Uma manhã de reencontros em Araras – 2a Divisão do Campeonato Paulista 2022

Domingo, 8 de maio de 2022. Dia das mães. Dona Leny ganharia seu presente e uma visita a tarde, porque pela manhã, o domingo foi dedicado à Segunda Divisão do Campeonato Paulista (também chamado de “série B”), para acompanhar União São João versus Amparo Athlético CLub.

Era hora de reencontrar com um estádio que passou os últimos anos vazio, com o seu time licenciado… Mas também foi a oportunidade de rever o Joey, um grande amigo que, pasmem, não reencontrava há 20 anos (como é que ficamos tão velhos de repente???)

O Joey é mais um amigo que nasceu na cena punk mas que também enxerga outras conexões com a sociedade, seja o futebol, a culinária (ele é um chef vegano de primeira!), a educação, o futebol e também a literatura. Tanto, que nessa pandemia ele lançou um livro incrível de contos e poesias que se você quiser conhecer é fácil:

Eu aproveitei pra pegar o meu “em mãos”.

Vale dizer que acabamos nos encontrando praticamente na hora do jogo, sem grande planejamento. A caminho do estádio eu mandei mensagem o convidando pra aventura e como ele mora na região, topou na mesma hora!! E lá fomos nós pra mais uma aventura boleira!

O preço desse reencontro foi bem tranquilo… A meia entrada para estudantes (eu estou me formando em história!) e professores (o Joey além de tudo é professor!) era de R$ 5. E como eu estava de visita, o Joey pagou kkkk, valeu, mano!

Vale lembrar que o “Alviverde” de Araras estreou em casa contra o Independente de Limeira, então o reencontro da torcida com o time se deu naquela partida que terminou em empate por 1×1.

Infelizmente, eu acho que a cada ano que passa, a paixão do brasileiro por futebol diminui um pouco. Confesso que torcia para ter problemas para conseguir ingresso, já que chegamos atrasados… Mas… foi tudo bem tranquilo… A presença do público estava interessante, mas abaixo do que merece um time de tamanha tradição…

Pelo menos, havia uma “banquinha” vendendo as camisas e bonés do time (cada vez mais o futebol me lembra a cena punk e suas banquinhas!).

Vamos sentir o clima do estádio:

Claro, e velhas paixões parecem ter despertado novamente, seja pela presença de torcedores das antigas (esse aliás, eleito pelo nosso blog como o casal mais da hora do estádio!)…

Assim como a camisa do torcedor, uma verdadeira relíquia, que estava aguardando ansiosamente a hora de retornar ao Estádio Hermínio Ometto (essa camisa é mais antiga que o próprio estádio!):

Pra quem não conhece, o Estádio Doutor Hermínio Ometto, inaugurado em 1988, possui uma estrutura muito bacana. A começar pela área coberta, situada na lateral do campo.

O estádio possui capacidade para mais de 22 mil torcedores, mas depois das readequações que todos os estádios tiveram que passar, o número oficial baixou para pouco mais de 16 mil, isso porque possui um anel de arquibancadas que vai lá do outro lado, onde ficam os visitantes…

Passam ali, atrás do gol…

Até chegar no lado “de cá”, onde fica a torcida local.

Falando sobre a torcida local, fomos conversar com o Régis, da Torcida União Alviverde sobre suas expectativas quanto ao retorno do time ao futebol profissional:

Em campo, a vida do União São João não estava fácil… Espero que a torcida entenda que é natural um tempo de adaptação nesse retorno ao profissionalismo. Mas um chute rasteiro no canto do goleiro do União fez o pessoal de Amparo comemorar o 1×0. No vídeo abaixo eu me atrapalhei porque estava falando sobre o time do Atibaia com o Joey kkkk!

Se você está aqui só pelo placar… Já entrego que o União perdeu por 3×0… Aí estão os gols pelo link do pessoal do Nikão Sports:

Por mais que o resultado seja uma das coisas mais importantes para todo torcedor, eu ainda vejo o futebol de um modo mais “institucional”… O simples fato da torcida poder voltar ao estádio em Araras já devia ser a comemoração deste ano. Os resultados podem vir com o passar do tempo.

