Essa semana, mais uma vez em parceria com o pessoal do Correio de Atibaia, batemos um papo com o presidente e o vice do CA Bandeirante, para falar do Campeonato Amador e da equipe que pelo terceiro ano consecutivo saiu com o título. Clique no link p assistir!
Tag: história do futebol
A AE Promeca de Várzea Paulista. Ou de Jundiaí?
Feriado de 15 de novembro de 2024.
Além de visitarmos a cidade e o Estádio de Campo Limpo Paulista, também fomos conhecer Várzea Paulista, uma cidade jovem, nascida no século XIX graças à Ferrovia Santos Jundiaí.
A estação local foi inaugurada em 1891 e como a estrada passava por uma várzea campesina, surgiu o nome do povoado…
Mas, muito antes, estas terras eram ocupadas possivelmente pelo povo Tupi Guarani e seus parentes (Tupiniquim, M’byá entre outros).
Foi a chegada dos portugueses que mudou drasticamente esta realidade.
A ocupação começou com pequenas olarias, cerâmicas, destilarias até chegarmos no café, que impulsionou o desenvolvimento da região, infelizmente bastante baseado no uso de mão de obra escravizada. (A foto abaixo apenas ilustra o triste fato, com uma plantaçào de café do Rio de Janeiro)
Em 21 de março de 1965, mobilizações populares fizeram com que o distrito fosse elevado a município de Várzea Paulista, onde vivem atualmente, quase 110 mil pessoas.
No momento de desenvolvimento industrial da cidade, em 1952 foi fundada a Promeca S/A, Progresso Mecânico do Brasil, que produzia tornos mecânicos de alta qualidade, como mostra a Matéria do Correio Paulistano daquele ano:
Uma imagem de um torno da Promeca:
E é dos funcionários da empresa que nasceu o bairro da Promeca, com o primeiro conjunto habitacional de Várzea e um time de futebol: a Associação Esportiva Promeca!
A AE Promeca foi fundada em 21 de abril de 1955, quando Várzea Paulista ainda era um distrito de Jundiaí, por isso, a dúvida sobre a cidade de origem do time.
Pra piorar, o time mandou seus jogos mais importantes no Campo do Nacional de Jundiaí, um pouco distante da Vila Promeca, em Várzea Paulista.
Aqui, um registro de um amistoso de 1957, contra o CA Legionário de Bragança Paulista:
Ainda naquele ano, a AE Promeca sagrou-se campeã da Taça Cidade de Jundiaí.
Em 1958, disputou o Campeonato do Interior sempre mandando seus jogos no Estádio do Nacional:
Dá até pra conhecer a escalação da AE Promeca daquele ano:
Encontrei uma nota sobre um amistoso contra um time misto do Santos, em 1961:
Em 1962, fez sua estreia no profissionalismo disputando o Campeonato da 3ª Divisão (o 4º nível do futebol Paulista) e classificou-se como líder na 1ª série.
Na fase final, a AE Promeca surpreendeu e terminou como vice campeão paulista da 3ª divisão de 1962!
Dessa forma, a AE Promeca consegue o acesso para a 2ª Divisão de 1963 (que equivalia ao terceiro nível do futebol paulista).
Abaixo a campanha desta equipe na competição:
8/9- Estrela de Piquete 1×1 Promeca
15/9– Promeca 3×2 Cerâmica São Caetano
22/9- Promeca 2×1 Hepacaré (Lorena)
29/9- Volkswagen (São Bernardo do Campo) 0x1 Promeca
05/10- Promeca 3×2 Ituano
13/10- Nitroquímica (São Miguel Paulista) 0x1 Promeca
20/10- Promeca 4×0 Corinthians (Votorantim)
03/11- Cerâmica (São Caetano) 2×1 Promeca
10/11- Promeca 4×3 Estrela (Piquete)
17/11- Corinthians (Votorantim) 1×1 Promeca
24/11- Ituano 0x1 Promeca
01/12- Promeca 2×1 Volkswagen (São Bernardo do Campo)
08/12- Hepacaré 2×1 Promeca
15/12- Promeca 3×0 Nitroquímica (São Miguel Paulista)
Na segunda fase, acabou eliminado, mas fez uma campanha bacana!
