O site passou as últimas semanas dando atenção apenas ao lado rubro verde da cidade de Rio Claro, mas você há de concordar que foi por uma justa razão… Para equilibrar as coisas, hoje vamos falar do lado azul da cidade, mostrando o Estádio Municipal Dr. Augusto Schmidt Filho, a casa do Rio Claro.
O Estádio Augusto Schmidt, o “Schmidtão” foi inaugurado em 28 de janeiro de 1973 em um Rio Claro 1 x 2 Corinthians.
Estivemos acompanhando uma partida decisiva nele em 2016, pela série A2 do Campeonato Paulista entre o Rio Claro e o Santo André.
A partida era válida pelas quartas de final, e após ter perdido em casa por 1×0, o Santo André foi até Rio Claro em uma noite chuvosa, em busca de um milagre…
Choveu tanto aquela noite que a própria torcida local acabou prejudicada e presente em baixo número.
Após abrir 2×0 e ter a certeza do milagre realizado o Santo André aguardava o fim do jogo quando, batendo uma falta na entrada da área, o Rio Claro marcou o seu gol levando a partida para a decisão por penaltys, onde finalmente o time visitante conseguiu carimbar a vaga para a semifinal, para a festa da sua torcida.
Confesso não lembrar se depois deste dia voltei ao Estádio, mas fato é que em 2023, acabamos dormindo uma noite em Rio Claro e aproveitei para rever o Augusto Schmidt!
O Estádio foi inaugurado com o nome de Dr. Álvaro Perin, e teve o Corinthians, o São Paulo, e o Velo Clube, como primeiros adversários. (28 de janeiro de 1973: Rio Claro 1-2 Corinthians, 4 de fevereiro de 1973:Rio Claro 0-1 São Paulo e em 11 de fevereiro de 1973 – Rio Claro 1-0 Velo Clube)
E realmente o Estádio não só é espaçoso, como está muito bem conservado e bonito, todo pintado em azul e branco!
Pra quem acha que o futebol do interior não é cheio de emoções, vale lembrar que nos últimos 20 anos este estádio viu o Rio Claro ser vice-campeão da Série B2 do Campeonato Paulista em 2001.
No ano seguinte, foi campeão da Série B1 conquistando o acesso à Série A3.
Em 2005, viu o acesso para a Série A2 e o vicecampeonato da Copa Paulista.
Em 2006, chega o inédito acesso para a Série A1. E daí pra frente foi aquele sobe e desce que se encerrou em 2016, quando foi rebaixado para a série A2 onde permanece até hoje.
O Rio Claro sofreu em 2024 um duro golpe: viu o seu rival voltar à série A1. Assim, em 2025, é missão da torcida e da diretoria levar o time até a primeira divisão para quem sabe fazer o derbi na série A1!
Sábado, 19 de agosto de 2023. Estamos em Jahu, cidade do interior paulista muito conhecida pela comercialização de calçados, pelo agronegócio e também pelo seu time de futebol: o XV de Jaú. Quem não se lembra do time de 1988, com Kazu e Nílson no ataque!
Muito antes da chegadas dos bandeirantes, a região era ocupada por diversos povos indígenas, principalmente pelos Kaingangues (foto abaixo “recortada” do Projeto Museu Ferroviario). O próprio nome da cidade veio da língua Tupi-Guarani: Ya-hu que significa peixe guloso. Aliás, desde 2011, existe uma lei que oficializa o nome da cidade como Jahu (com “h”).
A chegada dos bandeirantes se deu pelos rios estabelecendo-se na Barra do Ribeirão do Jaú (ribeirão que atravessa o município), e os primeiros povoadores chegaram por volta de 1840. Logo surgem as moradias e até o Mercado Municipal, inaugurado em 1899, recentemente reformado e reaberto!
A cidade atualmente tem como grande atrativo o Shopping “Território os Calçados” e conta com mais de 150 mil pessoas. Escolhemos o Restaurante Ítalo Libanes para almoçar, pouco antes do jogo…
Logo após o almoço, nos dirigimos para o Estádio Zezinho Magalhães onde ocorreria o embate que definiria a classificação do time local para a fase seguinte do Campeonato Paulista da Segunda Divisão.
