Após conhecer o Estádio do Flu, foi a vez e caminharmos para o bairro de São Cristovão, conhecer o campo onde nasceu Ronaldo Fenômeno para o mundo do futebol e que agora o homenageia com seu nome: Estádio Ronaldo Luis Nazário de Lima, a casa do São Cristóvão! O campo deles fica embaixo de um viaduto hehehe é bem legal. Até minha mãe esteve nesse rolê! O Estádio Ronaldo Luis Nazário de Lima, que teve sua venda cogitada por empresários ligados à indústria imobiliária, é muito arrumadinho. Antes de se tornar Ronaldo, era chamado Estádio Figueira de Mello. Foi inaugurado em 1916, em uma partida contra o Santos, frente a um público de 6.000 torcedores. Aliás, esse jogo criou um diferente laço de amizade entre os clubes, dizem até que havia no muro da Vila Belmiro um escudo do São Cristovão no muro, expressando essa amizade. Quando surgiu, foi construído com arquibancadas de madeira, que tremia, rangia e estalava durante os jogos.
Atualmente, ainda que sejam em pequeno número, as arquibancadas estão praticamente novas! Mas a mudança não aconteceu tão naturalmente.
Em 1943, num jogo contra o Flamengo, num estádio completamente lotado, parte da arquibancada superlotada desabou e 224 torcedores foram hospitalizados. Por isso, o clube substituiu-a por uma arquibancada de concreto.
Ok, o estado do gramado não estava assim tão perfeito. Mas essa é a realidade do futebol brasileiro e tem que dar orgulho mesmo assim. Lá ao fundo pode se ler “Aqui nasceu o fenômeno”. É o principal atributo de marketing usado pelo time do subúrbio carioca.O pessoal que trabalhava por lá foi muito gente boa e permitiu a gente entrar até no campo.
De novo vêm à minha mente milhares de imagens de cenas e lances que devem ter ocorrido nesse campo. Quanto escanteios, carrinhos, lágrimas e sangue…
O fato de sobreviver, ainda que na segunda divisão, é sem dúvida um título para o São Cristovão.
Ao fundo pode se ver um Rio de Janeiro que não faz parte dos cartões postais comprados pelos turistas, mas que representa a vida cotidiana de milhares de pessoas.
Dá pra fazer uma pressão no bandeira ou não??
Na parede do clube está o hino, pra ser cantado e relembrado pela sua torcida!
E ali está o esquadrão de 1926, que levantou o troféu de campeão carioca, daquele ano.
Aliás, a década de 20 foi marcada por grandes times do São Cristovão.
O placar, humilde, ainda mostra o último embate, terminado em igualdade…
E na parede, ainda que um pouco suja, está o brasão… O distintivo do clube, que atletas, diretores e torcedores carregam no peito, como símbolo do time do bairro.
Aliás, o clube faz questão de fortalecer sua “marca” espalhando-a por todo o local. E isso é legal e uma boa dica para os clubes que não tem seus distintivos presentes na mídia.
E relembrar a mais importante conquista também faz parte. O passado tem que servir de alicerce para um futuro e presente melhores.
Pra quem acha que esse tipo de mensagem só existe em estádios gringos, olha aí que legal:
Pra quem acha que futebol e família não tem nada a ver, taí meu pai e minha mãe acompanhando a aventura!
Gosto quando podemos entrar no campo e pisar na parte mais sagrada dos estádios. Muitas vezes renegada aos torcedores.
O Estádio do São Cristovão era chamado de “o campo da Rua Figueira de Melo”, ou até o Estádio Figueira de Melo.
Essa é a parte externa do estádio. A esquerda tem o viaduto e a rua, o campo fica no lado direito.
Só pra relembrar… foi aí que Ronaldo deu seus primeiros chutes… Ele bem que poderia dar uma força maior para o clube.
Dentro ou fora do campo…