Era hora de reencontrar com um estádio que passou os últimos anos vazio, com o seu time licenciado… Mas também foi a oportunidade de rever o Joey, um grande amigo que, pasmem, não reencontrava há 20 anos (como é que ficamos tão velhos de repente???)
O Joey é mais um amigo que nasceu na cena punk mas que também enxerga outras conexões com a sociedade, seja o futebol, a culinária (ele é um chef vegano de primeira!), a educação, o futebol e também a literatura. Tanto, que nessa pandemia ele lançou um livro incrível de contos e poesias que se você quiser conhecer é fácil:
Eu aproveitei pra pegar o meu “em mãos”.
Vale dizer que acabamos nos encontrando praticamente na hora do jogo, sem grande planejamento. A caminho do estádio eu mandei mensagem o convidando pra aventura e como ele mora na região, topou na mesma hora!! E lá fomos nós pra mais uma aventura boleira!
O preço desse reencontro foi bem tranquilo… A meia entrada para estudantes (eu estou me formando em história!) e professores (o Joey além de tudo é professor!) era de R$ 5. E como eu estava de visita, o Joey pagou kkkk, valeu, mano!
Vale lembrar que o “Alviverde” de Araras estreou em casa contra o Independente de Limeira, então o reencontro da torcida com o time se deu naquela partida que terminou em empate por 1×1.
Infelizmente, eu acho que a cada ano que passa, a paixão do brasileiro por futebol diminui um pouco. Confesso que torcia para ter problemas para conseguir ingresso, já que chegamos atrasados… Mas… foi tudo bem tranquilo… A presença do público estava interessante, mas abaixo do que merece um time de tamanha tradição…
Pelo menos, havia uma “banquinha” vendendo as camisas e bonés do time (cada vez mais o futebol me lembra a cena punk e suas banquinhas!).
Vamos sentir o clima do estádio:
Claro, e velhas paixões parecem ter despertado novamente, seja pela presença de torcedores das antigas (esse aliás, eleito pelo nosso blog como o casal mais da hora do estádio!)…
Assim como a camisa do torcedor, uma verdadeira relíquia, que estava aguardando ansiosamente a hora de retornar ao Estádio Hermínio Ometto (essa camisa é mais antiga que o próprio estádio!):
Pra quem não conhece, o Estádio Doutor Hermínio Ometto, inaugurado em 1988, possui uma estrutura muito bacana. A começar pela área coberta, situada na lateral do campo.
O estádio possui capacidade para mais de 22 mil torcedores, mas depois das readequações que todos os estádios tiveram que passar, o número oficial baixou para pouco mais de 16 mil, isso porque possui um anel de arquibancadas que vai lá do outro lado, onde ficam os visitantes…
Passam ali, atrás do gol…
Até chegar no lado “de cá”, onde fica a torcida local.
Falando sobre a torcida local, fomos conversar com o Régis, da Torcida União Alviverde sobre suas expectativas quanto ao retorno do time ao futebol profissional:
Em campo, a vida do União São João não estava fácil… Espero que a torcida entenda que é natural um tempo de adaptação nesse retorno ao profissionalismo. Mas um chute rasteiro no canto do goleiro do União fez o pessoal de Amparo comemorar o 1×0. No vídeo abaixo eu me atrapalhei porque estava falando sobre o time do Atibaia com o Joey kkkk!
Se você está aqui só pelo placar… Já entrego que o União perdeu por 3×0… Aí estão os gols pelo link do pessoal do Nikão Sports:
Por mais que o resultado seja uma das coisas mais importantes para todo torcedor, eu ainda vejo o futebol de um modo mais “institucional”… O simples fato da torcida poder voltar ao estádio em Araras já devia ser a comemoração deste ano. Os resultados podem vir com o passar do tempo.
O segundo tempo veio e a torcida se mostrou satisfeita em ver algumas substituições do time que saiu jogando:
Olha aí a faixa do “Leões da Montanha“, a torcida organizada do Amparo Athlético, time do amigo João Pagan.
Ah, faltou falar do bar, que fica ali embaixo das cadeiras cobertas!
O dia de calor (no mesmo dia em que fazia um frio danado na capital e no ABC) fez com que a turma local gastasse umas boas moedas em bebidas!
Se o União São João perdeu em campo, eu acho que na arquibancada podemos considerar que houve uma vitória… Ok… não foi uma goleada, mas as pessoas estavam ali… Jovens, crianças, mulheres… Parece que existe sim uma chama verde no coração de parte da cidade…
Que as organizadas possam manter esse amor e esse apoio, cantado durante a partida… Que mais pessoas possam se dar a chance de se apaixonar pelo time da cidade…
Caso alguém tenha duvida da força e da glória do time, e do potencial que o futebol em Araras tem, basta uma olhada na sala de troféus que fica ali abaixo da arquibancada coberta…