Estava esperando uma movimentação maior em frente ao Estádio, pelo fator decisivo, mas mesmo assim, dava pra sentir um clima diferente!!
Bacana ver a fachada do estádio tão bem cuidado!
A cidade tem disponibilizado esses “totens” informativos que fala um pouco de pontos históricos de Jahu.
Também vale reforçar a linda loja oficial do clube, pena que no dia do jogo ela estava fechada… Meu bolso agradece kkkk.
Comprei meu ingresso via o site Sou da Liga. Confesso que achei um pouco salgado o preço do ingresso: R$ 40 a inteira e R$ 20 a meia. Não sei o quanto isso impactou o público, mas sem dúvidas foi um ponto negativo…
Como só tinha o ingresso digital, fiz a foto com um que encontrei no chão, curiosamente esse se apresentou com valor de R$ 0…
Antes do início da partida fiz o tradicional registro do estádio, começando pelo meio campo:
O gol da esquerda:
E o gol da direita, onde fica o portão de entrada:
Sente um pouco do clima do estádio:
Logo de cara, parabéns à Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social de Jahu que em uma linda ação de inclusão levou os assistidos do Centro de Inclusão Social e Convivência (CISC) para acompanhar a partida. Confesso que um dos momentos que fiquei mais emocionado foi vê-los indo embora no fim do jogo e enquanto uns ainda gritavam “Gaaaloooooo”, outros pediam desculpas por não terem dado sorte ao time…
E prepare o seu coração, porque lá vem os times!
Os times se apresentam à torcida e se preparam para o embate!
E a torcida se põe ao seu lado!
Sente o clima:
Antes de me preocupar com o jogo em si, fiz alguns vídeos de olhar geral do estádio:
Mas agora é hora da faca nos dentes, os times se unem em suas últimas palavras. Confesso que queria ouvir o que cada time comentou entre si, porque o fim dessa história é no mínimo estranho… Afinal, o Joseense chegou sem ter chances de se classificar mas o que se viu foi um time com mais vontade do que o próprio XV…
E começa o jogo!!!
O Galo da Comarca começa deixando claro que seria o time a propor o jogo!
Mas desde cedo faltava sorte e carinho nos detalhes finais, mesmo nas chances mais claras, como faltas e escanteios.
Isso trouxe dois problemas: o nervosismo do time que claramente começou alto e cresceu a cada minuto e… o reflexo na arquibancada… Infelizmente muitos lembravam dos últimos anos, temendo que o mesmo filme ocorresse…. Isso se traduzia a muitos gritos de reclamações durante o jogo…
Nessas horas, a organizada faz a diferença, a Galunáticos apoiou sem parar desde o início da partida!
Pior que chances não faltaram… Foram muitos escanteios e incrível como nenhum deles foi transformado em gol…
E o Joseense se fechava com 11 jogadores lá atrás, tornando necessário voltar a jogada para o próprio campo de defesa do time da casa, o que tornava a irrita a torcida…
A Galunáticos se divide entre o apoio incondicional e ao mesmo tempo o nervosismo… Tudo o que eles não queriam era passar novamente por uma eliminação em casa…
Só pra lembrar, o XV dependia apenas de si mesmo para se classificar. Uma vitória simples classificaria o time, independente do outro jogo (Uniao São João x Nacional) e por isso, a torcida segue passando energia para o time!
E desce o time… e nada de gol 🙁
E o reflexo é a decepção da torcida…
E o tempo passa rápido pra quem precisa construir o resultado…
O primeiro tempo chega ao fim em um 0x0 com muitas críticas…
O intervalo permitiu analisar a Culinária de estádio, com dois destaques: os churros…
E a turma da pipoca:
Aproveitei pra dar uma caminhada pelo estádio e fotografar outros ângulos:
Aqui, um olhar lá do outro lado, pelo caminho de entrada do portão principal:
Outro momento emocionante foi reencontrar o craque Paulinho Mclaren, cuja entrevista, por coincidência eu repostei essa semana (clique aqui e veja!):
O clima na arquibancada começava a dar sinais de que a torcida já não aguentava mais esperar… Era o momento ideal pro XV ter aberto o placar e conquistado novamente a confiança de sua torcida!
