112- Camisa do Paraguaçuense

A 112ª camisa de futebol vem mais uma vez do interior paulista, de uma cidade que eu aprendi a conhecer graças ao futebol. Trata-se de Paraguaçú Paulista.

Mesmo sendo próxima de Assis, onde meu pai e meus avós viveram por muitos anos, só fui conhecer a cidade graças a um jogo contra o Paulista de Jundiaí, no início da década de 90. O nome do time era diferente e nunca mais sairia da minha cabeça: E. C. Paraguaçuense.

O Esporte Clube Paraguaçuense foi fundado em 1965, por funcionários da prefeitura. Por isso, naquele momento, o time recebeu o nome de Esporte Clube Municipal. Foi com esse nome que jogou o primeiro campeonato profissional em 1966, pela Quarta Divisão. Em 1967, o “Municipal” venceu a Associação Esportiva Cobrapa, time patrocinado por uma usina da região de Xavantes, em campo neutro, no estádio da Ferroviária de Assis. Com a vitória por 2X1, o time sagrou-se vencedor da 1ª série, e juntou-se aos vencedores das outras três séries para a decisão do título paulista. Na fase final a equipe ficou com o vice campeonato, ficando o título com o Minister Clube da capital (contribuição do amigo Júlio Bovi). Assim, em 1968, 1969 e 1970, disputou a Terceira Divisão. O time abaixo, embora jogando com o uniforme do ABC (antigo time da cidade) era mesmo o time do Municipal, de 1968. De 1971 a 1974 o futebol da cidade não teve representantes no futebol profissional. Somente em 1975, o time voltou ao profissionalismo disputando a terceira divisão. Aqui, o time de 1980: Paraguaçuense 1980 Em 1981, uma novidade. Nasce a nova denominação do time: Esporte Clube Paraguaçuense. Assim, já com o novo nome, veio também um maior apoio da prefeitura e até 1992, o “Azulão” disputou a terceira divisão. Em 1993, disputa pela primeira vez a série A2, e conquista o título de campeão. Entretanto, neste ano a Federação reestruturou as divisões e o acesso do Paraguaçuense “não valeu”. O que aconteceu foi que os dois grupos da primeira divisão (cada um com 16 equipes) se transformaram em duas divisões, a A1 e a A2. Assim, a segunda divis~´ao, disputada até então acabou concedendo acesso a série A2. O time que conquistou o título é o da foto abaixo, com os seguintes jogadores: Carlos Alberto, Carlão, Mozer, Paulo César, Haroldo e Silvio, agaixados estão: Cássio, Alexandre Lopes, Carlinhos Preta, Delém e Toti.

Assim, em 1994, o time disputa a série A2, terminando o campeonato no meio da tabela (décima primeia colocação) sem ser rebaixado e sem o acesso, mas com nomes no elenco como Narcísio e Marcelinho Paraíba.

O time conseguiu se segurar na forte série A2 até 2002, quando foi rebaixado para a terceira divisão. E em 2003, na sua reestreia na terceira divisão o time acabou rebaixado, junto da Ferroviária para a temida 4ª divisão. Em 2007, disputando a 4ª divisão, o Paraguaçuense fez sua última aprição pelo profissionalismo. O time chegou a perder por W.O. A equipe que disputou o último campeonato oficial foi a da foto abaixo (foto feita pelo pessoal do “Jogos Perdidos” veja mais em: http://jogosperdidos.zip.net/arch2007-06-16_2007-06-30.html):

O mascote do Esporte Clube Paraguaçuense é o pássaro Azulão, apelido do clube devido a cor de seu uniforme.

 Encontrei um belo vídeo no youtue com a história e as formações clássicas do time, confira!

Aqui, pode se ouvir o hino (não que o áudio esteja mil maravilhas…):

O Paraguaçuense mandava seus jogos no Estádio Carlos Affini com capacidade para 15 mil pessoas.

Fizemos o vídeo abaixo, na época de nossa visita ao estádio, que pode ser conferida aqui:

Infelizmente o estádio está um pouco abandonado. Só o pessoal do futebol amador ainda o utiliza e a prefeitura parece ter esquecido a antiga casa do Azulão…

Ficamos torcendo para um possível retorno da equipe ao profissionalismo!