19/1- Promeca 1×0 Cerâmica (Mogi Guaçu)
26/1- Hepacaré (Lorena) 1×1 Promeca
02/2- Cerâmica São Caetano 1×0 Promeca
16/2- Promeca 1×1 Palmeiras (São João da Boa Vista)
23/2- Internacional (Limeira) 2×0 Promeca
01/3- Promeca 1×0 Cerâmica São Caetano
08/3- Palmeiras (São João da Boa Vista) 8×2 Promeca
15/3- Promeca 2×1 Internacional (Limeira)
22/3- Cerâmica (Mogi Guaçu) 4×2 Promeca
29/3- Promeca 2×2 Hepacaré (Lorena)
Infelizmente em 1964, o time se licenciou e passou a disputar apenas as competições amadoras. Aqui, o time de 1966:
Outros times sem a identificação da época:
O time acabou se licenciando do profissionalismo e acabou sumindo até mesmo das disputas amadoras.
Para tentar sentir um pouco do que foi a sua trajetória fomos até a vizinha Jundiaí para registrar o Estádio onde a AE Promeca mandava seus jogos.
O campo do Nacional, que fica ali bem em frente à estação de trem!
A estação é a última parada do trem Jundiaí-Rio Grande da Serra e é bem movimentada!
Bacana terem preservado um pouco do passado bem ali em frente à estação!
Do outro lado da avenida e alguns quarteirões à frente fica a sede e o Estádio do Nacional Atlético Clube, funcionando quase como a sede do time da capital.
Sendo assim, o campo do Nacional acabou utilizado por outros times em disputas oficiais, como fez a AE Promeca!
Olha aí os bancos de reservas embaixo dos coqueiros que seguem a linha lateral do campo.
Ao fundo, a cidade que não para de crescer. Aqui, o meio campo:
Aqui, o gol do lado esquerdo:
E o gol do lado direito:
O sol quente nem fazia lembrar da chuva que caiu horas atrás…
E aí estamos em mais uma aventura futebolística!
Atualmente, só existem arquibancadas atrás do gol, onde está a estrutura do clube.
A parte interna do clube é bem bonita, uma pena que aparentemente o clube não tenha mais tanto glamour como no passado…
Fiquei em dúvida se essa informação presente em uma das paredes refere-se ao estádio ou ao clube…
E tudo isso, em território Jundiaiense…
Só nos restou curtir um pouco da cidade antes de ir embora, almoçando no Mercadão dos Ferroviários…
Olha as placas que eles mantiveram por lá:
E depois ainda fomos até o Museu Ferroviário da cidade:
Olha quye placa bacana sobre a CIA PAulista de Vias Férreas:
Uma pena que estas locomotivas estão aí se degradando a céu aberto…
As construções pelo menos estão super bem mantidas!
Dentro do Museu, até uma camisa do Paulista está presente!
Ao lado dela uma foto do estádio antigo do Paulista, na Av Prof Luis Rosa:
Existe uma relação bastante complicada entre indígenas e a ferrovia…
E essa placa do século XIX??
Estou pensando em comprar essa locomotiva pra ir até os estádios, que tal?
Essa abaixo é uma miniatura, que, segundo a moça que trabalha no museu, tem planos para transportar crianças pela área externa…
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EC São Bernardo 1×1 Grêmio Prudente – Semifinal da A3-2024 define a última vaga para A2-2025
Domingo, 21 de abril de 2024.
Dia de decisão! Para o EC São Bernardo, o jogo seria em casa, mas problemas com a prefeitura acabaram fazendo com que a torcida e o time tivessem que se dirigir a Santo André para a partida.
Ao menos os custos com os ingressos foram subsidiados pela diretoria do Cachorrão.
Antes da bola rolar, um último abraço…
Os jogadores do Esporte Clube São Bernardo fizeram questão de saudar sua torcida, aliás, time e torcida tem uma proximidade pouco comum de se ver…
E se é decisão, tem fogos de artifício nos céus… E tem torcida visitante presente!
E começaaaaa a partida!!!
A torcida do EC São Bernardo apoiou desde o início…
Olha que bacana essas bandeiras:
A Esquadrão Alvinegro é uma jovem torcida que vem crescendo e mantendo o apoio contínuo ao time independente dos resultados…
E olha aí a futura geração já nas arquibancadas!
Também vale ressaltar que cada vez mais as mulheres tem ocupado as arquibancadas, tornando o ambiente das torcida minimamente mais plural do que costumava ser num passado recente.