O segundo tempo começa e o XV continua pressionando, sem grande efetividade, pecando principalmente na última bola…
O time precisa ganhar, a torcida tá pilhada, vem um escanteio e …
Pra piorar, o Joseense começa a ameaçar a meta do bom goleiro Romário…
Fiquei chateado também porque gosto do trabalho do Campagnolo como treinador, e vê-lo ficando cada vez mais irritado (isso também no jogo de 4ª feira passada contra o Nacional) me deixou mal… Claro que vários torcedores colocaram nas costas dele a eliminação que ainda viria…
O jogo foi chegando à parte final e o clima ficando mais quente…
O time desperdiça mais uma falta:
E o que parecia ruim conseguiu ficar pior… Aos 27 minutos, um chutão pra frente se transformou em um incrível lançamento que encontrou Júlio livre na entrada da área que apenas encobriu o goleiro Romário marcando o gol que eliminou o XV.
Depois do gol, o XV desabou… E a própria torcida também…
É o fim do jogo…
Outra coisa me deixou triste além da eliminação do XV, foi o público cada vez menor que tem acompanhado o time, mesmo em um motivo decisivo como este… Foram apenas 551 torcedores e sem dúvidas, a derrota de hoje só atrapalha ainda mais a relação do clube com a cidade…
O jeito foi terminar a noite com uma pizza incrível na Don Filippi …
Também demos um pulo na Catedral central…
Estava rolando a Festa das Nações e tava bem legal!
Agradecemos a todos com quem conversamos e foram tão bacana conosco…
Sábado, 5 de agosto de 2023. Depois de curtir uma praia no Gonzaga, onde em 1982 (41 anos atrás !!!) Raul Seixas fez um showzaço (clique aqui e relembre!), subimos o morro da Nova Cintra até o bairro Jabaquara, também conhecido por “Caneleira” para mais uma partida pela Segunda Divisão do Campeonato Paulista.
O nome Nova Cintra foi dado por Luís de Mattos, português que viu semelhança com a “Sintra“, portuguesa. O caminho para o Estádio Espanha é tranquilo e permite conhecer uma parte de Santos pouco divulgada, mas com seu charme, seja pela Paroquia de São João Batista, que alguns dizem ter sido construída ainda no século XIX…
Seja pela Lagoa da Saudade, que teria se formado na cratera de um vulcão e abrigado diversos jacarés…
Pelas características da natureza, é certo que antes da chegada dos portugueses, havia ocupação indígena para aproveitar a abundância de água e demais recursos. O nome Jabaquara seria uma versão aportuguesada de Yab’a’kwara, algo como “o buraquento”, por causa do antigo riozinho cheio de buracos que por ali passava. O bairro ficou mais conhecido por conta do famoso quilombo de mesmo nome: Jabaquara.
Até 1922, havia um elevador hidráulico, atendendo à população, quando um grave desastre veio dar fim a ele.
A ocupação portuguesa se deu ainda nos tempos de Martim Afonso de Souza, quando foi criado um núcleo agrícola no alto do morro. O bairro se desenvolve e assim como na cidade surgem os canais. Aliás, bem em frente ao canal da Av. Francisco Ferreira Canto está o Estádio Espanha!
E ali já teve muita história rolando… Olha essa foto linda do Jabaquara de 1966:
O Estádio Espanha foi inaugurado em 7 de setembro de 1971, e 52 anos depois, lá vamos nós pra uma partida da Segunda Divisão!
Pelo adesivo que vi em um dos carros, sabia que ia encontrar uma das figurinhas carimbadas do Jabaquara, o sr. Hilário Garcia Carvalho, também conhecido como “Jabuca“.
E olha quem estava ali na entrada, ele mesmo, o maior torcedor do Jabaquara!
Antes de entrar, fiz questão de dar uma passada pela parte social do clube, para registrar a estátua em homenagem ao maior ídolo da história do Jabaquara, Gylmar do Santos Neves. Gylmar faleceu em agosto de 2013 e jogou pelo Jabaquara entre 1945 e 1951. Aqui, a foto da inauguração, em 2015:
E aqui, a estátua no dia do jogo:
Vale recordar, que em 1924, o clube tinha sua sede no bairro do Macuco, e mandava seus jogos no Estádio Antonio Alonso:
Ingressos em mãos, vamos lá!
