Na tarde de sexta feira, 27 de junho, a Arena Aclimação viveu um momento especial que vai ficar marcado na memória de muitos jovens atletas. Quem apareceu por lá foi ninguém menos que Pará, lateral multicampeão que passou por clubes de peso como EC Santo André, Santos, Grêmio, Flamengo e Portuguesa, construindo uma carreira marcada por superação, garra e títulos. O clima de treino deu lugar à empolgação quando o ex-jogador chegou para dar um alô aos meninos do Sub-15, que ainda estão dando os primeiros passos na trilha do futebol — a mesma que ele trilhou há alguns anos. Mais do que posar para fotos ou trocar abraços, Pará fez questão de conversar com a molecada, compartilhando um pouco de sua história e, principalmente, o começo difícil que viveu no futebol.
Ele contou como foi deixar a casa ainda jovem para correr atrás do sonho e como encontrou no EC Santo André o primeiro espaço para mostrar seu talento. Falou sobre a importância da disciplina, humildade e perseverança, valores que, segundo ele, o acompanharam até as grandes conquistas.
A presença de um ídolo como Pará — que já enfrentou os maiores clubes do Brasil, disputou finais históricas e levantou taças — ali, no campo onde tantos jovens sonham com o mesmo caminho, foi mais do que uma visita: foi uma injeção de esperança e uma aula de realidade.
Em tempos de imediatismo, ouvir alguém que veio de baixo e chegou ao topo com os pés no chão faz toda a diferença. E foi bonito ver nos olhos da garotada aquele brilho de quem passa a acreditar mais em si mesmo.
Pará foi embora, mas deixou ali uma semente plantada. Talvez dali saiam os próximos grandes nomes do futebol brasileiro. Talvez não. Mas com certeza, saíram dali jovens mais motivados, mais confiantes e conscientes do que é preciso para chegar longe. Vale lembrar que no sábado o Pará ainda esteve na bancada apoiando o Ramalhão:
Obrigado, Pará. E parabéns ao pessoal do Aclimação sempre de portas abertas para quem respeita e valoriza a base. ⚽💙
Sábado, 21 de junho de 2025. Depois de quase 18 anos de relação com Cosmópolis, finalmente vamos acompanhar uma partida válida por uma competição da Federação Paulista. Bem vindo ao Estádio Thelmo de Almeida e ao Campeonato Paulista sub 15 e sub 17.
Olha que bacana, o novo Estádio Thelmo de Almeida já tem capacidade para quase 4 mil pessoas…
E ali já estão prontos os espaços de expansão da arquibancada…
Ao lado, vem ainda um novo campo para os sócios do clube que, com tantas partidas oficiais, acabaram ficando com poucos horários para jogar aquela pelada de fim de semana…
As camisas que se enfrentam hoje são recentes: de um lado, os donos da casa defendem as cores do Cosmopolitano Sports, fundado em 15 de março de 2023, em parceria com o tradicional e mais que centenário Cosmopolitano Futebol Clube. Esse é o craque “Hulk” (Davy de Franco) atleta do sub-14 que estreou hoje no sub-15.
A última notícia que vem de Cosmópolis é que o time do Cosmopolitano Sports fechou uma parceria com o time da Lazio (veja aqui a notícia na página do time!). Aproveitamos a oportunidade para perguntar pro André sobre esse e outros fatos do clube, confere aí:
Olha lá as placas da Lazio no campo:
Já do lado visitante, temos o Sporting Club Paulinense, clube fundado em 2003 e filiado desde 2024 na Federação Paulista de Futebol.
O Allan contou um pouco sobre a história do time:
E lá vamos nós para um rolê pelo Estádio Thelmo de Almeida a começar pelo bar, muito bem equipado!
Nosso rolê pelo Estádio Thelmo de Almeida foi pra registrar mais do que jogos: viemos conhecer e registrar histórias que estão só começando. Estes são os times da categoria sub-15:
Em campo, jogo duro, disputado lance a lance, com garotos que sonham alto e jogam com o coração.
Nessas manhãs de domingo é assim: o sub 15 joga e o sub 17 acompanha e depois invertem-se os papeis!