Sinta o clima do estádio nessa ensolarada manhã de outono…
Como deu pra ver nos vídeos acima, a presença da torcida prudentina foi surpreendente, com destaque para o pessoal da Fúria Prudentina que coloriu a bancada visitante!
Faixas, tirantes e muita vibração em azul, vermelho e branco, no setor visitante!!
O oeste paulista vinha sem um time capaz de reunir um bom número de torcedores, será que o Grêmio Prudente vai conseguir fazer isso?
E o time do São Bernardo entrou bem acordado pressionando bastante, afinal, era ele quem precisava construir o resultado.
E a pressão deu resultado: o Cachorrão saiu na frente aos 20′ do 1º tempo, quando Gustavo Santana aproveitou um cruzamento para a área e de cabeça fez: EC São Bernardo 1×0 Grêmio Prudente.
Festa na torcida alvinegra do ABC:
Vale ressaltar que além da sua Torcida Organizada, também houve a presença do torcedor comum, famílias e amigos que acompanham o time e estavam na expectativa, ainda maior com o gol de Gustavo Santana, do acesso à série A2!
Sinta a atmosfera da arquibancada:
Mas do outro lado, a vibração não parou, mesmo com o primeiro tempo terminando com o placar adverso para os visitantes.
O 2º tempo começou com os dois times mais fechados. Eu teria apostado que ambos iriam segurar o placar para que a decisão fosse nos penaltys.
Os incansáveis torcedores do Cachorrão levaram várias formas de apoio… bandeiras, sacos plásticos, diferentes coreografias na bancada…
Do outro lado, havia uma certa preocupação, pois um gol tiraria do Grêmio Prudente qualquer chance de acesso…
Mas aos poucos, em campo o Grêmio Prudente foi exercendo um domínio maior e trazendo risco à meta do goleiro Henrique Fernandes.
O povão do São Bernardo percebeu esse avanço e a preocupação agora estava na bancada local…
E, o temor dos torcedores do Cachorrão acabou se tornando realidade aos 10′ do segundo tempo quando Wallace marcou o gol de empate para a festa da torcida visitante!
É sempre difícil participar desses momentos, principalmente quando sabemos o envolvimento de cada torcedor com o destino do seu time, mas ficamos ali junto da torcida local até o final do jogo.
Mas, ao mesmo tempo o fim do jogo trouxe um presente aos torcedores que vieram de tão longe para acompanhar o seu time…
O Grêmio Prudente alcança o acesso para a série A2… É algo a ser mesmo muito comemorado!
Do outro lado, time e torcida do EC São Bernardo sofreram juntos… E souberam aceitar o difícil momento do clube. Foi muito bonito de ver e com certeza, algo raro em um mundo que cada vez mais cobra e exige resultados imediatos e não aceita derrotas.
E ficam aí, as imagens da festa visitante…
E como diria o tradicional “Galinha”: To indo embora, hein…
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O livro do CA Linense!
Em meio a essa quarentena, como não podemos viajar e registrar estádios, temos dedicado nosso tempo a ler e pesquisar mais sobre o futebol. Temos feito uma série de posts sobre os estádios do ABC, e sempre que possível intercalando com livros que ajudam a conhecer a história dos times. O post de hoje é pra falar do livro “Clube Atlético Linense – O Elefante da Noroeste”, uma obra de Wanderley Frare Junior, que ficou 4 anos pesquisando, escrevendo, colhendo fotos, entrevistas e curiosidades sobre o time de Lins, cidade no interior de São Paulo que é apaixonada pelo clube. Nós já falamos bem superficialmente sobre a história do time (veja aqui) e também chegamos a ver algumas partidas (veja aqui o jogo entre PAEC x Linense e aqui sobre um Santo André x Linense com portões fechados). Também já desafiamos a estrada e fomos até Lins para conhecer pessoalmente o Estádio do Linense – clique e veja, mas o trabalho do Wanderley vai muito além… O autor também é apaixonado pelo clube, tanto que já foi ver jogos em muitas cidades na grande São Paulo, interior do estado e até a capitais distantes. Tudo pelo clube. O livro foi lançado em 2015, durante o Campeonato Paulista daquele ano e tem 572 páginas coloridas, em papel de ótima qualidade, capa dura e sobrecapa. O livro custa normalmente R$ 150,00, mas agora em JUNHO, mês de aniversário do Linense (completa 83 anos no próximo dia 12), o livro está numa promoção incrível, saindo pelo valor de R$ 100,00, incluindo as despesas de envio para qualquer lugar do Brasil. O contato com o autor pode ser feito pelo whatsapp no número (11) 99905-3784. Aproveite, pois essa oferta é válida apenas até o dia 30 de junho de 2020. NÃO PERCA!!!