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Itapirense se garante na A3 com emoção ao máximo!

Itapira acompanhar o último jogo da Sociedade Esportiva Itapirense pela série A3-2010. Chegamos fácil no Estádio (fica bem perto da entrada da cidade), e os carros estacionados na rua mostravam que teríamos um bom público no jogo. Também… Prometia ser um belo jogo! A Itapirense enfrentava o Taubaté e precisava de uma vitória para escapar do rebaixamento para a terrível e temível série B do Campeonato Paulista. O jogo seria no Estádio Municipal Coronel Francisco Vieira, A torcida local aparentava estar chateada com a má campanha do clube neste ano, e pegou no pé dos jogadores da casa o tempo todo. A raiva atingiu o limite quando o Burro da Central abriu o placar, num contra ataque, após uma sequência de bons lances mal aproveitados pelo ataque da Esportiva. Mesmo assim, em meio às reclamações e cobranças, a torcida seguia apoiando e ajudando o time a pressionar o Taubaté! É interessante como a torcida se identifica com o jogador Joel, zagueiro e capitão do time. O Estádio já é de bom porte (cabem quase 5 mil pessoas), mas mesmo assim, já iniciou-se a construção de uma nova arquibancada atrás do gol. O símbolo do time, e as cores vermelho e branco estão espalhados por todo o Estádio. Ah, mais uma vez, enfrentamos um belo calor (jogo às 10hs tem disso…), e o jeito foi experimentar os sorvetes de Itapira! O clima do estádio era muito bom, mesmo com a derrota. Como eu sempre digo, o futebol tem coisas muito mais importantes do que o resultado. É uma sensação única poder ver a cidade reunida em torno de um mesmo fato! Muita gente que acompanha o time há bastante tempo estava lá pra ver o “Coelho” manter-se na A3. Falando em Coelho, o pessoal da “Kueio Loko” também compareceu em peso e animou a festa! Veio o intervalo e fomos conhecer o pessoal da diretoria e da imprensa do clube. Acabamos batendo um bom papo com o Humberto Butti (do excelente site www.esporteitapirense.com.br ) e até com o prefeito, que é sobrinho do Belini, o capitão da seleção de 1958, que enchia os olhos com sua garra em em campo! Assim, o tempo passou rápido e quando vimos o segundo tempo já havia começado, e ali estavam os últimos 45 minutos do jogo, para a Itapirense marcar 2 gols, virar o jogo e manter-se na A3. E não é que logo de cara a Esportiva mandou 1×0 pra cima do Taubaté, colocando fogo no jogo!!! E quando tudo parecia caminhar para um final feliz para a torcida de Itapira, o Taubaté mostrou porque ainda sonhava em ocupar a 8a vaga do G8. Gol do Taubaté… 1×1 A tristeza caiu como chuva na cabeça das pessoas que minutos antes tinham certeza na virada. Muitos se levantaram e começaram a deixar o Estádio, menosprezando qualquer reação do time da casa. A equipe 10 de esporte da 91,1 FM não podia acreditar. O jogo ficou triste, sem graça, teve até cachorro entrando em campo, a torcida ficara quieta, como se aguardasse o passar do tempo para assumir a sentença proferida… A queda para a série B… Foi quando poucos acreditavam, que o milagre começou… O pessoal do Kueio Loko, já tava quase dentro de campo, ali no alambrado e demorou até acreditar… Era penalty para a Itapirense… O goleiro foi expulso, um jogador da linha foi para o gol do Taubaté… E gol da Itapirense! Mas já eram 45 minutos do segunto tempo… Eu e a Mari já registrávamos nossa presença em mais um estádio do interior paulista quando o improvável aconteceu… Nem lembrei de fotografar o que vivíamos… Não dava pra acreditar… Joel… o herói da torcida fez o gol de desempate… Gente chorando, gritando, pulando no alambrado… Foi o grande momento do ano. Nos despedimos com alegria pela festa da torcida local. Nos vemos pelos estádios….

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