torcidas dos anos 70 do Ramalhão: a Jovem e a Ramachões e Ramalhetes.

A ideia faz parte do movimento “Brunão Raiz” e visa resgatar a história das nossas bancadas e foi lindo ver que torcedores antigos puderam rever duas faixas de torcidas que fizeram história junto ao Ramalhão, como o Mauricio e o Joel!

A Vera, que é uma das Ramalhetes, também esteve presente nesse jogo e ficou feliz em rever a faixa que por tanto tempo fez parte da sua vida.

Claro que eu não ia deixar de sair numa foto histórica como essa!

Em campo, o time resumiu muito o que foi o nosso campeonato esse ano: teve boa posse de bola mas criava poucas chances de gol, o que acabou frustrando um pouco a torcida…

O que mudou a cara desse jogo em específico, foi a entrada do menino da base Alexiel, que marcou o gol da primeira vitória do Santo André aos 24 minutos do 2º tempo.

Mas mesmo com a vitória, o Guarani bateu o RedBull em um jogo maroto e o que não queríamos aconteceu: Santo André rebaixado para série A2. E sendo torcedor, isso dói demais…

Respeito as opiniões contrárias, mas não acho que o nosso time era franco favorito à queda. Perdemos pontos essenciais em casa (empates contra o Novorizontino, Água Santa e Inter de Limeira) e isso nos custou caro.
Infelizmente, faz parte. Caímos ao lado (aliás, à frente) de outro grande time paulista: o Ituano.
Assim, ano que vêm é tempo de voltar à série A2…

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