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]]>Rolê Independência & Bola! Estádio em Miguelópolis (Parte 16 de 21)
Hoje vamos mostrar um pouco do Estádio da cidade de Miguelópolis.
Antes de passarmos aqui, já registramos os estádios de Pirassununga, Descalvado, Santa Rita do Passa Quatro, Tambaú, Santa Rosa de Viterbo, Santa Cruz das Palmeiras, Vargem Grande do Sul, São José do Rio Pardo, Cajuru, Batatais, Orlândia, São Joaquim da Barra, Igarapava, Uberaba e Guaíra.
As cerca de 20 mil pessoas que vivem em Miguelópolis tem na agricultura e nos serviços decorrentes sua principal riqueza.
Ainda dá pra encontrar o pessoal tranquilo, curtindo o feriado sentado na calçada, sem a agitação que estamos acostumados aqui no ABC.
Mas, quando falamos de futebol, a agitação é a mesma!
E por isso, vamos mostrar um pouco do Estádio Waldemar de Freitas.
Acreditávamos que o estádio fora a casa do Miguelópolis FC na sua única participação em competições oficiais da Federação Paulista, em 1964, pela quarta divisão, conforme descrita pelo Livro “125 anos de História – A enciclopédia do futebol paulista“.
O mesmo livro cita o time como Associação Esportiva Miguelópolis.
O time havia participado de edições do Campeonato Amador do Interior, como mostra a Gazeta Esportiva de 1958:
Aqui o grupo do time em 1964:
Voltemos assim para o Estádio Waldemar de Freitas!
O Estádio estava fechado e o dia acabando…
Já estava me conformando em só registrar a parte externa do estádio.
Ao menos dava pra ver uma placa celebrativa.
Mas ela só me deixou em dúvida.
A placa não diz se é sobre a inauguração, mas sua data é de 1982…
O que me leva a perguntar se existiu um outro estádio na época do profissionalismo, ou se a placa é apenas de alguma reforma…
Conversei com um ex jogador que fez parte do time que jogou a terceira divisão, chamado Fábio Ribeiro (tio do amigo Paulo) e ele confirmou que não foi neste estádio que o Miguelópolis mandou suas partidas.
E mais, ele garante que o time que jogou era mesmo o Miguelópolis FC e não a AE Miguelópolis.
Estávamos quase indo embora quando cruzamos com o amigo Valdomiro Pinheiro que mora literalmente colado ao estádio, e adivinhe onde o quintal da casa dele termina…
Assim, após cruzar a casa do Valdomiro…
E assim, tendo o sol como companheiro, adentramos ao Estádio Waldemar de Freitas.
O belo gramado mesmo no gol é para poucos…
Ao fundo a arquibancada coberta.
O alambrado cerca o campo todo!
As árvores atrás do gol completam o charme local!
Não existem arquibancadas nas laterais, além da coberta.
E assim, mais um capítulo da nossa aventura chega ao fim, graças ao amigo Valdomiro.
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Tupã FC 0x1 Osvaldo Cruz FC – Série B do Campeonato Paulista 2018
Bom, ainda sobre o rolê de inverno de 2018, o outro jogo que conseguimos assistir foi no Estádio Alonso de Carvalho Braga, onde o Tupã FC enfrentou o Osvaldo Cruz FC, pela Segunda Divisão do Campeonato Paulista (a tradicional “bezinha”).
O estádio do Tupã ainda mantém sua estrutura original (ele foi construído em 1942, na época ainda com arquibancadas de madeira), o que dá um charme especial a ele! Ingressos em mãos…
Vale lembrar que em 2011 já havíamos assistido a um jogo do Tupã aqui no ABC, contra o EC São Bernardo, quando tivemos a chance até de conhecer o Tupanzinho! Veja aqui como foi.
É hora de conhecer o estádio por dentro, e um pouco da sua torcida!
Atualmente, o “Alonsão” tem uma capacidade para 5.515 torcedores, mas já chegou a ter capacidade para quase 15 mil pessoas.
