30 de novembro de 2024. Sábado a tarde.
Dia de embate inédito em plena final do tradicional Campeonato da Federação Paulista: o Amador do Estado!
Nos dirigimos até o Estádio Municipal Pedro Benedetti, a casa do Grêmio Mauaense…
Mas hoje, é dia de ver outra equipe de Mauá: o Belenense FC que enfrentou o CA Bandeirante de Brodowski pela primeira partida da final do Campeonato Amador do Estado de 2024. Vamos lá?
E aí está o Estádio Pedro Benedetti em mais um grande momento de sua história, recebendo uma final de Campeonato Estadual!
E bola em jogo para a tão aguardada final!!!
Final que colocou em campo dois times com modelos bem diferentes: um representando a quebrada de uma grande cidade industrial e outro que defende uma pequena cidade do interior.
O que ambos tem em comum? São apaixonados pelo futebol!
E hoje foi a vez de registrar a festa da torcida do pessoal de Mauá!
A torcida local teve como principal representante sua organizada, a Fúria Belenense que canta com orgulho o amor ao Morro do Macuco, no Zaíra, a sede do time.
A Fúria pintou de azul, vermelho e branco as bancadas do Benedetti!
A bateria da torcida estava animada!
Se liga que bonitas as faixas e bandeiras da torcida:
O jogo era um enorme desafio para a equipe do Belenense porque o CA Bandeirante é um verdadeiro fenômeno no Campeonato Amador do Estado, sendo o atual campeão do torneio. Mas o Belenense soube se impor, dificultando o jogo!
Aliás, estivemos em São Bernardo vendo o primeiro jogo da final entre o Nacional da Vila Vivaldi e o próprio CA Bandeirante de Brodowski em 2023.
Veja aqui como foi e abaixo um registro de como estava a torcida do time de São Bernardo:
É muito legal poder registrar o amor do pessoal pelo time da sua área…
Bacana também ver a renovação da bancada, muita criança torcendo pelo Belenense FC!
Mas o CA Bandeirante passou a apertar…
Até que finalmente fez valer sua condição de favorito e fez 1×0…
Mas de verdade, o gol passou quase como desapercebido para a torcida do Belenense que não se importou com o resultado. O pessoal está ali pra levar o nome do seu time e o seu bairro até as últimas!
Aqui, a rapaziada que pediu pra fazer a foto!
Na arquibancada, a Fúria empurrava o time rumo ao empate!
Foi bom reencontrar o amigo Daniel Alcarria, que além de historiador e jornalista, agora é Secretário adjunto de esportes em Mauá e me convidou para ir até a cabine de imprensa, onde pude conhecer o prefeito reeleito Marcelo Oliveira.
E também acabamos conhecendo o pessoal da organização do CA Bandeirante:
Aproveitei o intervalo para bater um papo com Guilherme Aleixo, o presidente do CA Bandeirante de Brodowski, confira:
Também deu pra conversar com o vice presidente Márcio de Oliveira Passos:
Vamos dar um rolê e registrar um pouco de quem representa o time nas arquibancadas…
O time visitante começou o segundo tempo com tudo e Léo, cobrando falta com categoria, marcou um golaço ampliando a vantagem do CA Bandeirante.
Um detalhe chato: o ônibus da torcida vindo de Brodowski teve 2 pneus furados no rodoanel.
Em apoio, a diretoria do time mandou alguns carros pra trazer ao menos parte da torcida, e só foram chegar na metade do segundo tempo, quando foram impedidos de entrar até quase o fim do jogo… Depois de muita conversa com polícia e representantes da Liga Mauaense, finalmente puderam conhecer o Estádio e ver a vitória do CA Bandeirante sob a tradicional neblina de Mauá…
Destaque para os uniformes, as duas camisas muito bacanas!
Que tal curtir um fim de tarde de neblina em Mauá, curtindo um futebol? Pra que praia?
Com 3×0, você talvez teria abandonado seu time, mas a Fúria Belenense não fez isso e de recompensa ainda ganhou um gol já no finzinho do jogo, terminando em 3×1 para os visitantes!
Hora de dizer tchau para o Estádio Pedro Benedetti…
Mais um rolê incrível! Quem sabe a gente cria coragem para pegar a estrada e ver o jogo de volta…
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O futebol em São Roque – Parte 1: o Estádio Municipal Quintino de Lima
Sempre que saímos ou voltamos pro ABC, passamos por cidades que já visitamos, e vários motivos, normalmente gastronômicos, acabam justificando novas paradas e esse foi o caso de São Roque!
A cidade está cada vez mais na mira de quem gosta de viagens curtas, próximas a capital e tem uma oferta cada dia melhor em vinhos e restaurantes!
Assim, quando estamos de volta a estas cidades nem sempre nos preocupamos em rever os Estádios já visitados, mas o fato de estar rolando o Campeonato Amador local, nos fez querer voltar ao Estádio Municipal Quintino de Lima, em 2023.