No sub-15, o Cosmopolitano abriu 2×0 no primeiro tempo e depois administrou o resultado, mesmo com o Sporting (é assim que eles se autodenominam) apertando e buscando ao menos diminuir o placar adverso:
A torcida visitante fez bonito mais uma vez, apoiando seus meninos…
Mas o Cosmo (assim que eles se chamam nas arquibancadas) não teve dó e fechou o sub-15 com um 3×0, classificando-se para a segunda fase!
Já para a segunda partida da manhã, aí vêm os times do Sub-17, detalhe para o uniforme diferente do time de Paulínia:
E aqui, o enredo parecia que ia ser diferente… O Sporting Clube Paulinense começou apertando e fez 1×0, pra deixar menos triste os torcedores da cidade vizinha.
Aliás, o Sporting é um dos poucos times que se dedicam apenas às categorias de base mas mesmo assim tem uma torcida organizada! Já havíamos visto no derby paulinense (veja aqui como foi)
Entretanto, a manhã era mesmo do lado verde da arquibancada!
Aos poucos, o time do Cosmopolitano foi tomando conta do jogo…
E terminou ganhando de virada por 4×1! Assim como o sub-15, classificou-se para a segunda fase, contra novos adversários. E é pra isso que os meninos treinam! Para vencer novos desafios a cada dia!
Sábado, 24 de maio de 2025. Paulínia, cidade que há anos não tem um time nos campeonatos profissionais, recebe nas categorias de base do Campeonato Paulista sub-15 e sub-17 o seu derbi: Sporting Club Paulinense x Paulínia Futebol Universitário! Assim, voltamos, depois de tanto tempo ao Estádio Luís Perissinotto!
De um lado o Sporting Club Paulinense, fundado em 2003 e filiado desde 2024 na Federação Paulista de Futebol, disputando o dérbi como mandante. Do outro lado temos o Paulínia Futebol Universitário, que usa o registro do antigo Paulínia FC para competir!
O estádio, apesar de simples, ainda carrega aquele charme das tardes de futebol raiz que tanta gente sente falta. Aqui pode se ver o meio campo, com a estrutura dedicada à imprensa e diretorias dos times:
O gol da direita:
E o gol da esquerda, onde ao fundo você vê a arquibancada visitante.
A grata surpresa foi a torcida do Sporting que está levando a sério a ideia de se organizar para apoiar o time!
Bexigas, uma camisa própria bem legal e até uma faixa lá no campo garantiram um clima de jogo que não vimos em vários jogos da Bezinha esse ano…
A rivalidade ainda é recente, mas já desperta emoções dignas de clássicos históricos.
A bateria estava mesmo animada!
Mas nada disso foi suficiente para segurar o sub-15 do Paulínia FU, que mesmo jogando como visitante venceu por 3×1, para a alegria de sua torcida.
O lado do Sporting ficou bem chateado, disseram que a derrota não estava nos planos deles…
Findado o jogo do sub-15 fui dar um rolê pelo Estádio…
Entram as equipes do sub-17 e a expectativa é grande!
É bonito ver pais, familiares e torcedores vibrando juntos, mostrando que a base também movimenta corações.
Começa o jogo do sub-17…
A torcida segue animada mas como o sol era forte… O chapéu deve ter ajudado a manter a cuca fresca!
Para uma disputa de categorias de base o clima e a rivalidade estavam até um pouquinho acima do esperado…
As faltas próximas da área se tornaram as principais chances do Sporting…
Em campo, o jogo também estava pegado… A molecada entrou na pilha da torcida e estavam dando tudo de si.
E se em campo o Sporting jogava pressionando como mandantes devem fazer, na bancada, o pessoal da torcida tentava fazer o time se sentir em casa!
Escanteio pro Sporting…
Mas o gol… não saia…
Ainda dava tempo de ir para a outra entrada e acompanhar o fim do jogo pela torcida visitante do Paulínia FU.
Agora ao lado da torcida do Paulínia, foi a vez de torcer pelo time que, ao menos na tabela, está mais fraco.
Se do lado do Sporting, o chapéu era a arma contra o sol forte, do lado visitante, o guarda-chuva foi a melhor solução…
O clima do lado do Paulínia Universitário também estava quente, mostrando que embora o dérbi seja da base, o sentimento nas arquibancadas é profissional… E… olha o gol!!!
O campo, velho conhecido da cidade, sorria ao ver a vida voltar a correr por suas linhas e principalmente na bancada!
Entre olhares atentos de pais, amigos e curiosos, a base mostrava que o futebol da cidade está mais vivo do que nunca.