Pra nós, que viemos de tão longe, é sempre um grande prazer poder conhecer um templo do futebol, principalmente em dia de jogo!
Vamos dar uma olhada para conhecer um pouco mais do estádio:
Ali, atrás de onde estávamos, encontramos o pessoal da Torcida Garra Tricolor, a organizada do Tupã.
Entre os torcedores da Garra, encontramos o amigo Edinho, que junto do Sérgio Gisoldi, que vive atualmente em Santo André, nos aguçou a curiosidade para conhecer pessoalmente o estádio, o time e a torcida do Tupã.
E lá fomos nós… Valeu, Edinho!
Em campo, um jogo duro e muito truncado.
O público até que compareceu em bom número, ocupando as diversas arquibancadas do estádio (teve até um pessoal que veio de Osvaldo Cruz, mas sem faixas ou bandeiras).
O jogo contou ainda com a cobertura da imprensa local!
Mas, o time do Osvaldo Cruz não se importou com a força da torcida local e acabou vencendo a partida por 1×0, mostrando ser um visitante indigesto…
Assim como é de praxe em alguns campos, o placar se negava a mostrar o resultado desfavorável à equipe local…
E por falar em digestão, a pipoca lá é nota 10! (e custa R$ 4 apenas).
E quem gosta de lance bonito, taí a bicicleta que eu vi lá (hehehe piadinha besta…).
Além da bicicleta, você pode se divertir batendo uma bola com a molecada…
Se você é daqueles que, como a gente, gosta de acompanhar o jogo de perto, o Alonsão é daqueles campos cercados por alambrados, que permitem botar pressão no adversário.
Agradecemos a receptividade do pessoal de Tupã e na hora de ir embora ainda deu pra registrar mais uma cena atípica, do pessoal que costuma levar suas próprias almofadas pra ver o jogo com mais conforto. O futebol no interior ainda vive!
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Santo André vence a final!
Domingo, dia sagrado do futebol.
2 de maio de 2010.
Eu ainda não acredito… Mas estamos na final do Campeonato Paulista, e com chances de ser campeão…
Acima de tudo, começamos a aventura de domingo felizes! Eu, a Mari, El Pibe e todos os já tradicionais amigos de arquibancada. Nem nos preocupamos ao saber que haveria menos ônibus do que o esperado.
Os poucos, mas lotados ônibus seguiam com famílias, amigos e gente que se uniou nesta vida em nome de uma cidade, representada pelo time do Ramalhão!
O dia se fez de azul como que torcendo pela vitória do time do ABC!
E, rapidamente chegamos ao Pacaembu! Foi maravilhoso ver tanta gente de azul e branco chegando junto ao mesmo tempo no estádio!
E juntos, fomos cantando até o portão 22, a entrada para o show final!
Além dos ônibus, muita gente veio de carro e ficou aguardando pra entrar junto, assim, acredito que conseguimos levar cerca de 2.500 torcedores para o estádio!
Gente que se misturava fazendo uma onda azul inundar o setor visitante do Pacaembu, com corações transbordando de orgulho!
Veja como foi a nossa chegada:
A cada passo, um amigo, um sorriso, um grito de confiança. A cada passo, mais próximos do jogo final…
Mas se o clima entre nós era de pura amizade, a PM nos fez lembrar que infelizmente, o futebol ainda está mais próximo da guerra do que da paz…
E quando menos percebemos, já estávamoo dentro do Pacaembu, prontos pro último jogo do Campeonato!
Colorimos de azul e branco o lado laranja, visitante, e colorimos com sonhos, nossas mentes, enquanto aguardávamos o início da partida!
Lá estavam os apaixonados pelo Ramalhão! Esquerdinha e Maradona mandavam recado relembrando que se o Santos é o peixe, o Santo André é o pescador!
A Torcida Jovem do Santos também fez sua bela festa, com enormes tirantes…
Aliás, fazendo justiça, a torcida do Santos como um todo fez um grande espetáculo!
Mas o Ovídeo e a velha guarda Ramalhina não deixou nosso ânimo se abater!
É … Santo André!!!!
O Bill conseguiu quebrar a máquina justo no dia da final, então fica ele registrado aí:
Nossa festa é simples, mas de coração, balões levam pro céu nossos pedidos…
O frio na espinha aumenta, os jogadores estão pra entrar no campo…
O hino nacional foi tocado por uma orquestra.