O segundo tempo veio e a torcida se mostrou satisfeita em ver algumas substituições do time que saiu jogando:

Olha aí a faixa do “Leões da Montanha“, a torcida organizada do Amparo Athlético, time do amigo João Pagan.

Ah, faltou falar do bar, que fica ali embaixo das cadeiras cobertas!

O dia de calor (no mesmo dia em que fazia um frio danado na capital e no ABC) fez com que a turma local gastasse umas boas moedas em bebidas!

Se o União São João perdeu em campo, eu acho que na arquibancada podemos considerar que houve uma vitória… Ok… não foi uma goleada, mas as pessoas estavam ali… Jovens, crianças, mulheres… Parece que existe sim uma chama verde no coração de parte da cidade…

Que as organizadas possam manter esse amor e esse apoio, cantado durante a partida… Que mais pessoas possam se dar a chance de se apaixonar pelo time da cidade…

Caso alguém tenha duvida da força e da glória do time, e do potencial que o futebol em Araras tem, basta uma olhada na sala de troféus que fica ali abaixo da arquibancada coberta…

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138- Camisa do Amparo Athlético

A 138a camisa da nossa coleção foi presente do amigo João Vitor Pagan Bueno, mais um torcedor que quer ver o futebol da sua cidade valorizado como costumava ser antigamente.

O time dono da camisa vem mais uma vez do interior de São Paulo, de uma cidade próspera e muito agradável chamada Amparo.

O time dono da camisa é o Amparo Atlético Clube.

Já estivemos lá, assistindo uma partida do time, veja aqui como foi.

Segundo alguns estudiosos, Amparo foi um dos berços do futebol no interior. Tanto é que desde 1904, já existiam campeonatos sendo disputados pelo time local, na época o “Amparense”. O Amparo Atlético Clube (na época “Amparo Athlético Club”) nasceria em 1919. Essa é uma foto do início do time:

Achei algumas fotos dos torcedores daquela época, em uma partida que o Amparo Athlético disputou contra o Palmeiras:

Essa e outras fotos antigas podem ser visualizadas neste link.

O rival local histórico do time era o Floresta AC, fundado um ano depois, em 1920:

E a rivalidade até ajudou a manter a competitividade dos times. Em 1929, o Floresta sagrou-se campeão do Interior pela APEA. O resultado? O título do ano seguinte manteve-se em Amparo, mas desta vez foi para as mãos do Atlético, numa incrível final, disputada contra o Paulista de Jundiaí, num jogo que terminou 6×2. Para comemorar o título, o Atlético convidou o Bragantino, outro forte rival local para uma partida amistosa em 1931 e goleou por 4×1.Veja mais detalhes e histórias sobre essa rivalidade aqui. Em 1948, o Amparo Atlético disputou pela primeira vez um campeonato de Acesso da FPF. Seria a primeira de mais de 20 participações. Em 1952, nova conquista do Campeonato do Interior. A década de 1980 mostrava o quanto a torcida incentivava a equipe, veja o Estádio cheio, na foto abaixo:

Amparo

Aqui, um dos craques do time da década de 80, Amaral, pais dos zagueiros Luisão e Alex Silva.

Em 1984, o Atlético resolveu se afastar do futebol profissional, para a tristeza de sua torcida e da população de Amparo. De tempos em tempos, o time ressurge e acaba disputando a série B da Campeonato Paulista, como fez recentemente em 2010, quando pudemos acompanhar o time (veja aqui como foi). Esse foi o time daquele ano: O mascote do time é o Leão, assim como seu apelido. O time manda seus jogos no Estádio José Araújo Cintra, fizemos essas fotos em nossa visita em 2010:

Naquele dia o estádio recebeu um ótimo público!

Aqui dá pra se ver um pouco da cidade ao fundo!