Durante o intervalo as provocações entre torcida, comissão técnica e time ficaram tensas… Mas nada saiu do controle.
A gritaria das torcidas e o barulho da bateria trouxeram de volta uma energia que o estádio não sentia fazia anos.
O Paulínia também desperdiçou chances em bola parada…
O jogo terminou no 1×0 para a bronca da torcida local. É nesse tipo de confronto que surgem as primeiras rivalidades, os primeiros ídolos e, quem sabe, os futuros craques.
Mais um dia vivendo a cultura do futebol! Mais do que resultados, esse tipo de jogo mostra que o futebol ainda pulsa forte nas cidades do interior, mesmo na base. No final da tarde, o dérbi teve ainda sua versão no sub 20, e com o mando era invertido, os visitantes do Sporting Club Paulinense venceu por 3×0.
Sábado, 3 de maio de 2025. É dia de conhecer um novo campo de futebol: o Centro de Treinamento Rei Pelé, a casa do Santos FC e ver um time pela primeira vez: o SC Aguaí!
A Mari fez questão de registrar a presença na entrada do campo que fica no Complexo Modesto Roma.
Embora fosse um jogo válido pela categoria de base, o sub 20 de Santos e do Aguaí, trouxeram bom público ao CT!
Já estivemos por duas vezes em Aguaí e não conseguimos adentrar ao Estádio Dr Leonardo Guaranha (veja aqui como foi!), o jeito foi conhecer o time de Aguaí como visitante…
Essa galera em primeiro plano é do interior e veio acompanhar o time, enquanto o pessoal do Santos ficou do alambrado para traz:
O CT fica bem próximo da Vila Belmiro em meio a uma cidade que não para de crescer. Olha que prédio bonitão que já existe ao lado do Estádio:
Em campo um jogo que começou bastante desigual, dava pra apostar naqueles placares largos a favor do Santos.
Mas o time local demorou pra abrir o placar, só no fim do primeiro tempo.
Não que o Aguaí não tivesse criado algumas chances…
Já no segundo tempo, o Santos ampliou para 2×0. Será que a goleada vem? Pois bem, assista aos melhores momentos e veja como acabou essa história…
Muito legal estar no CT do Santos e conhecer um local tão importante para as categorias de base do Peixe e do futebol paulista em geral.
Sábado, 19 de abril de 2025. Depois de alguns anos, voltamos ao Estádio Dr Hudson Buck Ferreira para acompanhar uma partida da SE Matonense válida pelo Campeonato Paulista sub 17.
Os jogos da base não tem cobrança, mas vale a foto na bilheteria:
E já que não precisa ingresso, vamos ao campo!
Confesso que não tinha grandes expectativas em relação ao público por se tratar de uma competição de base, mas me surpreendi bastante com a boa presença de torcedores!
Se você nunca esteve no Estádio da Matonense, recomendo uma visita, porque ele é bastante peculiar.
As cabines de imprensa são um charme à parte. As janelas e vitrais permitem a visualização do espaço onde os profissionais estão e mesmo aparentemente pequenas, certamente já abrigaram transmissões cheias de emoção. A sensação é de que qualquer rádio AM que se preze já teve alguém narrando ali um “grande clássico regional”.
Degraus estreitos, arquibancadas relativamente altas, um forte tom azul com alguns detalhes em amarelo… Seria exagero chamá-lo de “A Bombonera caipira“?
Essa é a vista do gol da esquerda, onde existe a sequência da arquibancada e que permite uma capacidade para mais de 12 mil torcedores.
Aqui, o meio campo, e é para onde está a maior parte da cidade.
E aqui, o gol da direita, onde não existe nenhuma arquibancada.
Olhando para a arquibancada principal, boa parte dela é coberta, oferecendo conforto aos torcedores e também dando uma característica visual ainda mais proprietária.
Na imagem abaixo dá para ver bem como as arquibancadas se juntam atrás do gol.
Entre tantos devaneios, lembranças e imaginações sobre quanta história já ocorreu neste estádio, quase acabei me esquecendo de prestar atenção na partida. Mas o time do Rio Claro logo chamou minha atenção ao abrir o placar em um contra-ataque fulminante!
O time da Matonense sentiu o baque ao ter seu gol vazado tão cedo e estando nos seus domínios, mas logo os próprios atletas procuraram se tranquilizar e buscar o “recomeço” do jogo.
Mas o time do Rio Claro parecia motivado a sair com os 3 pontos, e seguiu lançando-se ao ataque.
As partidas do sub-17 de hoje em dia são bastante disputadas e os jogadores já se apresentam com um comprometimento tático e físico similar ao dos profissionais.
Cada canto abrigava um personagem: o adolescente sonhador com a camisa do time, a mãe que gritava o nome do filho em cada lance, o vendedor de pipocas sonhando com dias de melhores públicos…
Conforme o sol da manhã ia surgindo dentre as nuvens e iluminando as estruturas do estádio, revelando detalhes da pintura, as bandeiras e a simplicidade que só o tempo oferece. Tudo ali parece ter parado para lembrar o que é o futebol raiz, mas muito bem cuidado!
Os meninos da SE Matonense foram guerreiros. Mas o futebol não tem coração. E não era o dia do time local… O Rio Claro fez 7. 7×0…
Mas sinceramente? O resultado foi o que menos importou. O importante foi reencontrar esse templo escondido do futebol paulista e registrar, mais uma vez, que os estádios também têm memória. E que a Matonense ainda vive.
Alheias ao que ocorria no campo, as crianças jogavam sem pensar no amanhã…
O jogo foi chegando ao fim e claro que rolou um clima meio melancólico…
Com o apito final, ficou no ar aquela atmosfera que mistura silêncio, frustração e um certo carinho pela presença em mais um dia de vida do Estádio. Era como se ao sair, o Dr. Hudson Buck Ferreira sussurrasse ao nosso ouvido: “Volte mais vezes, mesmo que o jogo não seja decisivo. O futebol sempre estará aqui.”
Já estivemos em Salto algumas vezes, seja para registrar o Estádio Alcides Ferrari, a sede do Guarani de Salto, o Estádio Luiz Milanez, lembra dele? Ele fica em uma ilha no rio Tietê, aliás olha como está alto o rio Tietê, no dia da nossa visita. O volume estava 4 vezes maior que o normal.
Dessa vez nosso foco foi registrar uma partida do mata-mata da Copa São Paulo 2024 entre o Botafogo-SP e o Floresta-CE:
Ah, e claro, também aproveitamos para registrar o Estádio Municipal Amadeu Mosca!
O Estádio Municipal Amadeu Mosca foi inaugurado em 1982 e chegou a receber um derbi entre a Associação Atlética Saltense e o Guarani (1×1), pelo Campeonato Paulista da Segunda Divisão de Profissionais. Cerca de 7 mil torcedores estiveram presentes naquela partida!
Apenas a partir de 1º de maio de 1992, o Estádio Municipal passa a se chamar “Amadeu Mosca“. E que estádio, hein?
Vale reforçar que a cidade conta com um novo time, o Sfera FC, fundado em 2021 como clube empresa, focado na formação de atletas. Uma pena que por ter se classificado em 2º, o Sfera foi jogar em outra cidade nesse mata-mata …
Ainda bem que o Sfera FC surgiu, porque um estádio com essa estrutura precisa rapidamente estar utilizado!
Aqui, o meio campo:
O gol da direita:
O gol da esquerda:
Quem mora na portinha acima dos sanitários?
Infelizmente o público não foi tão grande na partida, já que as duas equipes não possuem grandes ligações com a cidade de Salto…
Mas, o que vale é ter mais um estádio registrado durante uma partida!
O mais incrível é que o estádio pode ampliar suas arquibancadas se um dia quiser…
Mais um estádio que investiu em ter algumas áreas cobertas – o que pra Copinha significa muito!
E as bancadas tem um azul bem bonito, o estádio está todo limpo, e muito bem cuidado!
Sexta feira, 18 de agosto de 2023. Fazia algum tempo que não ia ao Estádio Municipal Giglio Portugal Pichinin, o tradicional “Baetão”. Assim, aproveitei a oportunidade de estar lá e ainda poder rever o VOCEM, time que tem papel importante na minha família!
É a penúltima rodada desta fase, e ambos os times tem chances de se classificar, portanto, o clima é bem legal e até que tem um público interessante para um jogo sub 20..
Lá vem os times…
Momento de concentração para esses garotos que sabem a importância dessa competição para a carreira deles…
E vai começar o jogo!