Estivemos lá alguns anos atrás e foi um rolê bem legal. Veja aqui como foi.
Na ocasião também passamos na sede do CA Paulistano, que defendeu as cores da cidade nas disputas da Federação Paulista.
E assim, cá estávamos de novo!
No post original, de 10 anos atrás, não ressaltamos os povos originais que ocupavam a região antes da chegada dos europeus.
E tenho considerado isso bastante importante pra ressaltar que toda essa sociedade atual que vivemos é bastante recente se considerarmos o que já existia aqui há milhares de anos.
Segundo o site Native Land, quem vivia ali eram os M’byá, ou Guarani M’bya, uma derivação do povo guarani. Vale um pulo na fanpage da campanha “Terra para família Mbya Guarani“ que fala de uma campanha em prol da terra para os M’bya atuais.
Já a atual cidade de São Roque representa o fim dessa antiga sociedade…
Em 1657, o bandeirante escravizador Pedro Vaz de Barros batiza com o nome do santo de devoção algumas terras que passa a ocupar e a negociar com fazendeiros que passaram a escravizar indígenas para usar como mão de obra.
Ergue-se uma capela em nome de São Roque e o local passa a servir de pousada aos que por ali passavam.
Vendo o que ocorria, os indígenas se afastaram o quanto puderam e muitos morreram, fazendo com que os fazendeiros recorressem à importação de escravizados africanos para trabalhar na terra.
Em 1768, o povoado de São Roque foi elevado à freguesia do município de Santana de Parnaíba, passando à categoria de vila em 1832 e à cidade em 22 de abril de 1864.
A inauguração da Estrada de Ferro Sorocabana se deu em 1875 e atualmente abriga o canil municipal. A segunda e principal estação foi inaugurada em 1928, junto da agência de telégrafos. Atualmente existem duas locomotivas e vagões para a futura implantação do “Projeto do Trem Turístico”.
No século XIX houve uma nova chegada de imigrantes, principalmente italianos e voltam-se aos vinhedos, instalando suas adegas o que transformou São Roque na “Terra do Vinho“.
Mas ainda resta a esperança de um novo jeito de viver mais plural, e uma aldeia Guarani persiste na cidade atualmente:
Assim, estamos de volta ao Estádio Municipal Quintino de Lima!
No dia, jogavam duas equipes locais, e a torcida do Vila Nova fazia a festa.
As arquibancadas não estavam cheias, mas pelo menos estavam vivas!
O campo está em ótimas condições, olha aí o meio campo:
Até os bancos de reservas estão em dia!
O gol da esquerda:
O gol da direita:
Que linda área verde atrás deste gol da direita, não?
A arquibancada do Estádio “Quintinão” são bem interessantes, até que bem altas!
E com faixas e bandeiras, fica ainda mais bonita!
Em campo, jogo pegado! O futebol amador é assim em todo lugar!
Quem sabe seja um começo para o retorno do futebol profissional à São Roque…
Vale lembrar que dois times disputaram competições oficiais pela cidade, o AméricA FC, fundado em 4 de outubro de 1914:
Olha que linda foto do site História do Futebol:
E o segundo time, o Clube Atlético Paulistano, fundado em 28 de novembro de 1950. Imagem do site Gino Escudos:
Após anos disputando os campeonato amadores, construindo um legado de glórias como o time de 1958:
Olha o time nos anos 70:
Aqui, em 79…
O CA Paulistano estreou no profissional em 1986 na 3ª divisão e começou apavorando! Líder da primeira fase:
E da segunda fase!
Só acabou caindo nos penaltys na semifinal frente o Descalvadense…
Eis o time que disputou a 3ª divisão em 1986:
Em 1987, não se classifica para a 2ª fase temrinando em 4º do seu grupo (somente o líder do grupo se classificava).
Em 1988, acaba indo jogar a 4ª Divisão, e se classifica para a segunda fase na 2ª colocação, e terminando a segunda fase em 2º, quando só o líder iria pra fase final…
Em 1989, mais uma vez o time se classificou para a segunda fase e terminou ali sua jornada.
Em 1990, mantém a sina de não passar da segunda fase.
Em 1991 volta à 3ª divisão e novamente faz uma boa campanha, por pouco não chegando à fase final…
Joga a 3ª divisão novamente em 1992 e 1993, fazendo campanhas ruins levando o time para a série B2 (a 6ª divisão) de 1994, na qual ficou em último lugar.
Na edição de 1995 fez uma campanha melhor se classificando para a fase seguinte…
Na fase final, acabou em 5º.
Em 1996 e 97 se licencia e volta em 1998 na 5ª divisão, quando fica em 4º lugar e não se classificando para a fase final.
Licencia-se novamente em 1999 e 2000 e retorna para jogar a Série B3 (6ª divisão) em 2001, ficando em 10º lugar na primeira fase.
Em 2002, outra má campanha, terminando em 9º lugar na primeira fase.