Achei legal a presença da orquestra, mas reitero que o hino ainda me incomoda nos estádios… Infelizmente ele ainda me traz na mente a ditadura de 64…
Jão dá um último olhar para a torcida adversária…
E que torcida…
O jogo nem bem começa e… um ataque congela nossos olhos…
Inacreditável… Menos de um minuto e o Santo André fez 1×0…
Com lágrimas nos olhos, sinto que a taça está mais próxima de nossas mãos…
Entretanto… Minutos depois, silêncio nas bancadas Ramalhinas… É o empate santista…
Eu nunca tinha visto um time com tanta gana de vencer…
O Santo André praticamente ignorou o gol, foi pra cima, e mandou 2×1!!
Por vários minutos sonhei com tudo o que poderia escrever com a conquista do título.
Queria jogar na cara da imprensa toda a mediocridade de cada jornalista que em momento algum nos colocou no páreo como finalista.
Mas o futebol é traiçoeiro…
E o ataque santista não perdoa nem liga pros sonhos de um andreense rebelde… Santos 2×2 Santo André…
Antes do desânimo ameaçar, duas expulsões: Nunes (Santo André) e Léo (Santos).
Algum tempo depois, mais um jogador foi expulso, desta vez Marquinhos (Santos) deixou a torcida com um sorriso no rosto…
Principalmente porque aos 40 minutos, o Ramalhão fez 3×2 e o primeiro tempo terminou com um gol de vantagem e nosso time com um jogador a mais.
Cenário melhor, impossível!
O 2º tempo começa e o Ramalhão é todo ataque!
O time joga bem, e a torcida se emocionou com a iminência do título…
Mas o futebol não se importa com a lógica. O segundo tempo praticamente vôou.
Quando percebemos já passava dos 40 minutos do segundo tempo, e mesmo com 2 homens a mais (Roberto Brum fora expulso minutos antes).
Mesmo com muito ataque e com “erros” improváveis da arbitragem…
O título se fora…
Ficou o aplauso do torcedor Ramalhino…
O reconhecimento a um time que soube humildemente chegar onde chegou escondia a dor da perda do título…
Fiquei triste como há muito não ficava.
Nem quando fomos rebaixados me permiti sofrer assim…
Alheio à nossa dor, time e torcida do Santos comemoraram o 18º título estadual do Santos.
O Santos foi o melhor time durante todo o campeonato, e se a regra fosse a dos pontos corridos, nenhuma reclamação faria sentido.
Entretanto, a regra da final ser em dois jogos, deixou a campanha do Santos como mero critério de desempate.
Assim sendo o gol incorretamente anulado acabou com todo um campeonato que seria histórico e inesqeucível para um time, uma torcida e uma cidade.
A bandeira Maria Elisa torna-se persona non grata eternamente em nossa cidade…
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Futebol em Münster
Münster, cidade no estado federal de Renânia do Norte-Vestfália, considerada um centro cultural da região.
Além das várias Faculdades presentes no local, pudemos ver que há coelhos por todos os jardins (e acredite, é impossível pegá-los):
Münster é também uma cidade vítima da 2a guerra, foi praticamente reconstruída, mas como era impossível refazê-la totalmente como era antes, foram levantadas fachadas idênticas aos prédios da época, como pode se ver abaixo: Além da arquitetura riquíssima, o lugar é cheio de histórias.
Ah, e Münster é uma das últimas cidades da Europa a ter um guardião de torre: o trabalho dele é vigiar a cidade à noite.
Dizem que na época dos conflitos religiosos, três inimigos foram presosna torre da igreja da foto abaixo, e deixados ali para morrer as vistas da população.
Outro detalhe é que o lugar consegue misturar cultura milenar com várias lojas modernas, oferecendo as últimas tendências de moda e tecnologia.
A Universidade de Münster é a quarta maior e uma das mais antigas da Alemanha, e dá à cidade uma cara jovem já que boa parte da população consiste de estudantes. Possui também fantásticos cafés e soreveterias…
Só pra ter uma idéia, o prédio abaixo tem quase 200 anos…
Mas vamos ao que esse blog se propõe a mostrar. Futebol!
O time da cidade é o SC Preussen Münster1906, um dos membros fundadores da Bundesliga, mas que hoje disputa as divisões regionais intermediárias.