O time local começa mandando no jogo! O EC São Bernardo cria várias chances e antes da parada técnica abriu o placar em uma jogada aérea.
O EC São Bernardo tem várias iniciativas legais, mas vale reforçar uma que eu acho muito foda: o time down! Fica aqui os parabéns pelo 3º lugar na Copa do Brasil, o primeiro campeonato disputado.
Mas voltando à partida de hoje, o time soube se defender quando precisou!
Desde que o Cachorrão passou a usar mais o Baetão como casa, eles pintaram as arquibancadas de preto e branco e ficou animal! Aqui a visão do meio campo:
O gol da esquerda, onde está o portão principal do estádio:
Lá do outro lado estão os bancos de reserva e as comissões técnicas
Olha aí o goleiro visitante!
Após o gol, o jogo ficou mais parelho e o VOCEM decidiu atacar mais:
Mas o time do EC São Bernardo soube segurar a partida…
Os jogos nas categorias de base são sempre muito corridos.
O VOCEM ficou em cima até o fim do primeiro tempo!
Olha quantos prédios cercam o Estádio, algo que não existia 20 anos atrás…
O jogo se encaminhou para o final mantendo o placar inicial.
O próximo jogo do VOCEM é contra o Mogi Mirim, que está punido pela Federação, o que significa 3 pontos garantidos. Já o Cachorrão enfrenta o forte Mirassol(que amanhã ganha mais três pontos pois jogaria contra o Mogi). Só aí conheceremos os dois classificados!
Hoje foi dia de ver as crias da base do Ramalhão! E ao mesmo tempo de conhecer o time do Colorado Caieiras FC. Esse aí é o Zé que “posou” pra gente ter uma foto da camisa!
Aqui, a molecada do sub 15, depois da derrota por 2×0 pro EC Santo André.
O Sub 17 começou acelerado.
O Santo André fez 2×0 no primeiro tempo e levou um gol no segundo tempo dando números finais ao jogo: 2×1.
Sábado, 10 de setembro de 2022, 9hs da manhã. Em um horário quase “escolar”, fomos até o Estádio Antonio Lins Ribeiro Guimarães registrar a molecada do UA Barbarense e do Grêmio Novorizontino pela terceira fase do Campeonato Paulista sub 15 da Federação Paulista de Futebol.
Dessa vez, aproveitei pra dar um pulo na entrada do clube que fica ali ao lado do Estádio.
E 10 anos depois, o Estádio Antonio Lins Ribeiro Guimarães segue por lá… E, de verdade, revê-lo foi o principal motivo para ter vindo até Santa Bárbara d’Oeste.
O UA Barbarense vem numa fase difícil, licenciado das competições profissionais desde 2021, disputando apenas as categorias de base. Mas nem sempre foi assim, e torço pra que o futuro seja melhor! E essas glórias e histórias justificam a identificação do time com a cidade.
Emocionante registrar o Estádio Antonio Lins Ribeiro Guimarães recebendo dois importantes times para uma partida que apresenta as futuras peças para ambos!
Aí o time do Grêmio Novorizontino:
E aqui, os meninos do União Agrícola Barbarense Futebol Clube:
Vou aproveitar esse registro para iniciar uma série de 4 posts sobre a história do futebol em Santa Bárbara d’Oeste, afinal foram 4 times participando das competições oficiais da Federação Paulista:
Assim, começamos pelo União Agrícola Barbarense, fundado em 22 de novembro de 1914, sob o nome de União Foot-Ball Club, conhecido como Leão da 13 já que o Estádio Antonio Lins Ribeiro Guimarães fica localizado na rua 13 de maio, em Santa Bárbara d’ Oeste.
Em 1918, o time adotou o nome de Athlético Barbarense Foot-Ball Club, já em 1919, Sport Club Athlético Barbarense e em 1920 após fusão com o 7 de Setembro da Fazenda São Pedro adotou o nome Sport Club União Agrícola Barbarense. Mas no fim de 1920, o time adota o nome atual União Agrícola Barbarense Futebol Clube. Para saber mais sobre o time, acesse o link da Fundação Romi.
A partir de 1921, o União Barbarense se associa à APSA (Associação Paulista de Sports Athléticos) e passa a disputar a Divisão do Interior daquele mesmo ano.
Em 1922, novamente disputa a Divisão do Interior com uma campanha mediana.