Licencia-se mais uma vez de 2003 a 2007 e volta em 2008 para sua última participação, até o momento, na 4ª divisão…
Dá ou não pra sonhar com a volta do time?
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O Estádio Mário Milani em Itupeva – SP
Bem vindo a Itupeva, no interior paulista, mais uma cidade cujo nome tem origem no tupi antigo: “Ytupeba“, que significa “cascata lisa”.
Existem registros de encontros de europeus com indígenas desde o século XVII, já que aparentemente, o lugar era uma ótima opção para pesca, para ambos os povos.
A atual cidade só foi fundada em 21 de março de 1965, ao se emancipar de Jundiaí. Mas mesmo enquanto distrito, o futebol fazia parte de Itupeva desde o início do século XX, com destaque para o time do Itupeva FC, nos anos 30. Fotos da Fanpage Memórias de Itupeva.
Em 1955 foi fundada a Sociedade Beneficente Recreativa Itupeva, que também viria a ter uma história bacana no futebol local.
O que nos levou até Itupeva foi o desejo de conhecer e registrar o “Estádio Mário Milani”, localmente conhecido como “Campão”.
Segundo a placa informativa o local foi inaugurado em 1984.
Iríamos aproveitar para acompanhar uma partida da Paulista Cup, entre a AD Mantiqueira e o Sumaré AC mas infelizmente o jogo acabou adiado e só nos restou um role pelo campo.
A entrada do Estádio se dá pela rua Prefeito José Carlos, como pode se ver no mapa abaixo:
Olhando por essa entrada na lateral do campo, esse é o meio campo :
Ali, atrás dos bancos de reservas existe uma estrutura de vestiários lá do outro lado:
Aqui, o gol do lado direito:
Aqui, o gol do lado esquerdo. Aliás, uma curiosidade sobre o Campão é que sua única arquibancada fica atrás do gol, e não na lateral como tradicionalmente ocorre nos estádios.
E é uma arquibancada bem bacana, com uma cobertura mínima nos degraus de cima além de uma boa cobertura verde feita pelas árvores.
Essa é a vista de quem está na arquibancada. Ao fundo, se vê o morro do Quilombo, região que teve participação no período das lutas antiescravagistas e que segundo historiadores locais serviu de abrigo aos escravizados que fugiram.
Vamos dar um role pelo Estádio Mário Milani e ouvir meus lamúrios sobre o cancelamento do jogo..
Olhando o banco de reservas mais de perto:
E também a estrutura do estádio que fica ali na lateral, tem dois vestiários e uma pequena área que dá pra reunir uma galera pegando no pé dos reservas hehehe:
E essa cena? Lembro de quando os atacantes faziam seus gols e comemoravam nos orelhões do Maracanã, que ficavam ali próximos do campo.
Já que viemos até aqui, vale uma olhada de dentro do campo:
Olhando do outro lado (estando ali em frente o vestiário) esse é o meio campo:
O gol da esquerda:
E o da direita com a linda arquibancada anil ao fundo:
Enfim… Missão meio cumprida, já que não vi nenhum jogo, mas valeu conhecer mais um estádio. Espero que a presença das partidas da Paulista Cup possam incentivar o futebol local a ter uma iniciativa em torno de um time local.
Antes de terminar, vale conhecer a pessoa que dá nome ao Estádio. Vindo de uma família industrial da região de Jundiaí, Mário Milani se dedicou ao futebol, iniciando sua carreira em 1932 no futebol amador de Jundiaí, chegando ao São Paulo FC, em 1937. No ano seguinte, com a ajuda de um amigo ilustre, o meia Romeu, fechou contrato com o Fluminense. Aqui, uma ilustração dele que saiu na revista “O Globo Sportivo”, número 55, de setembro de 1939.
Em 1941, foi contratado pelo Corinthians jogando até 1948. Além de ter sido artilheiro no timão, outro fato chamava a atenção: pra não perder tempo, Mário Milani chegou a ir de Jundiaí para São Paulo pilotando seu próprio avião!!
Nessa época, chegou a jogar pela Seleção Paulista.
Aí, já com 30 anos, Milani foi jogar no Juventus da capital, por onde disputou mais 2 temporadas. Em 1951, encerrou sua carreira jogando pelo time da sua cidade: o Paulista de Jundiaí. Linda história nas páginas do futebol que estão eternizadas no livro “Mário Milani, o artilheiro aviador”:
Eae? O Estádio tem um nome importante?
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]]>A Arena do Grêmio Esportivo Jardim Santo Alberto
Já que falamos recentemente do futebol amador de Santo André, resolvi postar umas fotos que fiz ano passado do campo do Grêmio Jardim Santo Alberto, que recebeu uma série de melhorias recentemente.
Encontrei essa foto do time, mas ainda não consegui pegar um jogo deles.
O campo tem uma estrutura bacana, além de contar com o gramado artificial.
Aí o gol da direita, com o morrinho ao fundo.
Uma vista do meio campo!
Os vestiários do time.
E o gol da esquerda.