E pra quem quer vivenciar alguns segundos de arquibancada com a torcida local, segue um vídeo:

Falando em torcida, outro presente que o João Vitor me mandou foi a camisa da Torcida “Leões da Montanha“:

O pessoal tá sempre lá presente, levando sua faixa e sua voz em apoio ao Atlético!

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Amparo 1×2 Primavera (Mais segundona 2010!!!)

Fim de semana corrido!

No sábado fomos a Sumaré, ver Sumaré x Elosport, e no domingo, a convite de um torcedor local, fui a Amparo, assistir Athlético Amparo x Primavera, de Indaiatuba.

Esse é o melhor jeito de registrar um estádio! com uma partida rolando!

Mais uma vez tentando colaborar com o futebol das divisões de acesso. Participando como torcedor que paga ingresso e vai pra arquibancada ver e se maravilhar.

Nas arquibancadas, uma surpresa.

Como eu disse no vídeo acima, dos jogos da série B que eu acompanhei este ano, este foi o que teve  mais forte presença da torcida local.

Presença que coloca ainda mais vida no belo e tradicionalíssimo Estádio José Araújo Cintra.

Para você entender como ele é disposto, existe uma arquibancada descoberta (a esquerda de quem adentra ao campo) e uma coberta (do lado direito).

O campo é cercado de um alambrado baixo e mantém aquela boa e velha proximidade com os jogadores que eu tanto valorizo para um estádio.

A rádio local disponibiliza duas caixinhas de som, que permitem à galera das cadeiras cobertas acompanharem o jogo ouvindo a narração (muito boa, aliás, queria descobrir o nome do amigo narrador).

E dali, das numeradas senhores, senhoras filhos e filhas acompanham o orgulho da cidade, em campo, o Athlético Amparo.

Vou guardar a história do time para quando eu conseguir a camisa, mas olhando para as arquibancadas povoadas, mesmo na segunda divisão, dá pra ver que a cidade entende a importância histórica do time.

O que não significa que eles não peguem no pé dos jogadores, a cada lance perdido…

Aliás, quantos lances perdidos pelo time local… Alguns torcedores foram a loucura!

Mas o que era reclamação num primeiro momento, vira apoio, logo em seguida…

E já que mostrei o lado direito, vejamos o outro lado do campo…

E um pouco do lado de dentro, junto dos reservas e do próprio bandeira…

Ou prefere ficarmos ali dando uma mão pro 4o árbitro? Dá pra ver que o desfibrilador, obrigatório em partidas oficiais, estava ali!

Dando um rolê pelo estádio, vi a grande lanchonete (desta vez não comi nada, então não posso falar sobre a gastronomia futebolística de Amparo…).

Aqui dá pra se ter uma ideia de como é o lado coberto da cancha!

Ah, olhando pro jogo um pouco, o time do Amparo é valente, mas levou azar nas finalizações. Já o Primavera (que também pretendo ver jogar em casa, em Indaiatuba) com uma forte marcação, ficou no contra ataque, levando perigo constante ao gol local.

E se vida de goleiro já é difícil, goleiro na série B do Paulista tem que fazer mais do que milagre…

Aproveitei o início do segundo tempo ainda morno, pra dar uma olhada no lado descoberto do estádio, que também recebeu bom público.

Ali, encontrei algumas faixas, bandeiras e o pessoal da Torcida “Leões da Montanha“.

Do lado descoberto pode se ver como é bonito o Estádio!

E a coincidência veio ao tirar a foto da camisa de um dos torcedores e descobrir que se tratava do João Vitor, amigo que me convidou para conhecer o Athlético Amparo.

Amizades feitas, amizades renovadas, é hora de marcar nossa presença no estádio, em mais uma aventura boleira!

O jogo terminou 2×1 para o Primavera, de Indaiatuba, resultado que decepcionou a torcida local…

Nem por isso, a honra e a força da bandeira do time foram manchadas. Para quem é apaixonado por um time, as dores da derrotas transformam-se em estatísticas em pouco tempo.

Desta aventura, ficou o orgulho de ver um time apoiado pela população local, e a alegria de poder conhecer mais um estádio!

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