Bandeiras hasteadas, e tudo pronto! O Estádio está lindo!
Até camisas do time estão disponíveis para a venda por R$ 75.
Os times entram em campo pressionados pois nenhum deles venceu nas duas primeiras rodadas da terceira fase.
Assim, é com certo nervosismo que a partida começa no tradicional “Estádio Espanha” neste embate válido pela 3ª fase do Campeonato Paulista da Segunda Divisão de 2023.
O Estádio Espanha tem capacidade para mais de 8 mil torcedores.
Existem arquibancadas nos 4 lados do campo, mas o público se concentra mesmo na arquibancada que fica junto à entrada do Estádio, principalmente porque nos jogos a tarde é onde fica a parte da sombra. E é aqui que ficamos!
Conforme a tarde foi caindo toda a bancada estava à sombra!
Do outro lado, mais uma grande arquibancada, que permanece vazia pelo baixo público, mas que está pronta para a volta dos dias de glória do Jabuca!
Este é o gol da direita, onde também se encontra uma arquibancada e que normalmente é disponibilizada aos visitantes.
Atrás do gol da esquerda é o espaço onde se coloca o pessoal das Organizadas do Jabaquara: a Fúria Rubro Amarela e a Torcida Jovem!
Ali está a faixa da Fúria Rubro Amarela:
Poder acompanhar um time como o Jabaquara Atlético Clube é uma verdadeira honra. Fico pensando até quando um time que representa um outro tempo e que não faz parte do grupo dos “gigantes” se manterá fazendo história…
O clube foi fundado em 15 de novembro de 1914 e conseguiu ultrapassar seu centenário mantendo ao seu redor uma legião de torcedores do bairro!
Mas a bola está rolando e é hora de dividir um pouco do clima de jogo no Estádio Espanha:
O gol impedido logo cedo aumentou a vontade de ganhar do time…
… e dos torcedores locais também!
Ainda que muitas das jogadas fossem de bolas paradas ou mesmo chutões desperdiçados ao acaso…
O CA Penapolense também levava perigo….
Mas o jogo não se limita ao campo, dê uma olhada nas arquibancadas e curta o espírito do futebol em Caneleira!
O Jabaquara aperta e faz da entrega a sua maior arma!
E de tanto apertar, em um ataque aos 35 minutos, Gabriel Patrez marcou o gol do Jabaquara para alegria de sua torcida!
Em meio às emoções, o primeiro tempo vai terminando…
Hora de curtir um pouco o Estádio e registrar a torcida que compareceu pra apoiar o Jabuca!
São poucos os times brasileiros que adotaram as cores vermelho e amarelo em seus uniformes, lembro-me apenas do Atlético Sorocaba, existiu algum outro?
De qualquer forma, é uma combinação bem chamativa nas bancadas!
O bar local teve trabalho dobrado, já que mesmo à sombra, o dia estava quente!
Bacana ver uma molecada presente na arquibancada. Quem sabe não darão sequência a essa história toda?
Aproveito o intervalo pra lembrar o início do time, ligado a um grupo de jornaleiros espanhóis que reuniam-se no bairro do Jabaquara para praticar o futebol. Conta-se que foi um senhor negro, ex-escravizado foi quem propôs o nome e assim fez nascer o Hespanha Foot Ball Club.
O Hespanha FC estreou em competições profissionais no Campeonato Paulista de 1927, organizado pela LAF (Liga dos Amadores de Futebol), e saiu com o vice-campeonato do que equivalia à segunda divisão daquele ano.