O distintivo traz um pássaro negro com a letra “P” em seu peito:
O site do time é www.scpreussen-muenster.de
O time usa uniformes verdes, conforme pode se ver na foto do time que disputou o equivalente a 4a divisão da Alemanha:
Fomos até o estádio do time, e infelizmente não consegui adentrar pra ver o gramado e parte de dentro, mas eu e a Mari tiramos algumas fotos em frente a sede do clube:
Nas bilheterias:
E algumas do lado de fora (por cima do muro…):
O estádio em dia de jogo:
Do lado de fora, deu pra encontrar alguns adesivos da torcida local. Aliás, deu pra ver que os “Ultras” também estão presentes em Münster.
E pra quem sabe, taí…
Assim terminam os posts sobre essa viagem para Europa, que me custou muita grana e me endividou por alguns meses, mas que valeu cada centavo não só pelo lado boleiro, mas pela diversão, cultura e tudo que vivi por lá!
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48- Camisa do Olympique de Marseille
A 48ª Camisa de futebol é do Olympique de Marseille, clube de futebol que disputa a 1a divisão do futebol francês, representando a cidade de Marselha, uma das principais cidades do país.
A frase Droit au But, abaixo do escudo significa “Direto ao gol” e é frequentemente gritada pelos seus torcedores.
O Olympique foi fundado em 1899, o que o torna um dos clubes mais velhos da França ainda em atividade.
Assim como muitos outros clubes de cidades portuárias, surgiu graças à chegada de estrangeiros vindos do mar, no caso deles, foram os ingleses que trouxeram o futebol em seus navios e implantaram o novo esporte no município.
A agremiação foi criada depois que dois times da cidade fecharam suas portas (Sportin Club of Marseilles e Football Club of Marseilles) oferecendo um novo espaço ao futebol e também ao rugby.
No início, ocupava-se apenas com a disputa de torneios regionais de menor importância, mas o “OM“, cresceu na década de 1920, quando venceu a Copa da França por 3 vezes (1924, 1926 e 1927), além de seu primeiro campeonato francês (1929), rompendo a hegemonia dos clubes parisienses.
Outro período de muitas vitórias foi o fim dos anos 60, início dos 70, quando venceu a Copa da França (1968/69, 1971/72 e 1975/76) e a Ligue 1 (1970/71 e 1971/72). Abaixo uma foto dos anos 70:
Na temporada 1979/80 foi rebaixado, retornando apenas em 1984. A partir daí, o time voltou a pensar (e ser) grande. Em 1986 montou um timaço com nomes como Jean Pierre Papin, Didier Deschamp, Rudi Voller, Eric Cantona, entre outros. Assim, o Olympique de Marselha conquistou 4 títulos da Ligue 1 consecutivos entre 1988/89 e 1991/92. Na temporada 1990-91, o Olympique chegou a final da Liga dos Campeões da UEFA, mas foi derrotado pelo Estrela Vermelha, da Iugoslávia, nos pênaltis.
Duas temporadas depois, o Olympique levantou a taça num jogo que venceu o Milan por 1 a 0.
Acusações de corrupção financeira e participação de diretores num esquema de manipulação de resultados tiraram a tranquilidade do clube que acabou rebaixado à Ligue 2 para a temporada 1994-95. Por isso, também deixou de participar da final do Mundial Interclubes daquele ano, que foi disputada entre o vice-campeão europeu Milan e o campeão sul-americano, o São Paulo.
Só voltou a Ligue 1, 2 temporadas depois e desde então vem tentando recuperar seu prestígio. Chegou a final da Copa UEFA de 2003-04, depois de bater adversários como Internazionale, Liverpool e Newcastle, mas foi derrotado na final pelo Valencia da Espanha. Em 2005 venceu a Copa Intertoto, mas sua torcida já cobra há algunão voltou mais a conquistar um título de expressão.
Terminou a temporada 2007/08 da Ligue 1 na terceira colocação, classificando-se para a fase preliminar da Liga dos Campeões. De 1899 a 1937, o “OM” jogou no Stade de l’Huveaune.
Ele foi reformado no início dos anos 1920, graças à ajuda financeira dos torcedores e tinha capacidade para 15.000 torcedores.
A partir de 1937 o clube passou a utilizar o estádio municipal Stade Vélodrome, com capacidade de 60.031 lugares, um dos maiores e mais belos estádios da França.
O site do clube é http://www.om.net/
Para acabar, um pouco do sentimento das arquibancadas celestes do time: