Botafogo 2×1 RedBull Bragantino (Pré Libertadores 2024)

6 de março de 2024.
Um acidente na chegada da serra das Araras interrompe o trânsito de quem ia de São Paulo para o Rio de Janeiro por mais de 3 horas…

O que seriam dois dias de trabalho com certa tranquilidade começa cheio de atrasos, mas nada que tenha impedido de chegar a tempo no incrível “Estádio Olímpico Nilton Santos“!

A pedida da noite é uma partida válida pela fase “pré grupos” da Libertadores de América e envolve o tradicionalíssimo Botafogo de Futebol e Regatas frente a um time que sintetiza os novos modelos de gestão profissional do futebol: o Red Bull Bragantino Futebol Ltda.

˜Estaremos do lado carioca, então vale a bombeta do Fogão na cabeça!

Como chegamos com meia hora de antecedência, demos um rolê no entorno do Engenhão para ver como é o clima antes da partida, e confira que bacana é:

E dessa vez a companhia do rolê foi o meu xará Mauricio Savóia!

Chegou a hora do jogo e ao entramos fomos surpreendidos pelo maravilhoso mosaico feito pela torcida do Botafogo!

Olha essa foto do blog Fim de Jogo que mostra de frente, a arte tão bonita!

Os times entraram em campo com esse visual incrível dessa caveira, feita pela torcida local!

Era minha primeira vez no Estádio Nilton Santos e confesso que me surpreendi pelo visual, pela atmosfera e pela facilidade que foi acessar a arquibancada mesmo em um jogo com mais de 30 mil torcedores.

Espero que dê pra compartilhar com você que quer saber mais sobre esse lindo estádio do Rio de Janeiro neste humilde vídeo que fizemos:

O outro ponto que não surpreende em teoria, mas que na prática é sempre chocante é a vibração da torcida do Botafogo! Além de comparecer em bom número o clima criado contribuiu demais para o jogo ser favorável ao time carioca.

Olha que monstruoso o paredão alvinegro e veja que legal as frases de incentivo ao time:

Este é o outro lado do estádio, um pouco mais comportado. É desse lado que fica a principal entrada do Estádio.

É desse lado que ficam as lindas estátuas de Garrincha, Zagalo, Jairzinho e Nilton Santos (foto da Wikipedia):

Mas voltando ao Engenhão, olha que momento incrível da torcida botafoguense!!!

E aí a nossa turma!

Se não deu pra filmar o primeiro gol do Botafogo, marcado aos 43″ por Junior Santos, pelo menos deu pra registrar a emoção da galera comemorando…

É impossível assistir o Botafogo e não lembrar dos times que marcaram a história do futebol carioca, brasileiro e até mundial e ao mesmo tempo ver que o time tem vivido um novo bom momento, ainda que a perda do Brasileiro de 2023 da forma como foi tenha machucado bastante seus torcedores.

Mas a alegria da torcida local durou pouco, pois o RedBull Bragantino empatou o jogo com Juninho Capixaba aos 46″ e fez o primeiro tempo virar em 1×1.

Sei que os demais esportes tem grande importância, e que o futebol normalmente tira espaço de outras boas iniciativas, mas confesso que a pista de atletismo atrapalha um pouco por distanciar a torcida do campo…

Eu fico verdadeiramente emocionado em poder participar de um jogo, estando ali no meio da torcida do Botafogo e em uma competição como a Libertadores de América!

Olha os bancos de reservas:

Quem segue o blog sabe que a ideia não é trazer captações mais artísticas e sim registrar o clima do jogo, mas a iluminação do Engenhão atrapalhou bastante na foto da cobertura do Estádio.

O segundo tempo começa com o Botafogo atacando o gol em que estava bem a nossa frente e a expectativa de ver o time da casa marcar foi ainda maior.

O setor norte, onde ficamos, não é onde ficam as organizadas, mas confesso que achei o pessoal muito mais animado do que os dos setores “comuns” das arenas paulistas (veja o último post que fizemos sobre o jogo do Santo André contra o Corinthians).

E ali atrás da galera tem um telão que faz sucesso durante o jogo. Muitos assistem o jogo dividindo a atenção entre campo e telão.

Vale a menção honrosa pro pessoal da Torcida Guerreiros, do Red Bull Bragantino, que provavelmente também pegou o mesmo acidente na estrada que a gente e que por isso acabou chegando com certo atraso, mas se fez presente!

Mas, o que a maioria queria aconteceu e a torcida foi à loucura com o segundo gol dos donos da casa , marcado novamente por Júnior Santos.
Repare que o filme começa com a torcida nervosa porque o juiz não tinha dado uma falta pro Botafogo, mas a tensão se dissipa em energia no momento do golaço!!!

E aí a festa não parou mais nas bancadas alvinegras:

E vamos Botafogo!!!!

Antes de ir pra casa (ou pro trabalho, no caso), uma parada em frente à imagem sagrada de Nilton Santos e Garrincha

E na hora de ir embora e voltar para Santo André, um último encontro inesperado com o Estádio Nilton Santos que apareceu para dizer um “até logo”… Obrigado!

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Aventuras boleiras na cidade maravilhosa – parte 2: Estádio do São Cristovão

Após conhecer o Estádio do Flu, foi a vez e caminharmos para o bairro de São Cristovão, conhecer o campo onde nasceu Ronaldo Fenômeno para o mundo do futebol e que agora o homenageia com seu nome: Estádio Ronaldo Luis Nazário de Lima, a casa do São Cristóvão! Distintivo do São Cristóvão O campo deles fica embaixo de um viaduto hehehe é bem legal. Até minha mãe esteve nesse rolê! O Estádio Ronaldo Luis Nazário de Lima, que teve sua venda cogitada por empresários ligados à indústria imobiliária, é muito arrumadinho. Antes de se tornar Ronaldo, era chamado Estádio Figueira de Mello. Foi inaugurado em 1916, em uma partida contra o Santos, frente a um público de 6.000 torcedores. Aliás, esse jogo criou um diferente laço de amizade entre os clubes, dizem até que havia no muro da Vila Belmiro um escudo do São Cristovão no muro, expressando essa amizade. Quando surgiu, foi construído com arquibancadas de madeira, que tremia, rangia e estalava durante os jogos.

Atualmente, ainda que sejam em pequeno número, as arquibancadas estão praticamente novas! Mas a mudança não aconteceu tão naturalmente.

Em 1943, num jogo contra o Flamengo, num estádio completamente lotado, parte da arquibancada superlotada desabou e 224 torcedores foram hospitalizados. Por isso, o clube substituiu-a por uma arquibancada de concreto.

Ok, o estado do gramado não estava assim tão perfeito. Mas essa é a realidade do futebol brasileiro e tem que dar orgulho mesmo assim. Lá ao fundo pode se ler “Aqui nasceu o fenômeno”. É o principal atributo de marketing usado pelo time do subúrbio carioca.

O pessoal que trabalhava por lá foi muito gente boa e permitiu a gente entrar até no campo.

De novo vêm à minha mente milhares de imagens de cenas e lances que devem ter ocorrido nesse campo. Quanto escanteios, carrinhos, lágrimas e sangue…

O fato de sobreviver, ainda que na segunda divisão, é sem dúvida um título para o São Cristovão.

Ao fundo pode se ver um Rio de Janeiro que não faz parte dos cartões postais comprados pelos turistas, mas que representa a vida cotidiana de milhares de pessoas.

Dá pra fazer uma pressão no bandeira ou não??

Na parede do clube está o hino, pra ser cantado e relembrado pela sua torcida!

E ali está o esquadrão de 1926, que levantou o troféu de campeão carioca, daquele ano.

Aliás, a década de 20 foi marcada por grandes times do São Cristovão.

O placar, humilde, ainda mostra o último embate, terminado em igualdade…

E na parede, ainda que um pouco suja, está o brasão… O distintivo do clube, que atletas, diretores e torcedores carregam no peito, como símbolo do time do bairro.

Aliás, o clube faz questão de fortalecer sua “marca” espalhando-a por todo o local. E isso é legal e uma boa dica para os clubes que não tem seus distintivos presentes na mídia.

E relembrar a mais importante conquista também faz parte. O passado tem que servir de alicerce para um futuro e presente melhores.

Pra quem acha que esse tipo de mensagem só existe em estádios gringos, olha aí que legal:

Pra quem acha que futebol e família não tem nada a ver, taí meu pai e minha mãe acompanhando a aventura!

Gosto quando podemos entrar no campo e pisar na parte mais sagrada dos estádios. Muitas vezes renegada aos torcedores.

O Estádio do São Cristovão era chamado de “o campo da Rua Figueira de Melo”, ou até o Estádio Figueira de Melo.

Essa é a parte externa do estádio. A esquerda tem o viaduto e a rua, o campo fica no lado direito.

Só pra relembrar… foi aí que Ronaldo deu seus primeiros chutes… Ele bem que poderia dar uma força maior para o clube.

Dentro ou fora do campo…

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Aventuras boleiras na cidade maravilhosa – parte 1: Estádio do Fluminense

Desde que ganhei este livro (editado pela Maquinária Editora – www.maquinariaeditora.com.br ), no final de 2011, vinha pensando em como conheço pouco o futebol carioca…

Estava torcendo para ter uma oportunidade de ir ao Rio pra poder pesquisar e conhecer ao vivo um pouco do futebol local. E nesse último feriado de maio, consegui enfim realizar esse plano.

Livro e mapa em mãos, fizemos um rolê de 3 dias misturando o futebol aos locais turísticos e, claro às praias!

A ideia dessa visita era conhecer os estádios clássicos do futebol carioca. E o primeiro local visitado foi a sede do Fluminense, o Estádio Manoel Schwartz, mais conhecido como Estádio das Laranjeiras, devido ao bairro, mas também chamado antigamente de Estádio de Álvaro Chaves, pelo nome da rua onde está. O nome “Estádio das Laranjeiras” sempre povoou meu imaginário fosse pelas figurinhas, ou pelas narrações de jogos. Estar no estádio do tricolor carioca foi uma realização bem legal pra mim. Foi nas Laranjeiras que o Fluminense conquistou diversos títulos e mandou muitos dos seus jogos.

A construção do Maracanã acabou diminuindo bastante o seu uso, até que em 2003, infelizmente o campo deixou de ser usado para partidas profissionais, tornando-se o campo de treinamentos e eventos.

Estávamos em um time completo nessa visita: eu, a Mari e meus pais!

Sabíamos que estávamos em solo sagrado para aqueles que amam e respeitam o futebol. Foi aqui que as coisas começaram…

Além do campo de jogo, o ambiente está repleto de homenagens para a memória dos atletas do Fluminense, como o busto do goleiro Castilho.

Achei um vídeo histórico do estádio, um Fla x Flu mais antigo do que a maior parte dos torcedores de atualmente.

Mas não foram apenas os títulos que marcaram o estádio, quem se lembrava disso:

O bairro das Laranjeiras é um lugar legal, com muito verde e áreas residências que fazem a gente lembrar da Mooca, em São Paulo, por exemplo.

Mas diferente da Javari, o entorno do estádio ainda se parece muito com o que se via antigamente. Olha quantas árvores!

O Estádio recebeu o nome de Manuel Schwartz, vitorioso ex-presidente do Fluminense na década de 1980. Foram disputadas nesse estádio 839 partidas, com 531 vitórias, 158 empates e 150 derrotas, sendo que o último jogo foi em 26 de fevereiro de 2003, um 3×3 contra o Americano, pelo Campeonato Carioca. Tradição que teve seu início em 1904, quando foi realizado o primeiro jogo no Campo da Rua Guanabara, que ficava no mesmo local do Estádio de Laranjeiras. Aquele primeiro jogo foi assistido por 806 sócios e 190 não-sócio. Em 1905, foram construídas as primeiras arquibancadas.

Em 1919, o Estádio de Álvaro Chaves, propriedade do Fluminense era inaugurado. A primeira partida do Fluminense no Estádio, foi na vitória por 4 a 1 sobre o Vila Isabel em julho de 1919. O recorde de público pagante deste estádio foi na partida Fluminense 3 x 1 Flamengo, em 1925, com 25.718 torcedores.

As arquibancadas são de um modelo antigo, dando ainda mais charme ao estádio!

Achei alguns detalhes e mensagens curiosas pelas paredes…

Foi sem dúvida uma visita inesquecível a um estádio de tantas histórias e tanta tradição.

E pra completar o passeio, ainda tem a loja do Flu, que fica lá, cheia de coisas ligadas ao time.

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