Em 1929, seria o 3º colocado, depois disputaria o Campeonato da APEA de 1933 (novamente vice campeão) e 1935 (4º lugar), o da LPF de 1936 (7º lugar) e os campeonatos organizados pela Liga da LFESP de 1938 a 1940. Em 1941, foi um dos clubes fundadores da Federação Paulista de Futebol (FPF), e em 1942, após terminar em último lugar no campeonato, mudou seu nome de Hespanha para Jabaquara por conta da 2ª Guerra Mundial. Já nos anos seguintes, campanhas fracas, com o time terminando sempre nas últimas colocações. Nessa época, mandava suas partidas no Estádio Ulrico Mursa, da Portuguesa Santista. Aqui, o time de 1945:
Em 1952, termina em penúltimo e é rebaixado junto do Radium de Mococa para a segunda divisão. Retorna em 1955 e permanece até 1963, quando uma goleada para o Santos por 5×3 decreta novo rebaixamento. Nunca mais o Leão da Caneleira teve forças para retornar à elite. Em 1960, se estabeleceu em Caneleira, com seu Estádio Espanha. Em 1968 licencia-se do Campeonato. Em 1977, passa a disputar a “Segunda Divisão” (que equivalia ao quarto nível) até 1979. Em 1980 e 1982 joga a segunda divisão, com passagem pela 3ª em 1981, de 83 a 93. Em 1987, chegou à fase final, perdendo o acesso pra Sanjoanense, mas em 1993 sagrou-se campeão, com grande campanha!
O time acabou entrando na nova organização do futebol paulista e passou a jogar a série B1-A (o quarto nível). Entre altos e baixos, em 2002, novo título, dessa vez da série B3 do Campeonato Paulista. Confira matéria do Curioso do Futebol!
Bom, mas é hora de voltar para o segundo tempo porque lá vem o time do CA Penapolense, treinado por Oscar Souza, prometendo “botar fogo no jogo”.
O CA Penapolense voltou para o segundo tempo melhor arrumado e buscando o gol a todo instante!
O Jabaquara seguia tentando na bola parada…
Olha aí o estádio…
Um céu azul lindo, a natureza ao fundo…. e o Jabuca lutando para seguir existindo e quem sabe até voltar à Terceira Divisão…
O jogo entrava no tudo ou nada e o CA Penapolense se lançava ao ataque loucamente, abrindo espaços para o contra ataque. O time do Jabaquara perdeu a chance de matar o jogo dessa forma…
Esqueça as dores na canela, o jogo vale a vida para o Jabaquara!
Já nos acréscimos (o juiz deu 7 minutos) o CAP chegou ao empate para a alegria do narrador de Penápolis que foi o único a segurar o grito de gol por longos segundos…
Um triste golpe para a fiel torcida do time local…
Fim de jogo, o empate mantém um fio de esperança para ambas as equipes, mas de verdade, foi um placar ruim para os dois times. Veja como ficou a tabela de classificação do grupo (peguei lá do Futebol Interior):
E se alguém achou injusto o resultado, a revanche já tem data: no próximo sábado as duas equipes se enfrentam novamente no. “returno” desta fase, mas dessa vez no Estádio Tenente Carriço, em Penápolis.
Sábado, 15 de julho de 2023. Depois de termos acompanhado o Ramalhão pela série D no Rio de Janeiro e em Minas Gerais é hora de ver o time no Espírito Santo, em um jogo decisivo contra o Vitória FC!!!
Quem disse que não ia dar pra misturar um pouco de praia e futebol no mesmo rolê?
Eu sou fã da cidade, das praias e do futebol de Vitória-ES! É um passeio divertido, cheio de oportunidades e até que barato, mesmo indo de avião.
O Estádio a ser registrado hoje é o Estádio Salvador Venâncio da Costa, o Ninho da Águia!
Aí os amigos Gabriel e Gabriela, figuras mais que carimbadas nos jogos do Santo André, hoje, o Gabriel é o torcedor 100% nas partidas (em casa e fora) do ano!
Foi bom poder rever o amigo Marcos lá do Espírito Santo (da cidade de Serra) que esteve aqui em Santo André conosco e agora recebe nossa visita!
Ingresso em mãos, vamos ao campo!
Como a entrada dos visitantes estava fechada, pudemos conhecer um pouco da torcida do Vitória FC que nos recebeu muito bem! Venha conosco dar um rolê pelo Estádio!
Vale reforçar que embora já tenhamos visitado Vitória por várias vezes, esta é a primeira vez que conseguimos assistir a uma partida na cidade e no estado do Espírito Santo.
E que bom que ainda existem momentos em que podemos andar no meio da torcida adversária sem ter nenhum tipo de problema.
Aliás, pra quem critica as torcidas organizadas, elas tiveram papel decisivo nesse clima amistoso no estádio! Aí, o pessoal da Torcida Sangue Azul que representou nas bancadas locais!
Foi bom ver que o futebol capixaba parece estar no mínimo se renovando, já que muita gente desmerece o próprio estado e ainda adota times de outros lugares.
Pode se dizer que o Estádio Salvador Costa, embora tenha uma capacidade limitada, atende muito bem ao torcedor. E nesse jogo decisivo, embora estivesse do lado visitante, pude ver uma verdadeira festa na bancada local!
O Estádio Salvador Venâncio da Costa é conhecido como o “Ninho da Águia” e fica no bairro de Bento Ferreira, próximo ao centro da cidade.
A capacidade atual é cerca de 3 mil torcedores, mas quando foi inaugurado, em 1967, tinha capacidade para 5 mil pessoas.
Essa série D é um programa muito legal pra quem gosta de conversar sobre futebol com torcedores que não vivenciam a mesma realidade local que estamos acostumados. Muita gente ainda lembra e comentou comigo da Copa do Brasil de 2004!
O nome do Estádio é uma homenagem ao presidente do clube, responsável pela construção do estádio. Antes dele, o Vitória FC jogava no Estádio Governador Bley, em Jucutuquara
Aqui, a arquibancada ainda estava um pouco vazia, pois a partida ainda não havia começado, mas é bacana pra você ter uma ideia do espaço:
A inauguração do Estádio Salvador Costa foi em 2 de abril de 1967, com o amistoso Vitória 0 x 1 Botafogo-RJ. E hoje, aí estamos nós fazendo parte dessa história!
Aos poucos forma chegando mais torcedores e foi se criando um clima de decisão, como era esperado (e até desejado) por todos que gostam do futebol!
Times perfilados e é hora do jogo começar!
Bom, falando um pouco do nosso lado da bancada, as torcidas organizadas do Santo André também se fizeram presente: Esquadrão, Fúria e Ramalhão Chopp!
Olha aí o goleiro Ramalhin, Junior Beliatto!
Aqui, o atacante Rodrigo Carioca, que tem feito boas atuações pelo Ramalhão.
O Santo André terminou o primeiro tempo em cima do time local, o que deu grande esperança à torcida visitante.
Mas no segundo tempo, a torcida local botou pressão no alambrado!
Do nosso lado, muitos nos perguntavam se realmente a gente veio de Santo André só pra ver o jogo hehehehe.
Ficamos bem próximos do nosso banco de reservas.
O Santo André abriu o placar e virou o primeiro tempo assim.
Mas o estádio estava empolgado e no segundo tempo, um gol de penalty colocou fogo no jogo!
A festa da torcida local não parou por aí… O Vitória fez 2, depois 3×1!!
Saudações ao amigo Doug e o lindo trabalho que está fazendo de recordação do passado das torcidas do Santo André via o .ACERVO 1967
Segura o cara!!!
Bacana ver que as torcidas organizadas de Santo André e Vitória se respeitaram bastante!
Até o pessoal da Pantera Cor de Raça (do Democratas-MG) apareceu por lá!
Ao término do jogo, os portões do campo foram abertos e deu pra caminhar pelo gramado e sentir de perto a emoção da série D.
Aproveitei pra tirar uma foto com o Ney Barreto, técnico do Vitória FC, um novo nome para o futebol!
Fica o abraço pra amigo Leidimar, torcedor do Vitória!!
Páscoa de 2010!! Data de chocolate, diversão e … Rolê Boleiro, pra quem não vive sem FUTEBOL!
Aproveitamos o feriado e fomos até Poços de Caldas, para assistir ao jogo do Vulcão, pelo Módulo II do Campeonato Mineiro. Vulcão é o apelido do time Poços de Caldas Futebol Clube, já escrevemos sobre o time, clique aqui e relembre como foi!.
Antes de chegar lá, demos uma parada em Cosmópolis (terra natal da Mari) e depois, em Águas da Prata (também já escrevemos sobre o Estádio da cidade, clique aqui para lembrar!).
O detalhe é que na volta passamos lá de novo e deu pra vermos os macacos que habitam a região, bem próximo das barracas de alimentos.
Já em Poços de Caldas, antes de mais nada fomos até a tradicional fonte de água sulfurosa pra relembrar o quão fétida ela é…
Apesar do cheiro e da temperatura (ela é quente mesmo com o frio que estava), como dizem que ela tem diversas propriedades terapêuticas, encaramos o desafio e até tomamos um pouco…
Antes de irmos ao Estádio Ronaldo Junqueira, o Ronaldão, passamos ali pela praça e encaramos um belo lanche em um dos diversos traillers ali no centro.
Claro que escolhemos um trailler que tivesse uma cara mais boleira… Se liga no nome dos lanches:
A Mari preparou até um esmalte especial pra torcer pro Vulcão, cujas cores são laranja e preto (aliás, ela acabou de escrever sobre esmaltes, no blog dela, leia aqui).
Infelizmente, chegamos à cidade, junto do frio e da garoa, e pelo número de carros estacionados em frente ao Estádio, o público parecia não ser muito grande, mesmo sabendo que o Vulcão dependia do resultado para passar de fase e lutar pelo acesso à primeira divisão.
Nas bilheterias, descobrimos que o preço dos ingressos variava de R$2,5 (meia entrada da arquibancada descoberta) a R$ 15 (entrada integral para a coberta – que não é toda coberta).
Logo na entrada a primeira diferença dos estádios mineiros para os paulistas: O uniforme da polícia militar (sei que não dá pra ver muito bem, mas os policiais estão ali no fundo…)
Como já esperávamos, devido à chuva, o público era pequeno…
Fica registrada nossa presença em mais um estádio!
Ali, o pessoal da KuatiLoko, esperando o jogo começar!
E ali, próximo ao gramado, a famosa “Galera do alambrado“, infernizando o técnico adversário com sua poderosa buzina!
O mascote do time fica ali, atrás do gol, protegendo o time do Vulcão.
O tempo era frio, mas o jogo começou quente. Várias faltas e lances mais “pegados” caracterizaram a partida.
O técnico do Vulcão é Sandro Gaúcho, emprestado , assim como boa parte do time, pelo Santo André, para a disputa da segunda divisão Mineira.
Ah, dê uma olhada você mesmo em como é o campo:
A galera que ficou na arquibancada do outro lado, pagou menos, mas deve ter sofrido com o frio e a garoa que caia.
Do outro lado, uma parte do estádio coberta, assegurava ao menos lugares secos pra se sentar.
Fiquei com medo de ser visto como pé frio, porque após um contra ataque do Araxá, não é que os visitantes fizeram 1×0, tentando escapar do rebaixamento?
O Vulcão, que já esteve isolado na liderança vinha em queda, após uma sequência de 4 jogos sem vitória (1 empate e 3 derrotas). A própria torcida já começava a perder a paciência, quando o treinador Sandro Gaúcho colocou em campo o jogador Evandro.
E não é que o cara resolveu os problemas do treinador? Além de arriscar chutes de longa distância ele cadenciou o jogo no meio campo e ainda bateu o penalty sofrido ainda no primeiro tempo, igualando o placar.
Mas ainda era pouco para um time que iniciou tão bem o campeonato. Mais uma vez, jogada de Evandro, que recebeu no meio campo, avançou e cruzou na área para o cabeceio de Luciano, alterar o placar!
Ufa, pensei que a camisa que eu ganhara ano passado iria dar azar…
No segundo tempo, a chuva apertou. Nem a bateria da torcida resistiu ao frio e à água…
Ah, mas em campo, o tempo esquentou. Faltas violentas, reclamações constantes e até um princípio de desentendimento entre os atletas.
E ali, em frente à área, mas sem deixar de atacar junto do time, o herói da torcida Andreense e agora também, do pessoal do Vulcão… Sandro Gaúcho!
Os 2×1 praticamente classificaram o time com uma rodada de antecedência. Vamos ver se além disso, Sandro consegue dar o acesso tão sonhado ao time de Poços de Caldas. Leia mais notícias em: http://blogdovulcao.blogspot.com/
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