Em 1923, também não se classifica para a fase seguinte.
Ausenta-se em 1924, e em 1925, nova participação na Divisão do Interior agora da APEA.
Em 1927, lá estava no agora Campeonato do Interior da APEA:
Apenas em 1930, uma nova participação, ao lado dos rivais regionais.
Além do Campeonato do Interior, também havia o foco na LBF (Liga Barbarense de Futebol). Mas em 1942, já pela Federação Paulista de Futebol, o União Barbarense disputou o maior dos grupos (a 15ª região) do Campeonato do Interior (o campeão do grupo foi o XV de Piracicaba), ao lado de outros times da cidade: O CA Usina Santa Bárbara, a Fiação e Tecelagem Santa Bárbara FC, o Usina Furlan FC e o Cillos FC.
Em 1943, nova participação no grupo que teve como campeão o outro time da cidade: o Clube Atlético Usina Santa Bárbara – CAUSB.
Aqui, o grupo de 1944:
E em 1945, com mais três times de Santa Bárbara d’Oeste no grupo: o CAUSB, o Cillos FC e o time da Usina FurlanFC:
Esse é o time do Cillos FC:
Assim, o União Barbarense seguiu na disputa do Campeonato Paulista do Interior até que em 1964 fez sua estreia no profissionalismo jogando a 3ª divisão (que equivalia ao quarto nível do futebol). O primeiro jogo foi uma derrota de 3×0 frente à Associação Atlética Alumínio. Mesmo assim, terminou em 3º lugar (o Palmeiras da Usina Furlan foi o líder).
Em 1965, seu grupo teve também outros dois times da cidade: o Palmeiras da Usina Furlan e a Internacional, mas não conseguiu se classificar para a segunda fase.
Em 1966, o time classifica-se para a segunda etapa, ao terminar em 3º lugar do grupo:
Na fase seguinte, embora tenha terminado na segunda colocação, não se classificam para o hexagonal final.
Em 1967, liderou seu grupo na primeira fase, sofrendo apenas 2 derrotas.
Segundo o livro “125 anos de Futebol” da Federação Paulista, a fase final teve apenas jogos de ida, onde o União Agrícola Barbarense sagrou-se campeão da Segunda Divisão Profissional,!o terceiro nível do futebol paulista.
Estes foram os campeões:
Assim, a partir de 1968, passa a disputar a Primeira Divisão Profissional (que equivalia à atual série A2 do Campeonato Paulista). Em 1971, vem a primeira campanha de destaque, classificando-se para a segunda fase.
Mas na segunda fase, não fez uma boa campanha.
Não disputa o profissional de 72, e permanece na Primeira Divisão de Profissionais até 1976, com destaque para a campanha de 1975, quando termina a primeira fase em segundo lugar.
Na segunda fase, o time perde a chance de chegar na final nos critérios de desempate… Lembrando que naquele ano não houve acesso.
O time se licencia e só retorna em 1979 para jogar a Terceira Divisão (equivalente ao 5º nível do futebol) classificando-se para a segunda fase:
Na segunda fase o time acaba desclassificado nos critérios de desempate…
A partir de 1980 o União Barbarense disputa a Segunda Divisão, com destaque para o time de 1983 que por um ponto não chega na fase final do campeonato, com este time:
Em 1984, lidera seu grupo nas duas primeiras fases… Mas caí no quadrangular final…
Esse foi o time daquele ano:
Em 85 sequer passa de fase e em 1986 mais uma vez só é eliminado no quadrangular final…
A fraca campanha de 87 leva o time ao terceiro nível do futebol em 1988, a “Segunda Divisão”, e por pouco o acesso não vem logo no ano de volta. O time para na penúltima fase do campeonato.
O Barbarense repete a campanha em 89, não chegando ao triangular final, mas em 1990, conquista o acesso após classificar-se em 2º no seu grupo.
E liderar seu grupo na fase final! Só perde o título para o Jaboticabal porque naquele ano o time de melhor campanha foi declarado campeão
De volta ao segundo nível do futebol paulista, agora denominado Divisão Intermediária, disputa a edição de 1991 e 92 sem grande sucesso, mas em 93 chega ao quadrangular final e pela diferença de 1 ponto perde o título para o Paraguaçuense!
A partir de 1994 disputa a série A3, sem grandes campanhas até 97, quando após liderar seu grupo na primeira fase…
O Barbarense chega à última partida precisando vencer o Mirassol, em casa, para sagrar-se campeão, mas perde o jogo por 1×0 e vê o título dizer adeus…
Passa a disputar a série A2 em 1998, e logo na sua estreia, classifica-se para o quadrangular final…
E no quadrangular final deixa pra traz outros times importantes e sagra-se campeão paulista da série A2!
Estes foram os campeões:
Em 1999, a série A1 só inseria os chamados “grandes” na segunda fase, e o Barbarense até chegou a disputar a segunda fase, mas sem grandes resultados, mas foi considerado o Campeão do Interior.
A mesma coisa ocorreu em 2000:
Em 2001, foi vice-campeão da Copa Federação Paulista de Futebol mas quase caiu para a A2. Em 2002 acabou no meio da tabela, mas em 2003, já disputando a primeira fase com os grandes, classificou-se para as quartas de final mas perdeu para o Corinthians em jogo único por 2×1.
Em 2004, novamente chega aos mata matas mas perde as quartas de final para o Santos.
No mesmo ano, sagrou-se Campeão Brasileiro da Série C, classificando-se em primeiro no grupo inicial.
Depois, o Barbarense eliminou nos mata-matas Portuguesa Santista, Rio Branco e Iraty-PR chegando ao quadrangular final, de onde saiu campeão.
O ano incrível de 2004, desmoronou em 2005 com o time sendo rebaixado para a série A2 do paulista …
E para a série C do Brasileiro.
Em 2006 a queda continuou, agora para a série A3.
Em 2007, ficou em uma posição intermediária, mas em 2008 consegue voltar para a série A2, como vice campeão.
Em 2009 termina a A2 em uma posição intermediária, e em 2010 chega à segunda fase, mas não consegue o acesso.
Em 2011 quase cai para a série A3, mas em 2012, consegue novamente o acesso para a série A1, sendo vice campeão após dois empates contra o time do São Bernardo FC.
Em 2013, foi rebaixado para a Série A2.
Em 2014 e 2015 ficou em posições intermediárias no campeonato, mas em 2016 chegou ao mata-mata, mas perdeu as quartas de final para o Mirassol. Porém, a partir de 2017, o sonho vira pesadelo: o Barbarense cai para a série A3, e no ano seguinte, para a série B. Em 2019 e 20 sequer classifica-se para a segunda fase, levando o time a se licenciar em 2021 e apenas manter-se nas competições das categorias de base, o que nos leva de volta à partida entre o Barbarense e o Novorizontino.
O Estádio Antonio Lins Ribeiro Guimarães foi inaugurado em 21 de maio de 1921.
E logo na entrada, vc se depara com o leão da 13!
O estádio passou por várias melhorias e reformas, trocando as antigas arquibancadas de madeira para as de concreto e o lance que hoje pertence as cadeiras numeradas.
Pela proximidade entre as arquibancada e o gramado o estádio é chamado de “jaula do leão” e “caldeirão da 13 de Maio.”
Além disso, existe uma linda área coberta.
Em campo, o time da casa abriu o placar e dominou o primeiro tempo.
A arquibancada atrás do gol é simplesmente incrível!
O outro gol, na entrada do estádio também possui uma arquibancada bem próxima dele.
Aqui, um olhar pelo outro lado.
Ainda que a parte de baixo seja um pouco assustadora …
Por se tratar de uma partida sub 15, o público era pequeno…
Mas o Barbarense possui duas organizadas: a TUSB (Torcida Uniformizada Sangue Barbarense), de 1984 e a Torcida Inferno Barbarense.
O Estádio está muito bem cuidado e com pequenos detalhes que dão orgulho pra qualquer torcedor…
O segundo tempo trouxe más notícias para a torcida local… O Novorizontino virou o jogo para 3×1.
Nosso tradicional olhar do meio campo:
Do gol da direita:
E do gol da esquerda:
Um último olhar antes de nos despedir da casa do União Agrícola Barbarense FC e de toda a história que está enterrada junto desse gramado…
Que os torcedores locais possam continuar enxergando mais do que simples arquibancadas…
Ficar sem seu time nas disputas profissionais significa perder um pouco da cultura do povo de Santa Bárbara d’Oeste a cada dia. É um risco muito alto, ou como o próprio estádio ilustra… perigo de morte!